Fast And Furious- Miami escrita por Clara B Gomez Sousa


Capítulo 3
Uma Bela Agente


Notas iniciais do capítulo

Onde Selena Gomez se fixa como personagem principal, a viagem para Miami e uma enfraquecida do Justin. Curtam e comentem =)



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3- Uma Bela Agente.


Assim que chegamos, e Mirage viu quem era o navegador de quem eu falara, ela se surpreendeu por Justin ser um menino, e disse:

– Ele não é um pouco novo demais?

– Sim, pode parecer estranho, mas ele tem a mesma capacidade mental que os fundadores da Apple e da Microsoft juntos! – Eu o defendi.

– Senhora, eu tenho 13 anos! Tecnicamente eu não sou mais um menino! – Justin disse, pondo seu lado não sou mais uma criança á tona.

– Mentira! – Eu disse, num murmúrio. – Justin, cale a boca!

Ele, como sempre, não me escutou.

– Senhora? Eu tenho 30 anos! – Mirage protestou. Maravilha, aquela peste conseguiu tirar Mirage de seu estado sério.

– Mesmo? Eu pensava que... – Justin tentou dizer, mas eu o cortei.

– Justin, Justin, quieto... – Falei, tapando sua boca e empurrando-o para trás de mim. Ele tinha quase que metade de meu tamanho, sua estatura era de um menino de dez anos. Explicado por que mamãe o chama de “Anãozinho da mamãe”;

– Vocês vão precisar de um apoio... Eu realmente pensava que seu navegador fosse um pouco mais velho, Kendall... – Ela disse, fitando Justin com um olhar duvidoso. – Vêem algum problema?

– Não, sem problema. A ajuda é bem vinda! – Eu respondi.

– Ok, então. Esperem só um pouco.

– Claro. – Falei. Ela se retirou, e ficamos á sós por um tempo. Justin pegou uma revista científica que estava numa mesa e se sentou numa cadeira. Eu fiquei em pé, olhando para tudo. Uns minutos depois, Mirage voltou, e disse:

– Já está tudo resolvido! Já contatamos o melhor de todo o pessoal na sua faixa de idade!

– O melhor? Que bom!

– Já deve estar vindo. – Ela completou.

– Ok. – Falei. Justin nem sequer ergueu o olhar de sua revista tão importante.

Alguns minutos depois, consegui ver pelo vidro, no estacionamento, uma garota. Ela era castanha, tinha cabelos encaracolados, usava um óculos de aviador dourado com lentes pretas, usava uma blusa xadrez longa que cobria seu short jeans, e um salto plataforma. Ela estava com uma bolsa e uma sacola de loja de grife, o que me fez pensar que ela foi interrompida durante seu momento de compras.

Pra falar a verdade, eu a achei linda.

– Espero que seja importante, eu perdi uma bolsa Chanel no shopping! – Ela disse, assim que entrou no prédio, mais precisamente na sala que estávamos. Assim que ela me viu, e viu Justin, arregalou os olhos e disse:

– Mirage, quem são eles?

Eu achei uma calúnia ela não saber meu nome. Vamos lá, todo mundo sabe quem Kendall Knight é!

– Kendall, Justin, essa é Selena Gomez, nossa melhor agente. – Mirage explicou. – Selena, esses são Kendall Knight e Justin Bieber. São eles que irão investigar Royalton.

– Ok... E o que eu tenho a ver com isso? – Ela perguntou.

– Você vai com eles pra Miami. – Mirage disse.

– Miami?

– Sim. – Mirage respondeu, num tom sério.

– Posso recusar? – Selena perguntou.

– Não, você vai com eles. – Ela disse, num tom Mãe forçando você a fazer algo. Depois, Mirage se virou para eu e Justin e voltou a seu tom Presidente do FBI. – Vocês partem esta noite, está bem?

– Pra mim tudo bem... – Falei.

– Pra mim também... – Selena murmurou, mesmo eu percebendo que ela estava querendo fugir dali e voltar para sua bolsa Chanel.

– Eu fico com a decisão mais votada... – Justin disse.

– Ok. – Mirage concluiu.

– Espera! E nossos pais?

– Já cuidamos disso. Vão pensar que vocês dois estão esquiando no Chile. – Ela perguntou.

– Bom álibi... – Justin murmurou. – Nunca fui no Chile.

– É mesmo... – Concordei.

– Ok, não temos tempo, Justin, Kendall, vocês vão pras suas casas arrumarem suas malas, Selena, você também!

– Ah, Mirage, pode não parecer relevante, mas ele é meu irmão. – Falei.

– Mesmo? – Mirage perguntou, fitando para Justin, tentando notar alguma semelhança entre nós dois.

– Sim, adotado. – Falei. Percebi que Justin franziu o cenho. Eu sabia que ele odiava que eu o taxasse de adotado.

– Ah... – Ela percebeu que se desviara do foco. – Sejam rápidos, ok? Nos encontramos aqui em duas horas.

– Ok. – Falei. Mirage se retirou, Selena fez o mesmo, e eu e Justin fomos para casa. Arrumamos nossas coisas bem rápido, nos despedimos de papai e mamãe, que pensavam que íamos para o Chile mesmo, e voltamos para a central. Mirage me pediu para que eu deixasse o Mach-6, o carro que eu fui para lá na primeira vez, com ela para o FBI fazer modificações de segurança, então voltamos para casa e fomos novamente para a central de táxi. Doeu no meu bolso, mas foi necessário. Assim que chegamos, Mirage me levou a uma sala que tinha uma tela, e disse:

– Geralmente rachadores usam armadilhas secretas, então modificamos o Mach 6 para tentar revidar aos ataques. – A tela se ligou e eu vi uma espécie de desenho do meu carro. – O botão “A” operará seus saltos normais. “B” vedará sua cabine, que reforçamos com um polímero à prova de balas. - A cada fala dela, a tela mostrava a função no meu volante.

– Que estranho, eu nunca tive botões de “A” a “F”. Que coisa Speed Racer... – Falei.

– Pois é. Se tentarem atingir seus pneus com, digamos, uma faca ou retalhador, “C” ativará os escudos de seus pneus. Se por acaso estoure algum, “D” inflará o estepe de seus pneus. “E” ativará lâminas de aço. Elas podem cortar quase tudo. Use discretamente. E, enfim, “F” ejetará uma ave de rastreamento via controle remoto que poderá levar imagens via satélite de onde você estiver. Perguntas?

– Não, entendi tudo. – Falei. Ela fez cara de descrença e disse:

– Repita tudo.

– “A” é o botão dos saltos, “B” é a da cabine à prova de balas, “C” é os escudos, “D” é o estepe, “E”, são as lâminas e “F” é o robozinho.

– Ótimo. – Mirage disse. Sorri, e ela me entregou as chaves. – Faça um bom uso.

– Ok. – Mirage sorriu, e nos dirigimos de volta para onde Justin e Selena estavam.

Recebemos outras coisas, armas, coletes, Justin recebeu um computador especial com todos os dados necessários, resumindo, recebemos todo o equipamento, e eu, Justin e Selena ganhamos mais algumas recomendações de Mirage.

– E, eu acho que isso é tudo... – Ela disse, encerrando o discurso. – Ah, o mais importante, o crucial...

– O quê? – Perguntei. Mirage nos encarou, séria, e disse, num tom aconselhador:

Tomem cuidado. Os três. Isso pode ser perigoso, qualquer coisa, problema, imprevisto, liguem para cá, que nós faremos o impossível para ajudá-los.

– Ok. – Respondi. Selena e Justin assentiram.

– O jato já está esperando por vocês. – Mirage disse. Ela começou a nos apontar o caminho para o jato e, assim chegamos numa porta de vidro.

– Boa sorte. – Mirage disse.

– Obrigado. – Falei.

– Obrigado, Mirage. – Justin disse.

– Obrigada. – Selena disse. Depois, nós três nos viramos e fomos para o jato. Quando percebi que Justin se afastara um pouco de nós, ele estava um pouco mais rápido, e eu me vi ao lado de Selena, eu disse:

– Tenho chance com a bela moça?

Selena só olhou para mim, com cara de descrença, e disse:

– Vai sonhando, faz bem...

Ela continuou a andar, mas eu parei.

– O quê?! – Perguntei. Geralmente garotas faziam fila para me passar uma cantada, nunca levei um fora de ninguém. Aquele fora o primeiro dos muitos foras que recebi de Selena. Assim que me sentei num dos assentos do jato, ao lado de Justin, ele disse, quase que num sussurro:

Você acha que eu não ouvi o fora que você levou da Selena?

Arregalei os olhos, e disse:

– Cala a boca! – Dei uma cotovelada em seu braço. Justin deu uma risada, e afundou no assento. Não ouvi mais nada por alguns segundos, quando olhei ele estava dormindo como uma pedra. Eita, irmão imprestável que eu tenho, nem basta me irritar desde que apareceu na minha casa, ele tem que bater em qualquer lugar e caí no sono.

Enfim, nessa missão, Justin deu uma mudada drástica de seu jeito irritante de ser.


Justin POV:


Acordei de madrugada, e já estávamos em Miami. O avião ainda não tinha pousado. Eu podia ver os prédios altos, ruas iluminadas, e muitas luzes. É... Não dava mais pra recuar ou desistir, agora já era. Olhei para o lado. Kendall estava roncando, deitado no encosto do assento.

Meu Deus, e depois filas de garotas se formam só para vê-lo... – Suspirei.

– Não é mesmo? Por que isso acontece? – Ouvi uma voz feminina dizer, atrás de mim. Num sobressalto, virei, e percebi que era Selena. Suspirei, e falei:

– Deus, você quase me matou do coração...

– Sou tão feia assim? – Ela perguntou.

– Não, não... Na verdade, você... Você é muito bonita... – Falei. – É que me surpreendeu mesmo. – Completei. Selena sorriu, e disse:

– Gostou da visão de Miami?

– Aham... É muito bonito.

– Sabe, eu nasci aqui. Mais pra trás. – Ela apontou.

– É mesmo? – Perguntei.

– É, fui pra Nova York para trabalhar no FBI. – Ela disse.

– Hum... – Murmurei.

– Em Miami não tinha vaga. – Selena disse, num tom brincalhão.

– Nossa... – Falei, depois de rir. Suspirei, e voltamos a admirar a visão.

– Você é adotado? – Selena perguntou.

– Sou... – Disse.

– Conhece seus pais?

– Aham. Mas, eu não os vejo faz um tempo.

– Por quê? – Ela perguntou. Suspirei.

– Esse realmente não é o melhor assunto pra gente conversar agora... – Falei, tentando contorná-la e mudar de assunto.

– Por que? – Selena indagou.

– É uma... Uma longa história.

– Pode me contar, disponho de tempo. – Ela insistiu.

– É que... Só Kendall e meus pais adotivos que sabem disso.

– Não conto pra ninguém, se é esse o problema. – Ela disse. – Conta?

– Tá legal... – Cedi. – Eu tinha três, quatro anos. Nem lembro mais. Eu morava no Canadá, em Toronto, com meu pai e minha mãe. Estava escuro, noite alta. Meu pai me pegou á força, me arrastou até o carro e foi embora. Me forçou a abandonar minha mãe. E ela nem devia fazer idéia de que quem me seqüestrou foi ele. Ele me levou para Nova York. Eu nunca mais vi minha mãe depois disso. – Encostei a cabeça no vidro, para esconder o fato de que lágrimas começaram a escorrer de meu rosto. – Um tempo depois de meu pai ter me levado, ele quase nos matou, quando bateu o carro por que estava dirigindo. Ele estava bêbado. – Parei um pouco para disfarçar minha voz. – Ele foi preso, disseram que ele havia se matado uma semana depois de ter sido preso, me colocaram num orfanato, conheci os pais de Kendall e fui adotado com... – Franzi a testa para lembrar. – Seis anos de idade. Eu ainda queria encontrar minha mãe. Até que, quando eu tinha dez anos, me disseram que ela tinha morrido. Assassinada. E... E é só isso.

– Deus... – Ela pareceu arrependida em ter me perguntado sobre aquele assunto. – Me desculpe, eu não queria... Eu não sabia...

– Sem... Sem problemas. – Falei. Levantei, e fui para o banheiro do avião, escondendo o rosto, e as minhas lágrimas. Eu nunca gostei de falar sobre meus pais, nunca tive o tipo “perfeito” de família biológica.


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