– Sabe, eu acho que primeiro amor nós não superamos. Ele marca tudo. Com ele que você aprendeu o verdadeiro significado da palavra amar. Então, pra mim você nunca supera ele, só aprende a conviver com a falta daquela pessoa. Tipo, ele foi tudo pra mim só que passou sabe. Nós nos amávamos, e era muito intenso, pelo menos pra mim. Antes dele aparecer na minha vida eu tinha meio que criado uma barreira contra caras quebra-coração, mas parece que ela não era muito grossa, por que ele simplesmente a atravessou. - respondi a pergunta da entrevistadora sobre o meu primeiro amor.

– Mas você acabaram por que?

– Incompatibilidade de agenda... Esse é o nome oficial. Ele tinha que escolher entre viver seu sonho ou ficar comigo. Ele escolheu o próprio sonho. Eu não guardo mágoa, se fosse hoje em dia eu também teria escolhido meu sonho, mas na época foi muito dolorido. Acho que o dia da despedida foi o pior momento da minha vida. Eu não queria perder ele nem ele queria me perder mas tinha que ser assim.

– Você tem notícias dele hoje em dia?

– Sim, sim.

– E você sabe como anda a vida dele? Como ta a familia? Se ele tem ou não namorada?

– Sim, eu tenho noticias dele. Acho que a vida dele esta digamos que...huum...conturbada? É, acho que pode se dizer assim. Bom ele tem uma namorada. E isso é um tanto irônico.

– Por que ironico?

– Por ela ser quem ela é. - a entrevistadora me encarou confusa.

– Se ele estiver vendo isso, entenderá.

– Falando em vida amorosa, como vai a sua?

– Ah vai indo. Sabe, ninguém me ama, ninguém me quer. Meu namorado me deixou a uns 6 meses e já ta com outra. – fui dramática.

– Oooh não seja tão pessimista. Então não há nenhum pretendente?

– Acho que não.

– Quer ouvir boas coisas?

– Sempre.

– Arranjamos um pretendente pra você. Quer ver?

– Sério. Meu Deus agora eu tenho cupidos. Mas é claro que eu quero ver quem vocês arrumaram pra mim. – ela só apontou pro telão. Vi um garoto de longe. Eu conhecia aquele rosto de algum lugar. A câmera deu um zoom em seu rosto e pude perceber quem era. Só de ver ele, mesmo em um telão, meu coração acelerou. Parecia que ele ia pular para fora do meu peito. Ele batia rapido, muito rapido. Ele fazia um barulho assim: Tum-tum-tum-tum. Que garoto é esse? Capaz de fazer meu coração acelerar apenas com uma imagem.

A mulher que estava o entrevistando perguntou pra ele qual seria a garota perfeita e ele começou a fala:

“Bom, eu acho que ela tem que ter um sorriso lindo, e que quando ela sorrisse eu sorrisse também. Ela deveria ser extrovertida e ao mesmo tempo timida. Deveria me abraçar forte quando eu estivesse mal e dizer que tudo iria ficar bem. Deveria bagunçar meu cabelo e me chamar de chato. Me chamar de meu amor e dizer o quanto me ama. Ela deveria ser meio menina meio mulher. Ela riria das minhas piadas sem graça e elogiaria meu sorriso. Quando estivéssemos na presença de nossos amigos ela deixaria todos de lado e viria ficar comigo. Do meu lado, me dando carinho. Eu daria chocolate com morango na sua boca fazendo-a sorrir. Ela deveria gostar das mesmas coisas idiotas que eu. E teria que ter a melhor risada do mundo. Ela teria que ter uns olhos penetrantes que me deixassem hipnotizados. Mas acima de tudo, ela teria que estar comigo por quem eu sou e não pela fama ou dinheiro que eu tenha.” – cortaram o resto da entrevistada. Eu tava com um sorriso bobo no rosto, com certeza.

– Você sabe quem é esse garoto?

– Claro. Tem como não saber? Justin Bieber. – ri pra disfarçar as minhas lágrimas.

– E o que eu tenho haver com isso? – perguntei.

– Você se encaixa em tudo, certo? – a platéia gritou “sim” e eu dei um sorriso bobo.

– Uhh não sei não. Me disseram que ele tá com uma namorada ai... Enfim.

– Você não sabia?! Eles terminaram, agora eles esta livre, leve e solto. – O que? Eles terminaram? Como eu não soube disso? Estou desatualizada. Dei um sorriso de orelha a orelha fazendo a apresentadora rir.

– Você gosta dele! Olha seu sorrisinho.

– O que? Nãããão, eu não gosto! – isso era verdade, eu o amava. Tanto.

– Claro que gosta. Da pra ver só pelo seu sorriso. – balancei minha cabeça negativamente, rindo sem graça.

– Melissa gosta do Justin. Melissa gosta do Justin. LALALALALALA. – ela cantarolou me fazendo rir. Desviei do assunto “Justin” e começamos conversar sobre minha carreira. No final cantei Smile e fui pra casa.