Faltava pouco para amanhecer, correu o mais rápido que pôde com sangue seco no canto da boca. Podia ver a noite desaparecendo, o céu ficando com partes rosadas e as nuvens escondendo a lua.

Quando chegou a casa a porta estava fechada, não tinha muito tempo. Com um chute, bruscamente, a porta caiu. Caminhou rapidamente para o porão e deitou-se rapidamente no seu caixão. Suspirou. Por pouco teria morrido queimado pelo sol que iria nascer em instantes.

– Edward, acorde! – Jasper batia no seu caixão, era o que o mais irritava, quando o acordavam.

Abriu o caixão já zangado.

– Edward, tem uma garota aí na porta. – Disse ele, parecia apressado. – Está hipnotizada, é correspondência, vamos lá antes que os outros acordem...

Nem deixou terminar de falar e saltou de seu caixão correndo para fora da casa. Uma garota de cabelos longos e louros se aproximou quando o viu na porta. Seus olhos vazios o encararam e em seus lábios brotou um sorriso.

– Edward? – Ela se aproximou e estendeu-lhe uma carta.

Ele pegou e enfiou-a no bolso. Ela piscou várias vezes em seguida olhou para os lados, então seus olhos pararam em Edward.

– Você é o meu mestre? – Sussurrou-lhe.

– Me diga seu nome. – Ele se aproximou o bastante para que o coração dela batesse mais forte.

– Cassandra. – Disse ela, sentindo o polegar de Edward acariciar seu rosto.

– Cassie, seja bem-vinda. – Sorriu-lhe e deu espaço para que ela entrasse em casa.

Da escada Jasper observava.

– Posso? – Ele sussurrou baixo o bastante para que ela não ouvisse.

– À vontade. – Riu, e observou ele aproximar-se dela, que observar a casa.

Edward caminhou rapidamente para fora de casa e tirou a carta do bolso, abriu-a e leu atentamente.

“Caro Edward,

Acho que Natasha não foi o bastante para trazê-lo aqui. Envio-lhe Cassandra, além de belíssima, sabe muita coisa sobre nós. Então, peço que cuide dela do mesmo modo que sei que está cuidando de Natasha. Todavia, não se apegue muito a elas, pois um dia elas irão ter que partir, e você não poderá fazer nada para impedi-las.

Enfim, mandou-lhe novamente um recado, pois preciso de sua ajuda. Mas creio que Carlisle não quer que tenhamos contatos, caso contrário, você já teria vindo até mim. Então, insistirei novamente, mandando-lhe uma de minhas servas lhe buscar, amanhã às sete da noite, esteja aí, mas não traga ninguém, pois o que tenho a tratar com você são particulares.

Conde Harry”

Deu meia volta e percorreu pela sala, procurando Jasper. E então ouviu sua risada no andar de cima, subiu rapidamente as escadas, mas quando estava na porta de seu quarto parou. Ele precisava tratar de outra coisa, primeiramente...

Natasha.

Foi para o seu quarto e abriu a porta, deparando-se com ela deitada sobre a cama encarando, porém quando ele entrou no quarto ela sentou-se e o fitou. Seus olhos azuis estavam vermelhos, a mordida ainda não havia cicatrizado em seu pescoço, ainda podia sentir o cheiro do seu sangue ali, o seduzindo.

– Olá. – Ela sorriu-lhe.

– Eu sinto muito por...

– Não, tudo bem. – Natasha o interrompeu. – Eu só não sabia onde ficavam os curativos.

– Vou te arranjar um. – Então ele rapidamente percorreu o armário e pegou uma pequena maleta prateada. Abriu-a em cima da cama e pegou uma gase, colocou sobre a mordida, depois colocou curativos sobre as pontas dela.

– Obrigado... – Abaixou a cabeça.

Ele sorriu e ergueu-a.

– Por que está triste? – Sussurrou-lhe colando sua testa na dela.

– Eu provoquei aquilo ontem, não queria...

– Só estava com sede, isso acontece sempre. – Interrompeu-a em seguida selou seus lábios nos delas em um beijo intenso.

Logo tirou as coisas espalhadas da cama e deitou-a, ficou por cima e beijando-lhe os lábios rasgou sua roupa, que por acaso era outra de Alice, e jogou-a de lado enquanto apertava-lhe o seio e colocava uma de suas pernas em sua cintura. Natasha sorriu contra seus lábios abrindo no alvoroço os botões de sua camisa, Edward passou os dedos sobre a lateral de seu corpo até sua coxa e apertou-a contra sua cintura. Ela ofegou contra seus lábios, ele sorriu.

– Preciso ir... – Sussurrou-lhe.

– Deixe-me ir... – Disse ela.

– Tenho uma surpresa para você. – Ele sorriu levantando-se e a deixando, logo foi para o quarto de Jasper, bateu na porta.

– Jasper! – Edward o chamou.

Então ele abriu a porta, com a camisa entreaberta e um sorriso enorme.

– O que foi? – Jasper perguntou ajeitando a camisa.

– Precisamos ir neste traficante. – Ele sussurrou. – Deixe Cassie com Natasha.

– Não posso prová-la? – Fez beicinho.

– Não! – Exclamou. – Porém, ela pode ser seu objeto quando quiser...

– Ok... – Então deu passagem para que Cassie saísse do quarto.

Ela subiu a alça de seu sutiã e olhou para Edward com dúvida.

– Venha comigo. – Ele colocou o braço ao redor de seus ombros a levou-a para o seu quarto.

Natasha estava sentada na cama, e fitou a loura seu sorriso foi largo.

– Cassie! – Exclamou correndo até a garota e abraçando-lhe.

– Oh meu Deus! – Ela retribuiu o abraço. – Eu pensei que nunca mais iria vê-la! – Lágrimas caíram sem que ela sentisse. – Você me fez tanta falta, Nata!

– Nata? – Edward riu enquanto observava-as, Jasper também estava no quarto, e também observava.

– É – Cassandra riu entusiasmada. – Nós chamávamos assim no castelo, pela sua pele.

Edward e Jasper se entreolharam. Estava na hora de deixá-las.

– Então... – Jasper as interrompeu. – Eu e Edward precisamos sair, ficarão bem aqui?

– É claro que sim! – Natasha riu envolvendo a cintura de Cassie com o braço.

Edward estava sorrindo feio bobo observando a felicidade que transparecia no rosto de Natasha. Então, ele a puxou para si e acariciou seu rosto, depois pôs seus lábios na ponta da orelha dela e sussurrou-lhe.

– Que bom que está feliz. – Sentindo todo o seu corpo estremecer entre suas mãos. – Quando voltarmos quero o meu presente de agradecimento. – Caminhou com seus dedos sobre suas costas, depois se afastou.

– Vamos. – Jasper riu dando batidinhas nas costas de Edward antes de desaparecer porta afora.

Eles flutuaram sobre as escadas ignorando os outros que já estavam acordados.

– Ei, me esperem! – Rosalie correu atrás dele.

Pararam bruscamente.

– Quero ir com você... – Ela sorriu ao mexer no cabelo. – Jasper.

– Francamente, Rose, não é assim que vai fazer ciúmes. – Edward cruzou os braços ao dizer ironicamente, um dos defeitos dele era sempre ser muito direto. Bem, ser direto tinha seus prós e seus contras.

– Vai foder com a sua Natasha, Edward. – Ela riu.

– O que? Quer foder com ela também? – Ele ergueu a sobrancelha. – Podemos fazer um menager mais tarde. – Piscou. – Agora não temos tempo para seus planos infantis.

Rosalie bateu os pés até ele e ficou cara a cara.

– Eu não sei onde estava com a cabeça quando transei com você. – Disse ela irritada. – Além do mais, eu imaginava que seria maior. - Apontou para a calça dele.

– Jura? E por que gritou tanto quando ele estava dentro de você? – Falou sarcasticamente e depois se virou para Jasper. – Vamos, cara.

– Você vai ver, Edward. – Exclamou ela. – Vou fazê-lo implorar por mim.

– Vou pagar para ver, Rose. – Edward riu e correu atrás de Jasper, que o levava sabe-se lá para onde.