This Feeling That I Get escrita por Schmerzen


Capítulo 8
Capítulo VIII


Notas iniciais do capítulo

Ok, digamos que nesse capítulo acontecerão coisas ~ousadas~
hehehe
/cof/



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Sirius já estava quase desistindo de esperar e de honrar o combinado de que não iria até a cama de Remus enquanto ele não fosse à dele. O castanho estava demorando demais para aparecer ali e ele tinha certeza de que os outros estavam dormindo. Que diferença faz a cama que estariam afinal, não é?

Já estava tirando a coberta de cima de si para levantar quando viu Lupin entrar no cortinado, silencioso. O garoto o encarou, com uma expressão estranha, por alguns segundos e então o que aconteceu em seguida foi meio confuso.

– Droga, vou me arrepender disso, amanhã – Remus sussurrou para si mesmo.

E então ele tirou a própria camisa e deitou em cima de Sirius, beijando-o com lascívia. Não demorou muito para que o moreno entrasse no jogo, passando os braços em volta do outro e retribuindo ao beijo, na mesma intensidade. Assim que perderam o fôlego, os lábios intumescidos e vermelhos, Lupin desceu os beijos para o pescoço de Black, que gemia baixinho. Sentiu a mão do menor acariciar a pele por baixo da camiseta e descer para a barra da mesma quando entendeu o que estava acontecendo.

– Espera! – falou com dificuldade, segurando as mãos de Remus longe dele.

– O que foi?

– Por que está fazendo isso?

– Não tem motivo, agora me deixa continuar – ele se estressou com a interrupção.

– É por causa daquilo que James falou, não é?

– O que foi que o James falou? Claro que não – Remus tentou beijar o moreno mais uma vez, que se esquivou.

– Não mente para mim, Remus.

– Certo, certo! É por causa daquilo que o James falou, satisfeito? Qual a diferença?

Sirius suspirou, saindo debaixo de Lupin. Pensou em como iria explicar aquilo para ele.

– Toda a diferença, Remus. Você achou que eu iria trair você com alguma garota?

Ele deu de ombros, abaixando os olhos.

– Talvez você estivesse sentindo falta de algo mais.

– Como vou te explicar isso? – Sirius balançou a cabeça, puxando o outro para seu colo em seguida. – Vem aqui perto de mim. Viu? Estamos juntos. E é disso que eu sinto falta. De estar com você. Não importa se estamos conversando, beijando ou sei lá. O que eu quero é estar ao seu lado, entendeu? E não quero que nossa primeira vez aconteça só porque você acha que eu quero transar com alguém. Quero que seja quando estivermos preparados e que seja especial, e isso pareceu muito mocinha, mas deixa pra lá – Remus riu, ainda com a cabeça baixa. – E acima de tudo, quero que seja quando você realmente quiser.

– Mas eu quero.

– Você disse que se arrependeria disso amanhã – Sirius comentou.

O castanho abriu a boca, mas não disse nada. A verdade é que ele estava realmente assustado com a ideia e não sabia se realmente queria fazer isso agora. O que Sirius falou fazia sentido, afinal. Pensou um pouquinho e se sentiu idiota por ter pensado que ele sairia por aí agarrando garotas a esmo.

– Desculpe.

– Pelo quê?

– Por desconfiar de você – Remus pegou a camisa no chão e deitou ao lado de Sirius.

– O que você vai fazer?

– Colocar a minha camisa.

– Não, fica sem.

– Está frio.

– Eu esquento você. Eu gosto quando você fica sem camisa.

– Pervertido – Remus riu e jogou a camisa no chão de novo.

– É, mas não fui eu que ataquei você sexualmente – Sirius gargalhou, vendo o menor ficar roxo de vergonha.

– Cala a boca, Sirius.

– Eu nunca trairia você – ele comentou, parando de rir.

– Bom, tecnicamente, não seria trair, não é?

– Por quê? – Black levantou a sobrancelha, olhando para o castanho.

– Bom, não é como se nós estivéssemos namorando e...

– Então vamos regularizar nossa situação.

– Como assim?

– Quer namorar comigo? – Sirius ajoelhou na cama. – Bom, eu sei que eu não precisaria ajoelhar, mas assim é mais legal – ele rolou os olhos, animado. – Quer?

Remus ficou encarando o ar sem saber o que fazer.

– É sério?

– Claro! Não sabia que você não tinha percebido ainda, mas para mim nós já estávamos namorando. Já que você quer um pedido oficial... Aceita?

– É claro que eu aceito.

Sirius se jogou ao lado do namorado, rindo.

– Eu estou feliz.

– Agora você vai ter que me levar para jantar.

– Ahn?

– Brincadeira – Lupin riu da cara confusa que Sirius fez.

– Se você quiser, nós podemos sair.

– Não, eu estava só brincando.

Sirius puxou a coberta por cima deles e virou de bruços, enfiando a cabeça no travesseiro. Ele estava pensando em algo que queria discutir com Remus há algum tempo. Sabia que não seria um assunto fácil, qualquer que fosse a decisão deles.

– Remus? Eu estava pensando... Tem algo que nós precisamos decidir.

– E o que seria?

– Eu acho que temos que contar para James e Peter.

Silêncio. Sirius sabia que esse assunto era um pouco complicado para Lupin, porque ele temia perder a amizade dos outros dois. Ele não conhecia James como Sirius conhecia. O moreno tinha absoluta certeza de que, pelo menos James, não iria reagir mal. Quanto a Peter não podia dizer com exatidão, mas ele não parecia do tipo que abandona os amigos.

– Não sei, Sirius. Precisamos mesmo decidir isso hoje?

– Apenas não podemos fugir disso para sempre. Ou você pretende terminar comigo daqui a um mês e fingir que isso nunca aconteceu? – ele falou brincando, mas seu rosto ficou sério de repente. – Não pretende, pretende?

– Claro que não, de onde você tirou essa idiotice?

– Acho que eles merecem saber.

– Também acho, mas não sei se estou pronto para contar. Tenho medo do que eles podem dizer.

– Você se preocupa muito com o que as pessoas pensam, Remus.

– Quem convive com o preconceito das pessoas desde os oito anos acaba levando isso muito em consideração.

Sirius olhou para o namorado e viu toda a dor da rejeição nos olhos dele. Sentiu-se péssimo por estar pedindo a ele que se expusesse a isso mais uma vez apenas por um capricho idiota.

– Desculpa, não precisamos contar. Deixa para lá.

– Eu só... tenho medo, Sirius. As coisas estão ótimas assim, tenho muito medo de que mudem.

– Nada vai mudar – ele passou o braço em volta dos ombros de Remus, estreitando o contato enquanto o abraçava. – Quer dormir um pouco? Depois eu te acordo para você ir para a sua cama. Ou eu posso ir para sua cama e amanhã nos falamos que eu quis trocar por causa da janela, ou sei lá.

– Não é muito justo eu dormir com você me aquecendo e você ter que dormir sozinho, não é?

– O que você tem em mente?

– Bom, nós podemos fazer um plano amanhã cedo.

– Tem certeza?

– Só se você quiser que eu fique.

– Claro que eu quero que você fique.

Ele acariciou o rosto de Remus e então depositou um beijo em seus lábios.

– Boa noite.

– Boa noite, namorado.



De um modo estranho, Lupin sentiu algo segurando firmemente seu corpo quando acordou. Tentou se situar ao que estava acontecendo e sentiu uma respiração compassada em seu pescoço. Quase gritou antes de lembrar que estava na cama de Sirius, com ele agarrado a si. E então abriu um sorriso imenso, voltando a fechar os olhos para aproveitar a sensação de acordar abraçado a alguém.

Era incrivelmente bom!

– Achei que você tivesse morrido – ouviu a voz abafada do moreno. – Você costuma dormir como uma pedra, mesmo?

– Não sei – pensou em algo que sempre quis saber. – Eu ronco?

– Não. Não disse que pensei que tivesse morrido? É sério, você quase nem respira.

– Você ronca. Muito – Remus brincou, provocando.

– Até parece... Mesmo que eu roncasse, e eu não ronco, você não teria como saber.

– Sirius? – Os dois ouviram a voz de James e arregalaram os olhos. – Já acordou?

– O que eu faço agora? – ele sussurrou.

– Não sei.

– Belo plano – falou baixinho. – Estou acordado, James. Já vou levantar, não entre aqui.

– Até parece que eu vou abrir essa cortina... Nem sei se você dorme de roupas.

Eles ouviram a risada de Peter e Sirius revirou os olhos.

– Fique aqui, vou tirar eles do quarto e você sai depois.

Remus concordou com a cabeça e segurou Sirius quando ele fez menção de levantar. Beijou-o rapidamente e então soltou de novo. Black sorriu, ajeitando com a mão o cabelo bagunçado e colocando as vestes.

– Por que a algazarra aí fora? Nem me deixam dormir – Lupin ouviu Sirius ralhar com os amigos e então cheirou o travesseiro, que tinha uma mistura do cheiro do cabelo deles.

– Estamos acordados há um tempão – James acenou para si e Peter. – Achei que você tinha entrado em coma aí dentro. Ou talvez que não tivesse dormido aí – ele deu uma risadinha.

– Ah, pode acreditar, eu realmente dormi aqui. Onde está Remus? - perguntou para disfarçar.

– Não sei, ele não acordou ainda. Vamos lá ver se ele está bem? Será que ele dorme vestido?

– Dorme.

– O que?

– Quero dizer, deve dormir. Eu acho que deve, né? Sabe, afinal, ele é todo certinho e... E está frio.

– Bom, então vamos acordá-lo – Peter se dirigiu para o lugar onde Remus deveria estar dormindo.

– Não! – Sirius quase pulou em cima dos dois. – Deixem que ele durma mais um pouco.

Peter e James se olharam e então deram de ombros.

– Você está bem, Sirius?

– Claro! Vamos descer? Estou com fome.

– Também estou – Peter concordou, animado.

– Grande novidade, Peter. Mas eu também estou. Vamos logo, já perdemos muito tempo esperando o Sirius.

– Vocês não acham que o Remus vai ficar chateado por não esperarmos ele?

- Claro que não, Peter, logo ele aparece lá – Sirius estava quase implorando para que os amigos saíssem logo.

Assim que os três estavam quase no fim da escada, ele disse que havia esquecido algo e voltou correndo para avisar Remus que o caminho estava livre. Encontrou o garoto vestido, saindo do dormitório.

– Ouvi vocês saindo – ele se justificou.

– Essa foi por pouco.

– Muito pouco... E como assim eu sou todo certinho?

– Você queria que eu dissesse o que? “Ah! Eu sei disso porque nessas últimas semanas nós dormimos juntos toda noite. E ele está na minha cama agora, inclusive, mas está vestido!”.

Os dois reviraram os olhos, rindo, e encontraram Peter e James no pé da escada.

– Olha quem eu achei acordado quando voltei ao dormitório.

E então os quatro seguiram para a mesa da Grifinória, conversando animadamente.


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Notas finais do capítulo

As enrolações deles para fugir do James e do Peter... Um dia eles ainda se entregam sem saber, KKK



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