A Maldição De Anúbis escrita por Mah Nunes


Capítulo 11
Capítulo 11




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-- Não podemos atacar, se sairmos Athena ficaria desprotegida. – Disse Camus pensativo nas possíveis estratégias.

-- Se ficarmos aqui apenas esperando os ataques não adiantará de nada – Afrodite se manifestou para o aquariano

-- Acalmem-se todos. – pediu Athena sentando-se no trono. – Essa situação é muito delicada. Acima de tudo temos de tentar trazer Apollo de volta.

Em um breve momento de silêncio as portas da sala do Grande Mestre se abriram e o último cavaleiro de ouro se une ao grupo.

-----X-----

-- Meu senhor, temos tudo pronto para sua partida. Sua carruagem o aguarda – o guerreiro segurava o elmo na mão e ajoelhado aguardava se deus

-- Tem notícia de minha irmã ou das musas? – o moreno não se virou, apenas continuou a vestir sua armadura de batalha.

-- Ainda não, meu senhor. – mesmo sem realmente ser observado, o cavaleiro sentia os olhos do deus sobre si

-- A tarefa que dei para destruírem o templo e a casa de Athena foi concluída? – disse terminando de ajustar os braceletes

-- Os guerreiros enviados ainda não retornaram, meu senhor. – sabendo não ser a resposta que Apollo esperava o guerreiro se conteve a olhar a ponta de sua bota.

-- Eles devem estar se divertindo por la – falou ao passar ao lado do jovem ajoelhado.

-- Provável, meu senhor – Vittori se levantou e observou ao deus

-- Não esperar mais pelo retorno deles. A hora chegou.

Apollo saiu a frente tomando seu lugar na carruagem dourada. O platina seguia-o de perto, se colocando pouco atrás do deus do sol.

-----X-----

-- Ainda não acredito que todas vocês conseguiram de fato as armaduras – dizia o canceriano com um sorriso bobo no rosto

Estava havendo uma grande reunião entre os cavaleiros de ouro e bronze e as musas nas proximidades da casa de Peixes.

-- E qual a surpresa? Fomos treinadas pelos melhores – comentário de Lena deixou alguns encabulados

-- Não precisa mais bajular eles, Lena. Já temos nossas armaduras – brincou Hipólita

-- Ela tem razão, Hipólita. Os cavaleiros de ouro são os mais fortes guerreiros de Athena. – Aioria tentava revidar

-- Bem dito. Entre os guerreiros de Athena. No demais as musas ganham – Perséfone empinou o nariz e jogou o longo cabelo para trás rindo ao fim

-- Se fossem mesmo, não precisariam de nós para lutar – murmurou Máscara da Morte

-- Ou treinar – completou Milo

-- Para sermos as melhores temos que superar todos. E que melhor maneira de superar do que conhecer cada fraqueza e ponto forte?! – disse Priscila mostrando a língua

-- Me sinto em um parque infantil. Vocês todos são um bando de crianças. Força não se mede em palavras, mas em ações. – provocou Pandora

-- E qual de vocês teria coragem de nos enfrentar? – Aioros brincou estufando o peito

-- Apenas uma de nós é o suficiente para derrotar vocês – Nefertiti nem ao menos olhava para eles

-- Se esta tão segura disso, musa. Não se importaria de nos provar – cutucou Kanon

Os rapazes se levantaram e esperaram que uma das meninas aceitasse o desafio.

-- Já esta querendo apanhar, Kanon?! – Diana riu

Hipólita se preparava para encarar aos onze rapazes, mas sentiu o cosmo de sua irmã a advertindo

-- Não estamos aqui para provar nada. – refletiu Iara

-- O que é isso. Quando vocês eram mais novas, eram mais divertidas. O que aconteceu? – brincou Shura

-- Temos algo muito mais sério em mãos para ficar brincando de lutinha com vocês. – Nefertiti sentada numa pedra olhava o movimento das folhas das arvores.

-- Deixa de ser covarde, Nefertiti -- Máscara juntou uma pedrinha no chão e a atirou em direção da musa

Antes que a pedra tocasse seu rosto, ela a pegou e atirou de volta no canceriano. Acertando-o na testa

-- Você esta mais mole que eu me lembrava, Giovanni – a menção do nome verdadeiro do cavaleiro o deixo nervoso

Alguns se chocaram ao descobrir o nome do maníaco do Santuário. Outros se chocaram pela musa ter tido coragem de chamá-lo pelo nome e já temiam por uma reação ruim dele.

O canceriano estremeceu nervoso cerrando os punhos com força. Seus pés se moveram para frente em alguns passos. Então seu tronco voltou e o cavaleiro deixou o grupo.

-- Não acredito que o caranguejo psicopata foi derrotado por uma garota que só disse o nome dele – O cavaleiro de pégaso ria desacreditando na atitude do Máscara.

-- Se eu fosse você, Seiya, engoliria essa risada. Ele é livre para voltar e te dar uma prova do porque chamam ele de Máscara da Morte – alertou Hipólita

Enquanto as brincadeiras continuaram descontraídas, Nefertiti saiu despercebida atrás do canceriano. Alcançou-o perto das escadas da casa de Touro.

-- Máscara. – a musa chamou, mas o cavaleiro não se virou

-- Perdonami. – o guerreiro parou no meio da escada – Sei que prometi nunca revelar seu nome. Me arrependo de ter quebrado a promessa – Nefertiti esperou alguma reação do guerreiro, mas ele permaneceu imóvel.

Ela imaginou que ele fosse continuar a subida até a casa de Câncer sem falar com ela. Então se voltou para a casa de Áries. Iria se juntar novamente à suas irmãs. Seu corpo se inclinava para frente para a caminhada de volta quando sentiu uma pressão em seu pulso direito. A amazona foi puxada com força para trás e seu corpo se chocou com outro. A guerreira se viu envolvida pelos braços do canceriano. Não havia forças para reagir. Ela se sentia leve e segura ali. Ele apertou um pouco o abraço e deixou seu queixo tocar o topo da cabeça dela. Finalmente ela conseguiu se mexer e envolveu a cintura dele com seu braços.

-- Questo fine, piccola. Io sono qui ora. (Esta tudo bem, pequena. Estou aqui agora)

A lembrança das palavras do italiano a emocionaram. As lagrimas corriam livres por seu rosto ao lembrar do primeiro dia no Santuário de Athena.

Em algum momento, perdida em suas memórias, a amazona ficou tão mole que não agüentava ficar em pé. Máscara a pego no colo e a levou para dentro da casa de Câncer.

Ao chegarem na sala de estar, Giovanni a colocou sentada no sofá e foi buscar água para a amazona. Nefertiti tinha um olhar distante. Estava totalmente imersa em sua mente.

Ao voltar, o canceriano se ajoelhou em frente a ela, pegou suas mãos e colocou o copo de água entre elas. A musa teve um flash e o brilho de seus olhos voltaram. Ela observou o copo sem se mexer.


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