Evil In Love 2 - Os Segredos Do Passado escrita por LittleSet


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Bom, gente esse é o ultimo capitulo de tristeza, e a partir do próximo talvez já comece um pouco da ação... espero que gostem...



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A sala do apartamento das garotas tinha uma luz confortável para os olhos e moveis aconchegantes para as noites infelizes que elas já passaram por ali. Mas nada tinha os preparado para o que aquelas caixas mostravam.

Havia tantas lembranças ali, fotos, jóias, presentinhos de recordações de algumas viagens. Tantas coisas, que apenas os fazia se lembrar de um passado que só os machucava.

Ben e Brianna tinham dito, com muita delicadeza, que preferiam não participar de um momento tão intimo entre eles e se retiraram assim que chegaram ao prédio da morena.

Naquele instante, todos pareciam agradecer por estarem ali enfrentando aquilo sozinhos. Cada um dos jovens estava em um lugar da casa. Ryan estava em uma das poltronas da sala, com uma caixa nas mãos que tremiam sem seu controle. Megan estava no sofá da sala, com fotos espalhadas pelas almofadas.

Leah tinha se retirado ao seu quarto, com cartas, fotos, jóias e milhares de lembranças nos lençóis de sua cama. Já Sean, estava na varanda, com a luz do lado de fora acesa e sua cabeça a mil. Entre fotos dele com Karen e cartas de sua mãe a ele.

Eles estavam sozinhos, e mesmo estando com seus amigos, ou namorados na mesma casa ou ambiente, a solidão e o vazio em seus peitos fazia com que tudo não parecesse nada mais do que apenas um torpor. Estavam todos adormecidos no passado, presos no tempo.

Se perguntando milhares de vezes como suas famílias conseguiam deixar coisas tão valiosas e sentimentais para eles, e não deduzir que a única coisa que uma pessoa naquele estado queria era seguir em frente e não viver no passado.

A primeira a se entregar as lágrimas foi Leah, por ser talvez a mais nova em uma organização que tirava todas as suas sensações do que era dor nos treinamentos. Em certo momento, depois de minutos em um estado de fraqueza e tristeza, ela misturou seus sentimentos. A loira chorou por sua família, chorou pela dor que Sean estava sentindo e por não poder ajudá-lo a fazer com que tudo aquilo passasse.

Ela afundou nos travesseiros na cabeceira de sua cama, e jogou a cabeça para trás, fechando os olhos. Leah não conseguiria sozinha, e sabia disso. Sabia muito bem disso.

Pensando nisso, ela se endireitou e limpou as lágrimas que se formavam novamente em seus olhos. Levantou-se em um pulo, e não pensou em exatamente nada, ao sair de seu quarto e procurar por abrigo. Seu abrigo.

Ela andou pelos corredores, abraçando os próprios braços. Vendo Megan e Ryan presos em suas mentes e nem percebendo sua presença ali. Leah continuou até a varanda, onde ela sabia que o encontraria. Ele precisaria de um lugar arejado para não se sentir mais preso do que já estava.

Leah o viu tão exposto naquele momento, tão frágil. A garota fraquejou por um momento, respirando fundo para encontrar sua voz e as palavras certas para falar com ele.

 - Sean... – ela o chamou.

O moreno a olhou surpreso, ele não esperava ninguém ali até a manhã seguinte. No entanto, ele não tentou afastá-la. Muito pelo contrario, quando viu a expressão triste dela, só colocou as fotos que tinha cansado de ver dentro da caixa novamente e a deixou no chão. Esticando a mão para Leah logo depois.

Ela prontamente aceitou o gesto, sendo delicadamente puxada para o colo do moreno e se aconchegando ali. Sean a abraçou, apertando-a em seus braços e sentindo-a retribuir. Deixou então que a loira entrelaçasse suas pernas às dele, e que sua cabeça descansasse em seu peito.

- Não consigo sem você, Leah. – o moreno sussurrou em seu ouvido.

Leah sentiu algo molhar seu pescoço, e soube que ele estava chorando. Se entregando a suas dores de uma forma que ela nunca havia visto antes. A garota afagou seu cabelo, deixando que suas mãos se perdessem pelos fios grossos.

- Eu também não posso continuar sem você, Sean. – ela respondeu no mesmo tom. – Simplesmente não dá, por isso eu não quero brigar com você e peço desculpas pelo que disse ontem. Eu fui grosseira e te julguei mal.

- Não, por favor, não peça desculpas. – ele pediu, sua voz saindo abafada pelo cabelo dela. – Você estava certo, eu matei pessoas demais...

- Ta tudo bem. – ela disse, percebendo que ele ficava mais triste a cada palavra que dizia.

Leah o abraçou ainda mais, se mantendo naquela posição que era tão confortável para os dois.

Um soluço escapou pelos lábios de Megan, ela tentava chorar em silêncio e controlar os tremores em seu corpo, mas aquele simplesmente escapou. Ryan pareceu voltar de longos e longínquos pensamentos, e piscou rápido.

Seus olhos se concentraram em sua garota e ele se levantou. Tirou todas as fotos que estavam em volta dela, juntamente com a que estava em sua mão, e se sentou ao seu lado sem medo de estragar as lembranças de sua garota.

O ruivo passou os braços pelo ombro dela, deixando que ela se reconfortasse em seu peito e molhasse sua camiseta. Ele mesmo sentiu seus olhos ficarem molhados, ele se lembrava muito bem agora.

Ryan nunca tinha contado a ninguém, mas ele perdera muito de sua memória no acidente, e aquelas seqüelas nunca foram sequer diagnosticadas pela organização. Seu médico pessoal dizia apenas que sua mente tinha criado um mecanismo de defesa contra toda a dor que ele tinha sentido. Só que com aquelas fotos, sua mente tinha recobrado tudo o que havia escolhido perder e não era pouca coisa.

Megan por outro lado, tinha acabado de ver fotos de suas antigas amigas, e aquilo havia aberto um ferimento enorme em seu peito.

Eles precisavam uns dos outros, e nenhuma dor ou briga poderiam separá-los. Havia algo, entre aqueles quatro jovens que os uniam de uma forma especial. Um laço forte como o amor em cada casal, e a amizade entre os amigos, poderia quem sabe explicar aquela conexão.

Os casais se entendiam com olhares e não precisavam dizer palavras. As garotas tinham seus olhares significativos que passavam despercebidos pelos dois jovens. Os garotos por sua vez, mantinham seus segredos com piadinhas internas que só eles com seus muitos anos de irresponsabilidades poderiam entender.

O que os unia mesmo quem sabe, era o passado. Talvez o fato de eles terem algo, perderem algo ou sentirem algo em comum os unisse. O modo como seus pensamentos eram ordenados eram diferentes, mas a maneira de se sentir em vista dos acontecimentos eram totalmente iguais.

Os jovens sempre tiveram entre si, a confiança de terem uns aos outros em missões. Eles tinham talento e sabiam o que faziam, não era fácil matar alguém a sangue frio como eles faziam. No entanto eles tinham o apoio da organização em suas missões, pelo menos nisso.

Contudo, quando Megan se recompôs e abriu a ultima caixa lacrada em cima de sua mesinha, ela percebeu que as coisas mudariam. E que talvez a morte que seria a única coisa que poderia separá-los, estava mais próxima dessa vez.


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Notas finais do capítulo

Bom, é isso, o próximo sai na noite ou madrugada de amanha
bjsss =3



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