A Casa De Klaus escrita por Bellah102


Capítulo 47
Capítulo 46 - Caninos


Notas iniciais do capítulo

Ahá! Não contavam com a minha astúcia? Isso é um presente por terem me esperado meus amores. Espero que gostem! É de coração!
É curto, mas fofo, só para enrolar vocês. Hehe. Beijos!



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Lizzie

            -Lizzie... Ei Lizzie... Acorde. Hora de acordar.

            Ele cantarolou. Pisquei no escuro do meu quarto. Elijah estava ajoelhado ao lado da minha cama, com um sorriso no rosto. Uni as sobrancelhas.

            -Elijah? – Perguntei. Espiei a cama de Nessie. Estava vazia. Espreguicei-me, bocejando. – Que horas são?

            -Hora de Aventura – Ele respondeu sorrindo e colocou uma muda de roupas geladas sob o cobertor. – Se vista, vamos sair.

            -Nessie vai?

            Perguntei, observando a cama vazia. Ele fez que não, e sorriu de uma forma travessa. Senti um sorriso formar-se em meus lábios também.

            -Não. Essa é nossa aventura. Se vista. Volto daqui a pouco para buscar você.

            Fiz um esforço para me por sentada. Vendo-me ter dificuldades, ele estendeu as mãos e me ajudou a me sentar. Esperei que a tontura passasse antes de dizer:

            -Mas eu estou muito fraquinha, Elijah. Não consigo andar direito.

            -Não se preocupe com nada. Deixa comigo, está bem?

            Ele disse, piscando para mim. Assenti, desconfiada. Ele saiu do quarto, fechando a porta com um estalo atrás de si. Arrastei-me pela cama e tirei o pijama por cima da cabeça e por baixo das pernas com um chute fraco. Minha fraqueza e a magreza que meu corpo adquirira com a minha quase morte eram tão irritantes que eu quase desejava ter ficado com Rose e as fadas. Mas só quase. Eu adorava desafios. E o que quer que Elijah estivesse propondo soava como um desafio divertido. E senão divertido, no mínimo interessante.

            Elijah separara minha jeans e camiseta mais antiguinhos e meu conjunto de chuva amarelo-limão – com capa, chapéu e botinhas combinando! Vesti-me com dificuldade, especialmente com as calças, mas por fim estava amarela e à prova d’água da cabeça aos pés. Uma ideia correu pela minha cabecinha. Segurando-me na ponta da cama, fiquei de pé. Minhas pernas fracas tremeram, mas me sustentaram bem. Senti um arrepio de inquietação e de animação me subindo pela coluna. Com um sorriso, mordi o lábio e dei um passo, depois o outro. Ambos foram bambos e cambaleantes, como um urso de monociclo em uma corda bamba. Mas eram meus. Com muito esforço, consegui chegar até a porta. Quando abri, um Elijah estático me encarou lá de fora.

            -Lizzie! – Ele disse, sem conseguir decidir se estava surpreso ou furioso – Você não devia estar andando! Vai acabar se machucando!

            -Mas se eu posso andar... – Argumentei com ele, pegando sua mão para me firmar – Isso não é bom?

            Ele me olhou de cima, ponderando preocupado, mas não o bastante para ignorar minha vontade.

            -Tem certeza que consegue, Flor de Liz?

            Perguntou, apertando minha mão de leve. Fiz que sim, sorrindo-lhe. Ele assentiu.

            -Tudo bem. Mas só dentro da Casa. E eu vou te carregar na escada. Não quero você se esforçando demais.

            Reprimi o impulso de revirar os olhos e assenti. Eu era pequena, mas podia fazer aquilo!

           

            Quando paramos no beiral da porta, quase morremos do coração enquanto Elijah abria seu guarda-chuva e voz de Nessie nos assaltou.

            -Lizzie! O que é que você está fazendo de pé?!

            Ela gritou, nada menos do que de repente. Eu cambaleei, segurando-me em Elijah, que, sobressaltado, soltou o guarda-chuva e me pegou instintivamente no colo.

            -Nessie! – Bronqueei de volta – Quase mata a gente de susto! – Atrás dela, no chão, Jake segurou o riso. Nessie lançou um olhar irritado para ele. – Oi Jake!

            -Oi Liz! – Ele disse, segurando o riso – Bom ver você de pé.

            -É bom estar de pé.

            Eu disse com um sorriso charmoso. Nessie não parecia tão feliz quanto eu e Jake estávamos. Ela cruzou os braços e... Ah, deixa para lá. Era só uma tentativa de Cara de Mãe. Não era como a de Jenna. Mas eu tinha que lhe dar crédito. Estava melhorando. Quase me senti culpada dessa vez.

            -Onde é que os dois pensam que vão?

            Perguntou, com aquele tom petulante que as mães fazem uma pergunta cuja qual já sabem a resposta.

            -Elijah vai me levar numa aventura!

            Eu disse, animada. Ela fuzilou Elijah com o olhar.

            -É mesmo? Uma aventura? Nessa chuva?!

            Ela perguntou, com o sarcasmo explodindo em cada palavra. Mas ele não se abalou, pousando uma mão sobre o ombro dela.

            -Relaxe. É muito inofensiva. Você sabe que eu nunca faria nada para feri-la.

            Ela respirou fundo, olhando-o de cima abaixo.

            -Está bem. Confio em você. Mas quero ver os dois na escola às 9 horas no toque do primeiro sinal!

            Disse, enfiando o dedo em seu peito. Ele assentiu.  

            -Sim senhora.

            Respondeu, abaixando-se para pegar o guarda chuva. Acenei para Nessie e para Jake enquanto nos afastávamos. Eles acenaram de volta. Nessie parecia preocupada. Jake a beijou e sua preocupação pareceu desaparecer. Um sorriso tranquilo surgiu em seu rosto.

           

            -Então, onde é que estamos indo?

            Perguntei no ouvido de Elijah, observando as poças de água lamacenta com desejo. Pareciam tão divertidas...

            -É um lugarzinho que Tyler construiu.

            -E tem cachorros lá?

            Perguntei, fazendo círculos nas suas costas com o indicador. Tyler me lembrava os cães, cães me lembravam Boi... E pensar em Boi me deixava triste. Porque Elijah faria alguma coisa para me ver triste?

            -Tem. Tem cachorros lá. E você vai escolher um para você.

            -O que?! Não! – Nenhum cachorro jamais substituiria o meu Boizinho. Ele era especial – Não, Elijah. Boi foi embora. Eu não quero outro cachorro.

            -Boi era seu protetor, Lizzie – Ele explicou. Isso era verdade. – Você não pode ficar desprotegida. Nem sozinha.

            -Eu não estou sozinha. Nem desprotegida. Eu tenho você. E a Nessie... E...

            -Seja honesta, Liz. Nós não somos bons amigos como Boi.

            Mordi o lábio inferior, sem querer sem ingrata ou desagradável, mas ele pedira que eu fosse honesta e isso quebrara minhas pernas. Não podia mentir se ele me pedia expressamente a verdade.

            -Não. Vocês são pessoas ocupadas. Com todo o drama e tudo o mais.

            -Certo. E você é uma garotinha. Precisa de amigos.

            -Eu tenho Grayson.

            Grayson era a fofurinha do filho de Mason e Jules. Era redondinho, vermelhinho e macio. Muito divertido de brincar, embora eu preocupasse um pouco Jules.

            -Grayson é um bebê de dois anos.

            -Ele é divertido.

            Resmunguei. Ele suspirou, ajeitando-me em seu colo.

            -Liz. Eu sei que você vai sempre sentir falta de Boi. Você seria louca se não sentisse. Mas isso não quer dizer que você precisa ficar sem um amigo – Ele se aproximou de mim, olhando-me direto nos olhos – Você não vai substituí-lo. Só vai fazer uma nova amizade.            

            Suspirei, lembrando de Boi quando era apenas um filhotinho. Seria bom voltar àqueles tempos quando eu podia pegá-lo no colo sem fraturar minha coluna.    

            -Está bem. Vai ser legal.

            O lugar era uma cabaninha de madeira no meio da floresta elameada.

            -Uma latrina?

            Perguntei, porque era pequena como tal. Como Tyler tinha coragem de colocar cachorros ali? Elijah sorriu e me pôs no chão, fechando o guarda-chuva.

            -Isso é o que você pensa. O que queremos que você pense.

            -Porque é que você iria querer que eu pensasse que isso é uma latrina?

            Ele abriu a porta e apontou para uma rampa que descia para o subsolo. Ergui as sobrancelhas, surpresa. Peguei a mão que ele me ofereceu para pular para dentro do buraco. Ele fechou a porta atrás de nós. O escuro me assustou por um segundo e eu apertei a mão de Elijah. Então, como na expressão, enxerguei uma luz no fim do túnel. Nós rastejamos agachados pelo túnel. Comecei a ouvi-los ganir chorosamente.

            Filhotes.

            -É para protegê-los.   

            Ele sussurrou em resposta para a minha pergunta quando estávamos próximos da luz.

            Por um segundo, achei que estava morrendo de novo. Não conseguia respirar, porém meu coração, ao invés de parar, se acelerou. Era como se eu estivesse de novo no céu – ou fosse lá o lugar que eu estivera. Era simplesmente... Lindo!

            Pendurado no teto de terra, algumas poucas lamparinas à óleo iluminavam o ambiente cheio do que eu só poderia descrever como milagres – pequenos, fofinhos e peludos milagrezinhos. Espalhadas entre pilhas de cobertores, mamãe orgulhosas e desconfiadas lambiam, cuidavam e amamentavam seus filhinhos de diversas faixas etárias. Eram tantas raças que me senti atordoada. Sabia que muitos cães eram atraídos pelo cheiro dos híbridos da Casa. Não sabia que eram tantos. Fui até uma ninhada de dálmatas, pegando um filhotinho pintado que veio na minha direção.

            -Elijah! – Foi tudo o que consegui dizer – É lindo demais!

            -Ei Liz! – Disse Tyler, chegando de um corredor, limpando as mãos gosmentas de baba em um trapo – Ei, El. O que os trás às minhas catacumbas.

            Suspirei, apertando de leve o cãozinho em meu colo.

            -Boi morreu, Tyler.

            Contei a ele, deixando o bichinho no chão. Ele ganiu e mordeu minha manga, puxando-a para que eu brincasse com ele.

            -Jura? Puxa Lizzie... Sinto muito. Você está bem?

            Dei de ombros.

            -Vou ficar. – Disse olhando para ele – Elijah acha que eu preciso de outro cachorro.

            Elijah assentiu. Tyler sorriu e me observou, quase como se lesse minha mente. Por fim estendeu a mão para mim. Uni as sobrancelhas, confusa.

            -Vem comigo. Acho que tenho o amo perfeito para você.

            Alcancei sua mão esforçando-me para me levantar. Ele pareceu perceber, sustentando-me até que eu me firmasse.

            -Opa! Tudo bem aí, Liz? – Ele apertou de leve a minha mão. – Está magrinha.

            Troquei um olhar com Elijah. Ele estava esperando que eu dissesse o que eu achasse melhor. Não queria contar à Tyler. Não queria que ele soubesse o quanto salvá-lo da última vez, no ônibus, tinha me deixado cansada. Até porque, quando alguém precisava de ajuda eu ajudava, não importava o que acontecia comigo.

            -É, tudo bem. É que eu estava meio doente – Eu disse, voltando a olhar para ele – Mas eu estou bem agora. Vamos devagarzinho, tudo bem?

            El e assentiu com um olhar estranho. Trocou um olhar co Elijah, mas este não entregou nenhum segredo, dando de ombros. Ele me levou através dos corredores escuros onde dezenas de cachorros passavam por entre nossas pernas, apenas fêmeas e filhotes.

            -Porque não há machos aqui?

            -Os cães pais não gostam muito de seus filhotes.

            -Oh – Sempre imaginei que Boi adoraria ter uma ninhada de bebês com a cachorrinha sim. Até achei que ele e Sage fossem ter filhotes. Mas nem deu tempo para isso. – E por quê?

            Ele deu de ombros.

            -Não sei. Mas se manter os filhotes aqui vai protegê-los, é o que eu vou fazer.      

            Assenti passando a mão pela parede, fazendo terra cair sobre um Lulu da Pomerânia que ficou confusa, colocando-se sobre o seu único filhote felpudo.

            -Você cavou isso?

            Ele deu de ombros.

            -Tenho bastante tempo livre durante a Lua Cheia.

            Assenti, aprovando.

            -Legal. Muito legal.

            -Chegamos.

            Disse ele, parando no fim do túnel. A lamparina acima de mim iluminava o que podia ser um urso muito pequeno ou um cachorro muito grande, ou um lobo muito peludo e de orelhas caídas. Era completamente negra e seu pelo poderia aquecer uma família de esquimós inteira durante um inverno de 1 ano. Até mesmo seus filhotes eram do tamanho de gatos adultos.

            -Oh meu Deus, Tyler! São lindos!

            Gritei, ajoelhando-me ao lado deles. Seus focinhos viraram-se para mim, atraídos para mim, os olhinhos negros piscando na penumbra.

            -São Terranovas. Muito fiéis. E bem grandes. Sei que você gosta de bebezões.

            Eu ri, acariciando a mãe, que bocejou e começou a lamber os filhotes, desinteressada.

            -Sim, eu gosto.

            Disse, com um sorriso. Os filhotes se reuniram, lutando pela atenção da mãe, ignorando-me já que havia uma língua gostosa e quentinha na jogada. Todos menos uma, que dormia sob a perna da mãe quando foi atropelada pelos irmãos. Reclamou e tentou mordê-los, mas eles não se incomodaram com seus dedos pequenos e continuaram a escalá-lo. Com um bocejo, ela se espreguiçou e saltitou na minha direção. Seus olhos curiosos me encaravam.

            -Olá coisinha linda.   

            Disse, estendendo a mão para ela. Ela pegou minha manga e começou a puxá-la, com uma força que eu não sabia que um filhotinho podia ter. Puxei a manga e ela a soltou, dando três voltas no lugar. Então parou, observando a cauda se mexer atrás de si. Com um latido fino, ela se pôs a persegui-la.    

            -Quero essa.

            Decidi, pegando-a no colo.

            Nessie

            -Você deu um cachorro para ela?

            Perguntei a Elijah, esfregando as têmporas. Lizzie obrigava Jake à arrumar as antigas coisas de Boi enquanto ela brincava com o filhote que mais parecia um urso disfarçado.

            -Nessie, ela é a única criança dessa casa. Ela precisa de um amigo.

            -Mas Boi acabou de morrer... Nós não devíamos... Eu sei lá... Deixá-la fazer luto? E se ela crescer traumatizada por nunca tê-lo esquecido?

            Elijah suspirou e me encarou por alguns segundos. É, eu soava mesmo neurótica. Soltei o ar, concordando com a cabeça. Não podia negar algo que a faria feliz depois de tudo o que ela vinha passando.

            -Está bem, está bem. Mas precisava ser um Terranova? O que essa garota tem contra Yorkshires afinal?

           

            Na volta para a escola, vim sozinha. Usara o piano da sala de música por algum tempo depois da aula. De repente, eu tinha vontade de compor novamente. O piano parecia mais alegre, mas como em todo o bom compositor, ainda mantinha aquele toque de melancolia escondido – embora aquilo me incomodasse, não só em mim, mas como em toda a música clássica.

            Era difícil, e estava ficando cada vez mais, estar com Elijah, mentindo para todos os meus amigos, ao mesmo tempo que sentia que mentia para mim mesma. Sentia-me suja e nervosa, não querendo que Jake nos visse – o que acabava sendo inevitável, já que nos encontrávamos a cada horário em nossos armários quase que colados. Não que ele demonstrasse qualquer tipo de ressentimento quanto à Elijah. Mas eu sabia que lá no fundo, aquilo não era justo para nenhum de nós três.

            Mas estava tudo bem. Enquanto estivéssemos todos vivos e saudáveis, estaria bom para mim.

            Fechei o casaco, enrolando o cachecol ao redor do pescoço. O inverno avançava inexoravelmente. Logo a neve encheria as clareiras do complexo da Casa. Suspirei. O inverno era sempre pior para mim. Felizmente, Jake estava ali. Só podia esperar que ele ajudasse a aplacar a saudade de casa.

            Um monte de neve perto de mim se moveu e eu travei no lugar. Passei os olhos pelo chão através de uma arma até perceber que ainda não estava nevando. Olhei para o monte. Tinha olhos, um focinho rosado e um galho na boca. Estava curvado, convidando-me para persegui-lo, como Boi costumava fazer com minhas coisas quando queria brincar. Senti uma dor no coração ao pensar nele e continuei andando. Alguns segundos depois senti o toque de um focinho frio. Virei-me para ele. Monte-De-Neve estava lá, sentando pacientemente, esperando que eu voltasse a andar.

            -Olá, doçura.

            Eu disse, acariciando-lhe o topo da cabeça. Ele estremeceu de prazer, como se nunca tivesse sido tocado antes. Ele lambeu minha mão e pôs-se em duas patas, as patas apoiando-se em minha cintura. Ri, pegando suas patas. Olhei para baixo, atraída pela magreza dele. Coloquei-o no chão.

            -Oh, pobre lindinho...

            Olhei na direção do laboratório. A luz estava acesa. Fui até ele, e o cachorro me seguiu. Estava prestes à bates quando vi Tyler e Caroline envolvidos em um longo beijo. Dei um passo atrás, corada. Monte-de-Neve sentou-se esperando meu próximo movimento.

            -Eu não vou levar você para a Casa – Disse a ele, balançando a cabeça – Já tem um urso dormindo com a minha filha. Você NÃO VAI comigo!

            Gritei. Ele se afastou ganindo como se eu o tivesse ferido. Suspirei. Não queria ser má com ele. Parecia ter tido uma vida sofrida até então. Respirei fundo e fui para a Casa. Ces’t la vie...

           

            -AUUUUUU...

            O uivo começou, longo e sofrido. Uni as sobrancelhas. Era lua nova, e Jake estava no quarto ao lado, estudando um pouco antes de dormir.

            -Mamãe?

            Lizzie chamou na escuridão. A mancha negra que Lizzie chamava de Nova estava enroscada em seus braços.            

            -Já vou ver quem é.   

            Eu disse, me sentando e piscando para tentar manter os olhos abertos. Enfiei os pés nas pantufas e me arrastei até a janela. Um último uivo se estendeu e então, se calou. No andar de baixo, Monte-de-Neve me olhou de baixo, com os olhos brilhando na luz da lua.

            -Você só pode estar brincando comigo...

            Sussurrei, me jogando na cama de novo. Mais um uivo entrou pela janela, parecendo mais alto do que a sirene implantada em toda a casa.

            -Mãe?

            -Já vou fazer parar, meu amor.

            Abria a porta e desci as escadas no escuro total. Abri a porta de entrada com um empurrão, olhando Monte-de-Neve com raiva. Ele balançou a cauda, feliz por me ver e já prevendo o que eu faria.

            -Só por hoje, seu akita mal educado.

            Ele parecia sorrir ao passar pela porta.

           

            


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