Apenas Uma Alma escrita por Luna Sweet


Capítulo 3
II




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Todas as manhãs, daquela pequena cidade eram geladas. Não havia um dia desde 1830 que, o sol iluminava a cidade sem estar entre nuvens cinza e negras.

-Te liguei ontem e você nem me atendeu

- Eu tive um pequeno problema para resolver.

- Que problema era esse que você não podia nem atender a sua melhor amiga no telefone?

Ela não queria contar para Leticia que tinha ido até o bar do Babu, para encontrar Erick.

- Dor de barriga – Disse baixo

Leticia fez cara de nojo.

- Sabe? Poderíamos ir hoje lá na lanchonete do Ico? Queria muito ter ido ontem, mas você me enrolou e não fomos.

Leticia a encarava. Hoje não teria desculpas para Luna não ir a lanchonete.

-Vamos. Vai me buscar?

- Vou. Passo lá umas oito horas.

-Tudo bem.

Entre elas duas, a única que tinha carro era Leticia. Era um carro antigo e tinha uma cor estranha. Mas elas não se importavam. Se andasse e a levassem aos locais que queriam ir, estavam satisfeitas.

O sinal tocou. Nora entrou abraçada com Math. A líder de torcida namorava o capitão do time de basquete.  Nora passou pela banca de  Luna e derrubou tudo com o seu quadril.

-Opa !

Luna espremeu os olhos

- Vadia – Murmurou

Nora continuou sem olhar para trás. Ela se achava superior a todas as garotas daquela escola, já que era a capitã das lideres de torcida. Não tinha muito do que se orgulhar disso, já que aquela era a única escola da cidade.

- Eu devia arrancar todos aqueles fios louros tingidos. Loira de farmácia –  A voz de Leticia saia com raiva.

Luna deu de ombros.

Já eram sete e meia e Luna ainda estava escolhendo o que iria vestir naquela noite.

- Sabe? Estou seriamente precisando  sair dessa cidade e ir fazer comprar.

- Podes ir amanha. O que achas?

- Aé? E da onde vamos tirar dinheiro para irmos até a acidade vizinha fazer compras descentes?

- Verdade...

- Vou ver se consigo trabalho no Ico. Pelo menos, assim eunão fico dependendo do dinheiro da minha irmã.

- Daqui a meia hora vou passar ai. Esteja pronta, se não você vai do jeito que estiver.

-TÁAAAAAAA!

Desligaram o telefone e Luna respirou fundo. Deu play no celular. A musica a inspirava.

Depois de 20 minutos Luna estava vestindo um suéter creme de lã. Por baixo, tinha uma camiseta preta básica, que preenchia o desenho do suéter que era aberto. Estava com uma meia calça de coraçõezinhos e um short jeans claro por cima, nos pés, estava com o seu coturno preto.

Leticia deu três buzinadas e Luna desceu para encontra-la.

O local estava lotado. Havia jovens por todos os lados. Também, era a única lanchonete boa da cidade. A decoração do local era baseada nos anos 50/60.

- Sabe? Até que eu prefiro esse lugar mais vazio!

-Achei que você odiasse essa cidade, por não ter nenhum estabelecimento REALMENTE cheio! –Luna riu.

- Tá! Mas... Ei aquele não é Erick?

Luna fingiu que não se importava.

-Não sei... Vamos, temos que arrumar uma mesa.

Caminharão com um pouco de dificuldade até chegarem perto do balcão e encontrarem dois bancos desocupados. Apertaram o passo e se jogaram nos bancos antes que alguém os pegasse.

Leticia sentou-se no banco com os cotovelos apoiados no balcão.

- Eu achei que não existia homem mais lindo que Erick, mas aquele amigo dele... – Leticia mordeu os lábios – JESUS ME SOCORRE!

Luna sorriu e se virou para ver o deus grego que Leticia estava olhando.

Eles estavam sentados sem uma mesa no meio do restaurante, pareciam sérios e desconfiados.

-Acho que deveríamos ir lá falar com eles. Não acha Lu?

-Não. Não acho.

- Já sabem o que vão pedir?

Ambas se viraram ao mesmo tempo e encontram um jovem. Frequentavam a lanchonete Ico quase todos os dias, sabia sobre todos os trabalhadores de lá.

- Um x-Burger, um milk sheik de morango e você de brinde – Disse Leticia dando uma piscadinha para o novo barmen.

Era alto, talvez tinha 1,90. Seu cabelo era negro como a escuridão de um halloween. Seus olhos eram verdes como de um gato e seu sorriso era absolutamente encantador e fascinante.

O jovem deu um sorriso sem graça e anotou o pedido de Leticia.

-É pra já.

-EEI, espera ! Eu não...

Ele já havia sumido.

-QUAL É O PROBLEMA DESSA CIDADE QUE COMEÇOU A APARECER HOMENS ESTUPIDAMENTE LINDOS? – Leticia disse indignada

Luna apenas sorriu.

-Falando em homens estupidamente lindos...

- O que você está fazendo aqui?

Leticia levantou-se e foi para o outro lado do balcão .

- Como assim o que eu estou fazendo aqui? É a única lanchonete da cidade – Luna fez uma careta para Erick – E o que você está fazendo aqui? Não acha que esse lugar é... infantil de mais para uma pessoa como você? – Luna deu um sorriso cínico.

Erick ficou encarando-a.

- Estou indo com um amigo até o bar do Babu.

- E daí?

- queria saber se você não quer ir COMIGO, até lá.

-Com VOCÊ?

- É! Olha, eu sei que começamos errado e ...

- Batata frita com sorve de creme e milk sheik de chocolate, para a menina mais linda da cidade – O jovem havia voltado.

- Mas... eu nem falei o que eu queria e vc.. Como ..?

Ele estava sorrindo.

- Obrigada...? – Luna olhou para o crachá e viu o nome do jovem-.. Philip! – Sorriu docemente.

Erick olhou para ambos. Revirou os olhos e passou o braço pela cintura de Luna.

- Como eu estava dizendo... Começamos errado e eu queria pedir desculpa pelo...  EI? Tá ouvindo o que eu estou falando?

Luna continuava olhando para Philip que a segurava com o olhar. Ela tentava desviar seu olhar para Erick mas não conseguia. Era uma força maior.

Erick virou o banco fazendo que ela o olha-se apenas.

- Estou me desculpando com você. – Apoiou uma das mãos no balcão deixando seu nariz próximo ao dela.

Por um segundo Luna voltou ao normal.

Philip apenas observava.  Luna olhava para dentro dos olhos de Erick e sentia um calafrio na espinha. Erick passou suavemente seus dedos pela pele macia da face de Luna.

Philip encostou seus dedos nos dedos de Luna, que estavam apoiados encima do balcão.  Em apenas um segundo Erick estava com sua mão no pescoço de Philip. Eles se olhavam com ódio e conversavam apenas no olhar.

- Erick solta ele – Luna tentou separa-los, mas foi em vão.

Philip deu um soco no maxilar de Erick que caiu no chão. Luna deu um grito e todos do recinto pararam de fazer o que estavam fazendo para olhar.

Philip e Erick se batiam sem pronunciar uma palavra.

-PELO AMOR DE DEUS! ERICK SOLTA ELE!

- O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI?

Um senhor baixo e meio gordo, vestindo um avental apareceu. Ambos pararam de se bater quando o senhor chegou. Levantaram e Philip olhava fixamente para Luna.  Erick olhava para Philip como se fosse vomitar.

-Philip – O velho fez um sinal com a cabeça para que fosse para a cozinha.  

Quando o velho saiu do ambiente, tudo voltou ficar normal.

- Tá louco, é? Por que fez isso? – Luna estava indignada com o ato de ambos.

Erick olhou para os olhos dela. Ele a encarava com um leão encara uma presa fácil.

- Erick? Tá me ouvindo?

- Eu ... – Erick passou a língua delicadamente sobre seus lábios. Umedecendo-os.

Ele ainda olhava para ela como se ela fosse uma presa fácil.

- Erick, por que está me olhando assim? – Luna estava assustada.

Uma mão repousou sobre o ombro esquerdo de Erick. Era um garoto da mesma altura que ele, tinha os cabelos pretos espetados.

-Erick? Vamos?

Ele fechou os olhos por um segundo.

- temos muita coisa ainda para fazer. Não podemos perder tempo.

Erick suspirou e abriu os olhos. Colocou uma mecha de cabelo de Luna para tras da orelha dela e caminhou em direção á porta.

-PUTA QUE PARIU! Luna o que foi isso? -Leticia estava tentando mostras que estava pasma, mas estava gostando da situação -Eles se espancaram por sua causa- Letica caiu na gargalhada – Muito bom!

- Eu não sei o que está acontecendo.... Você viu o jeito que ele olhava para mim? Parecia... Parecia um leão olhando para um filhote de zebra inocente e fácil de ser devorado  – Os lábios de Luna estavam secos.

- Queria ser um filhote de Zebra para ser devorada por ele! Rawr- Leticia imitou um gato.

Luna olhou para leticia.

-Que foi?

Luna revirou os olhos azuis. 


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Notas finais do capítulo

Bem, fiz esse capitulo bem curtinho mesmo. Ainda estou pensando o que fazer com esse Erick brigão K



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