Era bastante tarde, já se passava das 3 horas da manhã. Roberta estava deitada no sofá. Simplesmente não conseguia dormir.

"Maldita a hora em que a Alice resolveu me ligar! Ela sabe que eu odeio quando me acordam, principalmente se não tiver um motivo importante. Agora eu não estou mais com sono!"

Roberta ficou deitada olhando para o teto, pensando em coma faria para conseguir dormir. Embora fosse tarde, Roberta tinha a sensação de que o sono tinha ido embora e não voltaria tão cedo.

Já que tinha desistido da ideia de tentar dormir, Roberta resolveu esperar Diego chegar. Depois de um tempo, Roberta já estava ficando preocupada, afinal, por que ele estava demorando tanto?!

Finalmente depois de alguns minutos, pôde-se ouvir o barulho das chaves, enquanto ele destrancava a porta. Ela sentiu uma sensação boa ao saber que Diego estava perto dela novamente. Apenas saber que ele estava prestes a entrar em casa, já ansiava por seus lábios colados aos deles.

Ela se ajeitou um pouco no sofá, ficando sentada, mas com as pernas ainda sobre o sofá.

Diego abriu a porta devagar, afinal não queria acordar Roberta e Rodrigo. Ele entrou em casa e se virou para trancar a porta novamente, depois tateou a parede a procura do interruptor, pois todas as luzes da casa estavam desligadas.

Quando as lâmpadas da sala se acenderam, Diego se surpreendeu ao ver que Roberta estava no sofá, ainda acordada.

–Uhm... Oi meu amor, tudo bem? Por que ainda está acordada? É alguma coisa com o bebê? Você está se sentindo mal? - Diego perguntava. Roberta não costumava ficar acordada até de madrugada.

–Calma. Está tudo bem comigo e com o bebê. Roberta olhou para a barriga e acariciou. - Só estou sem sono. - Roberta respondeu, tentando acalmar o marido. - Depois que vocês saíram a Alice me ligou pra falar sobre a briga da Carla e do Tomás e ai eu não consegui mais dormir.

–Tem certeza? - Diego perguntou. Estava realmente preocupado com ela.
Roberta vendo que o marido não ia ceder, foi até ele. Ela colocou sua mão direita no ombro dele e lentamente deslizou-a até sua nuca.

Roberta afundou seus dedos nos cabelos negros e macios de Diego e puxou-o para si, lhe dando um beijo de tirar o fôlego. Suas línguas brincavam dentro de suas bocas, sentindo o gosto um do outro.

Diego deslizou sua mão até a cintura de Roberta e a puxou, rompendo qualquer espaço entre os dois.

Roberta sentiu um gosto diferente no beijo, continuava maravilhoso,mas tinha alguma coisa a mais. Ela foi parando o beijo devagar, Diego dava vários selinhos nela.

–Diego, você bebeu? - Roberta perguntou.

Diego não soube o que responder, sabia que Roberta odiava quando ele bebia, mesmo que fosse apenas um pouco.

–Eu... eu bebi, mas foi só um pouco, só pra comemorar. - Diego se explicava. Roberta tinha que entender que ele agora sabia beber com moderação, não era mais um adolescente idiota, agora ele sabia se controlar.

–Não importa se foi só para comemorar, e se voltar a beber descontroladamente? Você prometeu pra mim que não ia mais beber. - Roberta tentava entender, mas não conseguia. Ela sabia o quanto eles sofreram por causa do vício de Diego, não queria vê-lo assim novamente. Era apenas cuidado.

–Roberta, entende, eu só bebi porque eu estou feliz, eu soube que vou ser pai de novo.

–Ah, vai usar nosso filho de desculpa pra beber? Eu também soube que ia ser mãe de novo á três dias e nem por isso saí por aí bebendo. - Roberta não sabia por que estava fazendo isso. Nunca foi tão controladora, provavelmente eram os hormônios...

–Roberta, assim você está me ofendendo, até parece que eu cheguei cambaleando em casa de tão bêbado. Eu só bebi um pouco, to completamente consciente dos meus atos. - Diego começava a se irritar já. Isso nunca havia acontecido com eles.

–Não importa se foi pouco ou muito Diego, você tinha prometido...

–Tudo bem, me desculpa por ter bebido, eu prometo que nunca mais vou beber, a não ser que você permita. - Diego fez uma carinha que quase fez Roberta derreter e parar com essa DR idiota. Quase...

–Diego, você já me prometeu isso uma vez, porque eu acreditaria na segunda?

–Porque você é minha esposa, você me ama, eu te amo olhos lindos. Você tem que confiar em mim, eu confio em você. Eu te prometo meu amor, que só vou beber se você deixar. Acredita em mim? - Roberta abaixou a cabeça quando ouviu isso, estava envergonhada por ter começado uma briginha tão idiota.

Diego pegou o rosto dela com as mão, olhava para aquela imensidão de chocolate que eram os olhos dela. Diego deu um selinho nela.

–Você jura? - Roberta agora fazia um beicinho, provocando Diego.

–Claro que sim, olhos lindos. Eu, Diego Maldonado, juro solenemente que nunca mais irei beber qualquer bebida alcoólica, a não ser que minha excelentíssima esposa, Roberta Maldonado permita tal ato. - Diego disse sério, mas não conseguiu por muito tempo porque Roberta gargalhava da atuação de Diego. - Que foi? Eu sou um ótimo ator tá bom?

Roberta ria tanto que caiu no sofá, segurando a barriga, enquanto ria. Diego também ria muito.

–Desculpa, mas eu não me aguentei! - Roberta dizia entre gargalhadas. - Você tinha que ver sua cara enquanto falava!

–Eu atuo tão mal assim? - Diego perguntava, fingindo estar triste.
Roberta levantou do sofá e foi até Diego.

–Claro que não, coisa linda. Você foi muito bem até - Roberta sentou no colo de Diego e acariciava o rosto dele. - É que foi muito engraçado, bobo!

–Então vem cá pro seu bobo... - Diego fazia cara de manhoso.

Ele puxou Roberta pela cintura e foi aproximando seus rostos. Diego ficou por cima de Roberta e colidiu seus lábios. Um beijo quente , intenso e urgente.

Em pouco tempo as roupas já estavam espalhadas pela sala. Diego pressionava Roberta na parede, ela puxava os cabelos dele com força, fazendo-o gemer. Ele apertava as coxas de Roberta e ela solta um gemido e arfava quando Diego toca seu membro já ereto em sua intimidade.

Eles ficaram assim, provocando um ao outro por um tempo, até que não aguentaram mais, queriam se sentir por completo. Diego ia carregando Roberta para o quarto, mas não desgrudavam seus corpos. Rapidamente chegaram no quarto. Seus corpos se moviam em um ritmo que parecia combinado. Tudo se encaixava ali. O mundo já não era nada. A única coisa que ele conseguiam pensar, que eles conseguia desejar, era um ao outro.

***

Na manhã seguinte Alice foi a primeira a acordar. Queria continuar dormindo, quase não dormiu na noite passada. Clarisse tinha acordado de madrugada, chorando.

Alice tentava fazer de tudo para ela voltar a dormir, mas ela ficava chamando o pai. Foi um sacrifício par ela dormir de novo.

Alice viu no relógio digital que ficava na mesinha de cabeceira que já era quase meio dia. Fechou os olhos novamente e tentou dormir, inútil.

"Que ótimo, estou morrendo de sono, mas não consigo dormir, que legal". Alice pensava com ironia.

Ela ficou mais uns minutos, só deitada, pensando. Decidiu que era melhor levantar.

Foi no banheiro, fez sua higiene matinal, tomou um banho. Depois de vestida e arrumada, Alice foi tentar acordar Pedro, que dormia como uma pedra.

Ela se sentou na cama, ao lado dele.

–Ei, acorda meu amor. Já está bem tarde... - Alice sussurrava perto do ouvido dele. Ela acariciava o rosto e o cabelo do marido.

Ele só se mexeu, mas não acordou. Alice decidiu mudar de tática.
Ela agora dava beijinhos em todo rosto dele, depois beijava os lábios carnudos dele. Pedro agora correspondia aos beijos. Ele puxou Alice pela cintura e colou seus corpos.

O beijo ficou mais intenso, mais urgente. Sentiam o calor subir pelo corpo e a língua dele pedir passagem para a boca dela. Ela concedeu sem hesitar. As línguas brincavam e exploram, sentindo o gosto um do outro.

Agora Pedro se virou, ficando por cima dela, sem desgrudar os lábios. Eles se beijavam cheios de volúpia. Alice puxava os cabelos dele e ele passava as mãos nas pernas dela. Seus corpos pareciam estar pegando fogo. Os corações batiam rápido, como se fossem um só.

Pedro desceu os beijos para o pescoço de Alice, sua língua traçando uma linha de fogo no pescoço dela. Alice arfava quando sentia as mãos ágeis de Pedro levantando a barra de sua blusa enquanto ela arranhava as costas nuas dele. Ele a olhava com desejo e malícia.

Pedro voltou a beijar os lábios de Alice. Ele intensificava mais ainda o beijo, fazendo Alice arfar.

–Pedrooo... - Alice tentava falar o nome dele, mas soou mais como um gemido. Ele respondeu apenas um 'hum', seus lábios estavam muito ocupados beijando o pescoço e a clavícula dela.

–Pedro, por favor. - Alice disse firmemente, se controlando para não se entregar por completo ao marido. - Eu vim te chamar para levantar, daqui a pouco Matheus e Clarisse vão acordar...

Pedro parou de beijar o corpo dela e voltou a beijar seus lábios. O beijo agora era suava e cheio de amor e ternura. Eles foram parando o beijo devagar, terminando com selinhos. Estavam ofegantes ainda. Os corpos ainda estavam quentes e os corações acelerados.
Eles se deitaram um pouco, até os corpos se "acalmarem'. O ar ainda era pouco.

–Sabe, eu não me importaria de ser acordado assim todos os dias... - Pedro dizia com cara de safado. Alice riu.

–Nossa, como ele acordou safado hoje... - Alice sorria, depois deu um selinho nele. -Mas agora é sério amor, a gente precisa levantar, tenho que falar com a Roberta e você vai me explicar tudo o que aconteceu ontem.

–Tudo bem, eu vou tomar um banho, aí a gente conversa enquanto toma café... -Pedro deu um último beijo nela e foi para o banheiro que tinha no quarto. Alice também se levantou e saiu do quarto.

Alice tinha acordado Matheus e foi tomar seu café. Matheus estava no sofá vendo desenho animado, de pijamas e com um cobertor.

–Filho, vem comer. - Alice chamava Matheus, mas ele estava mais interessado em assistir o desenho.

–Espera mamãe, é que ta passando Ben 10... - Alice revirou os olhos e continuou a comer.

Alice sentiu alguém a abraçar por trás e beijar levemente seu pescoço. Ela poderia reconhecer esse cheiro em qualquer lugar. O cheiro dele misturado com cheiro de banho era simplesmente maravilhoso. Ela sorriu e suspirou.

–Bom dia meu amor. - Alice disse e Pedro deu um selinho nela.

–Já é 'boa tarde' amor. - Pedro riu e se sentou ao lado de Alice. - Boa tarde pra você também.

–Que seja. - Alice disse que revirou os olhos. - Agora você vai me contar tudo o que aconteceu ontem.

–Nada de mais. Nós estávamos nos divertindo e bebendo aí chegou uma ex-namorada do Tomás. Acho que o nome dela é Patrícia, não lembro direito. No começo ele não queria nem ver ela, aí eu e o Diego deixamos eles sozinhos e quando voltamos, ele estavam se dando super bem, ele nem queria vir embora. Mas depois ela meio que surtou quando soube da Carla e dos gêmeos.

–Que piriguete! Como a vadia era?

–Alice!

–O que? Tenho certeza que ela tava dando em cima dele... Então, como ela era?

–Ela até que parecia um pouco com a Carla. Alta, morena, bonita... - Pedro parou quando percebeu que Alice o estava fuzilando com o olhar.

–Não precisa continuar. - Alice ficou emburrada e voltou a comer.

–Alice... - Pedro dizia tentando se desculpar. - Foi você que pediu pra falar como ela era.

–É, mas eu não sabia que você achava aquela biscate bonita. - Pedro ria do ciúmes bobo da esposa.

–Ela pode até ser bonita, mas ninguém supera você. Pra mim, você é a melhor e mais bonita de todas. Você é a minha branquinha e eu te amo meu amor. - Pedro fez cara de manhoso.

Alice não pode conter o sorriso.

–Okay, você está perdoado pelas palavras fofas. Mas nunca mais diga que aquela mulher é bonita.- Alice disse com cara de séria.

–Tá bom meu amor, mas agora vamos mudar de assunto?

–Claro, até porque eu tenho que falar com a Roberta e dependendo do que ela responder você vai ter que ficar tomando conta da Clarisse e do Matheus.

–Como assim?

–Depois eu explico, agora eu vou lá na Roberta e já volto ok? - Alice se levantou, deu um beijo rápido em Pedro e saiu.

Pedro apenas voltou a comer.

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