Lembranças Vivas escrita por Lety Paixão


Capítulo 5
Capítulo 4




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-O que você está fazendo aqui Tony? –Perguntei ao meu ex-parceiro que me encarava sem entende a raiva presente na pergunta.

 O que ele esperava era alivio de minha parte, mas é impossível esta aliviada nesta situação, pelo contrario, estou preocupada. Não com o que pode acontecer comigo agora que o maldito descobriu meu nome e que realmente sei sobre o NCIS, eu já perdi esta luta há muito tempo, mas não Tony e McGee, eles não deviam está aqui, não deviam estar machucados e presos, eles deviam esta em DC, na marinha e seguros.

 -Eu não poderia viver sem você, eu acho.

  Não poderia viver sem mim? Como não? Eu errei com ele, não confiei e abandonei, e durante todo o tempo ele tinha razão, ele tentou me mostrar à verdade e eu não quis ver. Ele deve me odiar, querer distancia e esquecer.

 Mas não, ele não pode viver sem mim, e é verdade uma vez que ele não pode mentir por causa do soro da verdade. Mas por quê?

 As duas únicas coisas que sei é que tenho que tira-los daqui, minha vida não importa, ela já acabou por mais que eu queria que Tony conseguisse me tirar daqui ele terá que aprender a viver sem mim.

E que eu jamais vou entender Anthony Dinozzo.

 Acordei com um barulho de pratos batendo mandando embora minha lembrança da Somália, era a segunda vez que voltava para lá depois de muito tempo sem ser atormentada pelas memórias recente. Provavelmente está voltando por causa de tudo que está acontecendo, ou pelo menos é o que espero.

-Bom dia dorminhoca. Sabia que seu ronco me acordou no meio da noite? Eu quase cair do sofá, sem contar que você o ocupou tudo. –Abri os olhos vendo Tony arruma a mesa dele e então percebi o que tinha acontecido, eu tinha dormido no meio do filme e só acordei agora, no outro dia, no sofá de Tony e pelo visto com o Tony.

-Que horas são? –Perguntei sentando e olhando ao redor. A caixa da pizza não estava mais por perto, a TV desligada e um travesseiro e um lençol estavam comigo. –Isso não estava aqui ontem.

-Está cedo ainda há muito tempo para chegar ao trabalho. Realmente não estava, quando seu ronco me acordou tentei te coloca na cama mais você não deixou, estava muito cansada, então tentei te acomoda ai mesmo.

-Você tentou me acorda e não conseguiu? –Ele fez que sim e eu me surpreendi, não esperava estar tão cansada.

-Você precisa descansar, com o que estava sonhando?

-Porque esta me perguntando isso? –Perguntei de volta levantando e indo ver o que ele tinha feito.

-Você agora a pouco disse meu nome, estou lisonjeado, tire a mão não esta pronto.

-Eu estou com fome, e as panquecas me parecem prontas. Estava sonhando com a Somália, quando você apareceu e disse que não podia viver sem mim. –Respondi normalmente sentando-se à mesa e ignorando seus protestos.

-Não é uma boa lembrança. –Parei de pegar meu café da manha e o encarei. –Estou me referindo ao que você passou na Somália e não ao que eu disse, até porque é verdade.

-Você não sabe o que eu passei na Somália, mas realmente não é uma boa lembrança. A não ser a parte que você disse a verdade, o que me lembra que você me deve uma resposta. Posso comer agora?

-Já esta comendo, que resposta? –Tony perguntou se sentando também, percebi então que nunca tínhamos tomado da café juntos na casa de algum de nós, é natural, como se já tivéssemos feito.

-Quem prefere, a nova ou antiga Ziva?

-As duas.

-Qual é Tony, só pode uma.

-Mas é a mesma Ziva. Quer disser, você não pode apaga tudo que viveu ate aqui e se refazer, pode ate mudar, mas sempre terá algo do Mossad ou Israel, foi onde você cresceu, aqui é um novo começo, mas para ter o novo é necessário de um velho.

-Quanto tempo você passou formulando a resposta? –Perguntei o encarando sem acreditar que ele, Tony Dinozzo, tinha dito algo que nem eu tinha percebido.

-Dês que vi que tentava mudar. Você sabe que eu tenho razão, posso não ser o Gibbs, mas tenho meus momentos.

-Então você acha que eu não devo mudar? Ou talvez que nem tivesse me tornado uma cidadã americana?

-Só não tente criar alguém que não é, não ignore o passado, ele forma quem você é. E para sua informação fiquei feliz quando só tornou uma cidadã americana, achei precipitado, mas fiquei feliz.

-Por quê?

-Porque as chances de você ir embora de novo são menores.

-Eu não vou mais embora, aprendi a lição, mesmo você achando que estou cometendo os mesmo erros, mas não estou. –Tony apenas sorriu e começou a falar algo sobre o filme que dormimos, ele não acredita em mim, nem eu.

  Depois do café o ajudei a limpar tudo então peguei minhas coisas para voltar no meu apartamento antes de ir para a base.

-Te vejo no trabalho. –Falei já do lado de fora, já estava indo quando o ouvir me chamar.

-Ziva!

-O que?

-Devíamos fazer isso de novo. –Ele sugeriu sorrindo.

-Claro. –Disse devolvendo o sorriso antes de voltar para minha casa e lembra-me todos meus problemas.

 Hoje ia falar com meu pai e concerta ia ouvir coisas da qual não estou preparada. Mas não posso me dar ao luxo de esperar. Ainda tem sobre o agente da CIA, não estou totalmente convencida da relação dele com minha irmã, mas sei que vou acabar de uma forma ou de outra querendo saber mais.

 Suspirei ao pensar nessas coisas, dês que tinha acordada nada disso tinha me atormentado, pois meu parceiro garantiu isso. E deixando me levar por meus pensamentos abrir a porta do meu apartamento percebendo que estava destrancando, voltei à realidade sacando minha arma e entrando lentamente.

-Abaixe isso Ziva, você não que fazer isso. –O invasor disse colocando suas mãos para cima e rindo.

-Quero quando invadem minha casa, o que você esta fazendo aqui Isaac? –Perguntei abaixando a arma e trancando a porta.

-Mais uma vez sendo direta, e as boas vindas?

-Que boas vindas responda minha pergunta, falei com você ontem e você estava em Israel.

-Tive que fugir, estava sendo vigiado, Eli me pegou olhando o que não devia, não tive outra escolha senão vim para cá, não foi tão difícil, garanto que foi mais fácil que...

-Muito bem chega! –Gritei o interrompendo. –Eu não jogo mais esse jogo, não sou do Mossad, vou chegar atrasada no trabalho e não vou te acoberta de nada enquanto não souber a verdade. Ou você me diz o que está acontecendo ou ligo agora para meu pai e te entrego.

-Você não faria isso.

-Já fiz coisas piores que jurei nunca fazer. –Disse ríspida, mas com a verdade em minhas palavras. Isaac apenas me encarou e se rendeu.

-Muito bem, vou ser breve.

-Estou esperando. –Falei enquanto arrumava minhas coisas para levar para o prédio do NCIS.

-Há três dias recebi ordens que proteger a casa do diretor enquanto ele estava em uma reunião. Estava fazendo a ronda na casa, outros já tinham pontos fixos, estão passei pelo escritório do seu pai, onde ele guarda as coisas mais importantes para ele relacionados com o Mossad.

-Não me diga que você fez o que eu estou pensando. –Falei o encarando. Ele fez.

-Eu precisava, quando eu perguntei o que tinha a matado senti que ele tinha mentido, eu precisava saber da verdade, e eu cheguei muito perto.

-Isaac isso foi loucura, mexer nos arquivos pessoas do meu pai, nem eu me atrevo a isso.

-Eu descobrir uma pasta com o nome dela, eu estava começando a ler quando Eli apareceu e me mandou voltar para agencia, vi outros agentes atrás de mim, eu tive que te avisar para caso não conseguisse fugir. Como você não consegue entender isso? Estamos para descobrir o que realmente aconteceu.

-Tali morreu foi isso que aconteceu! Aceite que ela nunca mais ira volta, ela se foi em um atentado o que mais a para saber?

-A verdade é isso que da para saber Ziva.

-A verdade já foi dita há anos, e será dita novamente se quando eu volta não te encontrar bem longe daqui, vou conversa com meu pai para aliviar com você, mas isso é tudo.

 Falei terminado de pegar minhas coisas e sem me preocupar em tomar um banho ou trocar de roupa parti para meu trabalho em uma tentativa fracassada de não ouvir tudo que estava sendo dito.

-Você pesquisou não foi? –Isaac perguntou segurando a porta que ia fechar. Não respondi a pergunta, ele já sabia a resposta e por um momento o olhei procurando o garoto que brincava com minha irmã quando criança, mas só encontrei um homem atrás de vingança. A mesma coisa que me motivou a entrar de vez para o Mossad, vingança e desejo de ninguém mais passar pelo que eu passei.

-Você te ate o fim do dia. –Foi apenas o que eu disse antes de fechar a porta e ir para o único lugar que queria esta: NCIS.

 ***********

 Assim que cheguei olhei rapidamente para minha equipe, todos já tinham chegado inclusive Tony que me encarava percebendo que algo estava errado. Por mais que eu tentasse esconder minha confusão interna na mascará que costumava usar de assassina inquebrável do Mossad, ele sabia que tinha ocorrido alguma coisa no pequeno intervalo de sua casa ate aqui.

 Mas não foi só ele, Gibbs assim que me olhou se levantou e sem disser nada foi ao meu lado até o MTAC.  

-Você esta bem? –Ele perguntou enfim antes de eu abrir a porta da sala.

-Estou. –Menti sem pensar que Gibbs sabia a verdade, como sempre.

 Eu falhei na missão de esconder o que tinha acontecido, não conseguir deixar minhas emoções de lado quando cheguei aqui, não conseguir pois o que estou preste a fazer vai deixar vim tudo a tona.

 Dês que sai do meu apartamento não pensei outra coisa a não ser não palavras de Isaac, eu sempre soube que ele não acreditou no motivo da morte de Tali, ele queria mais resposta, algo que realmente explicasse o motivo da sua morte, e não lugar errado na hora errada.

 Ao contrario dele eu nunca pensei que pudesse existir mais, para mim quem fez isso a ela tinha que pagar, mas nada. Porém depois de anos de eu ter perdido minha irmã, sua morte volta como um balde de água fria depois de eu finalmente ter firmado minha vida, e o pior de tudo é que meus instintos dizem que eu devo dar ouvidos ao que Isaac diz. E eu vou acabar dando.

 Entrei com Gibbs na sala e ele deu ordens para entrar em contado com Eli David.

 Antes de sua imagem aparecer na tela disse mentalmente a mim mesma que estava ali por causa do caso, há um marinheiro morto e uma família sem resposta, não importa que por causa de um fugitivo do Mossad eu não acredito mais na que me foi dada.

-Shalom pai. –Disse sem qualquer emoção quando meu pai me encarou.

-Shalom Ziva. É bom te ver bem.

-Igualmente. –Respondi tentando não deixar evidente minha raiva em todo fingimento.

-O que posso fazer por você?

-Preciso saber o que queria com o marinheiro Jeremy Siegle.

-Não posso te contar. Alguma coisa a mais?

-Pare de mentir uma só vez e faça algo bom dizendo o que queria com um marinheiro que agora está morto! –Gritei perdendo de vez meu fingimento de que está tudo sob controle.

-Não grite comigo Ziva! Ainda sou seu pai.

-Um pai que mandou sua filha para uma missão suicida! –Retruquei sentindo Gibbs se aproximar de mim.

-Você quis a missão, você falhou não tenho culpa. Agora se me dão licença eu tenho trabalho de verdade para fazer.

-Eli espere! –Gibbs gritou e meu pai o encarou não cortando a ligação. –Precisamos desta informação, a marinha quer saber todos os detalhes da investigação e isso pode prejudica Ziva, ela pode não ser mais do Mossad mais é uma David.

-Mas não age como uma, ela esqueceu a quem pertence.

-Eu não pertenço a ninguém alem de mim mesma, estou apenas perguntando, fazendo o meu trabalho, ajudando pessoas, você é o único que esta impedindo isso retendo informações. Mas parece que já tem pratica nisso.

-Do que você esta falando agora?

-De Tali, de Isaac ter descoberto algo sobre a morte dela, ou você acha que eu não sei? Olhe nos meus olhos e só por uma vez me enxergue como sua filha. Qual foi a verdadeira causa da morte da minha irmã?

-Guerra. –Foi à única coisa que ele disse antes de sua imagem sumir, porém eu continuei a olhando esperando que mais alguma coisa seja dita.

-Ziva vá para casa. –Gibbs disse.

-Eu sei que estraguei tudo, mas quero ficar e trabalhar.

-Não foi um pedido, foi uma ordem, ate encerramos o caso você esta fora. Agora vá.

 Não protestei, não ia adiantar, alem do mais Gibbs tem motivos para isso. Eu deixei que meu lado pessoal invadisse o profissional e coloquei em risco a investigação. Mas não quero voltar para casa e ser atormentada por meus pensamentos, não agora que tenho certeza que meu pai sabe algo sobre a morte da minha irmã, que eu todos esses anos fui enganada.

 Sem pensar nas conseqüências ou em minha promessa, sai quase correndo do MTAC a tempo de ver Gibbs entrando na sala de Vance. Descias escadas e parei apenas quando cheguei à mesa do McGee anotando em seu bloco o nome que fez tudo isso começa.

-Preciso dos arquivos protegidos dele, é muito importante. Gibbs não pode saber. –Falei e ele apenas assentiu sem fazer qualquer pergunta.

-Ziva. –Tony me chamou me olhando preocupado. Eu sei que não estou sendo justa com ele, ou com McGee, mas é preciso, é preciso termina logo com isso.

-Você disse que ia contar tudo ao Gibbs quando julgasse que eu fosse correr perigo, bem eu vou, então é melhor contar.

-Não faça nenhuma besteira, não vá embora novamente, confie em mim para te ajudar Ziva, não cometa os mesmos erros. –Ele disse e não conseguir o olhar, a culpa só fez aumenta em mim.

-Eu preciso, eu não vou embora já lhe disse isso, farei de tudo para voltar. Mas você não pode me ajudar Tony, por enquanto só o McGee pode.

-Ziva. –Tony falou e segurou minha mão em um gesto que me fez ter coragem e o olhei, como posso ser tão estúpida a ir enfrentar o que tinha deixando para trás e ignorar aquele que me salvou, que me deu junto com todos os outros uma nova vida?

-Eu confio em você Tony é por isso que deve ficar fora disso. Ate mais. –Disse separado nossas mãos e sumindo da sai vista.

 Dentro do elevador comecei a traçar todo meu plano, tentei prometer a mim mesma que voltaria inteira assim que o caso deles encerrasse, mas não prometi, não vendo que não sou boa em manter promessas.


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