Fading Away escrita por flowersforvases


Capítulo 20
I won't be sorry at all


Notas iniciais do capítulo

Mais outro capítulo pra vocêss, achei que o começo ficou meio enrolation, mas foi essencial pra história.



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E foi assim que eu decidi de uma vez por todas o que eu queria. Queria alguém que me compreendesse, que me valorizasse e que acima de tudo, fosse meu melhor amigo. Aquele era o Taylor. O meu Taylor Benjamin York, só meu e meu de uma vez por todas.

P.O.V. Josh

Não conseguia acreditar. Ainda não podia acreditar que Hayley simplesmente me usara pra conseguir o que queria. Pra conseguir outro cara, o cara que ela amava de verdade. Isso dói demais. Dói muito descobrir que o tempo todo você nunca foi amado realmente pela pessoa que você ama. É horrível.

Cabisbaixo e em passos curtos, eu andei rumo ao meu apartamento. Ao chegar, simplesmente me joguei no sofá. E, lembrando de tudo, uma lágrima rolou pelo meu rosto. Eu era um idiota. Idiota por ter perdido a minha Hayley quando eu a tinha. Mais lágrimas indesejadas rolaram pelo meu rosto. Droga. Eu sou patético.

Minha campainha tocou, e eu estranhei aquilo. Sequei meus olhos com o polegar e fui rumo a porta.

- Eaí, mano! – disse Zac animado como sempre. Eu estranhei mais ainda, já que ele não estava morando em Franklin. Trazia uma mala consigo.

- Oi, cara. Entraí. Por que a mala?

- Vim passar uns diazinhos aqui em Franklin contigo. Achei que não precisava avisar, então vim direto.

Zac fechou a porta atrás dele, jogou a mala lá pelo chão mesmo e sentou comigo no sofá.

- Como andam as coisas lá por Nashville? – perguntei.

- Normal, tudo indo bem por lá. – ele me olhou de uma forma desconfiada, logo percebendo que eu não estava bem. Mas não tinha como esconder isso dele. Afinal, ele era meu irmão. – O que aconteceu, mano? Pelo que eu te conheço tu não tá bem não.

- Ah, Zac. – eu disse, pondo o rosto entre as mãos.

- Hayley? – ele perguntou com uma sobrancelha erguida. – Você tem falado bastante nela ultimamente. Falou até rolou um flashback e tudo mais – disse ele, me cutucando.

- Isso realmente aconteceu. Mas não é por isso que eu tô assim.

- Claro que não né, ô zé. Fala logo, cara.

- Ela só me usou, todo esse tempo – suspirei. – Sabe, no meio de toda aquela confusão, eu ainda tinha uma esperança... Sabe que a esperança é a última que morre. Mas ela brincou comigo. Ela me beijou hoje de repente na sorveteria, e cara, eu fiquei nas nuvens com isso, porque a gente tava meio que brigado. Por um pequeno, muito pequeno momento, eu pensei que ela realmente se importasse comigo. Mas no final eu descobri que foi só pra fazer ciúmes pro Taylor. Sabe, eu já tô cansado desse vai e vem dela, Zac. Enfim, não tinha como escapar. Eu sou um idiota de qualquer forma mesmo. Sempre fui – disse inquieto, andando de um lado pro outro na sala.

- Mas a Hayley? – Zac disse, surpreso. – A Hayley nunca foi de fazer essas coisas sem motivo.

- É, mas ela tinha um motivo. Voltar pro Taylor, pro amor da vida dela – disse, irônico. Chutei o tapete da sala. – Mas que merda.

- Escuta... Eu sei que eu sou o teu irmão, que eu devia te ajudar e tudo mais. Mas eu não vou passar a mão na sua cabeça não – ele me disse e eu o olhei no mesmo instante, sem entender muito bem. – Se esse é o ponto, ferir os sentimentos, me responde... Quem machucou quem primeiro?

Engoli seco. –  Olha, você sabe minha história e minhas razões... Eu precisava fazer aquilo, pro bem da própria Hayley, pro bem de todos e...

- Se for por questão de ter razões como você disse – disse ele, me cortando –  então que seja. De qualquer maneira, a Hayley também teve as razões dela pra fazer o que fez, não teve?

Fiquei em silêncio.

- E mais, Josh, você diz que fez o que fez pelo bem da Hayley? Machucou-a e a fez sofrer e chorar que nem uma criança pelo bem dela? Faça-me o favor. Você realmente devia ter pensado em uma desculpa melhor. Aquela história de que seu “amor pela Hayley era doentio e que você precisava se livrar disso” pode ter enganado ao próprio Taylor, ao Jeremy e a quem mais você tenha contado. Mas comigo não deu certo. Na verdade eu não sei até hoje o verdadeiro porquê de você ter se casado com a Jenna, Josh.

- Nem eu sei – respondi com uma verdade a qual eu tentava sempre tenta reprimir, por vergonha de mim mesmo. Mas naquele momento era quase impossível.

Comecei então a pensar no que ele havia acabado de falar. Mas que droga, Zac estava realmente certo. Me sentei no chão apoiado na parede, com a cabeça entre as mãos.

- Bom, já falei o que eu tinha pra falar, acho melhor eu ir desarrumar essa mala ali – disse ele percebendo como eu tinha ficado, e seguiu pro quarto de hóspedes. Assim fica fácil, jogar a bomba e correr depois.

- Idiota, idiota, idiota, idiota, idiota – murmurei comigo mesmo, batendo a cabeça na parede. Peguei meu violão e comecei a tentar tocar alguma coisa pra me sentir melhor. Como se fosse adiantar.

Precisava arejar a cabeça. Precisava de ar fresco, ambiente livre. Tudo menos ficar intocado ali.

- Zac, tô saindo – levantei daquele chão e fui rumo á porta. Tive a impressão de que Zac não me ouviu, então bati a porta num estrondo pra ele perceber por si só.

Andei sem rumo pelas ruas, esperando nada mais que uma volta tranquila. Depois de algum tempo caminhando, entrei em uma loja de videogames que encontrei pelo caminho, e comecei a dar uma olhada nos jogos.

Estava avaliando os games, quando de repente adentram na loja mais ou menos uns seis caras, altos e fortes, todos vestidos de preto e usando máscara. Seguravam revólveres nas mãos.

- ISSO É UM ASSALTO, TODO MUNDO PRO CHÃO AGORA – gritou o que parecia ser o manda-chuva do bando. Todos se jogaram no chão, e eu, que nunca havia sido assaltado, fiquei em choque, sem saber o que fazer apesar das ordens do bandido. Os ladrões começaram a soltar tiros por todo lado, tentando atingir as pessoas que ainda estavam de pé.

- Pssssiu – sussurrou o cara que estava do meu lado também escolhendo jogos. – Vem comigo – ele, de costas pra mim, pulou pelo balcão da loja, entrando em uma salinha cheia de materiais de limpeza, e eu apenas o segui. No meio de toda aquela confusão (mulheres gritando, crianças chorando e pessoas apavoradas em geral), acho que os ladrões não nos perceberam.

- É só fazer silêncio por um tempo que eles nem vão nos reparar aqui – disse o cara, ainda falando baixinho. Tateou e acendeu a luz da salinha. Então sabe quando você se vê numa situação que você chega a pensa “puta merda”? Foi exatamente o que eu pensei ao olhar pro cara com o qual eu me vi ali.


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Notas finais do capítulo

Por favor deixem os queridos reviews no capítulo, isso deixa a autora aqui muito mais inspirada pra escrever os próximos *u*