“Eu nunca deveria ter te largado desse jeito. Eu sou um monstro. Tudo estava bem, até o dia que eu disse que não deveríamos continuar. ‘Cansei’, eu disse. As lágrimas caíam de seus olhos, e suas palavras foram: ‘Eu te entendo, sério. ’ Eu fiquei feliz por estar solteiro novamente. Fiquei feliz até você ficar com aquela vadia. Na minha frente. Então eu percebi a falta que você fazia. Não era apenas ciúmes. Talvez eu só não estivesse pronto para um relacionamento sério. Você me odeia pelo que eu fiz? Isso só você pode me responder. Você ainda fala comigo, isso é estranho. Isso faz eu me sentir pior por ter te largado. Tão friamente. A dor é tanta agora que eu não consigo esconder as lágrimas. Por que você causa isso em mim, Frank? É amor demais. É dor demais. É difícil suportar estando longe de você. Eu tenho medo de nunca mais te ver. De te perder para sempre. Eu preciso de você aqui comigo, mas você nunca ia me querer de volta. Por que eu tenho que te amar desse jeito, Frankie? Na verdade, a pergunta é: Por que eu fui um idiota?”

Gerard olhava para o pedaço de papel, as lágrimas caindo.

O sinal toca. Gerard guarda o pedaço de papel desleixadamente dentro de seu caderno e, limpando as lágrimas do rosto, tomou seu caminho para sua próxima aula.

–Oi Gee. –disse Frank, aproximando-se.

–Ah, oi.

–Você ta bem? –ele disse em tom preocupado.

–Sim pequeno, só estou um pouco resfriado. Eu tenho que ir, tenho Física agora.

–Te encontro no final da aula?

–Ahn, sim. Tchau Fran. –Gerard saiu apressadamente, sem notar o pedaço de papel que havia caído no chão.

–Gee... –Frank juntou a folha que havia caído.

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“Finalmente”, Gerard pensou quando o sinal bateu.

Ele guardou seu material escolar e saiu da sala. Andando despreocupadamente, Gerard encontra um Frank muito sério sentado em frente a seu armário.

–Tudo bem Frank?

–Ahn? –ele olha para Gerard. –Sim, sim. Eu to bem. Sim. Mesmo. Já vai ir pra casa?

–Aham, na verdade já estou indo. –Gerard disse, indo em direção ao portão.

–Gee, você esqueceu isso. –disse Frank entregando-lhe um pequeno papel dobrado.

Gerard pegou o papel e notou que na verdade era seu pequeno desabafo secreto. Envergonhado demais, o mais velho começou a andar mais rápido. Frank logo ficou para trás.

–Gee! –Frank gritou. –Você esqueceu mais uma coisa!

–O quê? –disse Gerard se aproximando.

–Isso. –Frank empurrou Gerard contra a parede e segurou seu rosto com as mãos, para então beijá-lo.

Quando se separaram para respirar, Frank abraçou o maior, escondendo o rosto em seu peito.

–Eu te amo. –O menor sussurrou.

–Eu também te amo. –O ruivo respondeu.