Amor De Pai escrita por Little Flower


Capítulo 19
Início da gestação e... Injustiça.


Notas iniciais do capítulo

Voltei queridas leitoras, nem demorou tanto não é?=D
Estava louca sem meu bebê; então, o capítulo está pequeno, mas o próximo será maior!Comecei a escrever ele já... Mas não direi quando postar, pois aconteceu algo e estou proibida de tocar ou chegar perto do meu bebê (not) na frente da minha mãe. Por isso estou aqui de madrugada postando, pois assim não corre o risco de minha mãe me pegar nele rs. Obrigada novamente Vick(beta) pelo conselho!Um BEIJÃO e um ABRAÇO apertado a minha nova leitora que é uma fofa: Anna Higgeti.
*Tem um POV diferente e que é importante.
Espero que gostem...

Capítulo atualizado em 06/03/21



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[Bella]

Decidimos encurtar a viagem e pousamos em L.A no dia seguinte.

Senti uma leve pressão ao pé da barriga e fechei os olhos, apertando-os com força. Não incomodava, mas sentir aquilo novamente era estranho. Eu estava tentando ignorar ao máximo a ânsia de vomito desde que o aroma das flores recém postas de Esme entraram em contato com meu olfato, no fim não consegui. Sem levantar suspeitas do que iria fazer andei com certa urgência até o banheiro. Edward vinha atrás, mas o parei. Ele não precisava ver aquilo.

Revirou os olhos e ignorou me acompanhando.

Depois de escovar os dentes e beber um pouco de água eu retornei à sala de estar onde Esme e Carlisle aguardavam, ainda assimilando a notícia. Exceto por Alice e Jasper que haviam levado Renesmee ao shopping.

Como ela reagiria ao saber do novo bebê a caminho? Renesmee era imprevisível, sempre nos surpreendia. Sentei no sofá menor azul-celeste com Edward ao meu lado, os patriarcas vampiros nos encaravam atentamente. Me perguntei mentalmente aonde Rosalie e Emm tinha ido.

— Bem, acredito que já tomaram uma decisão quanto a sua gravidez, Bella? — indagou Carlisle.

— Sim, você me conhece, Carlisle. Eu jamais desistiria de um filho. É por isso que Renesmee está aqui, não é?

Edward apertou a mão que estava segurando. Fitei seu rosto e pude ver que aquilo era difícil para nós dois, porém era inevitável não amar o bebê que crescia em meu ventre. Eu achava impossível meu coração se inflamar mais ainda.

— Entendo, faremos o possível para ajudá-la.

O barulho de passos estrondosos ganhou nossa atenção imediatamente.     

— Isso não é possível! Você está grávida de novo? — as palavras alteradas de Rosalie me assustaram um pouco. Sua expressão era sombria, os olhos antes topázio agora num tom negro, causando calafrios em mim.

No mesmo instante todos se colocaram de pé enquanto eu permanecia sentada, olhando-a cética.

— Rosalie! — Esme interveio.

— Eu não consigo entender... Por que? Por que? — vociferou Rosalie me encarando com fúria.

Aquela atitude era esperada. Rosalie sempre alegou que eu tinha uma vida humana inteira pela frente — cujo renunciaria para ficar ao lado de Edward e Renesmee para sempre —. Ela não aprovava minhas escolhas e por isso me odiava.

— Rosalie, se acalme. — Edward sibilou.

— Eu... — respirou fundo — Nunca vou aceitar o fato de você além de ser humana receber a dadiva de ser mãe. Eu quem merecia não você! — disse ela perigosamente próxima a mim.

Ao passo que Edward se interpôs entre nós, Emmett passou seus braços musculosos ao redor de Rosalie a afastando para longe, em direção a porta dos fundos. Senti minha pele queimar com seu olhar feroz antes de desaparecerem.

Respirei fundo algumas vezes tentando fazer com que meu coração voltasse a bater normalmente. Aquela tensão não faria bem ao bebê, embora suspeitasse que ele fosse tão mais forte do que eu. Edward me abraçou para tentar me acalmar...

Passado o surto de Rosalie. Esme foi para cozinha para preparar um lanche para mim enquanto Carlisle e Edward foram tentar colher mais informações sobre minha situação no escritório. Me alinhei no sofá para tirar um cochilo, mas demorei até encontrar uma posição que eu conseguisse relaxar. Em pensar em Renesmee o nervosismo me tomou. Eu estava apreensiva por sua reação.

[...]

Ao longe escutei um barulho de motor de carro e abri os olhos me sentando no sofá. Jasper e Alice saíram do carro, depois a baixinha retirou Renesmee do banco de trás. Ela trajava uma jardineira cor de rosa sore uma blusa branca, meia calça e sapatilhas vermelhas. Linda.

Eu realmente não consegui captar o momento em que Edward passou por ali e quando chegou perto ele a envolveu em seus braços, beijando sua bochecha com bastante carinho. Ao passarem pela porta de vidro Renesmee me viu e pulou do colo do pai para correr em minha direção.

— Mamãe! — cantarolou feliz e por pouco não se jogou em cima de mim, pois a impedi. Ela franziu o cenho — O que foi, mamãe? Não gosta mais de me abraçar? — perguntou tristemente.

— Não é isso, meu amor... — eu assegurei ao mesmo tempo em que passava meus braços ao seu redor — Só que por enquanto não pode pular assim na mamãe.

— Por que?

 Edward se pôs ao meu lado novamente e a sentou em seu colo. Renesmee alternou o olhar entre seu pai e eu.

 — Vocês estão escondendo alguma coisa não estão?

Semicerrou os olhos achocolatados para nós. Sua astucia sempre me surpreendia, mesmo estando acostumada.

— Renesmee, nós temos uma grande novidade.  — disse Edward, sua voz soou um pouco tremula. Olhou-me brevemente então voltou sua atenção a ela. Prendi a respiração por um tempo, mas depois soltei.

Renesmee franziu o cenho ainda confusa.

— Boa ou ruim? — questionou ela.

— Boa, claramente... — respondeu Edward tendo o cuidado de ser cauteloso com as palavras.

— Filha, você terá um novo irmãozinho ou irmãzinha...  

Suas pequenas mãos voaram instantemente a sua boca, os olhos dilatados em completa surpresa.

— Mesmo? — depois seu rostinho se tornou neutro, incapaz de ser decifrado. O silêncio imperou pelo cômodo enquanto esperávamos uma reação de sua parte. Ela não desviou seus olhos dos meus por nenhum segundo.

— Sim, meu anjo. — afirmou Edward.

Renesmee soltou um longo suspiro antes de dizer angustiada: 

— Ele vai machucar você, mamãe, como um dia eu fiz.

— Não se preocupe, meu amor, o vovô Carlisle e o papai vão ajudar para a mamãe ficar bem.

— Verdade? — perguntou ela e eu afirmei com a cabeça. Ela soltou mais um suspiro. — Então a senhora vai ficar bem, mamãe? 

— Sim. Mas, hum, você não vai me dar outro abraço quentinho? — perguntei os abrindo ao mesmo tempo em que sorria. Ela passou para o meu colo e passou os braços em volta do meu pescoço.

— Vai ser o máximo ter um irmãozinho! — ela gritou animada, arrancando risadas de todos nós.

 

[Rosalie]

A cólera incontrolável percorria todo o meu corpo.

Todos os dias desde que fui transformada em vampira, perguntava-me se tinha cometido um pecado tão grave para merecer essa condenação irreversível.

Eu sempre quis construir uma família, ter um marido que eu fosse completamente apaixonada. Ter filhos, pois ser mãe era o meu maior sonho. Eu conseguia imaginar todos loirinhos e com olhos da cor do céu como os meus eram.

Infelizmente, nada do que eu quis se realizou.

Mas tudo mudou completamente quando ela chegou, aquela pequena menininha de olhos doces que tanto me fascinavam. Renesmee era como uma luz em meio as trevas para mim, ainda que existisse a barreira que Edward criara entre nós, eu a amava como uma filha...

Nessie coloriu o tom cinza que envolvia nosso clã. Estava tudo perfeito... Estava.

Isabella Swan voltou dos mortos para atormentar minha existência, tomando a filha querida dos meus braços. Ela não deveria estar ali! Porque ela simplesmente não poderia ter continuado morta? Renesmee superaria, Edward também.  

Depois de Emmett me retirar de perto da futura mamãe, permaneci afastada, incapaz de suportar mais aquele espetáculo. Novamente ela faria minha Renesmee sofrer, mais uma vez ela traria problemas... Isabella parecia uma espécie de imã para confusões, desde que ela surgiu em nosso mundo anos atrás nunca mais soube o que era ter paz...

Fechei os olhos com força numa forma de aplacar toda a tensão.

Lembrar de cada sorriso, cada gesto seu... Argh!  

Eu definitivamente a detestava. Isabella tinha Nessie, uma vida humana — ainda que não quisesse estendê-la por mais tempo. E agora teria outra criança hibrida. Eu queria me sentir culpada por todo o ressentimento que cultivei desde a conheci, mas eu simplesmente não conseguia... Era mais sólido do que as rochas que fiz de acento.

Não era seguro para ninguém eu estar por perto...

Emmett embora estivesse respeitando meu espaço, permanecia de braços cruzados com as costas apoiadas numa arvore próxima, me observando. Abri os olhos no mesmo momento em que Alice terminava de cochichar a ele sobre os meus planos...

Ele sacudiu a cabeça começando sua caminhada estrondosa até mim.

Fitei seu rosto sério. Sem nenhum traço de compreensão.

— Eu não posso ficar... — disse duramente. Alice com o braço enroscado ao de Jasper assistiam afastados. Suas feições divididas. 

— Você não precisa fazer isso, Rose. Somos sua família... — rebateu e segurou meus ombros.

— É perigoso. Você viu o que pode acontecer se eu escolher continuar aqui... Eu não consigo fingir que está tudo bem. Não quando mais uma vez ela pode arruinar a tranquilidade da nossa família! — vociferei entre dentes. — Eu tenho que me afastar.

— Por favor, não. Ursinha.  — seus olhos suplicaram assim como cada palavra dita. 

Respirei fundo.

— Nada do que você diga me fará mudar de ideia.

— Não pode deixá-los... Eles salvaram você. E assim que agradece? — tentou mais uma vez fazer com que eu me arrependesse de ir embora.

— Nunca pedi que me transformassem! 

— E isso muda alguma coisa?

— Não, não muda. Mas eu já me decidi. — eu soltei uma risada sarcástica — Isabella Swan está de volta, acha que eles não vão esquecer rápido que um dia fiz parte desse clã? E afinal de contas nós duas não podemos viver sob o mesmo teto.

Tirei suas mãos de mim o mais delicada possível.

— Rosalie! — Alice tentou intervir, mas continuei impassível.

— Eu preciso disso, Alice... Até algum dia. Jasper.

Ele acenou.

Me virei para Emmett.

— Você vem? — perguntei ainda que soubesse a resposta. Certamente viria comigo. Ele me amava e estávamos juntos a tanto tempo.

Ele demorou a responder. Alguma coisa em seu olhar estava errada.  

— Eles são minha família também. — disse ele como se sentisse a pior dor do mundo. — Mas amo você também, Rose...

Fitei seus olhos dourados e minha expressão fria vacilou um pouco ao ver sua dor. Não podia fraquejar agora.

Emmett olhou para o chão talvez repensando em suas opções. Como se mandasse um pedido de desculpa olhou-me como se pudesse chorar, então soube sua decisão. Por um instante me senti cruel por fazer logo aquilo com Emmett... Ele não merecia. Era perdoável machucar alguém que julgávamos amar?

Eu tão pouco merecia o seu amor.

Assenti minimamente, escondendo minhas reais emoções por trás de uma máscara rude.  

Ele tentou se aproximar de mim, mas me desvencilhei de seu toque. Eu queria do fundo da alma que ele tivesse me escolhido. Antes de ir olhei-o com a mistura de decepção, raiva, tristeza...

— Nunca deveria ter salvado você daquele urso. Adeus, Emmett. — disse sem demonstrar algum sentimento e corri para longe. De Emmett, de Nessie, dos Cullen, da minha casa... E principalmente de Isabella Swan.

Eu sentiria falta de Emmett e Renesmee, e também da minha família. Era o melhor a se fazer... Eu sabia os limites do meu lado animal. Eu não saberia dizer se perdoaria Isabella Swan por tudo o que perdi naquele dia.

Talvez nunca.


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Notas finais do capítulo

*Alguém aí assistiu ao MTV Movie Arwads?Amanhecer ganhou nas duas categorias que estava concorrendo legal não é?
*Viram Branca de neve e o caçador?É demais, mas seria melhor se fosse Robert que iterpretasse o caçador!
Queria fazer um ´pedido especial. Estou morrendo de saudades dos reviews de minhas antigas leitoras, parece que me abandonaram. Se não for pedir muito eu queria ver pelo menos um amei para vê-las novamente. E obrigada quem comentou no capítulo anterior. Amo vocês.
Beijinhos carinhosos.