Percy Jackson E O Mundo Na Escuridão. escrita por Chiclete


Capítulo 13
Temos um prédio só para nós.


Notas iniciais do capítulo

Desculpa pela mega demora galera, minhas aulas começaram D: espero que gostem desse cap. ele foi mais tranquilo e tals.



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A água não poderia estar mais gelada. Não que eu sentisse, mas os meus amigos estavam roxos.

–N-nós est-tamos v-vivos? – gaguejou Pollux.

–Mergulhem! – eu gritei.

Os monstros continuavam atirando coisas em nós. Fiz a corrente marítima nos jogar bem e longe. Uma lança passou zunindo do meu lado.

Nós estávamos vivos mas em condições nada legais.

Fui nos levando até onde eu achei seguro o suficiente.

Tive que desviar de um monte de coisas, aqueles monstros tinham uma bela mira.

Emergimos a vários metros mais a direita, e corremos para fora do mar.

Nós ainda podíamos ouvir os monstros urrando, e acho que eles estavam vindo a trás de nós.

–Erm, para esse lado! – eu gritei.

Nós atravessamos a parte de areia e entramos na primeira rua depois da praia, que era bem vazia e velha.

Corremos sem ter a menor ideia da direção.

–Entrem aqui – ordenei a eles, apontando para um prédio em construção abandonado.

O prédio era feito de tijolos a vista, e piso de cimento. Deveria ter sido interditado durante a construção do terceiro andar pois era pequeno. Nada mais. Algumas partes com paredes, algumas sem.

Encostamos em uma das paredes internas do térreo, e esperamos o som passar. Os monstros continuaram a correr reto pela rua.

Depois de um tempo suficientemente seguro, desabamos no chão encardido.

–Se eu sobrevivi até aqui para morrer de hipotermia, eu vou ficar muito brava. – rosnou Annabeth.

–Calminha loira. – eu fiz todos eles secos com os meus incríveis poderes – Pronto, melhor assim? É bom que nós achemos um lugar seguro para passar a noite porque nessas condições nós não vamos conseguir fazer coisa nenhuma.

–Droga... dá só uma olhada nas nossas bolsas... – Lyssa lamentou.

Os salgadinhos e a lanterna já eram. Eu podia secar outras pessoas, mas os objetos...

–Ok, nós não temos dinheiro suficiente para pagar nenhum hotel, então teremos que dormir na rua. – afirmou Pollux em um tom de lamentação. – E o dinheiro ainda está ensopado.

–Vocês acham muito ruim passar a noite por aqui mesmo e...? –Lyssa começou a perguntar.

–Era você que estava estressada até agora pouco. Nós que perguntamos, está bom pra você? – perguntou Annabeth arqueando uma das sobrancelhas.

–Nota mental: nunca mais te fazer pular em água gelada, Annabeth. – murmurei.

–Ora cale a boca cabeça de alga! Dá só uma olhada nas nossas bolsas! Nós teremos sorte se o nosso dinheiro não tiver derretido, e ainda sem contar com o nosso Doritos...

Pelos Deuses! Ao invés dela estar feliz por termos sobrevivido a uma queda do quarto andar ela está se importando com o Doritos.

–Ah acalmem-se vocês dois ok? – interrompeu Lyssa – Aquela hora eu só estava realmente irritada porque nós estávamos quase sendo decepados por monstros peludos enquanto vocês bolavam planos realmente podres. Relaxem, descarga de raiva é uma coisa que eu tenho desde que eu nasci basicamente. – ela disse fazendo gestos tranquilizantes com as mãos – Eu realmente peço desculpas. Geralmente eu consigo me controlar perto dos meus amigos.

Pra falar bem a verdade, Annabeth só parou de discutir por aquela ultima frase. Ela até sorriu.

Bom, todos nós sorrimos.

Nota mental: sempre fazer Lyssa pular na água gelada.

–Bom, acho que não tem outro lugar para passar a noite se não esse. – Pollux deu os ombros – É melhor nós deixarmos as coisas estendidas pra secar, e então nós vamos procurar um lugar para comer.

Retiramos tudo e estendemos em uma das muretas pela metade. Alguns salgadinhos até acabaram saindo vivos do processo. Os sacos de dormir estavam extremamente ensopados, mas inteiros.

–Uma varridinha não pegaria mal não é? – sugeriu Lyssa.

Juntamos algumas das nossas roupas que estavam irrecuperáveis, e varremos o chão com elas. Quer dizer... se é que se da pra varrer o chão com roupas.

Até que o lugar não era tão horrível assim, porque justamente o lado que tinha menos parede, era o que estava mais perto do mar. Nós não precisaríamos dar a volta inteira na rua para chegar a areia de novo. Era só dar alguns passos. Claro que aquilo e o frio de inverno não seria uma combinação tão legal.

Voltamos a nos sentar na parede oposta – a mais perto da rua – e contamos o dinheiro com cuidado – ele estava realmente quase derretido.

–Temos dinheiro suficiente para uma janta, e ainda vai sobrar um pouco... – informou Annabeth.

–Com o resto nós poderíamos comprar roupas de banho. Porque... vocês sabem... nós vamos ter que dar um mergulho de novo amanhã. Eu posso controlar a correnteza, mas formar uma bolha em torno de todos nós vai ser meio inviável...

Eles resmungaram com preguiça.

–Vejam pelo lado bom, as lojas vão estar com desconto porque é inverno... – dei os ombros.

–Agora sim, melhorou meu dia. – murmurou Lyssa.

É, nem tudo que é bom dura pra sempre... Muito menos o bom humor da Lyssa.

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–Eu quero um hambúrguer triplo.

–O mesmo para mim. – repeti após Pollux.

–Pelos deuses como vocês são esfomeados. Eu quero um x-queijo. – disse Annabeth.

–Um x-queijo... anotado. O que você quis dizer com “deuses”...?

–Um sanduíche natural de peito de frango pra mim por favor. – interrompeu Lyssa antes que a garçonete pudesse levantar mais dúvidas.

–O pedido de vocês estarão prontos em alguns minutos.

Ela voltou para dentro da lanchonete carregando seu bloquinho de notas.

A rua do litoral podia estar bem vazia, mas aqui nessa lanchonete as coisas estavam bombando.

Talvez os mortais tenham ficado com preguiça de cozinhar no escuro... ou talvez a comida daqui era boa mesmo.

Tivemos que escolher uma mesa do lado de fora, porque lá dentro estava tudo lotado. Sentamos em uma mesa redonda em baixo de um guarda sol – o que era extremamente inútil, já que a noite estava tão ensolarada.

–Aquela loja parece vender roupas de banho... – Pollux apontou para um ponto luminoso no fim da rua.

Ficamos conversando sobre coisas inúteis pela primeira vez na missão, como por exemplo, quais as teorias dos mortais para o que estava acontecendo no mundo.

–Talvez eles achem que haja alguma conexão com um tsunami, por isso eles desocuparam as ruas mais próximas do mar. – comentou Annabeth.

–Ou talvez eles achem que a lua tampou o sol permanentemente. – disse Pollux.

Nós rimos.

Depois de um tempo, nossa comida chegou, e eu podia jurar que aquilo era o manjar dos deuses. Talvez era porque eu não comia comida de verdade desde hoje de manhã.

Assim que terminamos de comer, caminhamos até a loja – que estava em promoção assim como eu falei – e compramos biquínis, calções, e capas a prova d'água para as nossas bolsas. Depois disso voltamos para o nosso lindo prédio abandonado.

–Uma fogueira não seria ruim... – disse Lyssa.

Pollux se levantou.

–Eu pego a lenha. Vocês fizeram de mais por hoje.

–E eu ajudo – Annabeth também se levantou – vocês ficam descansando por enquanto.

–Mas nós estamos em condições para...

–Percy pare de ser cavalheiro pelo menos por um minuto. – Pollux comentou, rindo – deixe o trabalho com a gente.

Eles se levantaram e foram em direção a praia.

Quando eles já estavam bem longes de nós, Lyssa disse, ainda olhando para eles:

–Aquilo não era cavalheirismo certo? – os lábios dela se arquearam com um sorriso – Percy está é com ciúmes, que fofo.

–O que...? Não! É que eles já estão muito cansados...

–Aham, sei. – ela riu – Quando foi a primeira vez que vocês...

–Monte Santa Helena. – não sei porque, mas se ela terminasse a pergunta eu ficaria mais constrangido ainda – Foi meio... inesperado. Depois disso um vulcão explodiu, eu fui lançado nos ares e fui parar em uma ilha invisível em que mora uma garota que também gostava de mim.

Ela arqueou uma sobrancelha.

–Que... romântico.

Ainda bem que ela não perguntou mais nada, falar sobre a Calypso era meio doloroso.

–Mas você também não pode negar nada né? Eu sou lerdo mas eu percebo o jeito que vocês dois se olham. – foi a minha vez de sorrir.

Ela olhou pra mim com rubor.

–Da onde você tirou isso?!

–Desembucha logo Lyssa, tá na cara.

Ela me analisou com cautela por um tempo antes de falar.

–Ok... quando vocês deram aquela “fugidinha” com os pégasos nós ficamos conversando bastante. No trem também, enquanto vocês dormiam.

–Sério?! E aconteceu alguma coisa? Tipo...

–Não, não... Aliás, eu fiquei sabendo que ele é todo conhecido pelas meninas do acampamento. – ela lamentou.

–Isso é verdade, mas eu juro pelo Estige que eu nunca vi ele tratando uma garota como ele trata você.

–Mesmo que isso seja verdade Percy, nunca daria certo. – Lyssa respirou fundo – Eu preciso contar uma coisa.

Ela me olhou séria, perdendo todo o senso de humor de alguns segundos atrás.

Eu senti medo do que vinha a seguir.

–Pode contar...

–Não é você a pessoa da profecia que “não vai voltar”. Sou eu.

–O quê? Como você... porque? – eu estava meio chocado pra bolar uma pergunta descente no momento.

–Percy, porque eu sou...

–Agora vocês já podem ajudar! – berrou Annabeth cheia de toras nos braços.

Porque. Sempre. Interrompem?



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Notas finais do capítulo

Gente eu vou começar a demorar mais pra escrever (mais do que eu já demoro) devido as aulas ok? :/ desculpa...
Deixe uma review por favor, vai fazer o autor muito muito feliz e motivado a escrever mais rapido. Caso não tenha uma conta no Nyah! mande uma menssagem dizendo o que achou pelo meu tumblr: richardriordan.tumblr.com/ask



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