Like A Boss escrita por Carrie Collins


Capítulo 7
Capítulo seis.




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30 de junho, 1991. – Seattle, Canadá.

- Você não vem? – Jasper cruzou os braços na soleira da porta e olhou para Edward.

- Não, estou bem. – Sorriu e voltou a sua atenção a televisão.

Em seguida a casa ficou silenciosa, apenas podia-se ouvir o homem narrar o jogo na TV. Mas podia escutar o graveto que a desastrada da Esme havia pisado. E uma respiração pesada ao norte, poderia ser um caçador perdido.

Quando todos já estavam o distante bastante para Edward não poder ouvi-los, uma brisa o alcançou, e em seguida um hálito quente em sua nuca o fez cócegas.

- O que está fazendo aqui, Alice? – Sua voz era rude, continuava olhando para a televisão.

- Vim ficar aqui com você. – E em um salto perfeito ela sentou-se ao lado dele.

- Por quê? – Ergueu o cenho e virou-se para ela.

- Estou cansada de como o Emmett me repreende com “Cuidado com aquilo, cuidado com isso. Você é muito nova para isso.” – Tentou imitar a voz de Emmett, fazendo Edward rir. 

- Ele só está te protegendo. – Deu de ombros. – Emmett sabe o que pode acontecer se você der qualquer passo errado.

- Entendo. – Concordou. – Sabe, estou sentindo algo estranho...

- O que? – Ele olhou-a curiso.

- Algo sabe, como uma sede, mas não é de sangue... - Mordeu o lábio, seus olhos percorreram pela camisa meio-aberta dele. - Eu tentei explicar a Jasper, mas ele não entendeu...

- O que exatamente você sente? – Ele ergueu a sobrancelha, mas ele sabia exatamente do que se tratava.

Alice pôs os lábios na ponta da orelha dele e sussurrou...

- Eu sinto sede por prazer. – Sua voz foi mansa e baixa, querendo seduzi-lo. – Eu estou praticamente virando uma ninfomaníaca. – Zombou, com o mesmo tom de voz.

Ele mordeu o lábio, ignorando os intensos arrepios na nuca.

- Será que você poderia me ajudar a saciar essa sede, Edward? – Sussurrou novamente colocando a mão dentro da camisa dele aberta e acariciando seu peitoral.

- Vou me esforçar. – Sorriu maliciosamente e a deitou no sofá, ficando por cima dela.

Seis de julho, de 2011. – Seattle, Canadá.

- Edward! – Gritou Esme quando ele apareceu dentre as árvores. – Sua humana não para de pedir para irmos atrás de você. Acho que Emmett assustou-a.

- Mas que droga. – Bufou limpando a boca e disparando para dentro de casa, farejando-a.

Podia ouvir seus soluços em algum lugar da casa, o quanto mais se aproximava de seu “quarto”, mas poderia sentir o seu cheiro. Então a achou, encolhida, abraçando as pernas ao lado do criado-mudo. Chorava. Automaticamente ajoelhou-se ao seu lado e colocou para trás a mecha ruiva colada em sua testa.

- O que houve? – Sussurrou.

- Ele tentou me matar. – Ela o abraçou, afundando seu rosto em seu peito e soluçando.  

- Está tudo bem agora. – Acariciou seu cabelo, confortando-a.

Não era uma coisa que ele fazia, mas parecia o momento. Parecia que se comportasse desse modo ela pertenceria a si. Ela seria sua para sempre. Não era coisa de vampiros fazer. Era para ele tentar matá-la também. Mas alguma coisa o dizia para ficar com ela. Queria ela.

Então, ela pegou no sono rápido. Edward pegou-a no colo e Natasha aninhou-se facilmente em seu peito, seu cabelo bagunçado fazia cócegas no braço dele enquanto se movia. Colocou-a na cama e a cobriu com o cobertor de cachemira.

Era á hora de se resolver com Emmett. Caminhou até a sala e o encontrou no sofá, esparramado, assistindo televisão. Seu corpo queimou de raiva. Não era possível          que Emmett sempre quisesse tudo que pertencia a ele.

Só com uma mão levantou Emmett e o jogou contra a parede, correu até ele e socou-lhe o rosto. Então seu irmão revidou, empurrando-o contra a outra parede, deixando a marca de Edward lá.

- Eu não sabia que humanos poderiam viver aqui. – Ele riu sarcasticamente. – Pensei que éramos feitos para sugá-los. E com as mulheres, ser diferente, é claro. Podemos comê-las. Depois sugá-las. É o que fazemos. – Gritou, em meio segundo ele estava rosnando cara a cara com Edward.

- Você não tem direito algum de se intrometer em minha vida, nem ao menos fazer minhas visitas de lanchinho. – Gritou de volta, a raiva fazia suas mãos latejarem e seus olhos ficarem turvos.

Claro, vampiros sentiam em dobro tudo.

- Você adora pegar o que é meu. – Edward o empurrou, mas não com muita força, só para que se afastasse um pouco. – Admita. No fundo, você queria ser eu.

- Olha quem fala. – Riu falsamente. – Não fui eu que na noite passada pegou a Rosalie. Até onde eu sei, eu a namorei primeiro! – Quando estava a ponto de atacá-lo novamente, Carlisle e Jasper os apartaram.

- Vocês poderiam parar de brigar? – Carlisle gritou para os dois. – Emmett, você não deveria ter atacado Natasha, até porque ela é visita de seu irmão.

- Natasha? – Tentou se soltar dos braços de Jasper. – Agora o animal de estimação chama-se Natasha?

- Emmett. – Carlisle o repreendeu com o olhar. – Você não tem o direito de tocá-la, entendeu? Mesmo que seja do nosso instinto, controle-se. Ela pertence a Edward.

Os ombros de Emmett aliviaram, e Jasper afrouxou mais o aperto.

- Solte-o. – O louro falou, depois caminhou para fora de casa.

Então, Edward seguiu para o seu “quarto”, e se deitou ao lado de Natasha, que dormia profundamente. Olhando bem para ela, ele percebeu o quanto era bonita. Como seus lábios tinham o formato perfeito e seu rosto tinha um contraste de cor belíssimo. Porém, ele não sentia nada. Apenas a via como uma humana normal. A presa que, por alguma razão, não conseguia matar. Não podia. Era como se ela fosse algo especial.

Um humano especial, que tolice, pensou rindo com ele mesmo.


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