A Casa De Klaus escrita por Bellah102


Capítulo 54
Capítulo 53 - Season Finale - Morta


Notas iniciais do capítulo

Só porque eu amo muito vocês e não aguentaria torturar vocês por uma semana. Essa foi uma das primeiras cenas, e já passou por tantas reescritas que seria um crime não deixar vocês verem logo. Espero que gostem.
Esse é o derradeiro final da Casa de Klaus.



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Nessie

            Havia fogo. Era como nos meus pesadelos. Mas dessa vez era diferente. A própria fumaça do fogo parecia queimar narinas adentro e o fogo tinha o tom de malva da flor de verbena. Por um segundo, me permiti voejar até uma campina que ficara para trás, no meu passado. Haviam flores de verbena ao meu redor, mas quando me tocavam, não queimavam, mas faziam cócegas deliciosas. Figuras congeladas estavam espalhadas pela grama alta entre as flores. Eu ria ao passar por elas, reconhecendo cada uma. A campina terminou no topo de uma cachoeira, e um céu sem fim abria-se a minha frente. Lá embaixo, a cachoeira não tinha fim. Sorrindo, encarei meu reflexo na água que passava pelos meus pés sem molhá-los. Eu estava jovem e sorria abertamente. Era como no tempo em que eu era plenamente feliz.

            “Nessie”

            Quando olho para um lado, Jake e os lobos me esperam, e é ele quem sorri mais. Lampejos cruéis invadem meu sonho feliz. Um lobo chocolate se joga contra as barras de ferro escuro e ele gane e uiva alto, como se seu coração estivesse sendo arrancado às unhas de dentro do seu peito. Incomodada, compeli-me a voltar ao meu sonho. Mas Jake já não sorria.

            “Nessie”

            Virei-me para a outra margem da cachoeira. Parado ali, não estava nada mais, nada menos do que Elijah, que sorria abertamente. Meus olhos se encheram de lágrimas ao revê-lo. Eu não sabia o quanto sentira sua falta até aquele momento. Porém seu sorriso também desvaneceu logo. Agora ele e Jake se encaravam como se estivessem perdidos, implorando um ao outro que lhe apartassem a dor. E então, eu estava caindo da cachoeira, gritando.

            -Ei mamãe... – Disse uma voz desdenhosa, me trazendo de volta a realidade - É hora de acordar...

            Pisquei ao reconhecer a voz de Scott a minha frente. As chamas coloridas estavam ao meu redor e Scott sorria maldosamente por trás delas. Eu me sentia atordoada e dolorida. Tentei erguer a mão para socá-lo, para que ele saísse de perto de mim, mas tudo o que consegui foi uma dor lancinante no pulso. Gritei e olhei para minhas mãos. Elas estavam amarradas e pousadas sobre os joelhos dobrados. Meus pulsos sangravam e estavam em carne viva, queimados. A rústica corda de cânhamo devia ter sido banhada em verbena.

             -Qual o problema? Perdeu a valentia?

            Amaldiçoei-o em latim por não conseguir traduzir palavras tão horríveis quanto às que eu queria dizer. Ele riu e me deu as costas. Então pude ver o resto das fogueiras malvas que se estendiam do outro lado da cortina de chamas roxas, dispostas em duas fileiras de cada um dos meus lados. Rostos preocupados com olhos dourados me encaravam por trás de colunas de fogo. Respirei fundo, sabendo que todos morreriam naquela noite e que a culpa por tudo aquilo era minha. Então fechei os olhos, tentando bloquear aqueles olhares que queimavam e que, mesmo sob a iminência da morte a sua frente, permaneciam preocupados comigo.

            -Ei, você! Topetudo! – Abri os olhos. Scott estava parado à frente da fogueira onde meu pai jazia, tão rendido quanto eu, fuzilando o outro vampiro a sua frente com os altivos olhos dourados - É... Você é o pai da monstrinha, não é? Eu já quis quebrar muito esse mesmo nariz torto...

            Edward rosnou. Scott jogou a cabeça para trás e riu, trovejante. Quando se endireitou, chegou tão perto quanto as chamas permitiam e sibilou, alto o bastante para que eu pudesse ouvir:

            -Adivinha? Eu a estuprei... – Disse baixinho. Papai continuou a rosnar. Jake golpeou as barras da jaula com as patas poderosas, ignorando as queimaduras mortais que devoravam sua carne – Rasguei sua roupa e a ouvi gritar. Lambi suas lágrimas quando implorou que eu parasse... Beijei a boquinha pequena até que parasse de gritar...

            Isso pareceu ser o limite. Edward se lançou contra as chamas, mas como quem se joga contra uma parede, foi arremessado na grama, gritando, com a pele pálida lacerada por queimaduras terríveis de terceiro grau. Pisquei para afastar a lágrimas e virei o rosto, incapaz de olhar por um segundo a mais que fosse. Jurei a mim mesma, que quando morresse naquela noite, acharia uma forma de voltar e puxar Scott comigo. Eu ainda o faria queimar no inferno, nem que eu mesma tivesse que arrastá-lo e prendê-lo lá. Klaus surgiu de repente, das sombras, como Greta costumava fazer. Ele havia se vestido especialmente para a ocasião. Um Giorgio Armani parecia ser a sua homenagem a mim. A camisa preta, o máximo de luto que eu conseguiria. Vindo de Klaus, isso era uma grande gentileza.

            -Scott... – Ele disse, suspirando, entediado – Quantas vezes já lhe pedi para não brincar com os sacrifícios?

            O vampiro riu e saiu de perto das fogueiras, aproximando-se o máximo que se atrevi da jaula de Jake, que uivava, enfurecido, tentando alcançá-lo com as patas atrás das barras.

            -Mas eles são tão divertidamente patéticos!

            Jake tentou alcançá-lo novamente, passando a pata pela abertura entre as barras. Scott puxou a pata, fazendo-o se desequilibrar e pressionar o focinho contra as barras contaminadas de wolfsbane. Meu coração se apertou e estilhaçou em migalhas ao ver as cicatrizes vermelhas e fumegantes falhando o pelo castanho. Mais uma lágrima correu pelo meu rosto. Klaus balançou a cabeça, como se o filho travesso houvesse só aprontado mais alguma e se aproximou da minha fogueira, olhando-me de cima. Ergui os olhos para o seu rosto, totalmente submissa, e ele sorriu de leve. Foi quase... Confortador. Era como se disesse que não ia doer nada.

            Ele fez um sinal para Scott que lhe trouxe um balde que estava ao lado do altar e o esvaziou lentamente ao redor do fogo roxo, que começou a baixar lentamente. Sem chiado e sem fumaça. Klaus se ajoelhou a minha frente, olhando diretamente nos meus olhos. Me senti instantaneamente hipnotizada pelos seus poderes de Original. Senti uma gentil, porém gelada mão invisível percorrer minha espinha e aplicar uma leve pressão na parte de trás do meu cérebro, coagindo-me a fazer o que Klaus quisesse.

            -Nessie, repita para mim o que eu quero que você faça, está bem?

            Fiz que sim, zumbificada.

            -Você vai se levantar.

            -Vou me levantar.

            Eu disse, obedecendo-o. Os joelhos protestaram e ameaçaram falhar, mas de algum modo, me mantive de pé.

            -Agora você vai olhar para os seus familiares e dizer porque eles estão aqui.

            -Vou dizer porque estão aqui. – Eu disse, em transe. Era com se eu assistisse ao que acontecia do fundo da minha mente, amordaçada, sem poder fazer nada para que aquelas palavras parassem da sair da minha boca – Estão aqui, porque contei um segredo.

            -E qual a punição que damos para isso aqui, docinho?

            Suspirei, tentando compelir a mim mesma a não dizer mais nada, mas ele foi mais forte.

            -A morte.

            -E porque?

            Ele perguntou sorrindo.

            -Três só podem... Guardar um segredo... Se dois deles estiverem mortos.

            “Só desejaria que fossem você e Scott”, quis completar, mas não pude. Klaus fez que sim, satisfeito.

            -Agora você vai andar até o altar como uma boa menina e se deitar.

            Ele disse, pousando levemente a mão sobre meu ombro. Sua pressão arrepiou-me inteira. Quis fugir, correr o mais rápido que podia para longe dali, mas algo ainda me prendia no lugar.

            -Vou andar até o altar e me deitar.

            Tentei mais uma vez me chacoalhar internamente, mas isso só fez com que a mão imaginária de Klaus se estreitasse, fazendo minha cabeça doer.

            -Não Néss, não faça isso, não vá até lá! Fuja!

            Disse Jacob de dentro da jaula.

            -Ela não pode – Disse Klaus a ele, ainda com a mão real sobre meu ombro – Diga e ele porque, querida.

            -Eu sou propriedade de Niklaus Mikaelson, um dos Originais, Filho de Esther e Mikael, protetor da Casa de Klaus. – Eu disse, com lágrimas de esforço para resistir escorrendo pelas minhas bochechas - E por quebrar as regras... Da Casa que tão... Felizmente me acolheu... Eu... Mereço... – A mão imaginária de Klaus tornou minha mente um tormento de enxaqueca até que eu dissesse – Morrer.

            Ouvi Klaus rindo, deliciado e deixei mais uma lágrima escorrer. Jake observou, tão impotente quanto eu, enquanto eu me virava e subia os degraus até o altar de pedra entalhada e bruta. O sangue seco sobre ela já lavrara a pedra tantas vezes em cinqüenta anos que ele já se encontrava mais amaciado. Sentei-me no altar e então me deitei. Klaus tocou meu queixo para que ele olhasse para ele.

            -Quem me dera ter mais sacrifícios dóceis como você...

            -Vá pro inferno.

            Ele sorriu.

            -Que meiga... – Ele se aproximou, e me coagiu a não me mover – O inferno seria bem vindo por tudo o que eu fiz...

            Eu sorri, presunçosa.

            -Aposto que não. Angela não estaria lá. Elijah não estaria lá. Você estaria sozinho, sem amor, sem ninguém para dominar. – A cada palavra, mais difícil ficava abrir a boca, e minha cabeça doía cada vez mais. Parecia que ia explodir, mas ainda assim não parei – Você... Não... Tem... Nada Klaus. Por isso precisa... De nós... Não somos seu... Exército... Somos... Sua... Família...

            Ele rosnou e como um raio, abriu sua maleta e tirou sua garrafa de verbena, destampando-a e entornando-a sobre o meu peito. O líquido gelado molhou minha blusa e queimou tudo. Eu vi o vapor subir do meu peito e gritei. Senti o cheiro da carne queimada. O ardor não diminuía nunca... O líquido havia molhado a minha camiseta e queimava as queimaduras ainda mais, destruindo camada por camada a pele. Decidida a não dar esse gostinho à Klaus, impedi-me de continuar a gritar, apesar da agonia crescente no meu peito. Com a boca espumando pelo esforço, olhei nos olhos vermelhos do Original e ri.

            -Isso é... Tudo... O que tem para mim? Mikael teria vergonha... De um filho fraco como você...

            Klaus pegou seu punhal entalhado que carregava mil e uma mortes que ele já tinha aplicado e cortou a camiseta que eu estava usando, expondo o peito e seios nus em carne-viva. Ele brincou com a lâmina sobre a carne exposta e pousou-a sobre o meu coração.

            -Eu sei que me arrependeria se fizesse isso. Você causou tanto sofrimento...

            -Sofrimento?! Eu?! A quem?

            Ele pegou a lâmina e encostou sua ponta na minha bochecha, fazendo-me olhar para o lado. Olhos me encaravam na escuridão aos pares. E dentre todos, um par de pequenos olhinhos azuis chamou minha atenção.

            Liz...

            -Por acaso você contou a ela o que houve com a sua mãe?

            Respirei fundo, virando o pescoço o máximo que podia para evitar o contato com a lâmina fria.

            -Viajou... Para nunca mais voltar...

            -Eufemismos não passam de mentiras amargas, Renesmee. Diga a verdade à pequena, ela já não é um bebê.

            -Liz eu...

            Tentei me explicar, mas Klaus não me permitiu.

            -DIGA!

            Ordenou. Com as lágrimas voltando aos olhos, disse:

            -Morreu.

            Lizzie tentou levar as mãos à boca, em choque completo, mas elas estavam acorrentadas. Seu olhar pedia para que eu lhe dissesse que era mentira, mas eu não podia, infelizmente.

             -E o que você fez?

            Klaus alfinetou.

            -O que eu poderia ter feito?

            Perguntei chorando, procurando um jeito de confortar Lizzie, que ainda me encarava daquele mesmo jeito chocado.

            -Sua mãe está viva! Porque não preservou a de Lizzie?! A queria só para você?!

            -NÃO! Lizzie... Isso é uma mentira! – Eu disse, enquanto as lágrimas escorriam do meu rosto até o altar – Não havia nada que eu pudesse fazer, eu juro. Se houvesse eu teria feito, por favor...

            -Porque Elisabeth acreditaria em você? Mentiu para ela!

            -Eu a protegi por todos esses anos! DELE!

            -Tirando-lhe sua mãe?

            -Lhe dando amor! Não acredite nele, Lizzie, eu te amo!

            Lizzie tinha fechado os olhos e virado o rosto, como eu a instruíra a nunca fazer, sem querer ouvir mais nem uma palavra. Pude ver as suas lágrimas cintilares nos longos cílios loiros. Klaus tirou a faca do meu rosto, satisfeito com o estrago, e jogou verbena sobre o corte feito em minha bochecha. A dor queimou pela bochecha e depois queimou queixo abaixo. Cerrei os dentes e travei o maxilar para não gritar, mas ele me forçou a abrir a boca, apertando minha bochecha, como se eu fosse uma criança que precisasse cuspir algo. Então ele esvaziou a garrafa na minha boca.

            Quando gritei, sobressaltada, o líquido desceu pela minha garganta, rasgando e queimando esôfago adentro. Tentei cuspir rápido, mas já era tarde demais. O lado de dentro da minha boca fumegava, e mais adentro, meu pulmão estava cheio de fumaça. Quando cuspi o líquido fora, pude ver o sangue misturado a ele. Minha garganta ardia tanto que, quando gritei de dor, achei que tinha sido finalmente rasgada pelo punhal de Klaus, mas ele continuava no mesmo lugar, rindo. Lizzie gemeu, minha família gritou em uníssono, e Jake uivou, torturado.

            -Sabe, foi por isso que escolhi te matar primeiro... O sofrimento deles é tão doce... Aposto que Elijah se sentiria vingado...

            Com dificuldade, eu disse, com a garganta queimada e tudo, fazendo-me emitir palavras manchadas de fumaça e sangue:

            -Elijah... Me... Amava.

            Minha garganta tornou arder como se ele tivesse me servido outra dose de verbena como aquela, mas não gritei. Cerrei os olhos para afastar as lágrimas e trinquei os dentes.

            -Mas você mentiu para ele. Disse que o amava de volta.

            -A...Mava. - Minha garganta se tornou um mar de chamas, mas não vacilei – Como um irmão.

            -E ainda assim o beijou e o fez acreditar o contrário.

            -Era para nos proteger... De... Você! – Fui tomada por um ataque de tosse que fez minha garganta arder como se estivesse pegando fogo. Estremeci ao ver a fumaça e o sangue que saíam da minha boca – Você nunca o mereceu... Ele era bom... Como você nunca... Foi... E nunca será... Pode me... Culpar pelo que... Aconteceu com ele... Mas é você que nunca... – Tossi mais um pouco e gemi – Lhe deu o que ele merecia... E nem ao menos... Lamentou isso.

            Seu rosto estava imóvel feito pedra. Ele ergueu seu solene punhal. Vi que os dedos estavam apertados firmemente ao cabo. Ele deslizou a lâmina pelo meu pulso, fazendo o sangue jorrar. A dor foi apenas uma picada perto das queimaduras que ardiam em meu peito e garganta. Quando vi Klaus abrir a outra garrafa, uma lágrima escorreu pelo meu rosto e me senti entrar em um estado de choque. Por mais que tentasse, não conseguia me mexer, só continuando a emitir o silvo rouco que era minha respiração. Quando a verbena veio, só senti as lágrimas descendo. Minha visão começava a turvar. Usei todas as forças que me restavam para me forçar a olhar na direção das fogueiras enquanto Klaus contornava o altar, pronto para cortar meu outro pulso e jogar verbena sobre ele na minha corrente sanguínea. Com plena consciência de que estava morrendo, olhei para cada rosto triste uma última vez, para levá-lo comigo onde quer que eu fosse.

            Podia até ser provável que eu não soubesse quem eram no outro mundo, se é que ele existia, mas ainda assim os levaria comigo. Depois de lentamente observar cada rosto detrás das fogueiras, me voltei para a jaula de metal escuro. Nu, Jake assistia tudo em sua forma humana. As lágrimas em seu rosto fizeram me coração doer mais do que todo o meu corpo, se é que isso era possível. Com as lágrimas turvando ainda mais minha visão que escurecia, decorei mais uma vez cada detalhe do seu rosto. Lembrei do gosto do seu beijo, do seu sorriso e do seu toque. Lembrei-me de todas as palavras doces e as guardei a sete chaves no fundo da minha alma. O corte no outro pulso logo veio, e a verbena também. Eu já não tinha força para gritar.

            Ao contrário do que se poderia esperar, eu não sentia medo da morte naquele momento. Não tinha arrependimentos. Não deixaria pontas soltas. Havia feito tudo ao meu alcance para salvar as pessoas que eu amava, mas eu falhara. Não podia mais fazer nada. Eu me sentia triste, mas não com medo, como eu costumava sentir antes. Depois de toda aquela dor, a morte era o presente mais doce que Klaus poderia me dar. Ouvi Klaus parar atrás de mim e posicionar o seu punhal em minha garganta. Senti a aorta pulsar contra a lâmina fria. Klaus levantou meu rosto para que eu pudesse vê-lo enquanto morria. Ele parecia assustador. Queria que eu tivesse medo dele, que gritasse e o odiasse e que assustasse a todos ao nosso redor. Mas eu já não tinha forças para nada disso. Com uma última energia, sorri docemente e o olhei dentro dos seus olhos.

            Nos vemos no inferno, Niklaus.

            Fechei os olhos e esperei até o momento em que o punhal correria pela minha garganta. Finalmente, a dor acabaria.


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