Come Back escrita por sankdeepinside


Capítulo 28
Isso poderia ser uma poluição catastrófica


Notas iniciais do capítulo

Olááááa´
Acho q ainda estou numa velocidade razoável de postagens né? Ai mano quando eu acho q nunca mais na minha vida vou conseguir uma recomendação eu ganho uma coisa linda dessas que a Highway To Hell, mano pelo amor do reverendo QUE COISA LINDA!! Putzgrilla eu fiquei babando naquela recomendação até engasgar por favor, nossa vei, muito muito muito obrigada flor! Seja bem vinda, espero não decepcionar daqui pra frente. Esse capitulo é todo seu flor :3
Ai mano que tentei não fazer esse cap tão grande, mas eu tive que inclusive deixar uma POV para o próximo pq esse ja tava grande caralhosamente pra caralho. Estou me achando mt chata esses dias, acho até q afugentei umas leitoras com isso '-' Enfim, esqueci o que eu ia dizer, pera deixa eu lembra, ah sim...
Acho q ficou meio confuso, mas quem acabou me dando a ideia do que aconteceria com o Samuel foi a minha beta Lais Barcelos, acabei pensando e achei que seria justo dar a nova personagem a ela. tentei fazer meio parecida com a Lalis da vida real q eu infelizmente tenho q aturar, comado ao desejo dela de ser linda lesa e bronzeada, e tem umas coisas inventadas p darem graça à sucessão da história. To postando o cap sem ter respondido todas as reviews (me desculpem por isso) pq eu n sei se vou conseguir respondê-las todas antes de sair, e como eu gosto de postar no domingo acabei adiantando. Mas eu vou responder todas as reviews, ainda hoje okay?
Isso ficou grande as a fuck, então deixa eu calar a boca.
Espero que gostem do capitulo
Boa Leitura
Beeijos :3



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- Me deixa cuidar disso, o que aconteceu de verdade Sam? Onde esteve o dia todo?

Ele afastou minha mão com um movimento brusco.

- Não toque em mim – me recusei a obedecê-lo e tentei ver o machucado na cabeça mais uma vez – Já disse pra se afastar, que porra! – Sam usou um pouco mais de força pra me empurrar, cambaleei e quase cai no chão – Eu vou tomar banho agora, sai daqui, sei que você me odeia ver pelado.

- Sam não...

 - Sai Alison!

Com um pouco de relutância, sai do banheiro e esperei ele terminar seu banho. Tirei os sapatos e me sentei encolhida na nossa cama, podia sentir o cheiro de Jimmy impregnado no meu corpo, o cheiro do suor misturado a bebida estava colado na minha pele. Ouvi o barulho de coisas caindo no chão, seguido de um palavrão. Àquela altura ele já devia ter terminado o banho, abri a porta novamente e Sam estava enrolado na toalha pegando alguns utensílios de primeiros socorros do chão, a bebida o havia deixado meio tonto e agressivo. Me abaixei e peguei o que faltava, ele grunhiu desaprovando minha atitude, mas fingi que não ouvi e o empurrei para fora do banheiro.

- Já disse pra me largar Allie!

- Cala a boca filho da puta, eu só vou estancar a porra do seu sangue. – ele sentou na cama emburrado, o peito claro também tinha alguns arranhões leves, mas os ferimentos na cabeça e na boca eram os piores – Onde você passou o dia inteiro Samuel?

- Procurando apartamentos – ele falou seco.

- Ah é? E encontrou o rei da manguaça vendendo uma suíte pra você? – eu falei irônica e ele soltou um riso cansado.

- Eu não encontrei nada, pelo menos nada que me agradasse. – ele respirou zangado, parecia se controlar muito para manter a calma – Acabei indo beber e no bar um outro bêbado cismou com a minha cara,  ele achou que eu tava encarando ele sei lá, acho que era esquizofrênico. Eu juro pra você que enquanto ele tirava sangue da minha boca eu torcia pra ele me deixar em coma, pra ele arrancar minha cabeça, sei lá...

- Por que? Ficou maluco Sam? – Ele soltou um “ai” irritado quando eu coloquei o remédio no machucado da cabeça.

- Quer saber mesmo o por que? – O olhar dele adquiriu um tom de fúria e mágoa novamente, Sam segurou em meus pulsos me impedindo de terminar o curativo e quase me suspendeu no ar, me empurrando logo em seguida. No fundo eu sabia por que ele estava assim – Por causa de você Alison! Eu juro que eu estou esgotado, sério, eu não agüento mais. Quem sabe se eu acabasse morto com a cara desfigurada você se lembrasse do que eu já fiz por você!

- Sam...

- NÃO! VOCÊ VAI ME OUVIR AGORA WADE! – Ele estava de pé diante de mim, era visivelmente bem maior do que eu, não era tão alto quanto Jimmy, mas ele era razoavelmente grande, o corpo muito branco, só contrastava com os olhos e os cabelos da cor de carvão. Era um pouco fantasmagórico e quase assustador vê-lo assim – Desde que eu te conheci a única coisa que eu fiz foi tentar te proteger Allie, eu deixei você tirar sangue da minha boca sem mover um centímetro do sorriso no meu rosto, te busquei embaixo de chuva de madrugada, e caralho! Eu cuidei, alimentei, dei um lar e amei a sua filha com outro homem! Há cinco anos eu dou minha vida por você, te livro das burradas que você faz e insiste em repetir, e o que eu ganho de você?

- Sammy – minha voz já estava embargada, um nó havia se formado na minha garganta, ele estava jogando aquilo na minha cara e doía como se fosse um soco no estômago – Me desculpe

- Me desculpe? – Ele arfou irritado e passou a mão impaciente entre os próprios cabelos – Olha Alison eu nunca pedi pra você se apaixonar perdidamente por mim, mas eu acreditei que ao menos um pouco de afeto por mim você tinha.

- E eu tenho!

- Não tem não, sabe por quê? Por que quando você está despedaçada eu sou a sua melhor fortaleza, mas é só o James aparecer um pouco menos hostil do que o normal que esses seus olhinhos brilham, você esquece tudo de ruim que ele já te fez e não pensa nem duas vezes antes de me mandar ir pro inferno. “Ai nossa Jimmy não está mais drogado, já posso largar o babaca do Samuel”!! – ele falou aquilo com tanta mágoa, só então eu me dei conta de que eu havia sido muito cruel com ele.

- Eu nem me dei conta disso, por que não me falou o que sentia antes?

Ele soltou uma gargalhada irônica.

- Sinceramente? Acho que eu sempre tive a ilusão de que você se daria conta sozinha, mas quer saber? Eu quero que você seja muito feliz com o babaca do James, não me importa se ele acertar a sua cara num prato da bateria, você vai estar realizada não é? Então foda-se! Eu já fiz demais por você e mesmo assim você permanece no seu erro, correndo atrás de um filho da puta que sempre te magoa, te trai e desconfia primeiro de você antes de desconfiar de qualquer outro. Eu juro que cansei Allie. Eu amo você mais do que eu amo a mim mesmo, e isso fode a minha vida desde que eu te conheci, mas eu estou cansado de não receber nem gratidão em troca disso. – ele arfou mais uma vez, o lábio recomeçara a sangrar – Eu não ligo pro que vai acontecer comigo, a única coisa que eu não vou permitir é que você envolva a Shannon nisso.

- O que? Ela é MINHA filha Samuel! Isso não é uma decisão sua!

 Sam caminhou até o guarda roupas e pegou uma calça de moletom, uma regata e uma cueca, depois parou na minha frente novamente.

- Eu vou assinar o divórcio Allie, mas só quando eu tiver certeza que é seguro pra Shay, quando puder me garantir que não vai ter um maluco drogado chegando em casa e colocando a vida dela em risco. Tenho que ter certeza que ela vai ter saúde, educação e um bom exemplo em casa. E quando isso acontecer, se acontecer por que o James é muito imprevisível, eu quero ter o direito de vê-la alguns dias da semana, ela não tem o meu sangue, mas ela também é minha filha. Ainda essa semana eu saio de casa, assim não precisa pedir pra eu me afastar quando o filho da puta vier aqui pra fuder você.

Eu não consegui falar mais nada, eu estava boquiaberta, ele entrou no banheiro e saiu alguns minutos depois, já vestido.

- D-deixa eu terminar o curativo – minha voz saiu quase um fio.

Sam soltou um riso irônico mais uma vez enquanto pegava seu travesseiro e um cobertor.

- Não precisa fingir que se importa agora Alison.

- Pra onde está indo?

- Pro sofá, não é lá que os maridos bêbados dormem depois de uma discussão? – dizendo isso ele saiu do quarto com um riso amargo no rosto e eu caí sentada na cama perplexa.

- Anda Shannon – Puxei ela pela mão para descer as escadas, quando chegamos à sala ela se virou para mim.

- Mamãe por que o papai está dormindo no carpete?

Eu soltei uma risada leve.

- Me espere no carro okay? – Ela continuou olhando para o homem desacordado no chão da sala, mas logo em seguida me obedeceu. Quando ela saiu, ainda fiquei um longo instante olhando pra ele, provavelmente havia caído do sofá, considerando que ele se movimenta muito durante o sono e que o sofá mal cabia seu tronco, com toda certeza ele devia ter caído. Caminhei até ele, estava todo embolado no cobertor e em parte do carpete.

- Hey – eu o sacudi, mas ele só grunhiu de leve – Samuel, acorda.

- Sai daqui me deixa dormir, eu to com uma puta ressaca – ele falou sem nem sequer abrir os olhos.

- Você tem que ir trabalhar, princesa.

Ele virou de barriga para cima e abriu os olhos, estava com uma cara de ressaca terrível, os olhos estavam um pouco avermelhados, havia sangue seco em suas têmporas e o sangue da boca também havia secado e já estava preto pela coagulação.

- Me desculpe, eu fui um idiota com você noite passada.

- Não, você foi sincero, eu precisava ouvir aquilo. Anda vem aqui – estendi a mão para que ele se levantasse e ele a pegou se levantando com uma careta de dor.

- Argh, aquele filho da puta me quebrou inteiro.

Eu sorri e o abracei, ele a princípio ficou surpreso, mas logo retribuiu o abraço.

- Anda vai se arrumar pra ir pro trabalho – Dei um beijo em sua bochecha e ele abriu um sorriso fraco, devia estar todo dolorido mesmo, considerando que ele não tinha o hábito de beber e que apanhara feito saco de pancada. Depois que me certifiquei de que ele estava se arrastando pro banheiro, fui para o carro para levar Shay pra escola.

- Quando nós vamos ver o gigante de novo mamãe? – ela falava enquanto mordia a ponta da baqueta.

- Tire isso da boca Shay! – eu falei olhando pelo retrovisor do carro – E não se preocupe, tenho a impressão que seu gigante não demora a reaparecer.

Jimmy

- O Max porra! O Max! Dá pra acreditar? Aquele fedelho! – Eu realmente estava tentando ouvir aquele desabafo sem rir, mas estava impossível.

- Bom, ele não é mais um fedelho Syn. Sabe como é, as coisas crescem.

- Ta do lado dele porra? – Dessa vez eu não consegui me conter e soltei uma gargalhada que saiu sei lá de onde, do meu pâncreas talvez. – Para de rir filho da puta! Eu estou sofrendo aqui, desabafando!

A essa altura até ele já começava a rir. Dei um gole largo na cerveja tentando voltar ao normal e olhei para ele.

- Olha man, eu sei que você gosta muito da Michelle, e eu acho que ela não fez isso por mal, você conhece aquela doida. Ela é você com uma vagina, às vezes é meio difícil de controlar.

- Eu não me importo, você sabe que não, eu tenho um acordo com ela há muito tempo, é até divertido na maioria das vezes e ultimamente a gente nem estava mais pulando a cerca. Mas ai ela, sei lá que caralhos deu nela na verdade...

- Fogo na buceta, com certeza – eu interrompi quase como se fizesse um diagnóstico

- É isso aí man! Ficou com fogo no cu e resolveu estuprar o fedelho. Fiquei muito puto porra, ela tem tudo isso – ele apontou pro próprio corpo – em casa todo dia e vai comer justo aquele nerd. Mas o pior foi o jeito que o Johnny me contou “Haha Brian Broxa a Michelle comeu o Max no banheiro a força, HAHA” – ele fez uma voz mais fina imitando o timbre do Johnny e eu tive um ataque de risos – Ah porra vai se fuder!

- Ele falou isso? – eu disse tentando parar de rir, mas sem muito sucesso.

- Falou mano e eu fiquei muito puto mesmo, acertei um soco naquela cabeça de macaco dele. Depois eu fui atrás da Michelle, ela não negou, mas parecia arrependida. Porra ela ficou com um amigo da gente, com que cara eu vou sair na rua agora?

- Com a sua nova cara

- Que nova cara?

- Sua nova cara de corno oras – ele acertou um soco no meu braço, mas nem por isso eu parei de sorrir.

- É sério porra.

- Eu sei, acho que deve dar um tempo sei lá, vocês são casados, devem achar um jeito de se resolverem, vocês se amam porra.

- Eu não posso só devolver na mesma moeda?

- Também – eu dei de ombros – Mas sei lá, pode ser que dê em merda, mas você que sabe bro.

Brian sorriu e deu o último gole na cerveja.

- Senti sua falta man.

- Eu sei, me desculpe por isso, mas vamos por as coisas em pratos limpos okay? Você estava sendo um pé no saco.

- Você não está bem cara, não precisa me tratar feito um doido com uma doença contagiosa só por que sou o único que consegue ver isso. É cruel demais.

- Eu vou ficar bem dude.

- Tem certeza? Então me explica o que aquele menino maluco que te atacou no hotel estava fazendo aqui?

- Não é culpa dele Gates, ele só está me ajudando a entender algumas coisas. Eu não estou planejando nada, eu nunca planejei.

- Não planejou de maneira consciente Jimmy, minha cabeça não para de me dizer que há cinco anos você sabia que ia morrer, e porra, você morreu! Por um instante você estava morto na minha frente, eu vi quando eles te reanimaram e você recuperou os sentidos. – Syn desviou o olhar e franziu o cenho – Eu morri com você naquela hora man, eu só estou vivo aqui por você também está, se você tivesse morrido...

- Você teria continuado sua vida, é assim que tem que ser.

- Mas seria uma vida de merda.

- Não está sendo justo com os outros caras, eles também são seus amigos.

- Você não está entendendo seu filho da puta, se perguntarem pra cada um de nós em segredo quem é o nosso melhor amigo, todos aqui vão dizer que é você, seu filho da puta desgraçado. Você é meu melhor amigo, você é o melhor amigo do Matt, do Zacky e do Jow! Não sou eu que vou ter que seguir uma vida de merda, somos todos nós!

Eu não consegui responder, tomei o último gole da cerveja e encarei minhas próprias mãos, acabei notando que estavam sujas de chocolate, o que fez com que eu abrisse um sorriso leve.

- Eu não vou morrer não bro, eu estou dando o melhor de mim, é que às vezes eu me sinto vazio, sei lá. Mas minha saúde não está nas piores não, você não precisa ficar parecendo uma fêmea dando piti a cada vez que eu sinto dor, você não era assim. Esse seu lado fêmea é que fez com que eu me distanciasse.

- Me desculpa man, é que ás vezes eu acho que faço pouco por você.

- Temos um acordo então?

- Que acordo?

- Nem eu morro e nem você fica sacudindo a saia pro meu lado

Ele gargalhou.

- Okay, combinado então.

Dei um abraço nele.

- Hey bro olha só isso – mostrei as costas da minha mão suja de chocolate – sabe o que é isso?

Ele olhou bem e fez uma careta.

- Porra Sullivan, ta se cagando agora é?

- Não seu viado, anda cheira minha mão aqui – Ele afastou a minha mão com repulsa.

- Sai daqui, não quero sentir o cheiro de nada que tenha saído do seu cu.

- Não é merda não seu viado, é chocolate, anda cheira.

- Não vou cair nessa, sai pra lá.

- Nossa, mas é muito broxa um viado desse, é o chocolate que a Shannon  estava comendo seu filho da puta.

- Quem diabos é Shannon?

- Você viu a garotinha no colo da Alison?

- Oh então não era um macaco? – dei um soco nele que se defendeu fazendo uma barreira com os braços.

- Mas respeito pra falar da minha filha, seu arrombado.

- Espera, o que? – ele ergueu o tronco e me encarou espantado, eu só conseguia sorrir.

- EU SOU PAI CARALHO!

- Ta mentindo porra

- Não mano, a Allie teve uma criança minha!

Nós dois urramos feito dois retardados e nos abraçamos.

- Ah mano não acredito porra – Eu e Brian estávamos com os olhos marejados, só comprovando uma teoria minha antiga, de que homem bêbedo é uma versão piorada de mulheres em TPM.

- Até que enfim achei as duas moças, anda já está todo mundo esperando no ônibus – Jason entrou na sala já um pouco impaciente – Tão chorando porra? Reataram o namoro? Que lindo, agora rebolem essas bundas gordas pra porra do ônibus.

- Anda Jay junta aqui no abraço.

- Não tenho tempo pra isso Haner!

- Sou eu que pago teu salário porra, anda vem me abraçar.

Ao invés de nos abraçar Jason puxou Brian pelo colarinho e quase o jogou para fora da sala.

- Sullivan você está sem camisa, então se você não sair daqui agora eu vou ter que te agarrar por outro lugar.

- Não existe mais ninguém aqui nessa sala – eu disse quase correndo pra fora dali.

Ao entrar no ônibus todos falavam muito, cumprimentei os caras e antes de me juntar a eles pra contar minha paternidade fui até meu lugar no ônibus pegar uma camisa, já que estava ficando com um pouco de frio, mas assim que eu cheguei na poltrona, Leana estava lá, encolhida, abraçando os joelhos e olhando pela janela, o ônibus havia acabado de partir.

- Hey – eu disse, ela permaneceu calada. Ela estava muito bonitinha pra ser sincero, acho inclusive que ela havia se vestido para mim. Mesmo estando com os cabelos mais curtos agora, ela havia feito o penteado com duas chuquinhas, usava uma camiseta cortada na gola, deixando os ombros a mostra, calça Legging e meias listradas coloridas. Parecia uma menininha. – Não vai mesmo falar comigo?

- Vai mesmo reatar com a Wade?

- Lea, as coisas são mais complicadas do que parecem, eu e a Alison agora temos um laço mais forte.

Ela enfim voltou o rosto pra mim, parecia ter chorado.

- Eu não quero que fique com ela Jim, não quero que me troque por uma mulher que não tem nem peitos maiores do que os meus. Me sinto diminuída, como acha que foi da primeira vez?

- Você tem seu namorado Lea.

- Aquele lá? Ah pelo amor de deus James! Sabe que é só você falar que eu largo ele em dois segundos, só ainda não fiz isso por que você cismou que não quer mais nada sério. Não acredito que vai voltar pra Wade!

- Hey, vem aqui – peguei sua mão e dei um beijo leve – Você vai ser pra sempre a mulher mais linda do mundo Leana, a gente se enrola a quanto tempo hein? Uns dez anos?

- Por aí – ela falou fazendo bico

- Então você me conhece o suficiente pra saber que eu nunca te largaria a não ser que realmente fosse coisa séria.

- Jimmy você vai mesmo voltar com ela? Depois de tudo que ela fez? Ela te deixou sozinho quando você estava quase morrendo.

- Eu sei, mas eu a amo Leana, e, além disso, ela foi embora por que estava grávida – Leana abriu os olhos surpresa – E esperava uma criança minha.

- Aquela menina que ela...

- Sim

- Oh meu deus – Lea escondeu o rosto entre as mãos.

- Entende? Eu a amo e agora eu posso ter uma família, eu quero isso Lea, eu quero provar dessa sensação.

- E ela escondeu essa criança de você?

- Sim, e isso não foi nem um pouco legal da parte dela, mas eu não consegui ficar com raiva, sei lá, acho que minha alegria superou minha frustração. Mas ela é uma criança especial Lea, ela herdou minha cardio, eu me sinto obrigado a ser o melhor pai que essa menina pode ter, eu tenho que dar o melhor de mim, e isso significa que é o fim do rolo entre nós dois.

Lea parecia realmente triste.

- Se você acha que vai ser feliz – a voz dela já estava embargada e ela virou o rosto para que eu não a visse chorando, a puxei para mim e deixei que ela chorasse em meu peito. – Eu te amo Jimmy.

- Eu também te amo minha maluquinha – dei um beijo em sua testa.

Brian

Enfim um lugar frio de verdade, Johnny ficou feliz nas primeiras duas horas, mas depois disso começou a congelar os dedos e logo ele iniciou uma longa maratona de reclamações. O show foi como todos os outros, as crianças estavam muito animadas e dessa vez não errei nada no solo, acho que só não foi melhor por que estava frio pra caralho mesmo, acho que esse é a característica principal do Canadá. Depois do show voltamos pro hotel, Jimmy sem querer acertara o tênis na cabeça de Johnny, isso rendeu uma briga, e um pouco de sangue do anão. Isso melou a minha saída com o gigante pra tomar umas e comemorar a paternidade dele, acabei tendo que encarar algo que eu estava evitando nas últimas 48hs.

- Olá Michelle. – eu disse enquanto sentava na beira da cama e tirava os coturnos.

Ela estava encolhida no outro lado da cama, enrolada em um grosso edredom, olhava para baixo, acho que estava com muita vergonha.

- Nós precisamos conversar Bri, sem brigar dessa vez.

- Eu estou muito chateado Michelle, você me traiu só por trair, por que queria me trair de qualquer jeito, e usou o Turner pra isso, um amigo nosso porra. Johnny disse que você ainda fez isso a força.

- Eu sei que eu vacilei, e ele realmente nem queria nada comigo, mas ah Brian, desde que você tinha brigado com o grandão que você esqueceu que eu existo.

- Ah não acredito – passei a mão entre os cabelos – Você ta zuando né? Michelle você sabe que o Jimmy é meu melhor amigo e que ele tem problemas de saúde sérios! Era natural que eu estivesse uma pilha, você podia ter tentado me compreender né? O que você fez foi egoísta e ultra narcisista da sua parte. O mundo não gira em torno de você.

- Me desculpa, por favor, eu errei feio, mas eu não vou fazer de novo. Eu juro, foi a primeira e a última.

- Nós tínhamos um acordo que a maioria dos casais acharia loucura e você ainda consegue um jeito de foder com ele.

- Pelo amor de deus Bri, não me deixa – ela engatinhou na cama quase com desespero e me abraçou por trás, senti ela soluçar com o rosto afundado no meu ombro.

Suspirei e me voltei pra ela.

- E te amo sua idiota, tem um monte de mulher ali fora que só está esperando você pisar na bola pra cair matando em cima de mim, vai mesmo facilitar pra elas? – ela balançou negativamente a cabeça e prendendo a respiração para abafar o choro – Não é você que sempre diz que pra uma vadia qualquer me roubar ela tem que saber dar uma chave de braço melhor do que você? Pare de agir feito uma idiota okay?

- Okay – ela se aproximou de mim para me dar um beijo, mas eu a impedi.

- Me dá um tempo okay?

- Eu pensei que estivesse tudo bem entre nós.

- E está, mas eu ainda não esqueci o que você fez – me abaixei e calcei os coturnos novamente.

- Pra onde vai? – ela falou um pouco desesperada.

- Dar um troco em você.

- Brian, por favor!

- Eu preciso me sentir limpo okay? Nós ainda temos um acordo, e você não está em boas condições de protestar.

Michelle mordeu os nós dos dedos enquanto eu pegava outra jaqueta.

- Posso te esperar acordada?

- Não.

Depois disso coloquei um gorro preto e saí do quarto, só precisava arrastar um dos caras comigo. Passei pela porta do quarto de Matt e bati. Ouvi um “entra” abafado e entrei.

Ele devorava um taco enorme enquanto Zacky e Johnny disputavam no Call of Duty, meu deus eles não cansam nunca desse jogo?

-Hey moças, desculpa interromper a noite do pijama – olhei pra Johnny e ele tinha um calombo inchado na testa – Isso ta feio hein man?

Johnny mostrou o dedo pra mim e logo em seguida soltou um palavrão por que tinha perdido vantagem pro Zacky.

- Quer um taco bro? – Matt ofereceu quase com pena, acabei negando pra não acabar com a alegria dele, mas o taco realmente estava com uma cara boa.

- Vim ver se tem algum voluntário disposto a ir ao bar do outro lado da rua pra tomar alguma coisa.

- Nesse frio? Nem fudendo, manda entregarem umas garrafas aqui, é melhor.

- Não Zacky, eu queria sair – eles acabaram negando – E onde é que ta o cabeçudo?

Zacky apontou com a cabeça para o outro lado da cama, Jimmy estava apagado no chão.

- Você tem duas opções, ou se junta com a gente ou vai sozinho – Matt disse entre uma mastigada e outra.

- Ah, deixa pra lá, vejo vocês de manhã. Saí do quarto e fui sozinho para o bar, era do outro lado da rua mesmo. Apesar de que eu não curtia muito beber sozinho.

Entrei no lugar, era tipo uma boate e bar no mesmo ambiente, era uma merda, eu queria um pouco de sossego e aquela droga era barulhenta e cheia de mais. Pelo menos havia strippers, isso contava como vantagem.

Depois de quase uma maratona eu consegui chegar ao balcão do bar.

- HEY! – eu gritei para o bartender sacudindo os braços, pois com aquele barulho eu tinha certeza que ele nunca conseguiria me ouvir.

- Hey gostosão, não precisa ficar se agitando feito guarda de trânsito não, já temos o ouvido treinado.

Só então notei que havia mais de um bartender ali e o melhor, o que se dirigiu a mim, era uma mulher.

- Oh, desculpa, não frequento muitos bares como esse.

Ela riu um pouco da minha cara.

- O que vai querer?

- Me vê um Jack puro e sem gelo, traz a garrafa também.

Ela foi buscar meu pedido e olhei em volta do bar, as dançarinas eram muito gostosas mesmo, será que havia possibilidade de tirar uma delas ali de cima? Seria muito bom.

- Aqui seu Jack – a bartender pousou o copo e a garrafa do whisky na minha frente.

- Hey, quais as chances de eu conseguir uma daquelas ali? – apontei para as dançarinas.

A mulher gargalhou, tinha uma risada gostosa, lembrava um pouco a do James, aquela gargalhada grave, ela devia ser fumante, também era bem bronzeada para ser canadense, não devia ser daqui.

- Bom se você for bonitinho, ou tiver muito dinheiro, pode ser que dê sorte.

- Que ótimo! Eu sou bonitinho e também tenho dinheiro! Acho que vou lá. – dei um largo gole no whisky mas antes que eu saísse a moça segurou em meu braço.

- Se você for até lá o máximo que vai conseguir é ser arrastado daqui por um dos seguranças.

- Então o que eu faço, gênio? – olhei para ela e arqueei uma das sobrancelhas.

A bartender olhou no relógio e apoiou os cotovelos no balcão.

- Ta vendo aquela ruiva ali? – ela apontou para uma ruiva que tinha os seios descobertos e que rebolava na frente de um cara de uns 40 e poucos anos – Ela sai em uma hora, se tiver sorte pode encontrá-la no vestiário. Ela é muito boa sabe? Com a língua e essas coisas.

Eu fui obrigado a sorrir.

- Acho que posso esperar uma hora, mas me diga como sabe dessas coisas?

 - Não pergunte demais – ela piscou para mim e foi atender um outro cara, enchi o copo novamente e tomei um gole do whisky. Não sei se era o excesso de gente ali dentro ou o whisky fazendo efeito, mas já não estava mais tão frio assim.

A bartender não veio mais me atender, nem conversar, mas acabei seguindo seus movimentos com os olhos. Tinha o cabelo castanho e longo preso em um rabo de cavalo, tentei ver seu corpo, mas não consegui ver mais do que da cintura para cima, era esguia e tinha seios razoáveis.

Notei que ela falava em francês com algumas pessoas e agitava muito as mãos, os canadenses eram pessoas engraçadas, e a maioria era cor de rosa, como os alemães. Eu já estava ficando um pouco bêbado e o barulho da música parecia ainda mais insuportável. Comecei a considerar não pegar aquela ruiva e ir cair na minha cama.

- Acho que já chega pra você não é? – ela pegou a garrafa, mas antes que ela a levasse, eu a segurei.

- Qual o seu nome?

- Espera mais quinze minutos e você terá sua ruiva, meu caro – ela disse com um sorriso no rosto, mas percebi o desconforto dela com a situação.

- Você é lésbica? – Eu falei já meio alto e algumas pessoas olharam para nós, ela sorriu e colocou a garrafa de volta na minha frente.

- Sou Lali Whisper e não, eu não sou lésbica – ela fez uma pausa – Sou Bi.

Apertei e dei um beijo em sua mão.

- Brian Haner, ou Synyster Gates. – ela sorriu.

- Você é daquela banda que tocou aqui hoje não é?

- Sim, sou o mais gostoso dos cinco com certeza.

- Se você está dizendo. – ela deu meia volta e ia saindo para atender uma moça. Olhei para trás a ruiva estava recolocando o sutiã e se preparando para descer. Olhei para Lali novamente, vamos lá Synyster, você pode fazer uma merda pequena e uma grande, a pequena seria o suficiente se a grande não parecesse tão tentadora. – Acho que é a sua hora Haner.

Lali estava na minha frente mais uma vez, acabara de se sentar para descansar as pernas, olhei para a ruiva saindo e soltei um suspiro longo.

- Acho que resolvi ficar. 


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Notas finais do capítulo

Leana mt coitadinha, digna de pena, sofredora, mimimi...OU SERÁ QUE NÃÃÃO?? MUAHAHA