Ensinando A Amar escrita por LaraBolinho
–Cadê o Hades?
–Meu senhor saiu por um instante. Agora, preciso falar com os dois.
–Do que se trata? -perguntou Nico sério.
Ela continuou a olhar para as chamas e não disse uma palavra.
–Fale. -Insistiu Nico.
Ela deu um suspiro.
–Preciso que cuidem do bebê que estou esperando.
Houve um silêncio.
–Só pode estar brincando. -falei.
–Não semi-deusa. Se o senhor Hades souber...
Por alguma razão, não fiquei muito surpresa. Andei ate ela, me ajoelhei a seus pés e peguei em sua mão.
–Minha senhora explique. Talvez possamos ajuda-lá.
–Ninguém pode me ajudar. E ninguém pode saber da existência desse filho.
Olhei para Nico. Ele ainda parecia estar em estado de choque. Voltei a encarar Perséfone.
–Como podemos...
–Eu já falei como. Criem esse filho e assumam como se fosse de vocês.
–Isso é loucura... -sussurou Nico. -Ainda somos... eu só tenho 14 anos. Como espera que vamos cuidar de um bebê? Vamos Branca. Quero ir embora deste lugar.
–Espere Nico... Quero ouvir o que a senhora Perséfone quer. Fale minha senhora...
Ela olhou para as chamas na lareira e um tempo depois respondeu.
–Se alguem souber da existência deste feto... Zeus pode começar uma guerra, ou tentar...
–Matá-la.
–Sim...
Fechei meus olhos e dei um suspiro profundo.
–Com liçenca minha senhora.Me levantei, andei até Nico e o puxei pelo braço ate o outro cômodo.
–Isso é loucura. -sussurou ele.
–Talvez, mas não temos escolha Nico...
Passei minha mão em seu rosto e olhei em seus olhos.
–Ser pai com 14 anos...
–Não veja isso como... ser pai. Pense nesse bebê como seu irmão.
Nico me olhou por um tempo e analisou minha expressão. Senti Sebastian se mexer em meu pesçoco. Ele subiu em meu ombro e fitou Nico.
Ande! Diga sim!
Nico o encarrou com raiva. Olhou para o chão e disse:
–Tá. Você venceu.
–Vamos falar com sua madrasta... -eu disse feliz.
Andamos ate Perséfone, ainda sentada imóvel na cadeira, encarando as chamas. Senti Sebastian se mexer em meu ombro.
–Minha senhora... -me aproximei enquanto Nico ficou na porta nos olhando. Me ajoelhei novamente aos pés da deusa. - Aceitamos sua proposta.
Ela ficou calada e depois de um tempo, falou:
–Muito bem.
Ela estendeu a mão e havia duas pequenas pedras azuis. Pedras de Perséfone. Eu as peguei e entreguei uma delas a Nico, já a meu lado. Ele estava com nossas coisas na mao.
–Adeus minha senhora.
Ela não respondeu. Continuou a encarar as chamas, pensativa.
Colocamos a pedra no chão e pisamos nela com toda a força. Desejei voltar para a floresta. Fechei meus olhos e esperei.
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