Like A Boss escrita por Carrie Collins


Capítulo 4
Capítulo três.




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– Nós te deixamos por umas horas e olha o que você traz para a casa – Emmett esperava de braços cruzados Edward aparece dentre as árvores com duas garotas sobre cada ombro. – Que por acaso, nem é nossa.

– Cale a boca e me ajude, antes que elas se acordem e me ataque. – Ele rolou os olhos e aproximou-se dele.

– Aonde as colocaremos? – Ele pegou a menor com facilidade e colocou-a sobre seu ombro. – Só trouxemos três caixões. Aliás, Jasper não chegou, falta meia hora para o sol aparecer.

– Pare de reclamar. – Edward bufou, caminhando para o porão. – Encontrei com Jasper enquanto estava vindo, ele foi roubar caixões de uma funerária próxima daqui.

A escuridão do porão engoliu os vampiros que carregavam as garotas.

– Vá buscar dois ramos de rosas silvestres*, precisaremos usá-las. – Alertou Edward quando colocou a loira no seu caixão.

Encostou-se na parede e observou o Emmett colocar a baixinha dentro do caixão de Jasper.

– Por que irá prendê-las no caixão? – Limpou as mãos na calça social e virou-se, procurando sua mala, onde tinha alguns ramos.

– Era o que eu ia fazer com você, mas Carlisle não deixou. – Pôs as mãos no bolso. – Só que aí foi diferente. Você começou a sangrar, por não ter permissão de entrar lá.

– Aquilo foi horrível. – Fechou os caixões agilmente, e em cada um deles colocou um ramo de rosas brancas e belas.

– Desde quando você anda com rosas silvestres? – Edward ergueu o cenho.

– Desde que Esme transformou Jasper e ele quase arrancou meu pescoço. – Deu de ombros.

Depois disso Emmett andava de um lado para o outro olhando o relógio. E então escutou um rugido de motor ao longe, na pista principal, e uma música barulhenta dentro dele, era de uma banda que acabara de lançar, Nirvana.

– Reze para que seja Jasper. – Ele olhou para Edward, um pouco assustado.

O carro estava se aproximando cada vez mais, então escutaram resmungos, era a voz de Jasper, estavam aliviados. E alguns minutos ele chegou, correram até o carro funerário que ele vinha e tiraram da mala os caixões, voltaram para o porão.

Edward suspirou fechando seu caixão. O pior de tudo em ser um vampiro é ter que perder o dia inteiro. Não poder ver a luz do sol. Quando era humano gostava de sair por aí pelo dia, apreciava o sol. Por isso, que quando ele transformou-se se batizou de doente. Por apenas se alimentar de sangue e não poder sair no sol. Achava que poderia ser uma epidemia. Mas não apareceram tantas pessoas com os seus mesmos “sintomas”, apenas Carlisle e Esme. Depois de um tempo foi levando isto com a barriga. Aliás, não tinha mais como voltar atrás mesmo.

Espiou pela fresta de seu caixão, a escuridão deu-lhe boas-vindas, ele sorriu-lhe agradecendo. Enquanto abriu o caixão enquanto dava uma nota para si mesmo de que aquele caixão era mais confortável que seu antigo, e que se não fosse inconveniente, ficaria com ele.

– Socorro, eu estou presa em um caixão! – O seu antigo caixão tinha leves ondas sobre as laterais. – Me tirem daqui! – Poderia ouvir soluços de choro vindo de dentro.

Caminhou rapidamente até ele e abriu-lhe, jogando o ramo de rosas silvestre no chão, deu passos rápidos para trás, e observou a loira chorando dentro do caixão.

– Calma. – Ele apenas tentou confortá-la.

– Calma? Onde eu estou? Por que estou viva? Onde está a Alice? – Sentou-se e olhou ao seu redor. – O que são esses caixões? Você é uma espécie de psicopata? Por que eu me sinto tão... Estranha?

– Deixe-me ajudá-la a sair daí. – Ele estendeu-lhe a mão, ela hesitou, olhando no fundo dos olhos de Edward.

– O que você é? – Ficou ali, encarando-o, com seus olhos castanhos claros. - O que eu sou? – Passou a mão por seu pescoço, inconformada.

– Apenas confie em mim. – Ele continuava com a mão estendida para ela.

A garota olhou por um momento a mão de Edward em seguida colocou a sua sobre a dele. Sem esforço algum, levantou-a e a colocou no chão. Afastou-se e bateu, como se fosse a uma porta, nos caixões de Emmett e Jasper.

– Tem pessoas aí dentro? – Apontou enojada.

– Tecnicamente, não são pessoas. – Deu de ombros. – Aliás, sua amiga ainda está dormindo. A menos uma de suas perguntas foi respondida...

– Como se adiantasse de alguma coisa. – Rolou os olhos, depois ergueu o cenho. – Ela está dormindo ali? – Apontou para o caixão caramelo, ao fundo, em seguida observou os garotos saírem dos seus. – Ah, meu Deus.

– Olá. – Jasper acenou-lhe, mas ela apenas fez uma careta.

Edward não sabia realmente o que ela estava sentindo. Apenas colocou seu braço nos ombros dela e guiou-a para o corredor. Sabia que os garotos iam ouvir tudo que ia explicar-lhe, mas dava a impressão a ela que eles não iriam ouvir, aliás, eles respeitavam Edward por ser o mais velho. Encostou-se na parede, e observou a noite.

– Está vendo ela? – Apontou para a lua, e fitou a expressão dela, esta olhava para a lua, dava para ver o reflexo dela por seus olhos castanhos. - Ela foi a minha única amiga quando me transformei. Quando meu próprio pai me esfaqueou e me deixou na floresta, para ser morto pelos animais.

Virou-se para ele, queria falar-lhe algo, mas não arriscou.

– Eu esperava a morte quando um vampiro cravou suas presas no meu pescoço, mas eu desejava tanto a morte, que acho que ela desistiu de mim. – Suspirou. – Fiquei com raiva de Carlisle por ter feito isto comigo, porém, superei. Por mais que as lembranças ruins me fizeram quase desistir, eu lutei. – Seus olhos queimaram, lhe trazendo as lembranças dolorosas átona. – E matei aquilo que um dia tentou me matar. – Trincou os dentes, estava ficando furioso com as imagens que dominava sua cabeça.

– Você o matou. – Afirmou, virou-se para a lua, e suspirou. – Me chamo Rosalie.

– Edward. – Respondeu rapidamente com as mãos no bolso. – Rosalie, eu te achei no meio da floresta, e transformei você e sua amiga. Eu só queria ajudar, sei que foi erro meu me meter em suas vidas, mas eu...

– Três homens nos molestaram. – Ela suspirou, interrompendo-o. Edward pôde ver a lágrima descer vagarosamente sobre o rosto pálido dela. – Estávamos indo para a Broadway, iríamos para a estréia de A Great White Diamond, mas eles nos pegaram e nos levaram para lá. Tinham armas, e diziam conhecer nossos pais. – Fitou por um momento sua roupa rasgada, mas não a afetou o sangue que estava marcado por todo o seu vestido. – Disse que se não fizéssemos o que eles mandassem, iria nos matar. Então fizemos, e depois eles tentaram atirar em nós, mas estavam apressados e não conseguiram nos matar, aí correram. – Passou a mão sobre a barriga, onde havia mais marca de sangue.

– Eu sinto muito. – Edward passou os dedos sobre o cabelo desgrenhado de Rosalie.

– Não precisa sentir você apenas salvou as nossas vidas. – Limpou o rosto e sorriu-lhe. - Minha garganta dói. – Tossiu, e passou a mão sobre sua jugular, onde ele havia cravado-lhe os dentes, não havia nada ali.

– Venha, vou-lhe ensinar a caçar. - Sorriu, passando os braços sobre seus ombros e caminhando para dentro da floresta.

E foram em silêncio... Eram dois vampiros em procura de suas presas. Várias lembranças ruins, mas nada que seus instintos não desligassem. Além do mais, não eram mais humanos, não precisavam pensar em nada, além de caçar e se divertirem.


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Notas finais do capítulo

*Rosas Silvestres: Lendas dizem que quando colocadas em caixões enquanto vampiros estão dentro, ele não conseguirá sair de lá até que ela permaneça em cima.