A Maldição De Anúbis escrita por Mah Nunes


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, eu sei. Estou merecendo um belo castigo por ter demorado tanto para postar. Acreditem a faculdade me estressou tanto que até bloqueio criativo tive. Ao menos uma coisa garanto. Eu caprichei nesse capítulo. E não, ainda não é o último capítulo. Talvez eu a finalize no próximo. Bom... aproveitem o capítulo.



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-- Bom... não podemos ficar aqui abusando de Athena – manifestou Hipólita

-- Não estariam abusando se na verdade nós estivéssemos mantendo vocês como prisioneiras – brincou Saga fingindo um olhar psicopata

As meninas riram, mas alguns dos cavaleiros não conseguiram levar na brincadeira o comentário do geminiano mais velho.

-- Bom, há uma outra alternativa... – sugeriu Shun olhando divertidamente para Shiryu como se fosse para que ele continuasse, mas o guerreiro de dragão não entendia o ponto que o amigo se referia.

-- Que seria...? – Lena queria muito que o cavaleiro de Andrômeda terminasse a frase

-- Bom. O templo das musas não é muito longe daqui. Vocês poderiam ficar ali – disse e arqueou uma sobrancelha para Shiryu como se a resposta (e as intenções) fossem obvias.

-- Verdade! – Afrodite já se mostrava o mais animado com a ideia

-- É uma sugestão válida. – sorrindo com a ideia, comentou Pandora

-- Já que nós temos que ficar próximas à Árthemis – completou Diana

-- E agora sabemos que Árthemis esta mais próxima de nós que nunca – emendou Perséfone

-- Só tem uma pergunta a ser respondida agora, não é, Nefertiti?! – sorriu malicioso Shura para a musa

-- Já não estou gostando muito dessa coisa de Árthemis – brincou abaixando a cabeça

Não foi possível segurar o riso com a brincadeira da amazona.

-- Acho que o mais lógico seria voltar ao templo de Árthemis, mas temo sofrer ainda mais pressão psicológica e chantagens emocionais se voltarmos para lá – lançou um olhar fuzilante sobre as irmãs que já tinham os olhos brilhando com a previsão de uma afirmativa. – Então acho que ficaremos no templo das musas mesmo. Afinal não deixa de ser uma de nossas tarefas.

A celebração foi inevitável, afinal velhos amigos poderiam ficar próximos novamente. Entretanto haviam ainda alguns assuntos a serem resolvidos. Nefertiti não conseguia digerir tudo o que acontecera em tão pouco tempo. E parando para analisar bem, nada realmente fazia muito sentido. Apesar de em todo o ocorrido haver uma forte ligação com o passado de própria Árthemis. Ela teria ainda muito o que investigar. Ao menos não estaria satisfeita sem saber de todos os detalhes que houvessem.

Apesar de suas expressões estarem interagindo com a alegria e entretenimento que suas irmãs e amigos compartilhavam, em seu interior havia uma grande tempestade ainda. E que não parecia que cessaria tão cedo. Foi se afastando aos poucos. Precisava andar um pouco para pensar.

Giovanni percebeu o afastamento da amiga e pensou em segui-la. Sua ausência não seria de grande diferença de seu comportamento normal, mesmo. Entretanto havia mais um ali ausente. Já era meio normal a ausência desses dois. Apesar de respeitar os novatos sempre achavam estranho esse comportamento arisco do canceriano e do virginiano. Ainda assim a presença do virginiano era, claramente, mais apreciada que a do canceriano. Os motivos eram meio óbvios. Afinal nem mesmo os outros cavaleiros se sentiam muito a vontade quando tinha de passar pela casa de Cancer.

-- Já esta pensando em fugir de novo?

Ao ouvir a voz grave do amigo, a musa estancou os passos.

-- Na última vez você nem ao menos se despediu de mim. Acho até que fui o único a não ganhar um abraço ou até um “tchau” – disse se escorando há umas três arvores de distancia dela. Sua voz emanava tristeza apesar das palavras meio brincalhonas e do sorriso travesso que brincava em seu rosto.

-- Até hoje tento descobrir o que foi mais importante para você do que me dizer tchau. Lembro de ter te procurado por quase todo o santuário e nem sinal do seu cosmo. Seu cretino! – estava tentando parecer brincalhona também, mas a dor em sua garganta pelas lembranças de seu passado juntos lhe torturava.

O italiano suspirou já sentindo a voz dela tremer, sabendo o que viria a seguir. Ela sempre quis se mostrar forte, por causa de sua posição e de suas irmãs. Embora ele soubesse muito bem como ela era tão sentimental quanto ele as vezes. Isso era mais uma coisa que tinham em comum. Não gostavam de mostrar esse lado “sensível” a ninguém.

Ele se aproximou dela e envolveu em um abraço. Não quis virá-la de frente para ele, pois sabia que ela detestava que a vissem chorar. E ele já havia visto algumas vezes. E particularmente, nem ele gostava de vê-la assim. Ainda assim ela mesma virou-se de frente para ele e passou seus braços pela cintura dele, puxando-o mais contra si. Ele colocou o rosto entre o cabelo e o pescoço dela. As palavras que sempre tivera receio de dizer a ela estavam, mais uma vez, entaladas em sua garganta. Seu coração gritava “Conte logo seu idiota!”, mas sua mente sempre repetia “o coração dela pertence a outro”.

-- Eu te amo

Essas palavras ecoavam nos ouvidos de ambos. Parecia não acreditar ter realmente ouvido isso. No fim, ele nunca tivera a mesma coragem dela. Ela se afastou um pouco para mirar o rosto dele. Mal podia crer na expressão que assolava a face dele. Seu Giovanni, sempre tão frio perante os outros e as vezes até mesmo na frente dela, estava com os olhos levemente arregalados e com lágrimas inundando-os. Sua boca estava entreaberta. Ela sempre soubera dos sentimentos dele por ela, mas por mais que quisesse outro já havia lhe roubado o coração bem antes dele. Se pudesse ter escolhido, com certeza teria optado que o italiano tivesse levado seu coração, mas um indiano havia chegado primeiro.

-- Eu sempre te amei, Giovanni. Lamento não ter tentado manter contato. Sempre tive isso preso dentro de mim, mas infelizmente só agora consegui reunir coragem de lhe dizer.

Era evidente que ele tinha certa dificuldade em se recuperar com essa confissão. Ele não esperava que ela lhe dissesse isso um dia. Talvez em seus sonhos mais romântico com ela, mas nunca que realmente acontecesse. Ela ainda tentava se explicar, mas ele só conseguia prestar atenção em seus lábios se mexendo. Ele já perdera a oportunidade muitas vezes antes de lhe dizer como se sentia. Não iria desperdiçar mais uma chance, logo agora que ela também dizia sentir o mesmo.

Ele levou uma de suas mãos até o rosto dela, sorrindo meio bobo, fazendo-a parar de falar. A troca de olhares entre os dois sempre dizia muito, mas nunca houve alguma vez em que fora tão intenso quanto agora. Uma última e solitária lágrima escorria por sua bochecha. Tocou o rosto dela com seus lábios, sugando a lágrima. Então, tomando mais coragem, levou seus lábios aos dela tentando passar tranquilidade e carinho.

Nefertiti ainda surpresa pela atitude do cavaleiro ao beijar seu rosto e que agora estava lhe beijando os lábios. Não podia negar, estava gostando. Ele estava sendo tão atencioso e ainda assim realmente intenso. Ela estava começando a perder o controle, mas e daí? Não poderia amá-lo do jeito que ele a ama, mas ao menos poderia deixá-lo um pouco melhor. E quem sabe com o tempo ela pudesse retribuir os sentimentos com a mesma intensidade que ele.


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