Escola do Limoeiro / 6:40....

– Sinceramente.... Por que as aulas tinham que começar mesmo? – Reclamou Cascão.

– Bom, eu não tenho o que reclamar... Eu gosto de estudar! – Diz Mônica.

– Eu também gosto de estudar, mas... Os professores do ano passado eram muito chatos! – Murmurou Magali.

– Também... Tudo velhote de terceira idade né! Você queria o que? – Diz Cebola.

– O que você tem contra velhos? – Perguntou à dentuça.

– Nada Mô... Eu adoro a minha vó, meu avô... Mas te garanto que se eles fossem um dos meus professores, eles virariam dois profs velhos e chatos dando aula!

– Vocês estão ai... Falando dos profis, mas vocês se esqueceram que a cada ano os professores mudam... – Diz Magali.

– Isso é... Graças a Deus né!

Os quatro amigos se dirigiam ao corredor da escola, e uma mão gelada e tremula encosta no ombro de Cascão.

– Cascão! – Ele se virou para a mesma.

– C-cascuda...? Oi linda, tudo bem com você e... – Seus lábios iam se encostar-se aos dela, mas apenas colocou o dedo indicador sobre eles e continuou.

– Precisamos conversar! – Diz seria e fria.

– T-tá... A gente se vê depois galera!

Ambos foram para fora da escola, e Cebola diz:

– Hi, lá vem encrenca pro Cascão!

– O que ele fez dessa fez? – Pergunta Magali curiosa.

– Desa vez eu não sei... Pela cara da Cascuda, coisa boa com certeza não foi...

– Hunf! Não sei o que é mas, eu só digo bem feito! – Diz Mônica.

– Ué? Por que? De repente foi só um mal entendi Mô! – Exclamou Cebola.

– Claro claro... Como sempre né?

– Hein..?

– Com certeza deve ter ficado com alguma menina escondido... Alias, se for isso não vou ficar nem um pouco surpresa... Já que os meninos sempre fazem isso...

– Opa! Calma ai... “Os meninos sempre fazem isso” uma virgula, vocês meninas que ficam suspirando pelo primeiro cara que dar um sorriso!

– O que?! Está falando que nós meninas somos o que??

– Digo o mesmo dos meninos...

– Escuta aqui Cebola, se vocês estiverem que escolher entre o coração e o corpo, com certeza vocês escolheriam o....

– CHEGA CASCÃO! EU SEI O QUE VI, E O QUE VOCÊ FEZ! ENTÃO NÃO DIGA QUE NÃO FEZ!!

– OLHA CASCUDA, NÃO SEI O QUE VOCÊ VIU, MUITO MENOS O QUE EU FIZ! MAS ISSO JÁ É DEMAIS!!

– DEMAIS FOI O QUE VOCÊ FEZ SEU IDIOTA! SE ESFREGANDO COM OUTRA NA CARA-DE-PAU!! E DEPOIS AINDA DIZ QUE NÃO??

– POIS QUER SABER CASCUDA? NÃO, EU NÃO ME ESFREGEI COM NINGUEM, MUITO MENOS COM ‘OUTRA’, UMA MENINA ME AGARROU SIM, MAS NA HORA QUE VOCÊ ENTROU... FO NA HORA QUE ELA ME AGAROU... CONFIA EM MIM CASCUDA!!

– Não dá mas... Infelizmente não dá mas...

– O-oque...?

– Acabou Cascão... acabou....

Ele a olhava assustado, mas apenas a olhava, nenhuma atitude ou movimento surgiu do mesmo.

– Sabia que você não correia atrás...

– E-eu...

Ela correu para longe dele, o mais longe que pode, ele respirava rápido, não sabia o que fazer, acabou de perder uma parte dele, ele só olhava pro nada...

– Cascão... Mano, isso passa e...

– Não! Me deixa...

O mesmo se afastou de Cebola, deixando o garoto ali, com ambas.

– Não disse que era isso? – Resmungou Mônica.

– Ah Mônica qualé, vai dar lição de moral agora? Não ta vendo a situação não? – Disse com um tom alto.

– Olha como você fala comigo...

– Olha como VOCÊ fala do NOSSO amigo!

– Chega gente! Paro por aqui... Vai pra sala Cebola, eu e a Mô vamos tentar procurar o Cascão e...

– Nem a pau! Você que vá procurar ele... Tchau!

Ela se virou de costas e sumiu,Cebola apenas soltou um bufo e fez o mesmo que Mônica, se afastou da garota.

– Ótimo... Afe, não sei por que eu ainda tento!

E saiu do corredor deserto e foi procurar por Cascão...