Aki No Ame (DESCONTINUADA) escrita por SilenceMaker


Capítulo 32
Cosplay...?


Notas iniciais do capítulo

Uff, demorei a conseguir terminar esse, MAAAS CONSEGUI! ^^
Esse é o capítulo que eu tinha prometido para a AnaB-chan!! Consegui encaixá-lo em uma parte boa da história! Sério, espero que esteja do jeito que queria. Ah, sim, e como não sei bem como é a sua personalidade, desculpe caso esteja tudo errado. T-T
Caso hajam erros de ortografia, me desculpem, estou sem paciência para revisar.



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Hayato estava morto, ou quase isso. Morto de cansaço ao menos. Voltaram ao hotel depois de limpar tudo no ginásio, tudo mesmo. Não pergunte como o fizeram, pois foi um sofrimento sem limites, mas conseguiram. Decidiram, no caminho, usar aquele negócio milagroso de Aiko para fecharem os ferimentos e evitar pingar sangue no chão do hotel.

Yuurei, em algum momento do trajeto, se separou do grupo e desapareceu em meio às ruas escuras. Era inacreditável imaginar que alguém pudesse ser tão silencioso, parecia até que flutuava centímetros acima do chão.

Foram também à lanchonete ali ao lado antes de subirem ao quarto. Takeshi e Ayumu esperavam do lado de fora, em silêncio. Aiko ajudou Akita, que estava semi-acordado, a tomar banho para tirar o sangue do corpo. Daichi ficou aos cuidados de Hayato, já que tinha dificuldades até mesmo para respirar ou sequer pensar em respirar.

Depois de todos se limparem, chamaram os dois garotos do lado de fora. Ayumu espiava pela janela aberta, com os olhos alertas revistando até a última dobra de rua.

Takeshi deu um puxãozinho na camisa do outro para chamar sua atenção.

Trancaram a porta e sentaram-se todos no tapete, um em cada canto.

— Quando foi que você descobriu sobre o visconde? — Hayato iniciou a conversa.

Takeshi apontou para Daichi e disse:

— Ele me mandou uma carta. — E depois indicou Aiko. — Mas todas as informações que eu precisava estavam com a letra desse outro.

— Tsugumi-san, você interceptou minha mensagem? — falou o ruivo.

— Eu sabia que você não tinha descoberto quase nada — desculpou-se Aiko —, queria só ajudar. Takeshi-san precisava de um tempinho para aceitar tudo.

— Como se eu fosse descobrir algo assim!

— Por isso mesmo que eu acrescentei algumas coisas!

— Não falem tão alto — pediu Akita com a voz rouca. — Parece que estão fatiando a minha cabeça.

O resto da conversa seguiu-se em um tom baixinho, só podendo ser ouvido por causa do silêncio absoluto em volta.

— Aquele imprestável… — Takeshi retomou o assunto do visconde, com uma raiva reprimida na voz. — Vocês não sabem a merda que ele fez…

— O que houve? — perguntou Hayato, fazendo cafuné na cabeça de Akita para que o pequeno relaxasse um pouco. Daichi dispensou o afago porque não queria carinho. Teimoso e orgulhoso como sempre.

— Lembram-se de que ele disse que eu havia sido sequestrado? Era mentira. Ele me “emprestou” por um tempo, fingindo-me de refém para pagar o resgate e quitar dívidas. Ele comentou ainda da minha perda de memória, certo? Aquele lixo que apagou-as para que eu não descobrisse… — Deu um suspiro pesado, controlando-se para não quebrar o quarto todo.

— E como você sabia que era para ir àquele campus? — quis saber Daichi.

— Tio Theo estudou lá quando mais jovem. Como foi ele que dizimou a última leva de estudantes, achei que fosse para lá. Sabe, um mínimo de pensamento racional ajuda.

Takeshi ia falar mais, porém levou uma almofadada forte bem no rosto.

— Vá zombar de outro — resmungou o ruivo.

— Idiota!

Daichi levantou-se e ia fugir do outro, que ia perseguí-lo. Infelizmente o ferimento na barriga ainda não estava curado, dando uma forte pontada quando o ruivo se moveu. Acabou caindo de joelhos novamente, segurando o machucado. Takeshi sentou-se novamente ao ver que o ruivo não tinha condições de fugir nem de mariposa.

— Se não pode brigar então não provoque — disse Hayato, espiando as faixas que cobriam o machucado. — Não se mexa demais senão o corte vai acabar abrindo novamente.

Emburrado, Daichi sentou-se de vez.

— Não sabia que atirava, Ayumu — falou Aiko, ajeitando-se ao lado do criado-mudo.

— É, mas já faz um tempinho que não uso o arco — contou o outro com um sorrisinho sem graça. — Enferrujei um pouco, era para ter acertado na cabeça.

— Não se preocupe, está mais do que bom — elogiou Hayato.

— Obrigado!

Um tempinho de silêncio se seguiu após a última palavra, onde ninguém sabia como recomeçar a conversa.

— Enfim, vão ficar aqui por mais quanto tempo? — perguntou Takeshi.

— Acho que alguns dias — respondeu o albino. — Não podemos viajar para lugar nenhum se ainda tiver alguém machucado.

Takeshi pensou um pouco, para então levantar-se e recolher as espadas que haviam sido deixadas no tapete.

— Aonde vai? — indagou Aiko.

— Dar uma desculpa para o desaparecimento do meu tio — disse Takeshi. Dava para quase sentir em sua voz que não queria fazer isso. — Ia ser complicado lidar com as pessoas caso eu deixasse tudo assim.

E abriu a porta, saindo do quarto e deixando-a aberta. Ayumu levantou-se rapidamente e seguiu o patrão, parando no batente e dizendo:

— Não se esqueçam: qualquer coisa, podem nos chamar. — E foi embora.







Um tempinho já havia se passado. No momento, apenas Akita estava ferido. Por algum motivo, Daichi se recuperou em questão de horas. Infelizmente o pequenino não era assim tão rápido, embora o progresso fosse claro e veloz.

Na manhã do dia 11, enquanto o ruivo ainda estava ferrado no sono, Hayato e Akita desceram ao saguão para se distrairem um pouco. Estavam tensos demais. Haviam alguns sofás e poltronas formando um quadrado no canto do grande cômodo, onde os dois se sentaram.

— Por que está com essa expressão? — perguntou Akita preocupado, quando viu o rosto perigoso que o colega ostentava.

Quando as palavras foram processadas em seu cérebro, Hayato desanuviou a expressão imediatamente, dando um sorriso.

— Desculpe, estava apenas pensando — disse.

Akita não engoliu por completo a desculpa. Viu que o sorriso fora forçado. Os olhos não eram sinceros.

— Pensando no quê? — quis saber.

Hayato fitou-o por uns segundos.

— Em coisas.

— Que coisas?

— Coisas minhas, não se preocupe.

Akita baixou a cabeça, imaginando em como responder.

— Ora essa, não acredito no que vejo! Um casal como vocês não deveria brigar desse jeito.

Sobressaltado, o pequeno deu um pulo alto ao ouvir a voz desconhecida ao seu lado. Caiu sentado na poltrona atrás de si.

— Quem é você? — indagou Hayato à pessoa.

Era uma garota de cerca de treze anos, não muito mais baixa que o albino. Usava uma blusa branca por baixo de um bolero azul-marinho, uma calça jeans cinzenta e sapatilhas também azuis. Os cabelos ondulados cor de bronze desciam pelas costas, enquanto os olhos verde-acinzentados observavam os dois rapazes com curiosidade. Ela tinha um ar crítico.

— Sabem que a discordância e teimosia são o primeiro passo para a separação? — disse. — Então…

— Separação? — repetiu Akita confuso. — Como vamos nos separar se nem estamos juntos?

— Quêêê?! — A garota não acreditou. — Não estão? Como? Estão sussurrando por toda parte desse saguão que vocês dois são namorados.

— Hã?

O pequeno inconscientemente se encolheu onde estava, odiava a ideia de ter gente falando por suas costas. Lembrava-lhe da escola…

Antes que percebesse, ela agachou à sua frente e encarou-o.

— O q-que foi? — disse Akita.

— Aya! Quando foi que você chegou aqui?

A garota virou o rosto ao ver que alguém lhe chamara, focalizando um certo ruivo do outro lado do saguão.

— Daichi! — exclamou Aya com alegria, pondo-se de pé. — Não sabia que estaria por aqui! Como está?

— Responda-me primeiro…

— Ah, é verdade. Cheguei hoje, claro! É que da última vez que estive aqui, esqueci uma mala lá no quarto. Liguei mais cedo e me disseram que estava nos achados e perdidos.

— Mala?

— Aquela ali. — Ela apontou uma mala de rodinhas razoavelmente grande, que descansava ao lado da mesinha de centro. — Ei! — Akita se sobressaltou. — Tive uma ideia! — Olhou para o pequenino. — Venha comigo!

Aya segurou no pulso dele, pegando a mala também e saiu correndo pelo piso frio, virando na parede e entrando no elevador.

— Opa, deixei a porta do quarto destrancada — lembrou-se Daichi.

— Vamos lá mais tarde — disse Hayato. — Ela não parece ser perigosa, acho que não tem problema.

— É uma maníaca por cosplays, mas com certeza não é perigosa.

— Conhece ela de onde?

Daichi sentou-se antes de responder.

— Fiquei uns tempos em uma escola em Caeli e ela foi uma das minhas colegas de classe. Fizemos um trabalho juntos, aí eu tive que sair logo depois disso.

— Ela não…

— Não faz ideia de nada, exato.








— Aah, escolhi certo a roupa! Ficou lindo!

Aya estava satisfeitíssima consigo mesma, batendo palmas animadas.

Sentado na cama, encolhido o máximo possível, estava, claro, Akita. De algum modo, fora colocado em um vestidinho branco com botões na frente, meias da mesma cor até as coxas e uma tiarinha na cabeça com um + vermelho. Uma roupa de enfermeira. Estava corado até a alma.

— Que tal se eu tirasse algumas fotos? — sugeriu Aya.

— Não!

— Por que não? Está tão fofo! E tenho certeza de que aquele lá de cabelo branco vai ficar feliz!

— Não deixe ele me ver assim de jeito nenhum!

Os braços de Aya, que seguravam um celular, amoleceram aos lados do corpo.

— Então você não gostou da roupa de enfermeira? — disse ela pensativa. — Que tal então um vestido Lolita?

— O que é Lolita? — Aya sorriu perante a pergunta de Akita.

— Quer vir aqui para ver?

— Prefiro ficar sem saber.




• • •




— Já faz quase uma hora — comentou Daichi.

— Será que eu vou lá? — perguntou Hayato.

— Acho melhor.

— Então vou subir.

— Vá lá, vou ficar aqui.

— Preguiçoso.

Sem ouvir a resposta do ruivo, Hayato levantou-se e cruzou o saguão, entrando no elevador. Não demorou a chegar no andar e encontrar o quarto.

— Esqueceram a porta aberta — falou.

Entrou silenciosamente.

— O que é isso na minha cabeça? — ouviu-se a voz de Akita.

— Olhe no espelho — Aya respondeu com alegria.

Curioso com a exclamação de susto que seguiu essas duas frases, Hayato entrou, espichando o pescoço para ver o que estava acontecendo. Com certeza levou um susto, mas… talvez um susto bom.

Akita estava no banheiro de frente para o espelho, com Aya cobrindo sua imagem por trás. A garota notou que o albino havia entrado, dando uns passinhos para o lado com o pretexto de alcançar a escova de cabelo.

— Akita? — chamou Hayato.

O pequeno se sobressaltou, virando-se para trás com uma expressão quase apavorada. Ele tinha duas orelhinhas felpudas saindo do topo da cabeça e usava um vestido Hime Lolita azul-bebê. Uma meia-calça fina branca se estendia pelas pernas. E uma cauda negra, comprida e estreita saía de dentro do vestido, quase alcançando o chão. Claro, orelhas e cauda falsas.

Akita não notou por causa do pânico do momento, mas Aya viu as maçãs do rosto de Hayato ficarem meio rosadas.

— Não olhe! — exclamou o pequenino de repente, recuando alguns passos e puxando a barra da saia, que batia-lhe nos joelhos, para baixo. De tão corado que estava, era muito provável que até seu pescoço estivesse vermelho.

— Não vou rir de você — disse Hayato, dando um passo. — Acalme-se.

— Kya! Fique aí!

— Por quê? Já te vi de vestido de festa vitoriano, qual a diferença?

— Orelhas de gato!

— E o quê? Ficou legal em você.

— Eeh? Sério?

Hayato assentiu, sorrindo.

Akita sentiu a visão girar e o rosto se aquecer em uma velocidade alarmante. De repente, tudo escureceu.

— Ei! — chamou Hayato, segurando o pequeno antes do mesmo bater no chão.

— Não apague! — disse Aya desesperada, tentando pensar em um jeito de reanimar Akita.

Antes que algum dos dois pudesse fazer algo, a porta do quarto se abriu novamente.

— Nossa, que bagunça…

Aya não reconheceu a voz, se assustando um pouco quando ela soou. Porém, Hayato ficou aliviado.

— Aiko! — disse. — Estamos aqui.

A porta do banheiro, já entreaberta, escancarou-se lentamente. Aiko apareceu; vestindo calça jeans, uma blusa branca de botões e jaqueta; com um copo de café na mão, comprado na cafeteria ali perto.

— O que houve com ele? — quis saber.

— Simplesmente desmaiou — respondeu Hayato.

— E quem é ela?

— Aya — respondeu a garota animada.

— É a irmã dele?

Nem o albino ou a garota esperavam aqui.

— Como é? — perguntou Aya.

— Ah, desculpe, me confundi? É que vocês até que são meio parecidos, então pensei que fosse, sei lá, a irmã dele.

Aya parou pensativa por uns momentos e, como se chegasse a uma conclusão maravilhosa, deu uma exclamação.

— Quem colocou essas orelhas de gato nele? — indagou de volta Aiko, colocando o copo de café na pia e se agachando.

— Eu!

— Ficaram bonitinhas.

A garota sorriu, feliz com a aprovação de quem quer que fosse. Bom, parecia ser conhecido do pequenino.

— Falando nisso, qual o nome de vocês? — finalmente ela lembrou-se de perguntar.

Aiko arqueou a sobrancelha. “Meio estranha, mas gente fina”, pensou.






Eles acabaram por ficar mais alguns dias no hotel. Descobriram que Aya era boa em fazer pinturas, já que desenhara com perfeição em um guardanapo de papel o salão de refeições. Ela ofereceu-se para fazer um desenho dos rapazes, embora eles tenham recusado, todos pelo mesmo motivo. Qual seria esse motivo? Um dia te conto.

— Akita! — Aya dizia animada, quando chegou no salão para tomar café da manhã. — Comprei chocolate hoje cedinho, vai querer?

— Chocolate! — falou ele alegremente, já se levantando.

— Acabe pelo menos de comer — disse Hayato, puxando-o de volta para a cadeira. — Vai acabar enjoado depois caso comece o dia comendo doce.

Sem reclamar ou se opor, Akita acomodou-se de novo e retornou para a torrada pela metade, cheia de geléia de morango.

— Quer sentar-se? — convidou Daichi, servindo suco em seu copo. — Aiko saiu antes, tem uma cadeira sobrando.

Aya aceitou, sentando-se e puxando uma bolacha da travessa.

— Até quando vão ficar aqui? — perguntou, mordiscando a ponta da bolacha.

Ao invés da resposta chegar imediatamente, os três rapazes se entreolharam, talvez receosos em contar.

— O que houve? — disse Aya, notando o silêncio repentino.

— Estávamos pretendendo ir embora hoje — disse Hayato.

— Hoje?! — Ela se sobressaltou. — E por que só me contaram agora?

— Porque decidimos agora há pouco — respondeu Daichi.

A garota não pareceu muito confortável, ajeitando-se pensativa na cadeira.

— Algum motivo em especial? — indagou baixinho.

— É que precisamos resolver umas coisas urgentes — disse Akita.

— Posso ir junto?

— Não — Daichi respondeu com aspereza, fechando a cara.

Aya sentiu-se ofendida com o tom do ruivo.

— E por que não?

— Porque não — continuou a falar Daichi. — Não é da sua conta, é assunto nosso. Volte para casa assim que der.

— Você continua com esse hábito detestável — disse Aya, triste. — Não seja tão rude, afasta as pessoas, sabia?

— E daí? Não ligo. Mas você fica aqui, tá?

Com essa frase amável, o ruivo deixou de lado o copo de suco quase cheio e saiu da mesa.

— Para onde vão? — Aya realmente precisava saber.

— A-Aya… — começou Akita, pronto para dar uma explicação.

— Não, não.

— Não o quê?

— Sou sua onee-chan, ouviu? — Aya corrigiu-o. — Onee-chan. — E repetiu para dar mais ênfase.

— Onee… chan?

— Isso mesmo!

Ela deu um sorriso.

— Acho melhor eu ir falar com Daichi — murmurou Akita. — Quando ele fica irritado desse jeito é assustador. Volto já.

Akita afastou devagar a cadeira da mesa e se levantou, desatando a correr pelo salão atrás do ruivo.

— Você disse que ele era rude, não é? — falou Hayato distraidamente, da mesma forma que fazia alguém dizendo algo banal. Um sorrisinho fraco escapou-lhe dos lábios. — Não sabe o quanto está enganada.

— Eh? Por quê?

— Você acha mesmo que ele mandaria quem quer que fosse não se envolver, se não fosse alguém gentil?

Aya não respondeu, parou para pensar. Não disse uma única palavra.

Hayato fingia que não tinha falado nada, terminando o café da manhã o mais rápido que pôde.

— Vou subir para arrumar as coisas, sim? — avisou, tirando a garota de seu aparente transe absorto em pensamentos. — Já voltamos para nos despedirmos.

Sem dar tempo para ela responder, o albino passou pelo mesmo caminho que os outros companheiros tinham ido, sumindo pela dobra do corredor.

— Eles não vão aparecer aqui de novo, não é? — disse ela consigo mesma, dando um sorrisinho pesado e levantando-se. Pegou sua mala de rodinhas que misteriosamente aparecera no salão, saindo do hotel com passos compassados, como se ouvisse uma música.

Ela estava certa, nenhum dos rapazes retornariam para se despedirem. Infelizmente, era perigoso demais até para si mesmos se voltassem. Notaram um desconforto por parte de Akita quando viu que estavam demorando demais para deixar o hotel, e, como ele tinha uma intuição ótima, resolveram atender às espectativas do pequeno e ir embora naquele dia mesmo.

Aiko já tinha organizado tudo enquanto os outros tomavam café da manhã. As mochilas, de alguma forma, continham bagagens absurdas compactadas de forma mágica.

Conversaram um pouco na noite anterior antes de decidirem para onde iriam.




— Por que você está assim tão sério? — Aiko perguntou. Era quase duas da manhã e nenhum dos rapazes tinha um mínimo de sono.

— O que acham de irmos até as ruínas de uma organização falida? — perguntou Hayato de repente.

— Como é? — disse Daichi, surpreso pelo assunto abordado.

Hayato, que estava deitado em sua cama por cima das cobertas, mirando o teto, se sentou.

— Aquela organização que estive antes — disse. — Ela ruiu logo depois de eu ir embora. Acho que eu preciso ir lá, há… algumas coisas me incomodando. Estou apenas querendo saber se vêm junto.

— Então, mesmo se falarmos que não, você vai de qualquer jeito? — perguntou Aiko.

— É.

— Mas não é perigoso? — falou Akita, finalmente se pronunciando na conversa. Sua voz praticamente transbordava preocupação.

— Quê?

O pequenino pulou de onde estava para cima do albino, derrubando-o da cama. Caiu sentado na cintura do mais velho e disse, com um ar autoritário:

— Vou também!

Hayato ainda estava meio surpreso por ter sido derrubado bruscamente, mas sorriu e falou um “obrigado”.

— Onde fica? — perguntou Daichi. — A não ser que já tenha uma rota até lá, posso traçar uma não muito longa.

— Seria bem útil — disse Hayato. — A que eu conheço foi barrada há alguns meses por gente estranha.

— Podemos dar a volta — falou Aiko. — Um conhecido meu mora lá perto, podemos usar a casa dele como ponto de referência.

Daichi ia dizer algo mais, porém Hayato fez um sinal de silêncio antes que pronunciasse algo. Akita, no meio da conversa, caíra no sono em cima do albino. Silenciosamente, ele o colocou em sua própria cama e todos foram dormir.

Mas, mesmo não verbalizando, Hayato sentia como se alguém lhe cutucasse o ombro o tempo inteiro para dizer que algo estava errado. Muito errado.







Se meus olhos mostrassem a minha alma, todos, ao me verem sorrir, chorariam comigo.



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Notas finais do capítulo

Aai, estou tão nervosa com esse capítulo!!! T-T
Espero que tenha respondido à algumas dúvidas, e, se não for spoiler, eu explico para quem quiser saber >~
Vou tentar colocar o próximo no fim de semana! Kissus!!!



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