A Casa De Klaus escrita por Bellah102


Capítulo 15
Capítulo 14 - Rose


Notas iniciais do capítulo

Então gente! Trailer novo, capa nova, capítulo novo! Ihuuuu! Espero que gostem. Está bem curtinho, mas o outro está maior, prometo.



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Ela abriu a porta e pareceu se surpreender por me ver de pé e tão bem disposta.

            -Acabamos de chegar. Vim ver como você estava. Parece melhor...

            Ela observou entrando no quarto e fechando a porta. Olhei meu reflexo na tela do computador desligado que Nahuel deixara em cima da escrivaninha. O simples fato de agarrar a minha vida me fazia parecer melhor mesmo.

            -Me sinto melhor. Na medida do possível – Olhei para ela – Como está Rose?

            -Chocada. Venha ver você mesma. – Ela chamou estendendo-me a mão para levantar que aceitei. Ela me guiou até o corredor onde as meninas guiavam Rose escadas acima. Ela parecia velha, com os pés trêmulos não achando o chão debaixo de si, os olhos claros sem conseguir ver nada a sua frente. As mãos trêmulas eram seguradas firmemente. Era uma cena de cortar um coração – Klaus a obrigou a assistir as aulas. Sobrenaturalidades foi a pior. Ele humilhou Trevor. Ela não conseguia parar de chorar.

            Quando elas se aproximaram, Bonnie se apresso em abrir a porta para elas, a porta logo ao lado da minha. Então éramos vizinhas esse tempo todo? Entrei atrás delas e fechei a porta. O quarto de Rose era o quarto que apenas uma rainha vitoriana, ou uma mestiça de 1500 anos iria querer. Ou eu. Era lindo. O carpet vermelho era interrompido na frente da porta por um grande tapete branco, azul e amarelo, estampado com uma águia cinzenta com uma rosa vermelha na boca. Havia uma escrivaninha de madeira escura e uma pesada penteadeira com um espelho de prata, onde Rose se sentou em um banco, olhando o próprio reflexo sem entender o que via, como eu fizera alguns minutos atrás.

            Meredith e Caroline sentaram-se em silêncio na cama de veludo e dossel vermelho com uma cabeceira também de madeira escura. Elena falava em voz baixa com Rose tentando convencê-la a segui-la até a cama, mas ela logo desistiu. Bonnie se juntou a ela e as outras na cama. Cruzei os braços e me sentei ao lado de Rose no largo banco com estampa floral. Estava decidida a ajudar. Eu voltara a vida e levaria Rose comigo, para fora do poço escuro que nossa mente se tornava quando estamos longe de quem amamos.

            -Eu sei como é – Eu disse tirando-a do torpor por alguns segundos, quando peguei sua mão para chamar sua atenção. Ela encarou-me nos olhos. Castanho e verde, unidos em uma só dor, como um bêbado amparando o outro para caminhar. – Não conseguimos nos reconhecer sem ele. Não há palavras que a gente queira falar porque ele não está lá para ouvir. Não tem sentido em ver as coisas, porque ele não vai estar lá para torná-las bonitas. Não vale a pena respirar se ele não está lá para partilhar do ar. – Ela fez que sim, indicando que eu estava certa, então continuei, colocando para fora tudo o que pensara durante o banho – Mas é melhor desse jeito. Ele está livre de Klaus e Katherine não pode mais iludi-lo.

            Ela estava seriamente pensando nas minhas palavras. Ninguém havia colocado a situação daquele jeito a ela. Quando perdemos alguém não precisamos de palavras doces, precisamos da realidade, e era só isso que eu estava dando a ela.

            -Eu, por outro lado, não tenho a sua sorte. Meu Jake está a uma quantidade consideravelmente desconhecida. Klaus pode encontrá-lo, ele pode ficar doente, ser atropelado, mordido... Pode... Achar outra pessoa...

            Eu sabia que isso era uma mentira amarga. Mas algumas vezes em meu âmago, meus pensamentos me levavam naquela direção, quando eu deixava a mim mesma pensar em casa. Eu pensava em um futuro em que eu fugia da casa e quando chegava a casa de Jake, ele estava casado, com dois lindos filhos lobisomens correndo no quintal, sentado em uma cadeira de balanço de mãos dadas a uma estranha no sofá. Eu evitava esses pensamentos, mas eles voltavam como moscas em cima de um cadáver.

            -Ele te ama?

            Ela perguntou. Fiz que sim.

            -Desde o dia em que nasci.

            Ela fungou e apertou minha mão.

            -Trevor nunca me amou, por nem um dia sequer – Ela disse, a voz mais desolada por conta do exagerado sotaque britânico – E eu o amei desde o primeiro dia que eu o vi.

            -Querida, isso não é verdade. – Disse Elena intervindo em minha ajuda – Trevor te amava, sim.

            Mas Rose só balançou a cabeça desestimulada ao extremo.

            -Não adianta mentirem para mim! Ele fugiu para ter um maldito futuro com a sua odiosa irmã!

            Ela gritou levantando-se e apontando acusadoramente para Elena. Levantei-me também e gritei tão alto quanto ela.

            -Preferia que ele tivesse conseguido então? E ido viver com ela? Não adianta reclamar de Katherine, porque isso não vai levar a nada! Se você quiser manter a sanidade, tem que lembrar de como era quando estavam juntos, você e ele!

            -Mas não quero sanidade Renesmee, eu quero morrer!

            Ela gritou jogando-se novamente no banquinho da penteadeira. Caroline me mandou um olhar recriminador, mas teve a sensibilidade de ficar calada. Se ela não estava ajudando, que não viesse corrigir meus métodos. Me ajoelhei ao lado do seu banco.

            -Se você morrer, se chorar e se quebrar ele vence! Klaus vence. O assassino e difamador de Trevor vence. – Ela levantou o rosto alguns centímetros – Você vai dar essa satisfação a ele? A satisfação de ver que ele quebrou você? – Seus olhos se estreitaram e á não eram como o mar. Eram como ácido. Ela fez que não – Então levante essa cabeça, trate de limpar essas lágrimas e sorria. Por Trevor. Por tudo o que ele fez, foi, e representou para você e para o mundo. Sorria, pelo prazer de fazê-lo na frente de quem te fez chorar. Se fizer isso, tenho certeza que, apesar de não o conhecer, Trevor terá orgulho de você ser mais forte que Klaus.

            Bonnie que viera até nós pousou a mão em seu ombro.

            -Ele se orgulharia, e muito de você.

            Ela sorriu e me abraçou com força. Abracei-a com força de volta. Podia quase ver tio Jasper encostado a parede fazendo que sim, aprovando. Agradeci aos seus ensinamentos sobre a psicologia. Se todos pudessem me ver agora, teriam orgulho de mim. Eu tinha certeza.


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews?
Beijinhos!