This Feeling That I Get escrita por Schmerzen


Capítulo 7
Capítulo VII


Notas iniciais do capítulo

Vamos começar a movimentar esse negócio, agora, haha



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Alguns dias se passaram e agora era comum Sirius invadir a cama de Remus, após se certificar de que todos os outros colegas de quarto estavam dormindo. Apesar de receber visitas toda noite, Remus ainda corava quando Sirius deitava ao seu lado, abraçando-o carinhosamente. E ruborizava ainda mais quando eles se beijavam – não que isso o impedisse de responder ao beijo com muito entusiasmo –, aliviando toda a vontade reprimida durante o dia. O moreno apenas ria, falando que ele ficava ainda mais lindo com o rosto vermelho de vergonha.

Ainda era um pouco difícil controlar as emoções perto de James e Peter, mas os dois estavam obtendo êxito na tarefa. A amizade entre os quatro continuava a mesma, com evidente proximidade entre Sirius e James, que eram quase irmãos, mas entre o cachorro e o lobisomem existia algo diferente. Quando estavam sozinhos, tudo mudava.

Remus e Sirius estavam sentados na cama, cada um em uma ponta, com as pernas cruzadas e comendo chocolate. Eles conversavam sobre qualquer coisa e riam baixinho.

– Sabe, eu estou começando a achar isso injusto.

– O que é injusto, Sirius?

– Eu ter que vir para cá toda noite. Você podia me visitar de vez em quando.

– Ah... não, acho que assim está dando certo.

– Não. Eu tenho que ficar esperando todos os outros irem dormir e pensar numa desculpa realmente convincente caso alguém me veja invadindo o seu espaço à meia noite. Não é nada legal – ele balançou a cabeça dramaticamente. – É claro que compensa, quando nos beijamos... Mas mesmo assim.

– E você acha que eu sou capaz de inventar uma boa desculpa?

– Claro. Finja surpresa e fale “mas esta não é a minha cama? Podia jurar que era...” Todo mundo vai acreditar, afinal você é meio avoado, mesmo – Sirius levou uma travesseirada. – Ai! Eu estava brincando.

Remus revirou os olhos e ele riu, jogando o travesseiro de volta. Abriu mais um sapo de chocolate e mordeu a cabeça, olhando o garoto à sua frente. Quase não conseguia acreditar que Lupin era só dele. Sorriu ainda mais com a ideia.

– Vai ficar me olhando com essa cara de bobo? – o castanho perguntou e sorriu também, um pouco constrangido com o olhar de Sirius, que o esquadrinhava.

– Vou. Você é muito bonito.

Os dois ficaram em silêncio por um tempo e então se deitaram lado a lado, enfiando os pacotes vazios de chocolate numa caixa embaixo da cama (Nós jogamos isso no lixo depois, senhor monitor). Remus sorriu e fechou os olhos, aproveitando a sensação de ter alguém para dormir abraçado.

– Já vai dormir? – Sirius perguntou, fazendo biquinho.

Lupin gargalhou, abafando o som no travesseiro.

– Do que você está rindo?

– Você fazendo beicinho. Fica parecendo uma criança mimada.

– Idiota...

– Eu não disse que não fica bonito – Remus encostou os lábios nos do outro delicadamente.

Então eles aprofundaram um pouco o beijo, terminando ofegantes, ainda abraçados. Sirius passava o dedo pelas cicatrizes no braço de Lupin, cheirando e beijando o pescoço dele.

– Você tem algum tipo de fascinação sobrenatural por cicatrizes?

– Não – Sirius riu, seu hálito fazendo cócegas no pescoço do castanho. – Só pelas suas.

– São feias.

– Não são, não. Eu já te disse isso – ele selou os lábios dos dois rapidamente. – Também tenho uma cicatriz.

– Sério?

– Sim. Nas costas. Eu caí de uma árvore.

– Por Merlin! O que você estava fazendo em cima de uma árvore, Sirius?

– Eu vi um garoto trouxa em cima de uma – respondeu, rindo. – E ele parecia feliz, pensei que talvez fosse legal, afinal ele estava rindo.

– E foi legal?

– Muito. É um pouco menos emocionante do que voar de vassoura, mas é parecido, sem a parte do voo, claro. Foi bem divertido, até eu cair. Sabe, minha mãe quase me bateu quando eu contei a razão de ter subido na árvore – o tom agora era amargo. – Ela disse: “Imitando trouxas! Ouviu isso, Orion? Ele estava imitando trouxas! O que foi que fizemos de errado com ele?”.

– Vai ver ela só estava chateada porque você se machucou na queda.

– É mais provável que ela estivesse chateada porque eu não morri na queda.

– Não diga isso, Sirius.

– É verdade. Minha família me odeia – ele sorriu triste.

Remus não soube o que dizer. Queria confortar o rapaz, dizer que sempre poderia contar com ele, mas apenas o abraçou. Sentiu os braços de Sirius apertados ao seu redor e soube que não havia nada a ser dito naquele momento.

– Vou pra minha cama, Remus. Boa noite.

– Certo.

– Ah! Vou te esperar na minha cama amanhã, não vou mais vir aqui enquanto você não aparecer por lá.

E depois de beijar Lupin, ele se foi com um sorriso, sem deixar o garoto falar mais nada.

– Seu sacana!



Os quatro Marauders estavam na mesa da Grifinória, almoçando, quando Remus se lembrou de algo.

– Peter, e aquela garota corvinal?

– Que garota corvinal? – James perguntou.

– Você não contou para o James que teve um encontro? – Sirius provocou.

Peter ficou vermelho antes de responder um não baixinho.

– Foi no mesmo dia que você e a Lily saíram – Remus explicou para James, que ainda olhava interrogativo para os três. – Depois que vocês foram, ele nos disse que tinha um encontro com uma corvinal. Não vai mais sair com ela?

– Sair com ela... É mais fácil você e o Sirius se beijarem.

Remus engasgou com o que estava na boca e disparou a tossir. Depois de levar alguns tapas nas costas, ele olhou para o outro, vermelho.

– O que você disse?

– Ah, foi um modo de dizer, sabe? – Pettigrew comentou indiferente e o moreno e o castanho suspiraram aliviados. – Eu descobri que ela só queria sair comigo para eu apresentar o Sirius para ela.

Foi a vez de Sirius engasgar.

– Você está bem, cara? – James olhou assustado para ele, enquanto Sirius lutava para se desengasgar. – Como assim, Peter?

– Ah, pelo que eu entendi, ela quer sair com o Sirius, mas não tem coragem de falar com ele diretamente. Como nós somos amigos ela deve ter achado que seria um bom jeito de chegar nele.

– Que vaca – Remus comentou, solidário. Ou talvez ele estivesse enciumado.

– É – Peter concordou indiferente, mexendo a comida. – Você quer que eu te apresente a ela, Sirius? Ela é bonita e beija bem.

Os outros três encararam o garoto, incrédulos.

– Você não disse que ela só queria que você a apresentasse pro Sirius?

– Sim, mas isso não quer dizer que a gente não se beijou.

– De qualquer forma, eu passo a oferta – Black falou, bebendo um pouco de suco de abóbora.

– Merlin! Sirius Black dispensando uma garota bonita – James sorriu enviesado. – Não pensei que viveria para presenciar isto.

– Pois é – o moreno comentou, indiferente.

Remus comentou alguma coisa, baixinho.

– O que disse, Remus?

– Nada.

– Olá, garotos! – uma bela garota ruiva disse, sorrindo, ao se sentar do lado do namorado e beijá-lo.

– Oi, Lily – três vozes responderam em coro.

– Vamos, James?

– Vamos – ele deu o último gole em seu suco, levantando com a namorada em seguida. – Vou ajudar Lily com Transfiguração. Até depois.

Ela sorriu, acenando, pegou na mão de James, e então eles foram caminhando até a biblioteca. Remus estava com o olhar perdido, pensando em algumas coisas que começaram a preocupá-lo seriamente.

– Você não vai comer a sobremesa, Remus?


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Notas finais do capítulo

Sirius fazendo biquinho. Quer algo mais beijável?
Os dois engasgando na mesa do almoço foi engraçado. Admito que eu ri enquanto escrevia isso, que crueldade a minha...
E o Remus com ciúmes... impagável!



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