Time Heals Everything escrita por LunacyFringe


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Bom, acho que temos leitoras novas!
Sejam de vindas *-*
E muito obrigada pelos reviews gente!! *-*
Cap cheio de POVs e desculpem qualquer erro!
Boa leitura!



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Zacky POV



– Faz duas horas que nós estamos viajando! Huntington não deve ser tão longe! – Benji disse lendo uma placa.
– São duas e meia, acho melhor nós chegarmos rápido. – Matt disse.
– Alô? – Brian atendeu o celular. – Fala Kenna. Já estou chegando sim. É, eu fiz uma viagenzinha quando estava bêbado. Sim, com o Matt. Só o Matt, e nós já estamos voltando. Eu não sei ele beija bem, que isso Kenna?! Okay, beijo. – Desligou.
– Ninguém nunca reclamou. – Matt disse.
– Ah, ela tem uma fixação com vocês. Ou ela pensa nela com vocês ou ela pensa em mim com vocês. E ainda comenta! Não sei quem ela puxou, serio! – Brian disse e Matt riu.
– ALI CACETE! – Benji freio o carro e fez uma manobra tão radical que o Brian me esmagou.
– Caralho Benji! Pra quê fazer isso?! – Brian perguntou.
– Eu não ia procurar um retorno né? Tô com fome! – Ele acelerou.
– Brian? – Chamei. – Dá licença?
– Ah claro! – Ele saiu e pude ver Matt rindo pelo retrovisor. – Benji anda mais devagar!
– Não! – Ele riu maligno.
– Filho da...
– Não termina essa frase, senão eu volto e te deixou na casa da sua mãe.
– Você não faria isso! – Brian olhou desafiador.
– Duvida pra você ver.
– Eu du.vi.do. - Brian disse. Você nunca devia ter feito isso.
– Eu posso estar legal agora, mas eu ainda sou um Madden, criança. Você mexeu com a pessoa errada!
Benji deu meia volta e aquele sorriso que o Josh fazia quando nos batia tomou conta do rosto dele. Matt o olhou como se ele fosse a pessoa mais legal do universo e eu fiz um escândalo.
– NÃO! BENJI NÃO! VOLTA PRA HUNTINTONG BEACH AGORA!
– OUVI O ZACKY, BENJI! VOLTA! – Brian gritou. Benji riu maligno.
– Eu vou te deixar lá com ele Zacky, para mais uma noite de amor! – Ele suspirou e olhou para cima.
– Você não faria isso, eu nunca mais olho para a sua cara!
– Okay, okay! Vamos voltar! Mas só por que amanhã vocês trabalham!
– Amanhã é feriado daquela santa do mar não é? – Matt disse. Silencio.
– NÃO, NÃO! – Gritei.
– DESCULPA BENJI, POR FAVOR! – Brian gritou.



Matt POV


– Será que fomos muito maus com eles? – Benji perguntou, parando o carro na frente na minha casa.
– Não, assim os dois aprendem, e tomara que façam as pazes.
– Disso eu duvido muito! – Riu.
– É, tomara que briguem então! Sei lá!
– Vai dizer o quê para a senhora Baker?
– Que o Zacky ficou na casa de uma garota que ele conheceu. Vão ficar tão felizes que não vão nem perguntar com quem e onde!
– E o Brian? Se a Kenna vier te perguntar?
– Eu digo a verdade e peço para ela inventar uma desculpa.
– Você já pensou em tudo! – Sorriu.
– Já! Bom, eu vou indo!
– Até amanha! E se... Você quiser sair hoje, me liga. - Sorriu
– Okay, e desculpa por ontem tá?
– Okay... Eu não devia ter te chamado mesmo.
– É que... Poxa, pra mim parece que você está com o Zee entende?
– Mas eu já disse que não estou. – Me olhou.
– Mas parece. E daí parece que eu traio a amizade dele. E que você trai ele.
– Mas eu não estou. E agora não tem ninguém aqui, tem?
Ele se aproximou e selou nossos lábios. Se a mãe do Zacky vir isso, daí sim ela vai achar que o Zacky é meu namorado, mas que eu estou traindo dele.



Brian POV


Eu não consigo acreditar que eles nos deixavam aqui com três garrafas d’água, alguns salgadinhos e biscoitos, e balas. Por que balas, alguém me explica?
Zacky andava de um lado para o outro tentando fazer alguma ligação e eu sentado na varanda. Nem a pau que eu entro nessa casa sozinho, já tinha medo quando a minha mãe estava junto e ela não era abandonada, então imagina agora.
– Bom, eu não consigo ligar para ninguém. – Ele sentou ao meu lado. – Tentou ligar pra Kenna?
– O que vai adiantar? Ela vai rir e não vai avisar os meus pais.
– Estamos fudidos. Nem eletricidade essa merda tem.
– Nem me lembre. – Tremi com a possibilidade de ficar no escuro, com o Zacky.
– Lembra que aconteceu algo parecido com isso? Você me convidou para passar o final de semana na sua mãe, ela saiu com o namorado na sexta-feira e ficamos sozinhos?
– E faltou luz né? – Ele assentiu rindo. – Eu nunca fiquei com tanto medo na minha vida.
– É, a experiência com o filme era recente naquela época. E então eu te levei pro porão à força e comecei a contar histórias de terror.
– Eu fiquei apavorado! Você foi muito mal aquele dia, e eu fiquei sem falar com você pelo resto da noite.
– Mas não desgrudou de mim! Eu acho que tínhamos onze anos na época.
– É... – Sorri ao lembrar daquilo.
Zacky e eu éramos amigos desde os cinco anos de idade, quando meu pai se mudou para a casa do lado dos Bakers. Viramos amiguinhos no mesmo dia, temos bastante histórias para contar. Principalmente a partir dos onze anos.
Mas aos quatorze anos tudo foi por água abaixo.
– Eu ainda te odeio. – Ele disse e entrou em casa.
– Espera Zacky! – Corri pela minha vida.


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– Tá escuro, o que você quer fazer no mato idiota? – Falei seguindo ele e abraçando o meu corpo.
– Te assustar, eu sei que você iria me seguir para qualquer lugar, então eu decidi ser mal. – Sorriu.
– Eu odeio você. – Ele correu. – Espera!
– Vou procurar madeira! – O ouvi gritar ao longe.
Parei de correr e entrei em estado de choque. Eu estava sozinho, no escuro, no meio do mato. Isso são todos os filmes de terror mais terríveis do mercado juntos. Eu, o mochinho amedrontado, terei que ser corajoso para salvar o meu inimigo, para assim mostrar que não sou tão ruim quanto ele pensa.
Mas para isso eu terei que me mover, e tá difícil!
Fiquei ali parado e comecei a ouvir barulhos de galhos sendo quebrados, e isso ficava mais próximo e mais alto. E o meu desespero ficava maior. Acho que fiquei ali sozinho uns cinco minutos ao todo. Muito tempo para mim.
– Buh. – Zacky fez no meu ouvido, e eu reconheci sua voz na hora. Me virei e lhe abracei.
– Não faz mais isso Zee! – Coloquei meu rosto na curva do seu pescoço.
– Calma Bri, vamos voltar okay? – Ele riu e me abraçou.
Voltamos para casa e ele pôs a madeira na lareira e não sei como ele fez fogo.
– Escoteiro, lembra? – Ele me olhou e piscou.
– Claro! Você aprendeu a fazer fogo?!
– Sim, eu disse que você deveria ter ido para as bandeirantes aprender a fazer biscoitos para mim. – Deu os ombros.
– Eu já fiz biscoitos pra ti uma vez! – Ri. – Ficou horrível.
– É, nem sei como o gay da história sou eu, serio! Você é uma menina, Brian! – Ele disse.
– Nem vem, eu não sou uma menina, e o gay da historia é você sim, seu nojento. – Deitei no chão de madeira da sala.
– Não gosto quando você me chama de nojento Brian, eu sou normal – Ele deitou ao meu lado. E eu estou nervoso só que me lembrar do quase estupro de hoje de manhã.
– Você seria normal se ficasse com garotas.
– Eu ainda sou o mesmo Zacky de anos atrás Brian, independente disso.
– Você não é mesmo Zacky.
– Eu sou, você só tem que enxergar isso. – Me olhou.
– Não sei se podemos ser amigos Zacky, você sempre será o cara que beija garotos. E eu não sei lidar com isso.
– Aprenda. Com o tempo você pode se acostumar.
– Meu pai nunca iria permitir.
– Foda-se o seu pai! Foda-se todo mundo! Pare de se importar com a opinião dos outros. Você quer isso ou não? – Fiquei em silêncio. – Acho que isso é um não.
– Zee...
– Ah Brian! Eu te odeio mais ainda agora! – Levantou e subiu as escadas.
Você estraga tudo não é Brian? Admita pra você mesmo que você sente falta dele, da amizade dele. De quando eram apenas vocês dois, sem Benji, Jimmy ou Matt. Suspirei.
Subi as escadas correndo e ele tinha conseguido abrir uma janela, que clareava o quarto que era meu. Ele balançou as cobertas tirando o pouco de poeira que havia e se deitou. Eu entrei no quarto e me deitei ao seu lado, do mesmo jeito de quando éramos crianças. Não tinha quarto de hospedes na época e dormíamos juntos.
– Como nos velhos tempos... – Falei.
– Se fosse nos velhos tempos, estaríamos brincando de lutinha e você não teria medo de encostar em mim. – Ele virou de costas.
– Você beija garotos Zacky, dá pra entender que isso pra mim é nojento?!
– Não é nojento Brian!


Zacky POV


Acredite em mim Brian, não é nojento. Me dê um pouquinho na sua confiança e você vai ver, seu bosta.
– Pra mim é caralho, você nunca vai entender?!
– Você nunca vai entender que isso não muda nada?!
– Eu cansei de você!
– Eu que cansei de você!
– Eu falei primeiro.
– Como você é infantil! É por isso que você não entende Brian, você não cresceu! Você parou no tempo com quatorze anos e pronto, mas você tem vinte agora, dá pra parar com isso?!
– Eu não sou infantil cacete, para você com isso! – Me deu uma cotovelada.
– Eu vou te bater de verdade Brian! – Me bateu de novo. – Você que pediu.
E logo nos já rolávamos na cama de um jeito bem patético e bem a cara do Brian mesmo. Ele parou em cima de mim e tentou me estapear, quando eu consegui segurar seus braços e virar para cima dele, nós caímos da cama.
– Graças a Deus eu tô por cima! – Brian levantou as mãos para o alto.
– Eu te odeio Brian! – Me debati como uma criança birrenta. – Caralho! Você conversa comigo normal, me abraça, me chama de Zee e depois vem com esse papo de “você é gay, seu nojento!”. Dá pra ter um jeito só ou tá difícil?!
– Eu sinto falta do Zacky que não beijava meninos!
– Eu vou beijar uma menina agora pra você ver!
É agora seu filho da puta!
Me virei e segurei seus braços com força, foda-se se está machucando ou não. Ele me olhou assustado e tentou se debater, mas eu tranquei suas pernas com as minhas e selei nossos lábios.
Pressionei com força, eu estava com raiva, e quando abri os olhos para espiar, ele tinha os olhos arregalados, mas foi fechando aos poucos, por mais que a sua expressão fosse de dor.
– Sabe por que você gostou disso e de quando eu te pressionei? – Falei baixo.
– Quem disse que eu gostei?! Sai de cima de mim caralho! – Tentou se debater, mas eu o segurei com mais força.
– Você gostou porque ninguém nunca fez isso com você. – Sussurrei no seu ouvido. – Uma garota não é capaz de te pegar assim.
– Eu não gostei Zacky, sai de cima de mim! – Ele já não se debatia, mas falava firme.
– Eu sei que você gostou. Agora sonha comigo gostosão. – Levantei e ele também.
– Seu noj... Seu puto! – Ele limpou a boca. Poxa, assim magoa.
– Você também é um... O quê você tá fazendo? – Perguntei quando o vi pegar um lençol e um travesseiro, e então jogou nos meus braços.
– Vai dormir no sofá!
– Não vou!
– VAI DORMIR NO SOFÁ AGORA!
– Nós ainda nem casamos e você já me trata assim! – Eu disse saindo do quarto. – Bons sonhos ai sozinho.
– Ah! Não, não Zacky! Volta! Ah! AGORA SIM QUE EU NÃO QUERO MAIS SER SEU AMIGO!
– VOCÊ QUER SER MAIS QUE ISSO AGORA! – Berrei de volta.
– EI, ESPERA AI! EU NÃO SOU UMA MENINA ZACHARY!
Idiota.


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Notas finais do capítulo

Um pouquinho de Synacky pra provar que a fic não é Zanji, Becky (?)
Eai? Gostaram do cap??
REVIIEWS?!