O Colar Do Inverso escrita por Kori Hime


Capítulo 1
Tudo ao contrário parte 1


Notas iniciais do capítulo

Quando bate uma vontade de escrever sobre certo assunto, eu nao consigo parar hehehe



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O Novo Mundo era um lugar cheio de ilhas misteriosas, perigosas e diferente de tudo que uma pessoa já tenha visto. Um lugar perfeito para o Bando do Chapéu de Palha acumular novas aventuras, muitos amigos e reencontrar pessoas que há muito tempo não via.

Luffy estava ainda se recuperando da última batalha que tivera numa ilha a qual os habitantes eram obrigados a pagar preços absurdos pela água de um poço. Sem saber que era obrigatório pagar, Zoro foi até o lugar encher os barris de água. Quando o homem mal encarado ordenou que ele pagasse, o espadachim deu de ombros e continuou pandando. O tal homem, atirou nos barris de água, estragando-os. Bem, esse só foi o inicio da briga. Mas tudo acabou bem no final.

Nami estava exausta. Ela não sabia mais como controlar todos do bando, parecia que o tempo só os deixou mais loucos. No entanto, nessa última parada, a navegadora ganhou um ótimo presente. Uma velha senhora lhe presenteou com um baú que continha um tesouro, o diário de seu filho mais velho que partiu em busca de um lugar melhor para ir. Nesse diário, continha algumas experiencias passadas por ele em diversas ilhas, também havia um mapa – mal feito, mas útil. – que Nami poderia se orientar.

O mapa era pequeno, apenas um arquipélago de poucas ilhas foram exploradas pelo pirata. Não pode continuar sua viagem, porque, segundo o diário, foram atacados por um monstro terrível... Após isso, as páginas do diário ficaram em branco. A velha contou que o diário retornou como que por mágica. Nami estava com um pé atrás quanto aquele baú e o diário, ele poderia ser uma cilada, ou, talvez poderia mesmo ter sido algo sobrenatural.

Afinal, coisas estranhas ela tem visto há muito tempo.

Nuvens escuras tomaram conta do céu azulado, encobrindo o sol quente. Nami já estava atenta a isso, e as ordens foram dadas antes mesmo da chuva começar. Ela entrou na cozinha, espirrando, estava sentindo frio e imediatamente Sanji preparou um chá com biscoitos para ela.

Luffy acordou, e o cozinheiro já estava preparado para lhe dá uma refeição completa. Mas o capitão surpreendeu a todos dizendo. – Estou sem fome.

– Você está doente? – Chopper se alarmou, desesperado, começou a examinar o capitão. Mas por algum motivo estranho, ele não se recordava de como fazia isso.

– Deve ser algum tipo de piada né? – Usopp balançou a mão, mas Luffy afirmou que não sentia fome. Em seu estado normal, Usopp gritaria, porém, deitou desanimado a cabeça na mesa.

– Luffy-san, não sente fome. Mas eu posso comer sua comida. – O músico estava há algumas horas sem cantar, ou tocar seu violino.

– Pode comer sim, Brook. – Luffy sentou-se ao lado do esqueleto e perguntou o que Zoro estava bebendo.

– Água.

– O que? – Chopper arregalou os olhos. – Eu achei que você estivesse tomando rum, cerveja ou qualquer coisa nessa caneca gigante.

– Ah! Não, eu estou com sede, então prefiro beber água,

– Eu não tenho um exército de oito mil homens. – Usopp sussurrou.

– Você mentiu pra mim? – Chopper chorou.

A partir desse momento, cada membro do bando passou a agir estranhamente.

Nami estava sem animo em fazer o mapa da última ilha visitada, e quando lhe falaram em comprar alguma coisa, a navegadora disse que sim, podia gastar dinheiro. Franky trancou-se em sua sala de invenções, mas ao invés de criar algum equipamento novo, cheio de compartimentos ou funções, ele começou a desmontar tudo que via pela frente, sem saber montar novamente.

– Robin-chan, eu trouxe o seu café, espero que goste. – Sanji rodopiou e entregou a bandeja para a morena, que não parecia muito satisfeita com o café. – Algum problema? Não quer beber café? Tudo bem, eu faço o que você quiser. – O olho de Sanji virou um coração medonho e num instante ele já estava declarando seu amor.

E por culpa dessas esquisitices que estava acontecendo com todos, Robin corou com os elogios, dando bola para o cozinheiro. Nami estava do lado deles, e ficou enciumada e ao contrário do que poderia parecer normal, já que todo mundo estava estranho, ela sentiu ciúmes de Sanji.

Zoro assistiu aquela cena ridícula, sentindo vontade de afastar o cozinheiro das garotas. Na verdade, no fundo ele sentia uma ponta de inveja de Sanji.

De repente, o espadachim pensou em algo. – Porque só o Sanji não ficou estranho?

– É mesmo, ele continua cozinhando e dando em cima das mulheres. – Usopp estava largado no chão, com a língua para fora, Chopper do lado dele, triste porque não conseguia mais medicar.

– Vai ver porque eu sou especial. – Vangloriou-se

– Ou porque você não presta para fazer mais nada. – Zoro saiu, irritado.

Mas Sanji não estava nem aí para provocações. Tinha duas lindas mulheres brigando por ele na sua frente. O que mais poderia querer na vida?

– Robin! Você já passou tempo demais com ele, agora é minha vez.

– E o que eu vou fazer enquanto isso?

– Vai ler um livro.

– Não quero.

Sanji preparou dois bolos diferentes para agradar Nami, que queria morangos, e Robin que queria maça. Ele deixou de lado as obrigações como cozinheiro do bando para agradar unicamente as duas mulheres.

– O amor que Sanji tem por elas vai nos matar de fome. – Usopp falou baixinho para Chopper.

– Eu posso tentar fazer algo para comer, Usopp. – O bichinho estava ainda deprimido. – Mas acho que não vou fazer nada direito, eu não sei nem o que é direita ou esquerda. O que vou fazer?

– Hey! Vocês ai embaixo. – Zoro gritou la de cima. – Estamos nos aproximando de uma ilha.

– Tomara que lá não tenha nenhum perigo. – Luffy alertou.

– Tomara que la tenha comida. – Usopp e Chopper resmungaram.

Franky finalmente apareceu, e nem de longe se parecia com aquele robô de antes. E vestia calças.

– O que aconteceu com você? – O capitão perguntou, desmotivado.

– Decidi que vou mudar. Cyborgue não está mais na moda. – Ele estava quase irreconhecível, mas depois de tantas mudanças, era impossível voltar ao que ele era quando jovem.

O navio se aproximava cada vez mais da ilha. O lugar parecia ser bem tranquilo, o porto continha poucas embarcações, e assim puderam atracar o navio onde queriam, a vontade.

Sempre quando chegavam a uma ilha, cada membro tinha uma tarefa a cumprir. Sanji, sempre encarregado em abastecer a cozinha. Nami e Robin costumavam fazer compras e outras coisinhas, mas dessa vez elas queriam acompanhar o cozinheiro a todo custo!

– Você pode ir com o Zoro para trazer as bebidas. – Nami sugeriu a arqueóloga.

– É, pode vir comigo, vai ser bem útil você se multiplicar e ajudar a carregar as coisas. – Zoro desencostou-se do tronco de árvore e caminhou na frente, esperando que Robin fosse com ele. Mas a morena nem sequer se moveu.

– Porque o Franky não pode ir com você? – ela perguntou.

– Porque ele desistiu de ser Cyborgue, agora não consegue carregar nem um barril pequeno de rum. Vamos comigo. – Insistiu.

– Vamos parar de briga? – Sanji acendeu seu cigarro e tragou, estava tranquilo. – Eu vou com o Zoro, e você duas vão ficar responsáveis pelo abastecimento das bebidas.

Robin e Nami protestaram irritadas, mas Sanji contornou a situação dizendo que traria um lindo presente para suas damas. Elas foram então.

Assustadoramente apaixonadas.

Zoro não gostou nada, nada daquilo. A ideia era péssima, não estava nem um pouco interessado em ir com Sanji para qualquer lugar que fosse. Mas Sanji continuou andando como se nada o abalasse. – Venha, antes que fique tarde, é bom comprar as coisas fresquinhas.

Zoro foi a contragosto.

Sanji procurou primeiro um lugar que pudesse comprar legumes, temperos e verduras. Encheu as sacolas e deu para Zoro carregar, depois comprou peixes, camarões bem grandes e apetitosos. Levou diversas coisas, e no final, Zoro estava carregando um carrinho de comprar enorme. Voltaram para o Sunny, e descobriram que eram os únicos ali. Muito estranho, porque Luffy havia decidido ficar no navio para vigiá-lo. Então, seria possível ele ter voltado ao normal?

– Vou arrumar todas essas coisas e depois tomar um banho. Você não quer também? – Sanji perguntou para Zoro.

– Eu? Tomar banho?

– Sim. Esta suado, e não ficou cansado por carregar tanta coisa? – O loiro passou a mão nos cabelos, jogando-os para trás. Completamente suspeito. Zoro deu um passo para trás, descobrindo que não havia mais para onde ir, já era a porta de saída.

– Eu vou depois de você.

– Tudo bem. – Ele piscou e continuou arrumando tudo na cozinha.

Zoro foi para fora, e ficou observando a ilha, talvez ele pudesse ver onde os outros estavam.


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