A Casa De Klaus escrita por Bellah102


Capítulo 40
Capítulo 39 - Aniversário


Notas iniciais do capítulo

ÊÊÊ!!! ADIVINHA QUE DIA É HOJE? DIA DE POSTAR DOIS CAPÍTULOS JUNTOS! E PORQUE?
É ANIVERSÁRIO DA CASA DE KLAUS!!! ÊÊÊÊÊ!!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/183585/chapter/40

Nessie

           

            -SURPRESA!

            Gritamos todos quando Elijah entrou na cozinha. A ideia tinha sido toda da pequena Lizzie. Tínhamos decorado o cômodo com balões e feito um bolo, exatamente como no aniversário dela. Começamos a cantar a canção. Lizzie correu para pular no colo dele e eu o abracei. Seus olhos claros brilhavam como os de uma criança em um dia de natal quando a música acabou.

            -Isso... É incrível! Acho que... Eu nunca tive um desses...

            -Um aniversário?

            Perguntei, pegando Lizzie do seu colo e colocando-a no chão.

            -Um bolo.

            Respondeu, com um olhar feliz. Todos o parabenizavam e pediram para que ele assoprasse as velas.

            -Ei Liz, quer me ajudar com isso?

            Ela fez que sim, correndo para ele e ajudando-o a soprar as velinhas até que todas se apagassem.

            -Fez o pedido? – Lizzie perguntou. Elijah fez que sim. – O que você pediu?

            Ela perguntou, animada.

            -Se eu te contar, não vai se tornar realidade.            

            Ele disse, piscando para ela, e tocando a ponta de seu nariz com o indicador.


            Elijah

            A festa correu normalmente, ao que pareceu. Colocaram música para tocar, e eu tive que cortar o bolo e distribuí-lo, o que me ocupou por um tempo, mas não muito. Eu não tinha muita certeza do que fazer, então fiquei perto de Lizzie e Nessie, seguindo suas instruções. Nós dançamos, comemos, e nos divertimos. Até Stefan e Katherine pareciam estar se divertindo, apesar de Elena e Damon dançando bem próximos um do outro. Caroline e Tyler eram os dois que pareciam em maior sincronia, rindo e jogando bolo um no outro, sob o olhar irritado de Matt sentado em um canto, ao lado de Nahuel, que se divertia na companhia de um pedaço farto de bolo. Fiquei feliz por Tyler, apesar disso. Finalmente as coisas estavam dando certo para ele.

            Mas a melhor parte da festa, foi ver o sorriso satisfeito de Nessie em seu rosto. Ela estava com problemas para sorrir depois de ser obrigada a rejeitar os pais. Hoje ela parecia satisfeita em ter feito algo bom para mim, e isso me incentivou a parecer ainda mais feliz do que eu me sentia. Lizzie correu para mim, puxando minha camisa.

            -Elijah, eu tenho um presente para você.

            -Para mim?

            Ela assentiu, e me entregou uma caixa de papelão. Coloquei-a sobre uma mesa antes de abrir as abas com um laço desenhado de canetinha colorida cor-de-rosa e amarela. Ela subiu em uma das cadeiras da mesa, olhando fixamente para a caixa, animada. Nessie se aproximou, abraçando a cintura de Lizzie e pousando a cabeça em seu ombro, sorrindo.

            No fundo da caixa tinha uma mancha peluda e ruiva, um filhote de cachorro. Ele levantou o focinho e virou as orelhas para mim, farejando o ar e piscando os olhinhos verdes. O bichinho apoiou-se em duas patas e segurou-se na parede da caixa, pedindo por colo. Tirei-o da caixa. Cocei sua barriga, descobrindo que se tratava de uma menina. Ela aproximou-se do meu rosto e lambeu meu pescoço, esfregando seu pelo macio contra mim. Afaguei-a.

            -Oi. Olá, coisa linda...

            -Você gostou? – Perguntou Lizzie, ansiosa. – Tyler me ajudou a escolher. Ele disse que ela era perfeita para você.

            Sorri, acariciando a cadelinha, que abanava a cauda ruiva, animada.

            -Eu adorei, meninas. Obrigado.

            O bichinho lambeu meu rosto, o que eu interpretei como um “Eu também te adorei!”. Sua língua era quente, áspera, molhada e fazia cócegas. Eu estava rindo quando a sala ficou em silêncio de repente. Devia saber o que encontraria quando olhei para a porta. Klaus estava parado lá, vestido o mais casualmente que já o tinha visto. Um blazer simples, uma camisa sem gravata e pasmem, uma calça jeans. Os cabelos louros estavam caídos sobre os olhos castanhos e pela primeira vez, ele não parecia orgulhoso ou superior. Ele parecia um cara normal.

            Ele andou até mim e parou a minha frente, lançando um olhar curioso ao bichinho em meu colo. Nessie apertou os braços ao redor de Lizzie, tensa.

            -Elijah. Podemos conversar?

            Assenti, entregando a cadelinha à Lizzie.

            -Pode cuidar dela para mim por um minuto, Flor-de-Liz?

            Ela fez que sim, recebendo o bichinho ruivo em seus braços, olhando para Klaus, tão tensa quanto a mãe. Lancei um sorriso a Nessie, assegurando a sua carranca de preocupação que era apenas uma conversa e que eu ia ficar bem. Era o que eu esperava, pelo menos.

            Klaus me levou através do Hall e para fora da casa, para seu escritório no prédio do laboratório. Estremeci sem querer ao passar pelas portas de vidro. Lá estavam elas de novo... Suspirei, afastando as memórias ruins. Klaus foi para trás de sua mesa e tirou um embrulho de couro de dentro de uma das gavetas. Ele segurou o objeto nas mãos, observando-o com... Tristeza...

            -Sua mãe... – Ele limpou a garganta – Hoje é...

            -O aniversário de morte dela. – Fiz que sim – Eu sei.

            -Ela... Bem... Ela mantinha um diário. Eu... Nunca tive coragem de abrir – Ele riu, triste – Temo as coisas que ela pode ter escrito a meu respeito.

            Em suas mãos se encontram todos os pensamentos de minha mãe, pensei. Será que falara sobre mim em seus últimos dias? Tinha medo? Estava animada? Falava sobre Rebekka? Sobre Klaus, e como ele era antes de sua morte? Sobre seus medos, suas alegrias, desejos, anseios e lembranças? Eu mal podia me agüentar de pé de curiosidade. Hesitante, Klaus estendeu o livro para mim. Pisquei duas vezes, sem entender.

            -Você está... Me dando ele?

            Ele deu de ombros.

            -É seu aniversário, não é? Quanto tempo faz que eu não te dou um presente decente? 200 anos?

            -Quase trezentos...

            Eu disse, aceitando o presente. Abri o couro, revelando u livro com uma capa dura de couro. Desatei o nó que o fechava e o abri, virando as páginas com cuidado, sentindo a aspereza da folha e o cheiro delicioso de tinta antiga. Mês olhos encheram-se de lágrimas ao ver aquela letra pequena e delicada riscando o papel, preto no branco. Podia imaginar mãos pequenas e de dedos finos todos sujos de tinta enquanto voavam pelo papel com uma pena entre eles. Klaus contornou a mesa para ver.

            -Ela sempre teve uma letra muito pequena. Eu mesmo a ensinei...

            Disse sorrindo, nostálgico, passando os dedos pelas letras, sem realmente se ater a nada. Pisquei, ainda sem acreditar. Fechei o diário e abracei a cintura de Klaus, incapaz de me conter. Aquilo era simplesmente a melhor coisa que ele já tinha feito por mim... Era a melhor coisa que qualquer um já tinha feito por mim! Klaus surpreendeu-me, depois de um tempo movendo os braços desajeitadamente ao meu redor. Depois de quase 300 anos desde a morte da minha mãe, estávamos nos abraçando pela primeira vez.

            -Obrigado... Pai.

            -De nada... Filho – Ele disse, me afastando, desconfortável com todo aquele afeto. – Agora... Vá se divertir com seus amigos...

            Sorri e o reverenciei antes de sair, reflexo de um costume antigo.

            -Sim. Obrigada pai. 




Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

São tantas emoções... Há exatamente um ano, estava postando pela primeira vez Casa de Klaus, às vesperas do natal, e no natal passado, chorei porque não tinha reviews #drama-adolescente.
Obrigada por tudo, meninas, vocês são incríveis, amo vocês, e mesmo que vocês não comentem e me façam sentir uma caquinha de escritora, eu amo cada uma de vocês e adoro quando dão o ar da sua graça. UM BEIJO GRANDE E BOAS FESTAS!