Fast And Furious- Miami escrita por Clara B Gomez Sousa


Capítulo 16
Game Over


Notas iniciais do capítulo

Enjoy :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/184109/chapter/16

16- Game Over.

Kendall POV:

Justin tinha falado a verdade. E... Além de o que ele tinha falado ser verdade, ainda tinha mais. O que Selena disse também era verdade. Fui ver com meus próprios olhos se não era lorota dela o fato de Justin ter sido torturado, violentado e tal, e acabei perdendo. Entrei no quarto de Justin, e levantei a parte de trás de sua camisa. Haviam ferimentos por toda a extensão de suas costas, e marcas em seu pescoço. Entrei em choque quando vi que Selena dissera a mim era verdade. Como pude ser tão idiota? Imediatamente pensei. Meu irmão quase morreu, e eu ainda tive a audácia de chamá-lo de frouxo e ainda dar um tapa em seu rosto! Ele havia se sacrificado até o seu máximo!

Dormi péssimo comigo mesmo. Quando acordei, as malas de Justin já estavam arrumadas na sala, e Selena o abraçava. Olhei para a porta, e Mirage estava na frente da mesma, esperando os dois se despedirem.

- Vamos nos ver de novo? – Justin perguntou, aparentemente chorando.

- Espero que sim. – Selena respondeu, dando-lhe um beijo em sua testa. – Pode levá-lo, Mirage. – Ela disse, se voltando para Mirage.

- Ok. Podemos ir, Justin? – Ela perguntou.

- Estou pronto... – Ele respondeu. Um homem apareceu e pegou sua bagagem. Mirage tocou seu ombro, e o conduziu para uma van que estava estacionada lá fora. Ele nem havia se despedido de mim... Está bem, eu merecia. A marca vermelha em sua face, do tapa que havia lhe dado, ainda era visível, misturado aos outros ferimentos faciais que ele havia ganhado naquele seqüestro. Hematomas, cortes mal-cicatrizados, ralados. Acabou. Ele me odiaria para sempre. Nem quando eu voltasse tinha chances dele olhar na minha cara. Quando Justin se foi, Selena tinha lágrimas nos olhos. Ela foi andando para o corredor aonde eu estava, e, ao me ver lá, não demonstrou reação. Eu achei melhor falar a verdade, e disse que sabia dos sentimentos dela por Justin, que eu a havia flagrado beijando-o, quando ela o achou no cárcere que ele havia sido posto.

- Isso não importa. Ele foi embora. – Ela disse. Tentou ir embora, mas eu a parei.

- Não... Eu sei que você já havia ficado com ele. Eu sinto muito... Sou um idiota.

Selena levantou o olhar, e me fitou.

- Ainda bem que sabe.

--------------------------------------------

Justin P.O.V.:

Mirage me conduziu até uma van, e, quando a mesma arrancou, percebi que não estávamos indo para o aeroporto.

- Pra onde estamos indo? – Perguntei, me erguendo do banco, tomando cuidado para não machucar minhas costas muito. Os ferimentos da sessão de tortura pela qual passei doíam mais que qualquer coisa.

- Para o hospital do FBI em Miami. – Mirage respondeu. – Você foi torturado e violentado, não pode voltar para casa sem ser tratado.

- Eu estou bem. – Falei, me encolhendo.

- E se algum dos homens que te violentaram tinham alguma doença que se passa por penetração? – Mirage perguntou. – Você está correndo sério risco, Justin.

Eu fiquei quieto e baixei a cabeça.

- Além disso, – Ela continuou. – Seu rosto. Olhe esses ferimentos. Você está pálido. Quanto tempo ficou sem comer?

- Não sei. – Falei. – Talvez alguns dias. Mas eu estou bem. Não preciso ir para hospital nenhum. Estou ótimo.

Ela suspirou.

- Você não está bem. – Disse. Depois, colocou a mão em minha coxa, como se fosse me implorar alguma coisa. – Eu sei que você não está passando por um momento bom da sua vida, e eu sei que a culpa em parte é minha, por ter deixado um garoto da sua idade entrar numa missão tão perigosa, mas... – Ela deu uma pausa, e tentou engolir o choro que se formou. Eu estava olhando para o nada. – Se isso tudo aconteceu a você, a única coisa que eu posso fazer para me redimir com você é te deixar bem. E, eu não posso fazer isso á força. Eu sei que você está assustado, e com raiva, mas... Não omita que está precisando de ajuda, que está mal. Deixe-me ajudá-lo, Justin.

Eu olhei para baixo, e uma lágrima desceu meu rosto, traçando uma linha salgada pelo meu rosto, e fazendo os machucados por onde essa linha passou arderem um pouco.

- A culpa não é sua. – Falei, fitando sua mão em minha perna. Eu sentia uma espécie de choque com seu toque. Achei que fosse coisa da minha cabeça, mas... Eu sentia. Acabei aceitando ajuda, e Mirage me dirigiu um sorriso sincero.

- Mirage. – Disse, fitando-a. – Eu posso abraçar você?

Ela ficou em choque por um tempo, mas assentiu, e eu praticamente desabei em seus braços, aos soluços. Eu precisava de um abraço vindo de alguém que não fosse Selena. Mirage se rendeu ao meu abraço, e, enquanto a van andava em alta velocidade, ficamos abraçados, até eu conseguir parar de soluçar, que aconteceu quando chegamos no hospital, que não era longe. Quando eu fiquei de pé no asfalto, depois de sair da van, senti todas as minhas forças sumirem, e desabei no chão. Quando acordei, estava recebendo soro na veia, deitado numa cama, suando. Mirage apareceu e se sentou ao meu lado.

- Viu o que eu disse, que você não estava bem? – Ela perguntou. Eu assenti, e ela perguntou se podia chamar um médico para me examinar, e eu deixei. Logo uma médica morena apareceu, ela tirou a agulha do soro de mim e começou a conversar comigo. Disse que iria ver os estragos que os homens haviam feito em mim. Eu me encolhi imediatamente, e a médica tocou meu cabelo.

- Eu paro quando você disser para parar. Vamos combinar assim? – Ela disse. Eu hesitei, mas assenti. Ela abriu um sorriso. – Pode se sentar?

Eu respondi que sim, e me sentei na cama. Li no jaleco da médica que ela se chamava Bella D’Angelo, e ela começou a ver meu rosto. Em alguns minutos eu já estava coberto de curativos na cara. Então, a médica me pediu para tirar a camisa. Respirei um pouco antes de tirar a camisa branca de colarinho cinza que vestia. Dra. D’Angelo deu a volta pela cama, e ficou atrás de mim. Murmurou um “Meu Deus” arrastado ao ver as marcas nas minhas costas.

- Justin, aonde você se machucou desse jeito? – Ela me perguntou.

- Eu... Fui seqüestrado. – Falei. – Eles me bateram com um cinto.

- Posso... Posso tocar? – A médica perguntou. Eu assenti, e ela começou a passar os dedos cuidadosamente pelos machucados. Eu baixei a cabeça e conti os murmúrios de dor até meu máximo. – Lembre que você disse que iria falar se doesse muito. – A mulher me alertou.

- Eu... Ainda posso agüentar. – Falei. Ela tocou meu pescoço, e perguntou como eu havia machucado o pescoço, e eu respondi que havia sido estrangulado. Ela passou alguma coisa que aliviou a minha dor, e Deus, aquele remédio era milagroso. Algum tempo depois, eu já havia feito o check-in completo, graças a Deus não havia problema nenhum em mim, e eu nem havia ficado estéril, como eu pensava que iria ficar, a única coisa grave eram as feridas de estrangulamento, e, então eu pude finalmente ir para o aeroporto, voltar para casa. Não que eu estivesse muito ansioso pra isso.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Fast And Furious- Miami" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.