Ilusões, Tentativas e Recomeços Ii escrita por gataportuguesa, Darknana


Capítulo 7
Capítulo 7




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/18294/chapter/7

Capítulo 7

 

                - Caraca! – exclamou Cínthia animada, tirando a vocalista da recordação em que mergulhara.

                Manu suspirou e decidiu prestar atenção no filme.

                Uma hora e meia depois, o grupo já saía do cinema e voltava a passear no shopping. Ao passarem pela loja onde a escritora comprara a blusa do Frank e uma boina preta, Helena suspirou.

                Estava tão confusa com os últimos acontecimentos... Entretanto sabia que amava verdadeiramente a baterista.

                - Que tal sentarmos numa lanchonete da vida e comermos mais alguma coisa?

                - Que isso, Arthur!? Já está com fome de novo? – perguntou Babi achando graça.

                - Quem está em fase de crescimento é a Alicinha e não você... – falou Naná, fazendo com que todos rissem, menos a garota.

                - Vocês podem tomar um suco ou um sorvete. A gente senta e bate um papo, que tal?

                O grupo concordou e logo uma conversa animada se formou.

                Começaram comentando o filme, que todos adoraram. E logo o assunto acabou virando pro retorno de Manuella.

                - Mas então é verdade que você está namorando sério com um garoto?

                A vocalista sorriu.

                - Parece tão incrível assim, Arthur? Sim, estou. O João Pedro foi um anjo que apareceu na minha vida quando eu menos esperava, menos merecia e mais precisava.

                - Quem escuta até acredita que você o ama de verdade. – comentou a catarinense, fazendo com que todos lhe olhassem curiosos.

                - E é pra acreditar. O João é homem da minha vida, disso não tenho dúvida. – rebateu calmamente.

                - Engraçado... Nem parece... Na verdade parece que você está toda derretida pro lado da Alicinha. – despejou ironicamente.

                Pierrot lhe olhou irritada e olhando pra Bárbara perguntou:

                - Animada pro começo do novo semestre?

                - Sim, como te disse ontem, o curso é muito legal e estou muito entusiasmada.

                - Também estou louca pra chegar amanhã e finalmente passar a ser uma universitária.

                - Que curso você vai fazer, Manu? – perguntou Alice.

                - Jornalismo.

                - Sério? Eu também quero fazer jornalismo.

                - Mas ainda vai demorar muito tempo, né? Você ainda é tão novinha. – disse Colombina sarcasticamente.

                - Qual o teu problema, Helena? – perguntou a escritora irritada. – É tpm? Você está insuportável hoje!

                - Ué, não se pode comentar mais nada? – perguntou inocentemente.

                - A questão não é perguntar ou comentar e sim o tom que você está usando. Se você tem algum problema comigo, chega e fala. Mas pára de mandar indireta. E a deixa a Alicinha fora das tuas esquisitices.

- Queria saber o que o teu namorado ia achar disso, Manuella. Esse é o teu problema! Você não sabe levar uma relação a sério. Depois de tudo que já aconteceu, você continua não sabendo como agir. Você está flertando com essa garota, dando esperanças pra ela e depois vai fazê-la sofrer, como você faz com todos. Aliás, pelo visto você pretende ficar com ela e com ele, né? Tenho pena desse tal João que não sabe a furada em que se meteu! – falou brava.

Pierrot levantou da cadeira irada. Entretanto, nada disse. Pegou sua bolsa, deixou o dinheiro do seu lanche e foi embora.

Estava muito irritada com a amiga, mas estava, principalmente, consigo mesma. Naná podia estar viajando, porém tinha razão ao dizer que a vocalista não sabia levar uma relação a sério.

Lembrou-se de que desde que voltara ao Brasil ainda não tinha se comunicado com o namorado e se sentiu péssima por isso.

Acelerou a moto o máximo que pôde e foi pra casa.

 

333

 

                - Caramba, o que foi aquilo? – perguntou Arthur assim que entrou no carro.

                - Nunca ouvi tanta baboseira na minha vida. – comentou Alice.

                - Pelo visto a Helena ainda deve gostar um pouquinho da Manu. – disse Cínthia pensativa.

                - Tá pensando em que, prima?

                - Será que no meio daquilo tudo, tem algum fundo de verdade?

                - Como assim? – perguntou Arthur.

                - A Manu mudou com a Alicinha. Até chocolate ela comprou. O que aconteceu entre vocês quando nós fomos comprar o lanche?

                - Nada. – falou a garota.

                - Como nada? É claro que alguma coisa aconteceu.

                - Não quero falar sobre isso, Cínthia. Já te disse que falamos do passado e pra mim o passado está morto e enterrado. – disse encerrando aquele assunto.

 

333

 

                - Vai subir, meu amor?

                - Não, Lena. Meu pai já deve estar preocupado. – mentiu.

                - Foi por isso que você ficou o caminho todo em silêncio?

                - Não tinha muito o que dizer. – respondeu simplesmente.

                Helena soltou a mão da namorada e lhe encarou.

                - Desculpa. – pediu tristemente. – Não sei o que me deu. Estraguei o passeio de todo mundo, né? Todo mundo saiu rapidamente depois que ela foi embora.

                - Eles iam ficar lá fazendo o quê? Já não tinha mais clima.

                - Me perdoa, meu amor. Não foi por querer.

                - Olha, Naná, eu estou com uma baita dor de cabeça. Outra hora a gente conversa, ok?

                Babi beijou a testa da catarinense foi embora sem olhar pra trás, deixando a guitarrista arrasada.

 

 

333

 

                - Amor, você está aí perto do pc?

                João Pedro olhou aquela mensagem no msn e ficou pensando se devia ou não responder. Estava muito magoado com a namorada. Não entendia como depois de tantas juras de amor, a garota podia simplesmente viajar e esquecer de lhe mandar pelo menos um email.

                A saudade e o amor falaram mais alto que a mágoa e ele acabou respondendo.

                - Oi, Manuella.

                - Ain, amor... Me desculpa pelo sumiço. Desde que cheguei foi uma confusão danada e acabei não tendo tempo de responder o teu mail. Você está bem? Como foi o teu sábado e o domingo?

                - Foi chato e o teu?

                - Também... Estou com saudades de você, do teu abraço...

                - Eu também...

                - Você tá estranho, bebê. Aconteceu alguma coisa?

                - Estou chateado. Ou você acha normal sumir do jeito que você sumiu? Poxa, pensei que o nosso namoro era algo sério pra nós dois.

                - Desculpa, João. Eu tive uns problemas.

                - Tudo bem, Manuella. Eu vou acreditar em você, mas espero que isso não se repita. Você me fez sentir como se não importasse em nada na tua vida.

                - Você também é muito dramático! Não foi isso tudo.

                - Como assim não foi isso tudo, Manuella? Se eu fizer a mesma coisa, quero ver se você não vai ficar chateada. – respondeu o rapaz chateado.

                - Ai, João Pedro, deixa de bobeira. Vamos curtir o nosso momento sem brigar, por favor.

                - Você tem razão. Mas agora não posso conversar. Preciso estudar. A gente conversa outra hora.

                - Nhé, tudo bem então. Bons estudos, amor.

                - Boa aula amanhã, Manuella.

                JP saiu do MSN e ficou olhando por algum tempo o monitor. Desde que conhecera a namorada, tinha esquecido o que era sofrer por amor, entretanto, a vida sempre nos relembra o que tentamos esquecer. E sentindo-se triste e decepcionado, pegou o livro e começou a estudar.

                Pierrot sentia-se frustrada. Tinha agido muito mal com o namorado e não conseguira remediar a situação. Era óbvio que ele ficara magoado com o sumiço, mas ela sabia que não tinha feito por mal. E ainda tinha a Alicinha. Precisava conversar com ela e esclarecer aquele assunto de uma vez por todas. Pela segunda vez desde que chegara pensou que aquela volta estava sendo mais difícil do que imaginara...

               

 

333

               

                Alice entrou no quarto e se jogou na cama de qualquer maneira. Seu coração ainda estava um pouco acelerado com tudo que ocorrera naquele dia. No fundo, o passado não estava morto e muito menos enterrado. Ele estava vivo a cada batida do coração da garota.

                Ela sorriu feito boba ao pegar o pacote de m&m que ganhou um pouco mais cedo. Estava feliz como há muito tempo não se sentia.

                Com o pacote nas mãos, fechou os olhos e voltou à noite do aniversário de quinze anos da prima...

               

                Os beijos estavam ficando cada vez mais demorados, mais exigentes, mais íntimos... Os corpos das duas já demonstravam o quanto estavam ansiando por um contato ainda maior.

                Manuella passou a beijar o pescoço da mais nova, enquanto ia explorando o corpo da outra com suas mãos rápidas e ágeis.

                Em pouco tempo ela já tirava o vestido da garota e beijava a sua barriga, atiçando-a o máximo que podia.

                Deixou sua língua ir molhando cada pedaço que conseguia tocar e foi subindo até encontrar os seios a mostra. Demorou um tempo considerável em cada um, sempre observando qual movimento dava mais prazer a loirinha.

                Os gemidos dela eram o seu parâmetro e depois de um tempo, sua boca subiu mais um pouco, até encontrar os lábios da outra. Enquanto as duas línguas dançavam, Pierrot deixou sua mão ir brincar com a calcinha da garota, para, em seguida, começar a massageá-la com delicadeza e firmeza ao mesmo tempo.

                Alicinha sentia seu corpo ficar cada vez mais quente, sentia seu coração acelerar cada vez mais. Em nenhum dos seus sonhos, fazer amor tinha sido tão bom quanto estava sendo na realidade. Sentir a língua da garota em seu corpo era uma sensação que ela jamais conseguiria esquecer.

                Seus gemidos saíam sem que conseguisse detê-los e cada vez ficavam mais altos. Começou a arranhar as costas da vocalista, enquanto se contorcia mais a cada toque dela.

                No começo ainda tentou dizer o quanto aquilo estava sendo bom, o quanto estava feliz pela garota estar ali com ela, mas com o passar do tempo suas palavras ficaram desconexas e no quarto só se ouviam os gemidos, as respirações acelerados, a barulho da cama...

                Manu tirou a calcinha sem pressa, aproveitando pra beijar as coxas da menina e logo colocou sua língua na mais nova.

                A loirinha virou os olhos e gemeu bem alto. Levou suas mãos até a cabeça da escritora e lhe colocou ainda mais contra si, para que aquele contato aumentasse ainda mais.

                Pierrot logo lhe atendeu e passou a penetrá-la ainda mais fundo. Em seguida colocou dois dedos na garota, que, de tão entregue, já rebolava sem vergonha alguma.

                - Ai, Manu... – sussurrou completamente rouca. – Eu...

                Vendo que ela estava quase gozando, a mais velha passou a acelerar os movimentos.

                - Te...  – continuou enquanto a boca da escritora era inundada pelo resultado do seu esforço. - Amo... – terminou no momento que a outra engolia tudo e finalmente se dava conta do que escutara.

                - Alicinha, eu não posso. – disse se levantando e colocando uma camisola que deixara ali antes de ir pra festa. - Me desculpa... Eu amo a Roberta. Vai embora por favor! – pediu entregando o vestido para que a garota se vestisse.

                Alice abriu os olhos. Durante anos se perguntara o que tinha feito de errado. Jamais entendera porque a garota reagira daquela forma. Sim, ela tinha feito algo errado. Essa era a única explicação plausível pra uma mudança tão drástica.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Sorry a demora povo^^
Bjão!!!! e deixem reviews :P