Hope escrita por LuM


Capítulo 15
Capítulo 14




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14

Bella abre a boca em choque. Ela sabia que Edward estava interessado em casar-se com ela, Renée dissera que ele havia gostado muito dela, mas amor? Ele sentia amor? Eles mal se conheciam!

Bella não pensava se tinha ou não que retribuir as palavras do rapaz, ela só pensava que não era possível que ele pudesse amá-la tão rapidamente.

Os segundos pareciam se arrastar para Edward, ele só sabia olhar para Bella e ver a expressão confusa no rosto da moça.

– Não, não precisa dizer nada Isabella. – Edward diz para ficar claro que ele só falara de seus sentimentos sem esperar que Bella o correspondesse – Não falei isso esperando que respondesse.

– E-eu tenho que ir. – Bella fala gaguejando um pouco, a jovem levanta-se do banco e vai em direção a sua casa.

– Espere! – Edward chama Bella. Mesmo tendo a chamado, o rapaz não vai atrás da moça, ele achava que ela merecesse o seu espaço, e talvez Edward já tivesse acabado de ultrapassar essa linha imaginária que Bella criara desde que eles se conheceram.

Bella andava apressada pelos corredores da sua casa, ela só queria chegar até o seu quarto e só sair de lá quando a vontade de ver seu pai fosse maior que a sua vontade de desaparecer.

– Pra que tanta pressa Bella? – Renée diz ao sair do seu quarto.

– Nada mamãe. – Bella diz e continua andando para o seu aposento que ficava a alguns metros de distância do quarto da mãe, onde da porta a mais velha falava.

– Espere! – Renée torna a chamar a filha. Vendo que não tinha opções, Bella para de andar e vira-se para a mãe. – O que houve?

– É só... – Bella para de falar para decidir se contava o motivo da sua aflição. – É só Edward. – Bella diz por fim.

– O que tem ele? – Renée diz andando até a filha.

– Ele... Ele me assusta. – a jovem responde meio nervosa.

– Por que? – a mãe pergunta curiosa.

– Ele falou que está apaixonado por mim, que me ama... – Bella fala passando as mãos pelos seus cabelos que se encontravam presos em um rabo que era amarrado na altura dos ombros da jovem.

– Mas qual é o motivo do seu desconforto? – Renée pergunta sem entender a filha.

– Oras mamãe, eu acabei de lhe falar. – Isabella diz nervosa.

– O que me falasses não é motivo de tanta aflição.

– Como não mamãe? Ele mal me conhece e já fala que me ama? Ele me assusta. Ele fala coisas que nunca ouvi de ninguém.

– Ora Bella, não banque a inocente quando tivesses, só Deus sabe o que, com um pobretão. – Renée diz com sarcasmo. A mãe acabara de tocar na ferida de Bella: Jacob. A jovem tentava tão ferozmente esquecer-se daquele que a magoou e agora a mãe tocara naquele assunto que ela tentava esconder.

Bella fecha os olhos tentando evitar que as lágrimas que teimavam em brotar escorressem pela sua face. Sabendo que não esconderia as lágrimas por muito mais tempo, Bella vira-se e vai em direção o seu quarto.

Isabella chega ao seu quarto sem mais nenhum ocorrido, a mãe não tinha lhe dirigido mais a palavra, talvez Renée tivesse percebido o estado da filha.

Bella entra no quarto e logo tranca a porta, e ao fazer essa ação a moça deixa se escorregar até o chão onde ficou sentada chorando.

A Swan não poderia culpar a mãe por ter dito aquelas palavras rudes, Bella tinha quebrado a confiança da sua progenitora quando resolvera ir ao primeiro encontro com Jacob.

Bella poderia ter evitado toda aquela dor e sofrimento, só ela poderia ter evitado todo o efeito desastroso que Jacob deixara.

...

Bella estava concentrada pintando uma paisagem que de repente surgira na sua mente. As leves pinceladas que ela dava fazia com que cada vez mais aquele quadro se parecesse com todo o ambiente que ela criara na sua mente.

O gramado verde com algumas flores roxas no meio, as árvores se fazendo presente atrás daquele verde misturado com pintas roxas. Olhando novamente aquele quadro que Bella acabara de criar ela chegara à conclusão de que era uma campina, definitivamente uma campina. O estranho era que aquela imagem surgira do nada em Bella, ela nem se quer havia estado num lugar como aquele.

No meio do quadro, onde automaticamente os olhos de quem observava o quadro se voltavam estava vazia, mas Bella não sabia o que pintaria ali, ela queria algo que parecesse pertencer à aquele lugar, que parecia possuir uma paz infinita. Mas o que ela pintaria?

– Bella? – a voz de Amélia chega até o ouvido de Isabella.

– Entre tia. – a jovem diz sem desviar os seus olhos do quadro, Bella ainda pensava o que pintaria naquele vão, que se encontrava no meio do seu quadro.

– Edward está aqui. – a tia diz chegando mais perto de Bella, a mulher logo nota o quadro que Bella pintara. – Bella, esse quadro é lindo! Essa campina parece ser tão real.

– Obrigada tia. – Bella sorri agradecida. – Não tenho certeza se quero ver Edward. – a jovem fala depois do seu pequeno sorriso sumir.

– Dê uma chance a ele, ele é um bom rapaz. – Bella olha interrogativa para a tia. Como ela falara aquilo se Bella nem tinha contado sobre o que acontecera entre ela e Edward no dia anterior? – Sua mãe me contou. – Amélia responde a pergunta interna de Bella. – Sabe Bella, não adianta ficar triste e deixar de viver, Jacob já foi e não podes se prender a ele. Sei que a sua mãe praticamente a obriga a falar com Edward, mas não faça isso. Se for para dar uma chance ao Cullen, dê por vontade própria e não porque a sua mãe mandou. Ou por pena, nenhum homem merece receber tal sentimento, muito menos Edward. – Amélia diz olhando ternamente para a sobrinha.

– Mas eu não sei o que quero tia, esse é problema! – Bella exclama. - Mamãe já me deixou ciente da nossa situação financeira e é inevitável que eu sinta no dever de mudar essa situação. Mamãe tem me falado que só o casamento com Edward poderia salvar a nossa família. Não sei o que fazer, não sei o que pensar, estou confusa... Sei que não o amo, mas minha mente se pergunta se renegar um casamento forçado é melhor que viver na miséria. – Bella diz com a voz esganiçada, o motivo era que ela sentia uma enorme vontade de chorar e ainda tinha um estranho nó na sua garganta que fazia com que sua voz saísse assim.

– Oh Bella, és tão nova para se atormentar com esses pensamentos! Sinto muito pelas coisas chegaram a esse ponto. – Amélia vai até a sobrinha, que estava de pé por te se acostumado a pintar naquela posição, e dá um abraço apertado na mais nova.

– Tudo bem tia, acho que já me acostumei. – Bella fala tentando sorrir, mas a sua tentativa não passava de uma careta.

– Meu anjo, acho melhor ires ver o rapaz, ele parecia meio nervoso, é melhor não o fazer esperar mais. – A tia empurra com delicadeza a sua sobrinha para fora do quarto, sem opções Bella desce as escadas e encontra Edward de pé olhando distraidamente para a janela da sala. O pouco que Bella o observou lhe pareceu que ele estava ansioso.

Bella tosse levemente para chamar a atenção do Cullen, imediatamente o rapaz vira-se para a moça.

– Isabella! – rapidamente Edward anda até Bella e deposita um beijo na mão dela. Em resposta, Bella dá um pequeno sorriso como forma de cumprimento – Poderíamos ir para o jardim?

– Claro. – Bella responde, apesar de nenhum mais velho estar ali, a jovem acreditava que nenhum se negaria a deixá-la a ficar sozinha com o Cullen. Na verdade era meio estranho para Bella poder praticar tamanha intimidade com um homem. Não que ela fizesse algo mais íntimo que colocar os seus braços enlaçados ao de Edward como os rapazes fazem com as moças. Era algo bem simples, para Bella não tinha nenhum significado, mas ela sabia que o pai não deixaria ela andar daquela forma com um qualquer. E era estranho que os pais confiassem tanto no Cullen, mesmo que eles quisessem que ela se casasse de uma vez com o rapaz.

Bella estava tão distraída que mal percebera quando o Cullen parou de caminhar logo que os dois chegaram embaixo de uma árvore, Bella apenas se deixava levar pelo braço que a levava delicadamente para onde o Cullen queria, ela apenas dava passos automáticos, os quais a levaram para debaixo daquela grande árvore que desde sempre fazia uma grande sombra no jardim de sua casa.

– Isabella, me perdoe por ontem. Não queria ter sido indelicado, e muito menos queria apressar as coisas. – Edward fala parecendo que estava tirando uma cruz de seus ombros.

– Tudo bem. – Bella diz abaixando a cabeça envegonhada.

– Tem certeza? Eu posso pedir desculpas novamente... – o rapaz fala apressado, ele não queria que nada estragasse a sua relação com Isabella, e ele estava muito preocupado por certamente abalar a relação que ele lutara tanto para ter com a moça.

– Está tudo bem Edward. – Bella fala sorrindo um pouco pela atitude do outro jovem. O rapaz sorri quando percebe que Isabella o chamou pelo primeiro nome, ele pensara que mesmo pedindo ela fosse continuar o chamando de Senhor, talvez com a intenção de deixar a relação deles mais impessoal possível.

– Me chamasses de Edward... – o rapaz fala com um leve sorriso.

– Não foi assim que me pedisse para chamá-lo? – Bella pergunta sem entender a reação do rapaz.

– Sim, foi. Mas pensei que fosses continuar me chamando de Senhor, não se ofenda, mas a Senhorita me parece um tanto teimosa... – Edward fala pondo as mãos dentro dos bolsos da sua calça azul marinho demonstrando que estava envergonhado.

Bella solta uma pequena risada, o som que a jovem fizera provocara uma estranha reação em Edward, porém o rapaz já estava acostumado, Isabella sempre o deixava meio embasbacado, apaixonado, sem reação...

– Sim, eu sou um tanto teimosa, talvez até demais... – Edward sorri com a declaração da moça.

– E isso a deixa ainda mais adorável. – o rapaz fala sem pensar e acaba deixando Bella corada – Oh me desculpe Bella, eu prometi que não ultrapassaria o seu espaço, mas não consigo impedir os meus pensamentos e falo o que penso e sinto, eu sou muito impulsivo. Desculpe-me.

– Tudo bem Edward. – Bella fala ainda corada.

– Mas me diga, como vai o seu pai? Não tive a chance de vê-lo ontem... – Edward resolve mudar de assunto.

– Ele está bem, não aguenta mais ficar na cama, ele não vê a hora de poder caminhar. Disse até que mandaria fazer um almoço com muita comida para compensar a sopa que vem tomando. – Bella ri lembrando-se do pai, nos últimos dias ele parecia uma criança, fazia birra para comer, reclamava que só ficava de cama e reclamava até das roupas que Renée colocava nele. Uma verdadeira criança birrenta.

– Isso é a cara do seu pai. – Edward fala sorrindo.

– Sim, realmente. – Bella finalmente fala olhando nos olhos de Edward. O rapaz ficava hipnotizado toda vez que olhava para aqueles olhos castanhos. Bella se deixava admirar os belos olhos verdes do rapaz, ela tinha noção do quão bonito Edward era, mas nunca ficava olhando para ele, talvez por se sentir envergonhada, ou por que criara uma barreira que tentava de todas as formas afastar o rapaz.

– Me desculpe, eu tenho que ir, tenho um compromisso. – Com muito custo o Cullen fala quebrando o contato entre Bella e ele. Edward sempre tentava mostrar para Bella que os seus outros deveres poderiam esperar, mas naquele momento ele não tinha como escapar daquele compromisso com o seu contador, ele não poderia passar aquela tarde ensolarada ao lado da Swan.

Edward vai até Bella, e não se contendo o rapaz dá um leve beijo no canto dos lábios da moça, mas dessa vez ele não pediria desculpas, ele não se desculparia por algo que ele não se arrependia, pois os extremos de temperatura dos dois, juntos, fora maravilhoso. Dois segundos depois de Edward encostar seus lábios em Bella, ele se afasta podendo ver a expressão surpresa no rosto da moça.

– Tchau Isabella. – Edward diz olhando nos olhos de Bella, a moça abaixa a cabeça envergonhada. Com um sorriso no rosto o rapaz parte para o seu compromisso deixando para trás uma Bella extremamente corada.


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