Hurry Xmas escrita por xxxkh-y


Capítulo 2
Christmas time for you and me


Notas iniciais do capítulo

Yeah, eu sei o Natal já passou e eu espero que vocês tenham tido um ótimo.
Fiquei de postar no dia 25, mas realmente não deu. E cá estou, em um dos últimos dias de 2011, oh!
Esse capítulo é tão bobinho quanto o outro, mas espero que gostem assim mesmo. Não foi betado porque dona Shushure está no churrass nordestim kk Oi m kk
Boa leitura.
Tempos natalinos para você e para mim ♪



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Dezembro passara muito rápido depois daquilo.

Takashi começou a ver o shopping movimentado com olhares mais tolerantes, freqüentando-o até mais algumas vezes, mesmo já tendo terminado as tão insuportáveis compras de Natal. Não era necessário explicar a razão, hn?

Certo assistente de Papai Noel, muito divertido e um tanto quanto desavergonhado que fazia qualquer fila lotada de crianças infernais valer à pena. Seu nome era Kazamasa Kohara, mas preferia ser chamado de Shou.

Visitara o shopping muitas outras vezes após aquela, incerto sobre isso em primeira instância; mas com a desculpa de que ainda não havia encontrado seu sobrinho, o que fez o rapaz de olhos chocolates rir extremamente espalhafatoso e atrair a atenção de muitos outros em volta. Kohara era de uma personalidade muito interessante, a qual só tinha oportunidade de conhecer –sem muito aprofundamento– durante suas horas de folga na casa do Noel.

Descobrira que Shou era de uma inteligência notável, e que estava trabalhando ali porque lhe agradava ver o semblante alegre das crianças. E quem pudera, com um moço tão belo trabalhando ali, ficava difícil para o menor dos rebentos não se encantar.

Ele tinha certa aura, que combinava perfeitamente com o Natal. Aquele espírito feliz e gentil, inocente –embora ele tivesse se provado um tanto quanto sugestivo. Kohara era daquele tipo de pessoa que, quando próximo, faz as horas passarem em segundos. E a cada sorriso que o quase-loiro lhe proporcionava trazia ainda mais paz para Takashi. O que só o fazia negar levemente em pensamentos.

Fazia algum tempo que não se sentia assim. Leve. Sendo si mesmo, fazendo piadas e não sorrindo por obrigação –como a profissão o forçava a fazer. Não havia outra palavra para descrever, que não divertido porque era assim que os dias se tornaram no Dezembro daquele ano.

Takashi viu os dias passando, um a um, não se importando com a gasolina extra que acabava gastando quando visitava Kazamasa no shopping. Diga-se de passagem: quase todos os dias.

E ainda que nada relevante acontecesse entre os dois, retornava àquele lugar –a cada dia que se passava, ainda mais cheio– com o mesmo sorriso discreto nos lábios, que se alargava ao que chegava próximo à, ainda mais movimentada, praça de eventos.

Ver Kohara com seu shorts habitual e aquele sorriso infantil nos lábios, cumprimentando as crianças e seus parentes, guiando-os para o interior da casa; fazia com que os próprios lábios, pequenos como eram, se esticassem em um belo sorriso.

Kazamasa ficava ainda mais bonito ali. Já era um tanto quanto alto, e em meio às crianças ficava em destaque. Era visível como fazia o trabalho com amor, não deixando de se divertir; e aquilo fazia com que Takashi sentisse certa admiração pelo maior.

E assim foram se conhecendo. Dia após dia, nas horas vagas que coincidiam a ambos. Takashi o levou para degustar do croissant o qual fora privado no primeiro dia em que se conheceram, mas Kohara acabou por lhe mostrar outro café –do outro lado do shopping– que valia a caminhada e pessoas esbarrando em si.

Kohara era bem extrovertido. Não que Takashi fosse do tipo sério, mas ao lado do semi-loiro... Não tinha nem comparação. Descobriram muitas coisas em comum: da simples preferência a Fanta à paixão pelos vídeo games.

A decoração de Natal será removida dia vinte e cinco, logo após o fechamento da praça de alimentação às duas da tarde.” Kohara lhe contou com um ar entristecido, seguido de um suspiro. Havia achado aquele mês maravilhoso, não só por Takashi e todo o tempo que haviam passado juntos; como por poder ver o brilho estampado nos olhos de muitas crianças. Ficava feliz em ser parte do tal espírito de Natal o qual sempre ouvira falar, e nunca dera atenção até aquele momento. Ao notar certa preocupação no olhar do outro, sorriu imediatamente, negando com a cabeça e bagunçando seus fios como conseqüência. “Tudo bem né, haverá Natal no próximo ano também.

Ao final, toda aquela decoração exagerada de Natal havia sido especial. Para ambos. Por que se não fosse a imensa barreira entre o croissant e Sakamoto, talvez nunca tivesse notado o assistente de Papai Noel ali na porta. Ou talvez não. Talvez tivesse o notado assim mesmo, porque querendo ou não ele se destacava; pela beleza ou pela roupa natalina.

Quando o Natal se aproximou ainda mais, o celular de Saga não parava de tocar. Não, não eram ligações de negócios, pois havia tirado suas tão merecidas férias para Dezembro/Janeiro. Era sua mãe, preocupada com os preparativos para a ceia de Natal e que sempre esquecia algum ingrediente; encarregando seu filho mais velho de comprar.

Takashi nem se lembrava do Natal em si. Porque toda vez que árvores enfeitadas vinham-lhe à mente, estava também ilustrado nesta um belo assistente de Papai Noel; sorrindo como sempre o fazia. Céus, estava ficando farto daquele clima natalino para cima de si; só estavam faltam as reflexões para uma vida melhor pós-Natal.

Não era como se não gostasse de se lembrar de Shou, ou como se não gostasse do Natal. Mas simplesmente não conseguia pensar em outra coisa. Qualquer coisa que não envolvesse o semi-loiro.

E assim o Natal passou, mais rápido do que toda a preparação para este. Takashi tomou uma taça lotada de vinho no momento em que o relógio anunciou à meia noite. E então se seguiu com os cumprimentos aos parentes e a entrega dos presentes.

Kami-sama havia sido gentil consigo esta vez, de modo que quase todos os presentes que recebera em troca lhe agradaram. Com exceção de um suéter ridículo que seu irmão mais novo –e menos bem-sucedido– fizera questão de comprar. Mas ainda assim, Saga manteve um sorriso educado na face fina.

A tradição fora mantida e só então jantaram. Aquela barulheira típica de jantar de Natal preenchendo todo o ambiente na casa dos pais. Sentia-se feliz. Sorria de modo mais solto, interagindo com os parentes, servindo comida nos pratos das sobrinhas, e mesmo alfinetadas ao irmão foram evitadas. Era Natal.

No outro dia, se arrastou para fora da cama dura que tinha, no quarto pouco espaçoso na casa dos pais. O vinho em excesso não lhe permitira dirigir de volta ao apartamento, mas de qualquer forma fora prazeroso aproveitar ao máximo a festa anual. A tirar pela parte de ajudar na limpeza, mas como todos a fizeram, acabara por se tornar fácil e mais rápido do que o esperado.

Assim que preencheu o estômago com as sobras da noite anterior, saiu de sua antiga casa o mais rápido possível com a desculpa de que havia tido um trabalho extra que devia terminar. Realmente, passou em seu apartamento, mas apenas para tomar uma ducha e se dirigir ao shopping que conhecia muito bem mais uma vez.

O caminho parecera mais longo que o habitual, mesmo que o trânsito estivesse calmo, característico de feriado. E durante todo o trajeto, o sorriso animado –patético, segundo o próprio Sakamoto– não desabitava os lábios. Tentara inúmeras vezes se policiar e evitar sorrir, mas a cada novo semáforo que tinha de parar; se deparava com aquele sorriso no canto dos lábios via espelho retrovisor lateral, arrancando de si um pequeno ruído irritado.

Estacionou na primeira vaga que viu –mais tarde descobrindo ser uma vaga para idosos e se encrencando por isso, tendo de apelar para o espírito natalino do “guardinha”–, e caminhou em passos apressados, os quais tentava regular ao longo da trajetória. Céus, porque a praça de eventos tinha que ser tão distante de... Tudo, naquele shopping?

Quando chegou próximo à esta, que também era próxima à praça de alimentação; notou o pouco movimento, conotado apenas por algumas famílias que almoçavam naquela e na outra mesa. A casa do Senhor Noel estava aberta, mas não avistara Shou na fachada desta.

Fez o contorno na enorme casa, resolvendo só então checar o interior desta. E cansado demais para voltar à entrada principal, entrou pela saída sem nem se importar com possíveis guardas; pulando a faixa vermelha que barrava a saída –no seu caso, entrada– na casa interditada.

Não havia entrado na morada do senhor Noel, porque estivera ocupado demais com a fachada da casa. Lá dentro, tudo era ainda mais espalhafatoso. Vermelho e dourado por todos os lados, enfeites pelo caminho a se trilhar, luzes brancas e coloridas mescladas. Tudo em um espaço que, já era grande visto de fora, e se transformava em algo monstruoso por dentro.

Observando ainda, deduziu estar na sala do Noel; onde um trono enfeitado e elegante ficava ao centro e uma touca de dono da casa se via nos braços deste. Caminhou um tanto desconexo até o centro do ambiente, pegando assim a touca e colocando sobre a cabeça.

Devia ser realmente divertido trabalhar em um lugar daqueles, a tirar por algumas crianças infames que certamente também freqüentavam o lar do Papai Noel. Magro como era, teria que usar milhares de enchimentos para forjar uma barriga de bom velhinho.

- Saga? – uma voz conhecida o chamou em um tom divertido enquanto só se aproximava. Primeiramente, assustara-se pensando ter sido pego em flagrante e em como iria bolar uma desculpa rápida para aquilo; mas ao avistar o quase-loiro, suspirou aliviado.

Ele trajava uma calça escura, colada ao corpo e que delineava bem suas curvas; uma camisa com botões abertos da gola até o meio de seu tórax. Os cabelos bagunçados pareciam ainda mais claros com a iluminação, e o sorriso –surpreendentemente– ainda mais brancos e alinhados.

Takashi sorriu um pouco envergonhado, mas não se demorou a juntar a Kohara nos risos. Quando os sons divertidos finalmente pararam, um olhar fixo se estabeleceu entre os dois. Não era desconfortável, pelo contrário, era aprazível e calmo.

Tudo o que se precisava depois da correria do Natal, era uma pausa para preparação do segundo round: o Ano Novo.

- Feliz Natal, ho ho ho! – Takashi disse, quebrando o silêncio; fazendo com que as risadas voltassem a preencher o –agora– vazio espaço do bom velhinho.

- Feliz Natal, Saga Noel – dissera com um tom inocente, mas um tanto quanto cínico; aproximando-se do menor e o fitando com aquele olhar de felino contente. Takashi apenas riu e ousou indicar o próprio colo, as pernas finas e pouco malhadas.

Shou permaneceu rindo, jogando os cabelos para os lados e então sentando sobre o colo do outro. Era magro para permanecer ali, não tanto quando Saga, mas o bastante. Os olhos se encontraram de novo em um lance quase automático, os rostos se aproximando mais e as respirações se tornando perceptíveis um ao outro.

- Eu fui um ótimo garoto esse ano todo, acho que mereço um belo presente de Natal... Mesmo que atrasado.

Foram as últimas palavras ouvidas ali, antes dos lábios finalmente entrarem em contato depois de todo aquele período em pura tentação. Era doce o sabor, completamente natalino.


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Notas finais do capítulo

Tenham um ótimo fim de ano, e feliz 2012 ~



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