A campainha tocou.

Alice, que estava sentada no sofá, assistindo um programa qualquer na TV, se levantou, bufando. Foi a te a porta e a abriu, e pôde ver que era Diego que estava ali.

― O que você quer Diego? ― Alice disse, não muito simpática.

― Meu Deus, quanta alegria em me ver, até me emociono. ― Diego zomba da amiga, rindo.

Alice ri ironicamente.

― Muito engraçadinho você. ― Ela revirou os olhos. Respirou fundo e tentou ser mais simpática com o amigo. ― É que eu tava assistindo TV e você vem e me atrapalha. Enfim... Diz logo o que você quer.

― Tá bom, me desculpa. ― Diego diz, rindo. ― Eu queria te pedir um favor.

― Que tipo de favor? ― Alice perguntou, suspeitando.

― Não é nada complicado demais, eu só quero que você fique com a Roberta amanhã, passe o dia com ela. Preciso que ela fique fora de casa. ― Diego explicava.

― Por que você quer que eu tire ela de casa? ― Alice pergunta, ainda desconfiada.

― Porque eu quero fazer uma surpresa pra ela.

― Que tipo de surpresa?

― Meu Deus, como você adora perguntar, agora sei de quem a Clarisse puxou. ― Diego diz, já impaciente.

― Pode ir parando de mudar de assunto e conta logo. ― Alice estava irredutível. Diego suspirou, e decidiu contar logo.

― Eu vou fazer um jantar pra Roberta, é que amanhã é uma data especial pra gente.

― Awwwn, que lindo. ― Alice dizia, encantada. ― Já que é pra uma boa causa, eu ajudo. Pra onde você quer que eu leve ela?

― Não sei, qualquer lugar. Leva esse pra esses programas de mulheres que vocês fazem, qualquer coisa. Pode trazer ela depois das 20:00 horas? ― Diego pediu á amiga.

― Tudo bem, eu vou chamar a Carla pra me ajudar nessa “missão impossível” e depois traremos sua princesa barriguda na hora certa. ― Alice sorriu.

― Ah, queria te pedir mais uma coisa. Será que você e o Pedro podem ficar com o Rodrigo amanhã á noite? É que, sabe, eu queria ficar sozinho com a Roberta...

― Já entendi. ― Alice compreendeu, rindo. ― Tudo bem, nós podemos cuidar dele.

― Valeu Alice, fico te devendo uma. ― Diego agradeceu.

― Eu sei, e vou te cobrar depois. ― Alice brincou, logo depois rindo.

***

Na noite seguinte, já se passava de 20:30, e nada de Roberta chegar. Diego já estava nervoso.

Tinha passado o dia inteiro arrumando tudo. Arrumou a casa, arrumou a mesa onde jantariam, colocando uma toalha rendada, um vaso com flores que ele havia comprado para a ocasião, e também algumas velas decorativas, para dar um clima.

Na hora de preparar o jantar, não levou muito jeito, e acabou deixando queimar, sem contar que estava mal temperada. Então, resolveu logo pedir uma comida já pronta.

Ligou para um restaurante, que veio entregar a comido em pouco tempo. Ele arrumou a comida sobre a mesa, e foi para o banho.

Se vestiu com uma de suas melhores roupas, tudo estaria perfeito esta noite.

Ligou para Pedro, para perguntar se estava tudo bem lá com Rodrigo e se Alice já havia chegado com Roberta. Elas ainda não haviam chegado.

Diego esperou cerca de mais cinco minutos, e então, ouviu a porta se abrir.

Se levantou prontamente ao perceber que era Roberta.

― Oi amor. ― Diego disse, dando um selinho na esposa, assim que ela entrou. Ela retribuiu o selinho. ― Nossa amor, você demorou.

― Até parece que você não conhece a Alice. Primeiro levou eu e a Carla pra um SPA e salão, e nós ficamos lá a tarde inteira. Depois que saímos de lá, ela nos arrastou para as compras. Ela disse algo como hoje era o “dia das mulheres”. ― Roberta dizia com desdém, e rolou os olhos. Diego apenas riu. ― Mas até que foi um pouco bom, fizeram uma massagem nas minhas costas, que até aliviou um pouco a dor que eu tava sentindo pelo peso da barriga. ― Roberta falava, mas sorrindo, enquanto acariciava a enorme barriga já com nove meses. Isabella poderia nascer em qualquer momento.

― Garanto que a massagem não era tão boa quanto a minha. ― Diego a abraçou por trás, envolveu seus braços através dela e da extensão da barriga da esposa, acariciando-a. Ela depositou beijinhos no pescoço dela, que fechou os olhos, aproveitando o momento.

― Claro que não. ― Roberta sussurrou. Eles saíram do abraço, e Roberta encarava Diego. ― Tá tão arrumado... Vamos sair?

― Não, vamos ficar em casa essa noite. Só nós dois. ― Diego disse, quase sussurrando. ― A propósito, você também está maravilhosamente linda.

Roberta estava mesmo magnífica. Usava uma batinha preta, sem mangas. Uma calça branca, e uma sandália sem salto. Como tinha ido ao salão, também tinha feito o cabelo. Não estava tão cacheado, e sim ondulado, quase liso. Usava maquiagem e estava tão perfumada que se podia sentir á metros.

― E o Rodrigo? ― Roberta perguntou.

― Pedro e Alice vão tomar conta dele. Teremos a casa só pra gente. ― Diego disse, e sorriu, com um olhar malicioso. ― Ah, e eu fiz um jantar pra gente.

― Mesmo? ― Roberta disse, meio surpresa. ― Você estava cozinhando? ― Ela riu. Não conseguia imaginar Diego na cozinha.

― Bem, não fui eu que fiz tecnicamente. Eu até tentei, mas eu sou um completo desastre na cozinha. ― Os dois riram.

― Vamos comer? Estou faminta! ― Roberta pediu, e Diego assentiu.

***

Os dois tiveram um jantar bastante agradável.

A comida estava ótima, e eles conversavam enquanto jantavam. Falaram de tudo.

Dos dois, dos filhos, de como se amavam e como suas vidas eram maravilhosas. Não podiam estar mais felizes. Só havia motivos para sorrir.

Agradeciam mentalmente, pois ter uma vida perfeita, não é um privilégio que todos têm.

― Você é minha vida, sabia? ― Diego disse, encarando aqueles olhos castanhos da esposa.

Estavam agora no sofá, sentados um de frente ao outro. Ele acariciou a maçã do rosto dela com a ponta dos dedos.

― Sabia. ― Ela riu e deu um selinho nele.

― E eu? Não sou sua vida? ― Diego disse, fazendo biquinho.

― Claro que é, meu amor. ― Roberta riu. ― E sempre vai ser. Vocês e nossos filhos são as coisas mais importantes da minha vida.

Diego se aproximou mais dela, e a beijou. Um beijo com ternura, as línguas se enroscavam carinhosamente. Roberta acariciava os cabelos negros de Diego, enquanto ele passava a mão sobre a enorme barriga e indo até a cintura.

Roberta intensificou o beijo, e levou uma das mãos até a camisa do marido, desabotoando ela. Já tinha desabotoado três botões, até que Diego pegou em sua mão e a tirou de lá.

― Que foi? ― Roberta sussurrou. Ela ainda tinha a testa colada á do marido. Os dois tinham a respiração ofegante, e estavam de olhos fechados. Os narizes se tocavam levemente.

― Não sei se posso fazer isso. ― Diego sussurrou de volta.

― Eu sinto falta das nossas noites, por favor. Já faz meses... ― Roberta abriu os olhos, mas manteve a testa colada á dele. Fez uma cara de manhosa, encarando o marido.

― Eu sinto mais ainda. Mas eu tenho medo de machucar nossa filha. ― Diego explicou.

― É só irmos com cuidado, devagar. ― Roberta ainda pedia. Ela afagou o cabelo do marido.

― Tem certeza? ― Diego perguntou, ainda em dúvida.

― Aham. ― Roberta assentiu com a cabeça. ― Sei que você vai fazer com carinho, confio em você.

Diego soltou uma risadinha. Era meio estranho estar ali discutindo com Roberta se fariam ou não sexo, sendo que ela está grávida.

A encarou, ficava hipnotizado com aqueles belos olhos castanhos da esposa. Ela era perfeita, em tudo, mas aqueles olhos era realmente o que mais adorava nela.

― Eu te amo. ― Ele disse, e a beijou.

― Eu também te amo. ― Ela disse, conta os lábios dele. Roberta se entregou ao beijo, deixando se levar.

Em pouco tempo, os dois já haviam chegado ao quarto.