My Only Exception escrita por


Capítulo 12
Capítulo 12 - Uma Vez P***, Você Não É Nada Além


Notas iniciais do capítulo

Larguem as facas por favor D:
Sério mesmo galera, me desculpem.
A miha falta de tempo para escrever se aliou a uma falta de inspiração descomunal e o resultado foram estes 36 dias sem postar :l
Peço desculpas mesmo a todos vocês e vou tentar fazer com que isso não se repita.
Agradeço todos os reviews e os comentários no tt. Vocês são demais galera e eu não teria motivo para continuar se vocês não comentassem. Sério mesmo, obrigada.
Agora... Em relação a esse capítulo. Bem, eu tentei compensar um pouco vcs pela demora e por isso vcs irão ler o maior capítulo da MOE até agora, com mais de 6 mil palavrinhas *-*
Enfim, espero realmente que todos gostem!
Leiam aí porque eu já enrolei muito.
Ps.: Cenas fortes pela frente kkkkkkkk :x



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P.O.V Josh




Depois de ver Hayley saindo por aquela porta, chateada comigo, eu não sabia o que pensar. Imaginei que depois daquele dia no parque alguma coisa mudaria entre a gente, mas pelo visto eu estava enganado.


Mas, afinal o que a ela quer? Deixar-me maluco?


Se for isso, ela está conseguindo. Nunca pensei tanto tempo em uma garota desse modo. Aliás, tudo é diferente com ela... Desde a maneira como tudo aconteceu entre nós dois, à maneira que eu estou me sentindo agora, depois ter um beijo meu recusado.


A verdade é que ela me faz perder o controle, mas isso não me incomoda. Muitas vezes me sinto um idiota perto dela, sem saber o que fazer, ou com medo de fazer o que desejo. Desde o dia que eu a vi, não foram somente seus cabelos vermelhos que me atraíram. Diferente das outras meninas, que bastava uma semana no máximo para eu "conquistá-las", ou como na maioria das vezes, elas mesmas se atiravam aos meus pés, Hayley parecia não dar a mínima para mim. Pensei até que nunca a beijaria, aliás, que beijo...


Nunca uma garota tinha me provocado tanto interesse quanto ela. Não esqueço o dia em que eu estava conversando com Taylor e Zac na escola, e a vi pela primeira vez. Senti-me hipnotizado.


Depois daquele dia, e depois que me aproximei mais dela, eu percebi que aquela ruivinha tinha algo especial, um diferencial e senti uma necessidade enorme de conhecê-la melhor. Á medida em que nos aproximávamos mais, a vontade que eu sentia de provar aqueles lábios, só aumentava. Porém, não era só isso que me fez querer ficar com ela... O seu jeito, o seu talento, até mesmo a forma como ela é imprevisível, me encantou.


Agora eu estou aqui, parecendo um bobão... Pensando nessa garota, que acabou de me dar um fora. Eu sei, já percebi que com ela tudo é surpresa, mas eu não irei desistir tão fácil assim. Nunca fui rejeitado da maneira que ela me rejeitou e eu senti no nosso primeiro beijo que, ao contrário do que ela me disse, ela gostou sim e correspondeu com muita vontade. Eu só queria saber o motivo que a faz não querer ficar comigo... Isso, eu não consigo entender. Não vejo o que fiz de errado.


Não sei até quando eu pretendia ficar ali pensando nestas besteiras, mas dei graças quando ouvi a voz do Zac adentrando a garagem, tirando-me dos meus devaneios.


–HEY JOSH! ATENDE ESTA PORCARIA, PORQUE FAZ MEIA HORA QUE ISSO TÁ TOCANDO. –Zac gritou, jogando-me o meu celular, que eu havia esquecido no quarto e deu de costas, saindo novamente.


Assim que segurei o aparelho em minhas mãos, notei o nome "Jenna" no visor.


–Oi.


–Nossa Josh, até que enfim você atendeu! –Ela disse mais alto que o normal.


–O que aconteceu Jenna? –Disse, ignorando seu tom ríspido. Não estava afim de discutir e ter que aguentar mais um surto desta garota.


–Aconteceu nada. Só queria te fazer um convite. –Ela respondeu, dessa vez normalmente, com a voz melosa de sempre.


–Queria, não quer mais?


–Não, não. Claro que eu ainda quero. –Ela apressou-se em dizer.


–Então diz logo. –Falei, impaciente.


–Topa ir ao cinema comigo?


–Ah é isso... Bom, acho que não vai rolar Jenna. –Respondi, um pouco indeciso.


–Ah Josh... Por favor. Faz tempo que não saímos juntos, até parece que você está me evitando.


–Claro que não Jenna... Tudo bem vai, eu topo. –Por fim decidi ir. Afinal, o que tem de mal? Eu estou mesmo precisando sair, pra ver se esqueço o fora que levei de certa baixinha.


–Isso Josh. –Ela comemorou- Você não vai se arrepender... Eu prometo.


–Tomara... Mas, onde e quando?


–No cinema do shopping, perto da minha casa. Pegamos a sessão das 8h...


–Ok. Qual vai ser o filme? –Perguntei, já esperando uma comédia romântica como ou algo do tipo como resposta.


–Ah... Esqueci o nome. –Ela respondeu e eu ri. O filme é tão bom, que ela não lembra nem o nome... O que uma pessoa não faz pra sair do tédio.


–Só você Jenna! Deve ser uma porcaria, mas ok... Vou tomar um banho e passo te buscar, daqui a pouco.


–Nada disso, o filme é muito bom. Tá certo então... Te espero aqui. –Ela disse, animada.


–Tá bom, tchau! –Disse rapidamente.


–Tchau, beijo. –Ela falou e eu apenas desliguei.


Assim que conversei com Jenna, terminei de guardar os equipamentos do ensaio, para que meu pai não implicasse depois, e fui tomar um banho. Ainda não eram sete horas, então tinha tempo suficiente para isso, já que iríamos à sessão das 8h.


Depois de tomar um banho rápido e ter tido que aguentar as brincadeirinhas de sempre do Zac por eu estar indo ao cinema com a Jenna, eu fui buscá-la.


Após poucos minutos dirigindo, eu cheguei à casa dos Rice. Assim que fiz isso, apenas buzinei e já pude vê-la saindo. Ela sabia que eu odiava ter que esperar e também sabia que não gostava nenhum um pouco de ter que ficar ouvindo a voz irritante da sua mãe, puxando o meu saco. A Srª Rice sempre foi um pouco doida e me trata como se eu ainda fosse seu genro, apesar de eu nunca ter me considerado isso, pois o meu namoro de pouco mais de um mês com a Jenna, não significou nada para mim.


–Oi Josh! –Jenna disse animada, entrando no carro.


–Oi. Põe o sinto menina! –Falei, e arranquei com o carro. Jenna tem a imbecil mania de não colocar o sinto.


–Tudo bem Josh? –Ela perguntou, me olhando estranho, após fazer o que eu tinha dito e eu arranquei com o carro.


–Sim... Por quê? –Perguntei, estranhando o modo como ela me fez a pergunta, parecia preocupada ou algo do tipo.


–Sei lá... Só achei estranho não conseguir falar com você a tarde toda, então pensei que pudesse ter acontecido alguma coisa. –Ela disse. Por que parece ser impossível para ela que eu simplesmente não tenha atendido suas ligações e respondido às suas mensagens, porque eu não quis?


–Não aconteceu nada. Eu só ensaiei com a Hayles e com os caras à tarde e não te aten...


–ENSAIOU COM QUEM? –Jenna berrou, me fazendo até frear o carro, com o susto que levei. Por sorte, estávamos em uma rua bem calma, onde passavam pouquíssimos veículos.


–Que isso Jenna? Você bebeu? Para que gritar deste jeito? Você quase me mata de susto garota! –Falei espantado, com a voz um pouco mais alta que o normal, ainda com o carro parado.


–Desculpa Josh. –Ela disse. - Mas, com quem você disse que estava ensaiando?


–Com a Hayley e com os caras, oras!


–COMO ASSIM COM A HAYLEY, JOSH? –Jenna gritou novamente e eu notei, não sei... Raiva? É, raiva, nos olhos dela. Essa garota não estava sã.


–O que tem demais nisso Jenna? E por favor pa-ra de gri-tar! –Disse. Eu estava incrédulo com aquilo. Sempre suspeitei que a Jenna não fosse com a cara da Hayley, mas ela estava parecendo uma louca com aquela reação, só porque simplesmente eu disse que havia ensaiado com a garota. Eu não tinha contado nada à Jenna sobre a Hayley cantar com a gente na banda, porque eu pensei que aquilo não a interessava e também não tinha tido oportunidade, pois eu confesso... Estive sim a evitando nestes últimos dias.


–Como assim: "O que tem demais nisso Jenna?"... Você não me disse nada sobre esta... –Ela suspirou- Este ser estar ensaiando com você! –Ela falou, parecendo voltar ao normal e então, eu arranquei novamente com o carro.


–Ah sei lá, eu achei que você não quisesse saber. Afinal, você nunca se interessou pela banda ou por qualquer outra coisa desse tipo. E eu não sei se você sabe, mas a Hayles canta muito bem, muito bem MESMO. –Falei, enquanto dirigia em direção ao shopping.


–Ah tá! Agora você vai dizer que aquela whore tem talento pra cantar? –Ela perguntou, com tom de deboche e eu senti meu sangue esquentar e parei o carro no encostamento. Eu sempre tenho muita paciência com a Jenna e já estava acostumado com os surtos dela, meus amigos até me chamam de louco por isso, mas chamar a Hayley de puta. Ok agora ela me irritou.


–Primeiro: A Hayley não tem talento só para cantar. Ela CANTA, TOCA E COMPÕE. E segundo Jenna: NUNCA MAIS a chame assim, por que você não a conhece e ela não é nada disso. ENTENDEU? –Eu disse, irritado e Jenna me olhava assustada com olhos arregalados, parecia não acreditar no que eu estava dizendo.


–O QUE É ISSO JOSH? POR QUE VOCÊ TÁ DEFENDENDO AQUELA IDIOTA? VOCÊ TÁ APAIXONADINHO POR ELA, É ISSO? –Jenna gritou, parecendo indignada com que ouviu e a pergunta dela me fez parar por um momento. Afinal, por que eu "defendendo" assim, uma garota que eu conheço não faz nem três meses? Nem eu mesmo sei... Eu só sei que ela me faz pensar e até mesmo fazer coisas que eu nunca imaginei. Mas, eu estar apaixonado pela Hayley? Não isso não, eu nunca gostei de verdade de alguém. E, por que eu iria me apaixonar justo pela garota que não demonstrou nada por mim, que me deu um fora?


–VOCÊ TÁ LOUCA GAROTA? É LÓGICO QUE NÃO! –Eu disse.


–Pois não é o que parece, Josh. Primeiro você não sai mais comigo, só sai com os meninos e com a idiota da amiguinha dela. Depois, você anda muito diferente e agora está defendendo aquela retardada como se fosse alguma coisa dela. Eu não acredito que você da gostando da sonsa da Williams, eu não acredito Josh, por quê?


–EU NÃO TÔ GOSTANDO DE NINGUÉM JENNA, CALA A BOCA! –Agora era eu quem gritava.- E MESMO QUE ESTIVESSE, VOCÊ NÃO TEM NADA COM ISSO! –O que não deixava de ser verdade, pois eu e Jenna éramos apenas amigos... Bem, amigos que ficam às vezes... Mas, nada a mais que isso.


–Pois não é o que parece!


–Jenna, cala a boca por favor? –Pedi.


–Não Josh, eu não vou me calar até você me dizer... Você tem alguma coisa com aquela garota?- Ela perguntou e neste momento eu pude perceber que já havia lágrimas em seus olhos. Eu nunca gritei com Jenna, nem quando nós namorávamos e eu tinha que aguentar os seus surtos.


–Eu não tenho nada com ela. Absolutamente nada! –Falei e ela começou a chorar. Por mais que eu me fizesse de idiota às vezes e nunca tocasse no assunto, no fundo eu sabia do seu suposto amor por mim e eu não iria contar a ela que beijei Hayley. Na verdade, eu nunca falava sobre outras garotas com Jenna, pois por mais que ela seja insuportável em alguns momentos, eu gosto dela como amiga e não quero lhe fazer sofrer por minha causa.


–E nem vai ter! –Ela disse, olhando-me, deixando as lágrimas escorem por sua face.


–Por que este ódio todo, Jenna? –Falei, agora mais clamo.


–POR QUE EU TE AMO JOSH! –Ela gritou- E eu sei que aquela menina está roubando você de mim.


–Entenda uma coisa Jen: Eu não sou seu. –Falei e ela começou a secar suas lágrimas.


–SE VOCÊ NÃO É MEU, DELA É QUE VOCÊ NÃO VAI SER! –Jenna disse com uma frieza que me deixou impressionado e logo após saiu do carro, batendo a porta com força. É, acho que ela não queria mais ir ao cinema.


***



P.O.V Hayley



Quando eu cheguei da casa dos Farro, minha mãe já havia voltado do trabalho e me convidou para ir ao supermercado com ela. Então, eu fui fazer compras e quando voltei, já era tarde. Portanto, apenas tive tempo de tomar um banho e de jantar, pois logo deu a hora de dormir e eu fui, visto que teria que acordar cedo na manhã seguinte.


[...]


Parecia que eu não havia dormido nem duas horas e o meu celular já estava despertando, me fazendo acordar para mais um dia.


Assim que terminei de me arrumar, desci até a cozinha e notei que minha mãe não estava lá embaixo. Então, percebendo o silêncio, eu cheguei à conclusão de que dona Christie só poderia estar dormindo. Estranhei... Era eu quem sempre se atrasava e tinha que ser acordada por ela, e não ela por mim. Mas, eu tive que fazer isso, visto que minha mãe já estava quase meia hora atrasada.


Depois de acordar minha mãe -que por sinal levou o maior susto e levantou correndo feito uma louca direto para o banheiro- eu a esperei, para poder pegar uma carona até o colégio. Isso nunca era possível, pois ela sempre saía antes de mim, mas já que hoje foi diferente, por que não aproveitar?


Minha mãe parou na casa da Dak para pegá-la e nos levou até o colégio.


–Tchau senhora Williams, valeu pela carona. –Dak disse para minha mãe assim que chagamos na escola.


–Tchau mãe! –Falei, saindo do carro.


–Tchau meninas. Boa aula e se comportem! –Ela disse, como se eu fosse fazer alguma coisa, e saiu rapidamente, pois estava muito atrasada.


–Nossa Hayley, ainda bem que sua mãe nos trouxe hoje. Eu estou com o corpo todo dolorido, não aguentaria andar até aqui. –Disse Dak.


–Ué... Por quê? O que aconteceu? –Perguntei.


–Ah sei lá! –Ela disse e eu ri, percebendo que era uma brincadeira boba dela.


–Huuuum... A noite foi boa é? Só quero ver como o Taylor está. –Falei e nós duas começamos a rir.


–Idiota! –Dak falou e eu apenas ri mais.


–Mas, falando no Taylor... Cadê ele? Ele sempre tá aqui quando nós chegamos. –Falei, enquanto subíamos as escadas até o pátio.


–Ah ele não vem hoje. –Respondeu Dak.


–Por quê?


–Ele foi pra Nashville com o pai dele, ajudar o senhor York com... Com... Ah sei lá, com alguma coisa lá do trabalho dele. –Dak disse e eu ri, ela é muito atrapalhada.


–Ah Dak! Falando em Nashville, Taylor me disse ontem no ensaio que o seu bisavô morreu e que por isso que vocês tiveram que sair depressa ontem daqui do colégio... Meus pêsames. –Disse, um pouco sem graça. Por mais que o Tay tenha dito que ela nem o conhecia direito, não deixava de ser triste.


–Obrigada Hay... Mas e aí, como foi o ensaio ontem? –Disse ela... É, parece que o seu bisavô não era mesmo muito importante assim, pra ela mudar de assunto tão rápido.


–Ah foi bem legal... Os meninos tocam muito bem!


–Principalmente o meu Tay. –Dakotah disse, suspirando com cara de boba eu ri.


–É, o Taylor toca muito mesmo. Mas, todos são bons.


–E o seu Josh, é bom? –Dak perguntou, já caindo na gargalhada.


–MEU Josh? Para de ser besta garota! –Falei e ela apenas riu mais, me fazendo não resistir e rir também. Era impossível não rir das idiotices que ela diz.


Depois de ficar mais um tempo conversando e rindo com Dak, o sinal bateu e nós tivemos que ir para nossas respectivas aulas, que não seriam as mesmas, infelizmente. Dak foi para a tão odiada aula de matemática, com o seu professor preferido, cujo qual ela julga a amar e eu fui para a de educação física.


Contra a minha vontade, eu me dirigi até o ginásio, ou melhor, até o vestiário, já que fui praticamente obrigada pelo professor a fazer isso, pois as meninas jogariam basquete hoje. Sim, eu, com os meu 1,56m de altura, irei tentar jogar basquete. Isso vai ser uma piada.


Quando estava indo para o vestiário feminino, encontrei Josh, sentado num banco perto dali. Não entendi o motivo dele ainda estar ali, com o uniforme, enquanto os outros garotos já estavam fazendo aquecimento em uma das quadras. Não poderia o evitar, então continuei andando.


–Oi Hayley! –Ele disse, quando me viu chegando.


–Oi. Ér... Não vai jogar? –Disse, olhando para a quadra onde os meninos corriam, jogando bolas um para o outro.


–Vou sim, mas eu cheguei cedo aqui hoje e já fiz aquecimento. Então como não sou nenhum bobo não vou fazer de volta. –Ele disse com um sorriso torto.


–Ah sim... Entendi.


–Mas e você? Vai jogar hoje? –Ele disse já rindo. Com certeza a minha altura era o motivo da graça.


–Estou sendo obrigada. –Falei e notei que o professor estava me olhando feio, então me aproximei mais da porta. – Deixa eu ir, porque já estão me fuzilando com os olhos aqui.


–Vai lá, porque eu quero ver você jogando. –Ele disse e eu apenas sorri, entrando no local. Estava meio sem jeito com o Josh, depois do que aconteceu ontem.


Quando eu entrei, meu sorriso se desfez no mesmo instante ao ver quem eram as garotas que estavam lá dentro, terminando de se arrumar.


Só havia quatro loiras oxigenas lá, quer dizer, só havia três loiras oxigenadas, porque a outra era animal. Sim, estavam lá dentro a vaca da Jenna e suas amiguinhas.


Assim que entrei e elas me viram, notei que os três clones cochicharam e olharam para a mim e para Jenna. E esta, estava parada em frente ao espelho como uma estátua, fuzilando o meu reflexo à sua frente.


Passado o choque que eu tive ao entrar e observar a reação delas ao me ver, eu simplesmente joguei uma mochila que estava comigo em cima do banco e me sentei, para retirar a roupa de educação física que eu nunca usei de dentro dela.


–Vejam só, meninas! Sponge Bob vai jogar hoje. –Ela disse, virando-se para mim e é claro, as três patetas riram, enquanto eu ignorei o comentário maldoso daquele ser repugnante. –Só cuidado para não ser pisoteada, Hayley. Isso pode te machucar. - Quando ela disse isso, eu pude perceber que uma das garotas fez um sinal para as outras duas. E então, as três deixaram o local.


–Mas é claro que machuca. Vacas como você costumam ser bem pesadas! –Eu não resisti e tive que responder. Jenna abriu a boca para me responder, mas acabou desistindo. Ela apenas se virou e foi até a porta.


–Olha aqui garota! Nós precisamos ter uma conversinha. –Jenna disse, batendo a porta, trancando-a e virando de frente para mim novamente, me encarando.


–Olha, se for para pedir dicas de tintura de cabelo, eu sei que você tá precisando e tal. Mas, eu não estou afim de te ajudar com essa vassoura aí, ok? –Eu falei, era divertido irritá-la.


–ESCUTA AQUI GAROTA! VOCÊ SE ACHA MUITO ENGRAÇADINHA, NÁO É? –Jenna explodiu- Mas, eu só quero te dar um aviso: FI-CA LON-GE DO MEU JO-SH! –Ela gritou, apontando seu dedo sujo na minha cara e eu me levantei, ficando em pé e a encarando. Jenna é mais alta que eu, mas isso não me intimidou.


–SEU Josh? Isso Jenna, me faça rir. –Falei rindo de tamanho absurdo, peguei as roupas que havia tirado da mochila e tentei ir em direção ao banheiro para me trocar, mas Jenna me impediu com o braço.


–Sim, o Josh é MEU e nunca olharia para uma sonsa como você! –Ela disse e eu soltei sua mão que segurava meu braço. Não sei o porquê, mas ao ouvir aquela vaca dizendo isso, eu não resisti...


–Engraçado... Não parece isso, quando o seu Josh beija a minha boca! –Assim que disse isso, vi Jenna ficar branca ao ouvir minhas palavras.


–ISSO NÃO É VERDADE SUA VADIA! –Jenna gritou e me fez sentir o peso de sua mão em meu rosto... Neste momento, eu não senti dor, eu senti meu sangue fervendo. Senti a raiva me dominando de uma forma incontrolável.


–DO QUE VOCÊ ME CHAMOU? –Eu gritei e empurrei Jenna com toda a minha força, fazendo-a cair sentada no banco que estava atrás dela, batendo suas costas na parede.


–EU DISSE QUE VOCÊ É UMA VADIA E QUE ISSO NÃO É VERDADE! –Ela gritou e eu fui pra cima dela, derrubando-a do banco e nós duas caímos no chão. Posso ser pequena, mas sou muito ágil. Então, imediatamente eu sentei em sua barriga, arranco-lhe um gemido alto e prendi seu braços com os meus joelhos.


–VOCÊ VAI APRENDER A NÃO ME CHAMAR DE VADIA, SUA DESGRAÇADA! –Após dizer isso eu retribuí seu tapa, só que muito mais forte. Não só retribuí, como comecei a diferir vários pelo seu rosto, com as palmas e costas das minhas mãos. Jenna se debatia de toda forma, tentando escapar e enquanto isso, eu podia ver sangue escorrendo pelo canto da sua boca.


–VAI, ME DIZ QUEM É A VADIA AQUI JENNA? VAMOS LÁ, ME DIZ? –Eu gritei, mas nesse momento ela conseguiu virar seu corpo para o lado, me derrubando de cima dela e se levantou, correndo até a porta que ela mesma havia trancada.


–VOCÊ NÃO VAI FUGIR JENNA, VOLTA AQUI! –Eu gritei e fui até ela, puxando-a pelos cabelos e a jogando na parede e ela caiu no chão novamente. Ela já devia ter notado que resolveu brigar com a pessoa errada.


–ME SOLTA! SAI DE CIMA DE MIM! –Jenna gritava, enquanto eu agora apenas a imobilizava e ria da sua reação de dor e desespero.


–PRIMEIRO VOCÊ VAI ME DIZER QUEM É A VADIA AQUI, POR QUE VOCÊ SABE... A ÚNICA VADIA AQUI É VOCÊ JENNA, É VOCÊ! –Eu gritava e ela já nem mais tentava se debater.


–ANDA, ME DIZ! QUEM É A VADIA AQUI JENNA? –Eu perguntei e só nesse momento eu pude ouvir batidas desesperadas na porta, mas adrenalina do momento não me permitiu que prestasse atenção. – ME FALA VAI, QUEM É A VADIA AQUI?


–Sou... Sou eu. –Jenna disse com a voz um pouco abafada pelos gemidos.


–QUEM? FALA MAIS ALTO, EU NÃO ESCUTEI.


–SOU EU, A VADIA SOU EU! –Jenna gritou e no exato momento eu escutei um barulho mais forte e voltei minha atenção à porta, e quando fiz isso, Jenna aproveitou para escapar outra vez e correu para os braços da pessoa que tinha acabado de arrombar a porta, e que agora olhava para a cena aparentemente abismado com o que via.


–JOSH, JOSH... VIU O QUE ESTA GAROTA FEZ COMIGO? –Jenna disse, apontando para mim, enquanto Josh se livrava dos braços dela.


–AH CALA BOCA GAROTA! –Eu gritei e quando me dei por si, já havia me levantado e dado outro tapa na cara dela, enquanto ela se defendia, puxando os meus cabelos.


–PAREEEEEEEEEEEM! VOCÊS ESTÃO LOUCAS? –Josh berrou, entrando no meio, tentando nos separar.


–ME DEIXA JOSH, AGORA EU VOU BATER NESTA IDIOTA! -Jenna dizia vindo para cima de mim, enquanto Josh tentava nos conter.


–ATÉ AGORA VOCÊ SÓ APANHOU QUERIDA! –Eu disse, e senti alguém me segurando com força por trás, me levantando do chão.


–O QUE VOCÊS PENSAM QUE ESTÃO FAZENDO AQUI? –O professor berrou entrando no vestiário, enquanto Josh segurava Jenna e um outro garoto, vulgo armário- cujo o nome eu desconhecia-, não me deixava nem por os pés no chão. –Alguém vai chamar o diretor! –Ele falou, e eu notei que quase todos os alunos já observavam tudo, do lado de fora.


–ESSA LOUCA ME AGREDIU PROFESSOR! –A vaca disse, apontando para mim.


–FOI ELA QUEM PEDIU PROFESSOR! –Eu gritei. Não acreditava que ela ia se fazer de vítima. –ME SOLTA!


–MEU DEUS O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? –Ouvi o diretor dizer e o professor deu espaço para ele passar.


–EU NÃO PEDI NADA! FOI VOCÊ QUEM FALOU AQUELA METIRA! –Jenna gritava, mas não conseguia se mover, pois Josh ainda a segurava. Na verdade a única coisa que ela conseguia fazer era gritar, porque me agredir fisicamente, ela já devia ter percebido que não conseguiria.


–Que mentira? –Josh perguntou, depois de ficar praticamente calado desde de que entrou aqui.


–ELA DISSE QUE VOCÊ JÁ BEIJOU ELA... ISSO É VERDADE JOSH. DIZ, É VERDADE? –Perguntou Jenna e pude ver a cara de espanto de Josh.


–AI MEUS DEUS! CALEM A BOCA TODOS VOCÊS! –O diretor gritou adentrando o local, chamando a atenção de todos, e impediu que Josh sequer pudesse responder a pergunta da Jenna- OLHA O SEU ROSTO SENHORITA RICE! –Disse o diretor Wilson, vendo cara da vaca toda vermelha e sua boca sangrando. Eu não contive o riso.


–CALADA SENHORITA WILLIAMS! E você professor, será que pode me explicar o que está acontecendo aqui? –O diretor perguntou, olhando para o professor, esperando uma explicação. Por incrível que pareça, eu me calei. Estava começando a me dar conta do que tinha feito. O rosto da garota tinha ficado horrível, mas ela mereceu certo?


–Eu não sei Sr. Wilson. Só sei que quando ouvi os gritos e cheguei aqui com o Joe –deveria ser o garoto que me segurava- Jenna, Hayley e Josh estavam fazendo está zona aqui! –O professor respondeu.


–EI ESPERA AÍ! EU SÓ ENTREI AQUI PARA SEPARAR ELAS! –Josh se manifestou.


–EU NÃO QUERO SABER. QUERO VOCÊ JOSH, SENHORITA RICE E VOCÊ, SENHORITA WILLIAMS. JÁ NA MINHA SALA! –Ele disse, apontando pra nós três. –Vamos rápido, quero vocês três lá, AGORA!


Depois de eu e Jenna sermos praticamente arrastadas para a diretoria e de Josh também ir contra a sua vontade, -coitado, tinha sobrado até pra ele- o diretor desistiu de manter nós três na mesma sala, pois eu e Jenna quase saímos no tapa novamente. Eu não suportava vê-la se fazendo de vítima.


–Josh e Jenna, saíam e esperem lá fora! E senhorita Williams, eu vou ter que chamar sua mãe. –O diretor falou.


–COMO? EU SÓ QUERO SABER SE VÃO CHAMAR MÃE DESTA VACA AÍ TAMBÉM! –Eu gritei indignada, apontando para Jenna.


–VACA É A MÃE! –Jenna gritou, mas não se levantou da cadeira em que estava sentada.


–SUA MÃE TAMBÉM É? NOSSA! –Eu falei.


–CALEM-SE, AS DUAS! –O diretor nos advertiu se levantando de sua cadeira e batendo as mãos na mesa. –Josh leve a senhorita Rice daqui. Aguardem lá fora, eu já disse! –Neste momento, Josh se levantou e puxou Jenna para fora. Eu apenas me encostei mais na cadeira e cruzei os braços, indignada com o que via.


Assim que os dois saíram o diretor mandou chamarem a minha mãe, e eu fiquei ali olhando para o nada, enquanto ele pronunciava um daqueles clássicos sermões, dizendo que estava decepcionado com minha atitude e tudo mais. Por sorte, ou não, logo a secretária avisou ao Sr. Wilson que minha mãe havia chegado e ele ordenou que pedisse a ela para entrar.


–Com licença. –Ouvi minha mãe dizer ao abrir a porta.


–Toda, queira sentar-se Srª Williams. –Disse o Sr. Wilson apontando a cadeira ao meu lado, na frente de sua mesa.


–Obrigada! –Minha mãe falou, enquanto eu fitava o chão para não ter que encará-la. Por mais que minha mãe já devesse estar acostumada, pois esta não é a primeira vez que eu brigo na escola, ela sempre fica muito chateada comigo quando eu tomo este tipo de atitude.


–Bem Srª Williams, desculpe-me pelo incômodo. Mas, é que aconteceu algo nada agradável entre sua filha e uma colega dela. –Ele disse e nesse momento eu olhei para minha mãe.


–Eu já posso imaginar. –Minha mãe disse, me encarando pela primeira vez, com uma cara nada amigável.


–A senhora deve ter notado o estado em que se encontra a garota que espera do lado de fora... E bem, eu não posso deixar isso empuni. –Disse o Sr. Wilson e minha mãe escutou com atenção.


–Claro que notei e entendo perfeitamente que o senhor deva tomar providências, mas eu espero que não só a minha filha seja punida. –Minha mãe falou e eu pude notar claramente que ela olhou em meu rosto. Eu não havia me visto no espelho, a única coisa que fiz foi tentar arrumar meu cabelo, já que estava num estado lamentável. Mas, pela reação da minha mãe, a marca da mão da Jenna ainda deveria estar em meu rosto, e fora isso eu podia sentir um arranhão de leve no local. Jenna não tem unhas, tem garras.


–Sim, não se preocupe. Cada um vai ter a punição que merece. –O diretor disse e minha mãe concordou.


Depois de mais alguns minutos dentro da sala tendo que ouvir o Sr. Wilson contar tudo o que aconteceu -ou o que ele pensa que aconteceu- entre mim e a Jenna dentro do vestiário, ele resolveu então pedir para que minha mãe me levasse para casa e me suspendeu por três dias. Sendo assim, eu só voltaria a estudar na segunda-feira.


Minha mãe não trocou uma palavra comigo durante o tempo em que passamos na sala do Sr. Wilson, o que me deixou mais preocupada. Ela não deu um sermão, nada, simplesmente não me dirigiu a palavra. Mas, pela expressão que eu notava em seu rosto, ela não havia ficado nenhum um pouco feliz com o acontecido. Quando finalmente saímos da diretoria, eu dei de cara com Jenna e Josh, sentados cada um em um canto, aguardando serem chamados. Jenna me fuzilou com os olhos quando eu passei e eu fiz o mesmo e notando a situação do seu rosto –que agora, já estava com um curativo no canto esquerdo da boca- eu não pude deixar de sorrir. Já Josh, apenas me olhou com um sorriso tímido, acenado um "tchau" com a mão, quando passei por ele. Enquanto eu fui buscar minhas coisas, que havia deixado no ginásio, minha mãe foi me esperar no carro.


–Estou decepcionada com você Hayley. Eu achei que aqui as coisas seriam diferentes filhas, mas pelo visto eu me enganei. –Minha mãe disse quando começou a dirigir, assim que eu entrei no carro e coloquei o sinto.


–Ela mereceu, mãe! –Falei, olhando para ela, que agora dirigia.


–Não importa Hayley. Você viu o estado que ficou o rosto da garota? Minha filha, isso não se faz. –Minha mãe disse calma, olhando para mim por um instante e logo depois voltou à atenção na estrada.


–Acredita em mim mãe, a Jenna merece!


–Afinal, por que vocês brigaram? –Minha mãe perguntou, com ar de desaprovação.


–Por que ela me insultou. –Respondi apenas.


–E o que mais?–Perguntou minha mãe.


–Não quero falar sobre isso e foi a Jenna quem me bateu primeiro! –Eu disse. Não queria ter que falar para minha mãe que na verdade, eu ter dito a Jenna que fiquei com Josh foi um dos motivos que a vez surtar. E, além do mais, minha mãe iria deduzir que eu briguei por causa de um garoto –o que não foi o que aconteceu- e isso não seria nada bom.


–Ok, você não quer falar sobre isso. Tudo bem, mas depois não venha me dizer que eu não deixei você se explicar mocinha! E saiba que você está de castigo por tempo indeterminado. –Minha mãe disse, um pouco exaltando a voz. Eu a tinha irritado.


Depois disso, eu resolvi me calar e fizemos o restante do caminho em silêncio. E quando chegamos, minha mãe apenas me deixou em casa e voltou para a agência, mas não antes de me proibir de sair. Eu sei que o: "você está de castigo por tempo indeterminado" da minha mãe, não dura nem uma semana. Portanto, não me preocupei muito com isso e passei o restante da manhã assistindo TV e pensando no que tinha feito, em como foi bom dar uns merecidos tapas naquela garota.


Já deviam ser umas 3h da tarde e eu estava dormindo no sofá quando sou acordada com a campainha tocando.


–HAYLEEEEY! –Dakotah gritou, me abraçando, assim que abri a porta.


–Ai você tá me sufocando Dak! –Falei, então ela se afastou um pouco para eu poder fechar a porta.


–HAYLEY SUA DOIDA, EU VI COMO FICOU A CARA DA JENNA. EU TE AMO GAROTA! –Dak disse e eu comecei a rir muito do seu exagero.


–Para de ser exagerada garota! Mas como é que você viu? Ela ainda estava lá quando você saiu? –Perguntei, me jogando no sofá.


–Não, ela saiu mais cedo. Mas, quando Zac me contou que você bateu nela, eu fui correndo ver como ela estava. Não podia perder a chance de... MEU DEUS HAYLEY, VOCÊ BATEU NA JENNA. Eu não tô acreditando... Cara, isso é muito legal. –Dak disse, jogando sua bolsa no sofá e sentando ao meu lado. Na certa, ela nem tinha passado em casa e tinha vindo direto do colégio pra cá. Eu não conseguia parar de rir do seu jeito desesperado.


–Ela só teve o que mereceu. –Falei entre risos.


–Garota! Ainda bem que eu sou sua amiga. Não sabia que você é boa de briga, baixinha. Tô impressionada. –Dakotah disse, fingindo estar mesmo muito impressionada e começou a ir, assim como eu.


–Hey! Não me chama de baixinha, garota. E bem, digamos que eu aprendi a me defender no meu antigo colégio. –Disse, ainda rindo. Parecíamos duas idiotas.


–Sério Hay, agora eu sou sua fã. Fazia tempo que a Jenna estava merecendo uns tapas... Mas me conta, porque vocês começaram a brigar? –Dak perguntou sorrindo, me olhando com ansiedade.


–Bem, tudo começou quando eu falei pra ela que o Josh dela não parecia assim tão dela, quando está beijando a minha boca e...


–OMG! Você contou pra ela? –Perguntou Dak, com um aumentando o sorriso no rosto, me interrompendo.


–Sim. Ela me provocou muito e eu não consegui resistir.


–Ah me conta tudo garota! Quero saber todos os detalhes. –Dakotah dizia sorrindo, parecendo uma criança quando está realmente feliz.


[...]


Tive que contar tudo o que aconteceu no vestiário para Dak, e ela também me contou o que sabia em relação ao que aconteceu com Jenna depois que eu vim para casa. Parece que ela também levou dois ou três dias de suspenção e o Josh também. Sim, Josh levou suspenção. Eu não acreditei quando Dak me disse isto... Como o Sr. Wilson suspende o garoto, sendo que ele só estava separando a briga? Pois é, parece que ele discutiu com Jenna enquanto eles estavam na diretoria, o motivo da discussão Dak não soube dizer, pois Josh não contou para o Zac. Sim, Zac foi quem contou sobre a briga para Dak, visto que seu irmão falou tudo –ou quase tudo- o que aconteceu para ele. Com eles estavam discutindo na diretoria, o Sr. Wilson resolveu dar uma advertência ao Josh, mas parece que ele reclamou e acabou sendo suspenso por dois dias. Coitado do garoto, me senti um pouco culpada por isso.


Quando Dak saiu de casa – depois de sua mãe ligar para ela desesperada -, já eram quase 6h da tarde e logo minha mãe chegou.


Eu pude perceber durante o dia que fiquei trancada em casa, que minha mãe estava mesmo chateada comigo. Mas pelo que conheço, isso não duraria muito tempo. Porém, eu não iria fazer nada que pudesse a irritar, pois não queria que ela piorasse o meu "castigo", então fiquei na minha, fazendo tudo o que ela pedia pelo resto do dia.


Na manhã seguinte, minha mãe me acordou cedo antes de ir trabalhar, mesmo sabendo que eu não iria à aula, dizendo que eu teria uma visita pela manhã. Eu estranhei muito isso e insisti para que ela me falasse mais sobre o assunto, mas ela não me deu atenção. Minha mãe estava visivelmente irritada ou preocupada, não sei como distinguir bem o seu estado, mas com certeza ela não parecia nenhum pouco feliz. Depois de me acordar e dizer estas coisas estranhas, ela foi trabalhar e contrariando-a, eu dormi por mais algumas horas. Queria aproveitar o fato de não ter que ir para o colégio.


Eram 10h quando eu decidi por levantar da cama. Apenas me troquei, escovei os dentes e desci procurar algo para comer. Minha mãe não havia nem feito café ou preparado alguma coisa para comer. Alguma coisa realmente deveria estar acontecendo e eu já estava ficando preocupada.


Como não achei nada melhor, apenas preparei um cereal e fui ver TV. Estava passando Bob Esponja quando eu liguei o aparelho e isto me fez rir.


Confesso que não estava me divertindo muito vendo desenhos. Mas, não tinha nada melhor para fazer. Enquanto eu comia meu cereal e tentava me distrair, escutei a campainha tocando, estranhei, mas fui atender.


–PAI! –Eu gritei, abraçando com toda a minha força o homem que estava a minha frente, quando abri a porta.


–Hayley, minha filha. Que saudades de você amor. –Meu pai disse, enquanto retribuía meu abraço, me deixando realmente muito feliz por ele estar ali. Porém, meu sorriso se desfez, quando enfim eu o soltei e notei que ao seu lado, agora estava uma pequena criança... Uma garotinha, sorrindo e olhando para mim.







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Notas finais do capítulo

Pensaram besteira quando eu disse "cenas fortes" né? kkkkkk
Mas me digam, gostaram de ver a Jenna apanhar? E o Josh discutindo com ela por causa da Hayles awwwwwn *-* kkkk
Enfim, comentem muito. Eu irei responder a todos com muito prazer.
Obrigada por lerem galera, eu tinha mais o que falar, mas ñ tenho mais tempo. Então, até o próximo capítulo. Ahhhh notícia boa: eu não terei mais aula nos sábados de Abril, então acho que vu ter tempo :D
Agora sim, tchauzim :*
Ps: me desculpem mais uma vez pela demora :l