— Vamos subir.

Sem hesitar, deixou-se ser puxada para algum dos quartos da casa de Hillel. Eles subiram as escadas e entraram na primeira porta aberta que viram. Era o banheiro. Menos mal não fosse o quarto em que Tiffany estivesse com Mike. Marie girou a fechadura e John a pegou pelas pernas e pôs em cima da pia.

— Não tinha outra vadia para trazer para cá? — disse em meio ao beijo.

John parou o beijo e olhou para sua cara. A loira estava terrivelmente acabada. Seus braços estavam acabados tanto como suas olheiras. Não existia mais maquiagem. Mas mesmo assim, ela conseguiria ser encantadora. Seus lábios rosados entreabertos era um convite para que os dele se encaixassem ali. E foi o que ele fez. Sussurrou algo para ela como “vadias fáceis é chato demais” em seu ouvido quando seus lábios já estavam no pescoço.

Ele apertou suas coxas e subiu com a mão. Seu short já estava aberto, assim como as calças dele. Para facilidade, ele já estava sem camisa e foi em questão de segundos para que ela perdesse a regata que usava. Ora ele beijava parte dos seios que o sutiã deixava a mostra, ora beijava o seu pescoço e depois subia para os lábios. Estavam numa sincronia perfeita. Estavam num fogo ardente. E isso continuaria pela noite inteira ainda.

...

Ouviram-se umas batidas fortes na porta. Logo, John levantou-se e vestiu sua calça. Viu que ainda estava no banheiro da casa de Hillel, e que Marie ainda estava lá. Ele levantou e abriu a porta antes que as batidas pudessem acordar a moça.

— John, parceiro. É você. Está com quem ai? — Hillel dizia, enquanto tentava olhar pela pequena fresta da porta qual a garota que John havia levado aquela noite.

— A gente já sai tá, Hillel? Depois conversamos. — fechou a porta antes mesmo de obter uma resposta.

A loira levantou-se, ainda um pouco sonolenta, e se viu em pequenos trajes íntimos. Olhou para John e logo após pôs seu short e sua regata. — Queria só saber se aconteceu isso mesmo. — disse se olhando no espelho enquanto John a fitava.

— Estávamos chapados.

— Ao contrário de você, John. Eu não coloco a culpa das minhas atitudes nas drogas. Eu estava quase que ciente do que estava fazendo. Mas eu conheço você. E não é de hoje. Vamos continuar falando que estávamos altos mesmo, assim vão saber que só uma pessoa chapada poderia ficar com você... Ou Talvez comigo. — ela virou-se para olhar para ele que ainda a fitava. Virou as costas e saiu do banheiro, disse um pequeno oi para Hillel que esperava na porta. Hillel ficou de boca aberta, e logo depois entrou para falar com John.

— A Marie?

John saiu sem dar pelo menos uma explicação e Hillel riu alto.

Todos já estavam no carro. Tiffany, a ruiva, estava com um sorriso enorme do rosto, assim como Mike. Tony havia ganhado a noite com mais de três garotas, e para Chad a noite não havia sido mal também.

— Como foi à noite de vocês dois? — perguntou Tony, olhando para trás, sorrindo.

Eles se olharam e não falaram nada. Ficaram grandes segundos sem dizer nada.

— Qual é, falem algo se não vou imaginar outra coisa... — Tony disse mais seriamente.

— Passei a noite toda com uma garota que não conheço. Deve ser amiga do Hillel. — John disse, sem animação.

— Comigo não foi diferente, mas o cara não era muito bom de cama não. — a loira sorriu e todos no carro riram menos John.

— Ah! Ele não era bom, Marie? — John a olhou.

— Pois é não era. Na verdade, ele disse para a gente esquecer o que houve na noite, né. Ele era um sacana, mas acho que eu não fico muito atrás.

— Vocês vão para a casa de vocês ou vão passar lá na casa do Mike com a gente? — Chad disse.

— Vamos Marie? — a ruiva perguntou. Ela estava com a cabeça apoiada na cabeça do Mike, que pediu com os olhos um “por favor” para a loira. Que não resistiu a esse pedido e assentiu com a cabeça.

Eles chegaram à casa do Mike rápido. Chad era um bom motorista, corria muito, e se algum dia eles não morressem por overdose, poderia ser por acidente de carro. Logo após chegarem, Mike e Tiff se perderam em algum daqueles grandes quartos da casa. Os outros se reuniram a mesa para tomar um café da tarde. Um café em pós-festa e pós-drogas.

— Marie, sabe, se você fosse comigo, iria até esquecer-se da noite ruim que teve com o cara sem nome. — Tony disse com um sorriso safado no rosto para ela enquanto John continuava quieto.

— Sem dúvida, aposto que você seria melhor, Tony, mas você sabe... É meu amigo. Eu broxaria com você, não pelo seu físico, lógico. Porque ele é de dar inveja, mas você entende.

— John, porque você está tão quieto? Ficou apaixonado pela garota da festa?

— Aposto que não. — Marie disse e riu sarcasticamente.

— Acho que eu lembro o nome da garota da festa Tony. — John olhou para a loira que ficou séria. — Quer saber?

— Depende, ela era boa na cama?