Aki No Ame (DESCONTINUADA) escrita por SilenceMaker


Capítulo 20
O plano, finalmente iniciado


Notas iniciais do capítulo

Aaaahh!!! Eu sou muuuito estúpidaaa!!! T-T
Ontem eu tinha acabaado o capítulo, mas fechei a aba acidentalmente antes de salvar :(
Mas finaalmente essa burrinha aqui vai colocar, ok? Espero que esteja bom!!



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Akita correu a se esconder atrás de Hayato, quase inconsciente do que fazia, apertando o braço do albino e espiando por cima de seu ombro.

— Sabe, não vou te violentar — riu o garoto ruivo. Sem esperar resposta, disse: — Ei, espero que eu esteja certo, senão meus esforços enormes terão sido em vão, mas vocês são estudantes daquele internato estranho aqui perto, não é? Qual era o nome...?

— Nem precisa lembrar, já sei qual é — falou Hayato. — E, sim, estudamos lá.

— Ah, que bom!

— Mas por que a pergunta?

O rapaz tomou fôlego antes de responder:

— É que a minha escola é chata demais e todo mundo que estuda lá é chato também, então não falo com ninguém. Aí eu vim aqui esses dias e encontrei vocês, que pareceram gente boa. Foi então que concluí que estou solitário demais e resolvi esperar um dia em que me notassem! E essa é minha emocionante história!

— Emocionante... sei... — murmurou Akita.

— E você estuda naquele colégio estadual a três quarteirões daqui? — indagou Hayato.

— É — o ruivo disse com entusiasmo. — Na verdade estava com preguiça de tentar uma escola melhor, então acabou sendo a estadual mesmo. Se quiserem algum dia desses eu os levo lá! Isso se não morrerem de tédio logo na entrada.

— Tédio é uma coisa suportável. Qual seu nome?

— Isao Daichi, e estou na oitava série. E vocês?

Hayato deu um suspiro de lado.

— Para quê perguntar quando já sabe?

— Sei lá, talvez questão de cortesia.

Akita deu uma risadinha abafada.

— Não estou entendendo nada, mas não vou pedir para me explicarem agora — disse ele em voz baixa.

Daichi ia responder com uma piada, mas uma música alta vinda de sua maleta interrompeu-o. Embora Hayato e Akita tenham se sobressaltado, o ruivo apenas abriu o bolso frontal da maleta e tirou de lá um celular prateado. Assim que o fez, a música parou de tocar.

— Putz, tenho que ir agora — disse ele, ainda mirando a tela do celular. — Pixaram a sala de aula e pensam que fui eu, se não voltar agora vou me meter em encrencas. — Ele levantou o rosto para os dois rapazes, que ainda não haviam movido um único músculo. — Então, posso encontrá-los amanhã aqui?

— Ah, claro — respondeu Hayato.

— Que bom! Se é assim, vejo vocês amanhã depois das aulas! Até mais!

E, enquanto guardava o celular de volta na maleta, saiu correndo praça afora.

— Esse Daichi certamente é uma pessoa alegre — comentou o albino pelo canto da boca.

— Certamente... — concordou Akita.

Assim, o pequeno soltou o braço de Hayato e se afastou um pouco.

— Melhor voltarmos logo para a escola, logo vai ser dado o toque de recolher — disse Akita.

— Tem razão, vamos nos apressar então.



Não foi apenas no dia seguinte que Daichi passou o fim de tarde com Hayato e Akita  revelando ser alguém simpático e de boa índole , mas sim nos dias seguintes também. Mas não foi por isso, como Akita logo notou, que o albino abaixou a guarda. Ele notava uma pequena tensão nos olhos safira.

Foi no dia 24 — quatro dias após terem conhecido Daichi —, quando voltavam para a escola no fim do dia, que Akita decidiu perguntar:

— Por que parece tão preocupado?

— Não estou preocupado — respondeu Hayato com um daqueles sorrisos tranquilizadores.

— Então que tal... inquieto?

— É, acho que essa palavra define exatamente o modo em que estou agora... — Hayato completou a frase com um risinho.

— Por quê?

A resposta não veio de imediato, mas, por fim, Hayato se sentou no muro baixo ao lado e disse:

— Não sei se já conseguiu processar no seu cérebro cheio de açúcar, mas Daichi tem uma presença muito reboante. — Ao ver que Akita continuava a não entender nada, resolveu explicar: — Ele viu a marca do seu olho, e com certeza sabe o que é.

Os olhos do pequeno se arregalaram.

— Ah! — exclamou. — Então quer dizer que... que ele... — Akita se atrapalhava todo com as palavras, de tão ansioso que estava. — Daichi é... ele tem... Daichi tem algo a ver com essa bagunça toda pela qual estamos passando?

— Bingo — Hayato falou, satisfeito. — E ele não veio falar justo conosco por acidente. Ele também sabe quem somos.

Os orbes de ouro de arregalaram mais ainda.

— Isso seria como... como uma batalha silenciosa...?

— Em que ambos os lados sabem que o adversário está logo ao lado, mas ainda assim ninguém ataca — completou Hayato. — Exato. Mas não pretendo mantê-lo como nosso adversário por muito mais tempo.

— Como assim? — Logo que acabou de fazer a pergunta, Akita achou a resposta. — Quer dizer que Daichi vai nos auxiliar no plano?

— Se ele concordar, sim.



— Ah, desculpem a demora! É que o professor ficou me enrolando lá na sala de aula, mas nem cheguei a ouvir a bronca dele. E, não, não fiz nada de errado.

Era sábado, e Daichi estava irremediavelmente atrasado. Eles iam jogar boliche no shopping ali perto durante a tarde. Cada um pagaria uma hora, depois iriam fazer um lanche e dar umas voltas.

— Sem problemas — falou Hayato. — Na verdade chegamos pouco tempo atrás também, é que tínhamos perdido a chave do portão da frente então não podíamos sair. Demoramos um século para encontrá-la.

— Estava no bolso do meu casaco — complementou Akita.

Daichi riu, e os três encaminharam-se animados para a rua em direção ao shopping.

Era um lugar simplesmente enorme, ocupando duas quadras inteiras e com cinco andares. Vidraças espelhadas enormes preenchiam boa parte das paredes externas, embora nenhuma mostrasse nada de dentro — todas davam para uma outra parede.

— Quem paga a primeira hora? — perguntou Daichi, após adentrarem o shopping e subirem o primeiro lance de escadas rolantes.

— Posso ser eu — propôs Hayato, já tirando a carteira do bolso.

— Então eu pago a segunda.

— A pista de boliche fica onde? — perguntou Akita olhando em volta, saindo da escada rolante.

— Ah, é verdade, você nunca veio aqui antes — disse Hayato. — É no andar de cima, precisamos subir mais uma vez.

Foi ridiculamente fácil encontrar a pista de boliche, já que logo na frente tinha uma placa gigantesca de neon.

Após calçarem os sapatos feios e apertados de boliche,o que era obrigatório fazer ("Não vou colocar essas coisas", protestou Akita inicialmente), eles se encaminharam para uma pista livre.



Haviam se passado duas horas, quase três. O placar estava acirrado, quase preenchido completamente por strikes. Algumas pessoas em volta pausavam qualquer coisa que estivessem assistido para assistir. Porém, Akita estava na lanterninha por três pontos — se atrapalhara um bocado com a bola no início — e o mais divertido, com toda a certeza, era Hayato e Daichi usando truques de todo tipo para sabotar um ao outro. E nenhum dos três parecia ter consciência da platéia em volta.

— Por que você não desiste logo? — disse Daichi, tomando um gole do refrigerante que haviam pedido antes. — Está óbvio que vou ganhar.

— Te digo o mesmo — retrucou Hayato. — Uma hora você vai ter que cansar.

— Não antes de você.

Ambos fuzilaram-se com o olhar, que dava até a impressão de poder sair faíscas ameaçadoras.

— Hã... acho que vou lá pagar a minha hora — falou Akita baixinho, ansioso por sair dali, e sem esperar resposta foi correndinho para o caixa. Mas, no caminho, disse um "xô, xô" para as pessoas em volta, espantando-as para longe.

— Daichi... — chamou Hayato baixinho. O ruivo sentou-se com o refrigerante em mãos, dando mais um gole.

O albino sussurrou algo muito baixo, os lábios movendo-se minimamente. Mesmo com os orbes cítricos voltados para o chão, Daichi viu com o canto dos olhos e fez uma leitura labial perfeita. Ao fim da extensa fala de Hayato, Daichi quase cuspiu fora o refrigerante.

— T-tá de brincadeira comigo! — exclamou o ruivo, engasgando-se um pouco.

Hayato deu um sorrisinho de lado, balançando negativamente a cabeça.

Daichi sussurrou algo de volta, da mesma forma que o albino. Hayato assentiu, visivelmente satisfeito. Akita, que chegava nessa hora, notou imediatamente o relaxamento nos orbes safira.



— Hoje foi muuuito divertido! — disse Daichi, ao se despedirem na praça, se espreguiçando. — O toque de recolher da minha escola é mais cedo, então vou ter que voltar agora. Os vejo amanhã?

— Claro — respondeu Hayato. — Boa noite.

— Boa noite! Até!

Daichi começou andando, e foi acelerando ligeiramente a cada segundo, até que terminou correndo e desapareceu pela dobra da rua.

— Vamos indo também? — convidou Hayato. — Não é bom ficar até tarde na rua.

— Vamos sim!

Ambos caminharam em silêncio por quase todo o caminho, mas, quando estavam a apenas um quarteirão da escola, Hayato disse:

— Conseguimos um aliado.

Após uns segundos absorvendo a frase repentina, os olhos de Akita cintilaram e ele falou:

— Você falou com ele?

— Sim, já contei todo o plano também. Vamos nós três para a casa do visconde amanhã logo pela manhã.


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Notas finais do capítulo

É isso!
Caso hajam erros ortográficos ou qualquer coisa do gênero, desculpem porque vou revisar mais tarde. Assim que der eu coloco mais um, sim? E qualquer dúvida, coloque no review que vai ser respondido. Kissuss!!! ♥.♥



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