Percy Jackson E O Mundo Na Escuridão. escrita por Chiclete


Capítulo 14
Annabeth quer lavar roupas em mim.


Notas iniciais do capítulo

GENTE KKKKKKKKKKKKKKKKKK esse capítulo ta MEIO estranho no começo ok? Foi mal se eu tenho leitores um pouco menores... Mas eu gostei desse capítulo. Desculpa pela demora galera, as aulas tão dificultando muito e eu to estudando bastante ultimamente.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/181614/chapter/14

Era uma manhã bonita de mais para quem iria a uma missão suicida em um navio apinhado de monstros.

Continuava frio e escuro, mas as luzes da cidade davam uma claridade descente ao lugar.

Nós nos trocamos e colocamos as roupas de banho, arrumamos nossas coisas, e fomos em direção ao deck.

Pollux já foi só de calção, mas eu e as meninas decidimos aproveitar o restinho de momentos com roupas descentes que nós tínhamos.

Estávamos quase chegando quando eu ouvi uma conversa muito desagradável.

–Olha para esse corpinho dele. – Lyssa cochichou para Annabeth.

Ok. Medo.

–Eu sei! Dá só uma olhada nisso... – Annabeth disse de volta.

Eu poderia descrever o resto da conversa mas o papo era sobre um tipo de anatomia que só garotas entendem.

Pelo menos eu estava atrás delas então eu tinha uma bela visão.

Isso soou errado.

Eu tinha uma bela visão da paisagem. É, isso que eu quis dizer.

Ao chegar no deck nós – infelizmente – tivemos que ficar só de roupa de banho. Eu juro que eu já estava sofrendo de hipotermia.

Estava lacrando o plastico em volta da minha bolsa calmamente quando levei um susto com o berro da Lyssa:

Di immortalles! Percy você também malha?!

–Que diabos... – eu respondi tentando recuperar o equilíbrio, pois eu quase caí no chão.

–O que vocês querem dizer com “também”? – perguntou Pollux – Espera, aqueles cochichos eram sobre mim?

–P-Percy... desde quando você... – gaguejou Annabeth.

Cruzei os braços na frente da minha barriga, mas Lyssa deu um tapa na minha mão, e fui obrigado a tirar.

–Porque esconder? – ela perguntou, me olhando como se tivesse hipnotizada.

Ok que conversa era aquela? Eu sinceramente estava me sentindo uma peça de museu.

Mas resolvi caçoar do momento.

–Não toque, não chegue muito perto, não tire fotos. Pode estragar a obra de arte. – eu disse fazendo força no que aparentemente as meninas chamam de “tanquinho”.

Anatomia inventada por elas, vai lá entender.

–Meus deuses Percy... – Annabeth não estava nem conseguindo formar frases.

–Credo galera eu não levanto nenhum caminhão ok? – eu falei.

–Eu sei! É.. é que você era tão... magrelo e agora... dá até pra lavar roupas em você e...

–Muito obrigada Annabeth.

Atrás delas, eu vi Pollux piscar pra mim, dando o sinal de inicio a algo que eu provavelmente não estava preparado, e então disse:

–Nós podemos falar o mesmo de vocês não é? – ele olhou Lyssa e Annabeth de cima para baixo, e levantou as sobrancelhas – Porque vocês não escolheram um numero menor de biquíni hein? – ele olhou maliciosamente para mim, esperando que eu complementasse em algo.

Mas acredite: não arrisque falar isso para uma garota a não ser que você queira uma marca de mão estampada no rosto.

Que foi o que aconteceu com Pollux.

–Como você teve coragem?! – Lyssa gritou em um tom indignado – Que falta de respeito! Vamos Annabeth.

E então as duas pularam no mar e começaram a nadar em direção ao navio.

–Aprenda cara, não importa o quanto elas possam falar do nosso corpo, nós não podemos falar nada sobre o delas. – lamentei.

–É, acabei de aprender isso do pior jeito. – disse ele enquanto acariciava o rosto com a marca vermelha. – Mas você concorda comigo certo?

–Por Afrodite, claro que sim!

Conversa censurada a partir daqui. Se você é um semideus ainda pequeno lendo isso ignore tudo o que você leu. Nós estávamos falando sobre donuts. Você entendeu tudo errado.

Enfim, nós fomos conversando o caminho inteiro em quanto nadávamos. Eu fiz a água – que estava muito fria, não que vocês já não soubessem – nos ajudar a chegar perto delas, mas não ao ponto delas nos ouvirem.

Depois de um tempo, chegamos ao navio, e escalamos a escadinha lateral do navio– as garotas ainda estavam de mal – e subimos a bordo do Princesa Andrômeda.

Sorrateiramente atravessamos a parte das piscinas por trás das cadeiras de sol. Por sorte monstros também não gostavam de nadar no frio. A parte externa do navio estava deserto. Lyssa arrombou uma das portas de trás – a chutes – que dava para uma ala que parecia uma lavanderia.

Nunca entre em uma lavanderia de roupas de monstros. Não. É. Nada. Cheiroso.

–Estranho... o navio está vazio. – sussurrei.

–Talvez porque nós estamos na lavanderia seu idiota. – Lyssa respondeu.

Mas assim que saímos de lá e vagamos pelos corredores, estava realmente vazio.

Não tivemos tempo nem para nos secarmos – apesar de eu ter feito isso com meus incríveis poderes – e nem para nos trocarmos. Estávamos literalmente correndo com roupas de banho pelos corredores de um navio.

–Ei gente, olha isso! – Pollux apontou para um pequeno papel pregado em um quadro de notas na parede.


Atenção todos a bordo do Princesa Andromêda:

Reunião para decidir os detalhes finais do nosso ataque.

Sala de reuniões T-04, as 8:40am, bloco C.


Nós olhamos uns para os outros.

–Que horas são? – Annabeth perguntou.

–8:20. – Lyssa respondeu em tom sério.

Nós olhamos uns para os outros.

–Ok... – eu comecei – Eu e Pollux iremos em busca da corda. – olhei para Lyssa em um tom subentendido. – Vocês duas espionam a reunião.

–Mas... – Annabeth disse em tom choroso.

Eu tinha que confiar em Lyssa. Se ela realmente falou a verdade em dizer que era ela que não iria voltar, então isso fazia que ela e Pollux fossem os que corriam mais risco. Eu também não poderia deixar Annabeth nas mãos de Pollux...

–Vai ser melhor assim. – foi o que eu pude responder.

Observamos o mapa do barco que estava junto ao aviso.

–Então eu e o Percy vamos para a esquerda...

–Sim Pollux, e eu e Annabeth para a direita.

Momento de silêncio.

Por leis básicas da química, Annabeth e eu deveríamos nos abraçar e fazer uma despedida dramática, enquanto Pollux e Lyssa faziam o mesmo.

Mas foi exatamente ao contrário.

Eu fui abracei Lyssa como se nós não fossemos ver nunca mais – o que realmente poderia acontecer – e Annabeth voou no pescoço de Pollux.

–Shh, calma Percy. – ela disse baixinho pra mim, mas a voz dela estava trêmula.

Eu realmente só a conhecia a alguns dias? Pareciam anos.

–Você não vai me explicar...?

–Dessa vez, eu vou voltar pra te explicar. – ela respondeu a mim – Juro pelo Estige.

Não foi a coisa muito certa a se dizer pois quando a pessoa jura pelo Estige e não cumpre ela morre, mas se Lyssa não voltar ela tecnicamente já vai estar...

Enfim.

Nós nos soltamos.

Annabeth e Pollux ainda estavam abraçados – o que não sei porque fez minhas orelhas ficarem quentes – e o olho dela estava muito vermelho, obviamente segurando choro.

Davam para se ouvir cochichos ininteligíveis.

Acho que eu e Lyssa não eramos os únicos que tínhamos segredos entre nós.

Depois dele, Annabeth se virou pra mim, agora com lágrimas quase caindo e me beijou.


1- Era ver estranho ver ela chorar, ela é sempre muito forte.

2- Eu precisava ser ameaçado de morte mais vezes.


Acredite, aquilo valia a pena por uma missão inteira.

Pollux e Lyssa se abraçaram, e eles estavam muito muito perto um do outro. Fiquei assistindo como se fosse um filme.

Mas no ultimo instante Lyssa se soltou.

–É melhor nós irmos logo, a reunião já já vai começar.

Arg, porque Lyssa?

–Ela está certa, vamos Percy.

E assim cada um seguiu seu caminho.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Meio triste né?
No prox. capítulo a POV vai alterar.