Filhos dos três grandes. escrita por ooooo


Capítulo 1
Viro uma assassina.




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Meu nome é Lia Wilson tenho treze anos e moro no Brasil. Minha vida estava digamos “normal”, até hoje, o dia em que fui atacada por minha colega de hipismo, que na verdade era uma espécie de uma vampira com pernas estranhas e fui salva pelo meu cavalo, Fred, que na verdade não era meu cavalo, pois pelo o que eu me lembre ele nunca teve asas e nunca soube voar. Você deve achar que estou ficando louca não é? Pois eu, já tenho certeza de que estou louca, e como provavelmente você não esta entendendo nado do que estou falando, vou explicar tudo o que aconteceu, desde o inicio.

Nos últimos anos , minha vida esta se tornando um tanto entranha, eu não consigo permanecer em uma escola sem quase destruí-la ou sem quase matar alguém, eu tenho doze anos e ainda tenho um amigo imaginário, é um amigo imaginário, mesmo que eu acredite que ele não seja imaginário, as pessoas insistiram tanto nessa historinha de que não tenho muitos amigos e por isso criei um em minha cabeça, que fui obrigada a acreditar nisso, e o pior, ando sendo perseguida constantemente por uma criatura estranha e assustadora, e muitas delas andam armadas. A orientadora pedagógica da minha nova escola, a Escola Para Jovens Delinquentes, convenceu minha mãe a me fazer frequentar um psicólogo, e disse que a explicação para estas ocorrências, é o sumiço do meu pai, eu não sei o porquê, apesar de ja ter dito milhares de vezes que meu pai havia morrido em um acidente de avião, essa minha orientadora, que mais parece uma múmia de quatrocentos milhões de anos, continua insistindo em dizer que ele me abandonou. Todos estes acontecimentos estavam me deixando tão abalada e assustada que resolvi contar tudo a minha psicóloga, a morte de meu pai, os seres estranhos e armados me seguindo, o fato de eu não conseguir fazer amizades e nem parar em uma escola e até falei sobre meu amigo imaginário. Quando terminei de contar tudo seu rosto assumiu uma expressão aterrorizada e ela exigiu que minha mãe fosse conversar com ela. Poxa! Eu não posso ser tão ruim assim, até mesmo a psicóloga que já atendeu crianças que tentaram matar seus vizinhos por que tinham brinquedos melhor do que o deles, ficou aterrorizada com a minha historia. Eu sabia que não devia ter contado nada a ninguém, nunca mais vou falar nada a ninguém nem mesmo se um bando de alienígenas mutantes tiver me seguindo... Bem nesse caso eu acho que poderia pensar no assunto. Mas contar tudo a minha psicóloga foi sim a pior coisa que eu poderia ter feito, pois depois deste dia minha mãe parece estar enlouquecendo, ela fica o dia todo procurando em sites e revistas imóveis a venda em lugares muito distantes, ela não me deixa mais sair sozinha e colocou cadeados em todas as janelas e portas da minha casa, como se alguém a tivesse ameaçado de morte. Eu não sabia oque estava acontecendo, mas sabia que não era nada bom e as coisas ficaram ainda mais confusas e assustadoras hoje. Ao chegar da escola encontrei minha mãe debruçada sobre a cama chorando. Então percebi que ela estava falando algo e me aproximei silenciosamente do quarto onde ela estava me escondendo atrás da porta para escutar oque ela dizia.

–Eu achei que aqui seria seguro o suficiente, você havia me garantido que eles não a achariam aqui, e agora oque eu vou fazer? Ajude-me, Lia esta em perigo.

Então eu entrei lentamente no quarto e perguntei:

–Mãe? Está tudo bem com você?

–Lia oque você esta fazendo aqui minha filha? Vá embora, por favor. -Disse ela enquanto enxugava rapidamente as lagrimas do seu rosto

–Mas mãe, o que está acontecendo? Com quem você estava falando?

–Olhe minha filha, não se sinta mal por eu não te contar o que esta acontecendo, quanto você menos souber melhor para você minha querida. Agora chega de perguntas antes que eu fale algo que não devo.

–Mas...

–Vá minha filha, você já esta atrasada para sua aula de hipismo – ela me interrompeu e forçou um sorriso.

Mesmo muito confusa, eu decidi obedece-la deixando o quarto sem fazer mais perguntas. Eu estava muito triste pela minha mãe e me sentia culpada por tudo aquilo, pois todos seus problemas se resumiam a mim, ela deveria me amar muito para quere continuar com uma filha como eu, na minha vida inteira só causei problemas a ela já fiz com que minha mãe perdesse diversos empregos, quase incendiei nossa casa e até já consegui fazer com que seu carro explodisse, só não me pergunte como. Fui para o meu quarto, peguei minha roupa de hipismo e conferi se estava com meu colar da sorte, minha única lembrança de meu pai, minha mãe dissera a mim que ele havia deixado para mim um dia antes de falecer, era uma corrente fina feita de um metal escuro com um pingente roxo escuro, quase preto. Depois de ter colocado tudo em minha bolsa, roupa e lanche, fui para minha aula de hipismo.

Quando cheguei fui recebida de surpresa pela minha colega de hipismo Lize com um forte abraço e alguns pulinhos exagerados. Ela era alta e magra e devia ter uns 15 anos, sua pele era branca e seus cabelos eram negros e sedosos, seus olhos tinham uma cor meio avermelhado e ela anda sempre bem vestida e maquiada.

–Liaaaaaaa! Quanto tempo, já estava ficando com saudades- disse ela enquanto me abraçava.

–Mas não faz nem duas semanas que nós nos vemos.

–Tá não precisa ser tão grossa, só estava tentando ser legal. Esta tudo bem com você? Parece um pouco chateada.

Eu estava mesmo chateado por causa dos últimos acontecimentos, e por causa da minha mãe, mas eu havia prometido para mim mesmo que não iria mais me abrir para ninguém pois a ultima vez que fui fazer isso acabei enlouquecendo minha mãe, então resolvi menti a ela.

–ãh? Eu? Pff imagina.

–Aham sei, você acha que eu não conheço essa carinha?- ela disse enquanto apertava minhas bochechas- Você esta assim por causa de garotos, você achou que iria me enganar é?

–Mas... O que?

–Não se preocupe, eu não vou falar pra ninguém, esse é nosso segredinho. Mas agora vamos apostar uma corrida de cavalos pra ver se você melhora esse seu humor.

Eu nao fazia ideia do que ela estava falando, nunca me apaixonara antes, sempre achei isso uma besteira, e afinal sou muito nova para pensar nessas coisas. Eu queria protestar, mas gostava tanto de andar de cavalo que resolvi aceitar a proposta. Quando nos duas já estávamos prontas para iniciar a corrida perguntei.

–Até onde?

–Ãh? Aah sim, já havia me esquecido. Huum... até o riacho.

– mas, mas o riacho...

– Esta com medo?- perguntou Lize, num tom provocativo, antes que pudesse continuar.

–É claro que não, mas é que o riacho... Esquece, vamos até o riacho então.

Eu sempre morri de medo de água, mas ninguém nunca soube disso, exceto minha mãe, e eu não queria parecer fraca, ainda mais diante de Liz, eu não sei o porquê mas todos sempre tiveram medo de mim e sempre procuram manter distancia, mas Lize não. Então Lize deu a largada e nós duas disparamos em direção ao riacho, que ficava dentro da floresta.

A floresta é um lugar escuro e silencioso, mas uma hora ou outra ruídos estranhos circundavam o lugar, o ar de lá era húmido e como é de se imaginar, haviam muitas arvores lá, grandes arvores cheias de musgos em seu troncos. Eu já tive na floresta uma vez, quando tinha oito anos, fui com minha escola em um passeio de estudos, e pelo que eu me lembre, ela não parecia ser tão assustadora, e neste dia eu estava sendo guiada por um guia junto com um bando de alunos e professores mas desta vez estava sozinha e não enxergava mais minha colega Lize. Estava completamente perdida até escutar o som do riacho à distancia, antão fui me guiando pelo seu som. Quando cheguei ao riacho Lize estava sentada de costas para mim em uma pedra.

Nossa que demora, já achei que tivesse se perdido mas ainda bem que você chegou- disse Lize sem ao menos ter se virado para eu pudesse ter me visto.

Mas quando ela se virou e eu quase cai de tão horrível que era a imagem que via. A pele de Lize mais branca do que giz seus olhos estavam vermelhos como sangue e suas pernas, eram horríveis, uma delas era feita de um metal amarelado que parecia bronze, e a outra era cheia de pelos e no lugar de seus pés se encontravam casacos de burro.

–O que esta olhando?- gritou ela- minhas pernas não lhe agradam?

– N-não...- murmurei desviando o olhar.

–Acho bom.

Então ela começou a se levantar e meus ossos pereciam ter virado gelatina, meu coração falhou e eu sentia uma imensa vontade de correr mas não conseguia, meus músculos estavam paralisados.

–Sabe Lia- continuou ela- eu imaginava que seria mais difícil te enganar pelo fato de você ser menina e não se sentir atraída pela minha beleza, mas olhe só, foi muito mais fácil do que eu imaginava pra falar a verdade muitos meninos teriam resistido mais que você.

Quando finalmente encontrei força, comecei a recuar lentamente olhando para os lados em busca do meu cavalo, mas só então me dei conta que não havia nenhum cavalo lá, nem o meu e nem o de Lize.

–Que pena eu ter de destruir um rostinho tão meigo- disse ela aproximando-se ainda mais enquanto eu acelerava os passos- não adianta fugir querida, sou mais rápida do que você imagina num piscar de olhos minhas presas estarão em seu pescoço se eu quiser, mas como eu sou uma empousa muito legal vou fazer uma morte rápida se você quiser, é só vir aqui e eu prometo que não vai doer nada.

Eu continuei recuando e acelerando os passos cada vez mais olhando desesperadamente para os lados em busca de uma saída, quando não vi mais saída comecei a correr.

–Então você escolheu a morte mais dolorosa. Você não achou mesmo que poderia escapar de mim não é?- falou Lize já preparando suas presas, e acelerando os passos.

Eu tinha certeza de que iria morrer ela era extremamente rapida e não parecia estar fazendo o mínimo esforço para correr naquela velocidade, uma hora ou outra ela iria me alcançar, e essa hora estava próxima. Quando me virei para traz Lize se laçou cima de mim numa velocidade anormal. De uma coisa eu estava certa, eu estava morta, literalmente. Mas quando Lize estava á uns dois metros de distancia uma sombra passou voando por cima da minha cabeça atingindo Lize no peito fazendo com que ela caísse no chão. Quando me virei para ver do que se tratava vi Lize tentando se livrar do meu cavalo Fred, que estava em cima dela, mas não podia ser meu cavalo, ele nunca teve asas não que eu tenha percebido, mas acho que aquelas asas eram muito grandes para serem passadas despercebidas. Eu estava paralisada vendo Fred e Lize brigando, mas quando Lize cravou suas garras nele fazendo com que ele caísse percebi que não poderia ficar ali parada vendo meu cavalo morrer. Então fechei os olhos e desejei do fundo do meu coração que algo destece Lize. Eu senti meus ossos amolecerem, meus músculos começaram a pesas e um calafrio subiu pela minha espinha e eu cai de joelhos no chão, então escutei um CRAAK e quando abri os olhos meu cavalo estava deitado no chão tentando se levantar e no lugar onde deveria estar Lize encontrava-se uma enorme cratera que parecia não ter fim.

– Eu-eu, eu não fiz isso n-não pode ser, oque esta acontecendo comigo?- sussurrei para mim mesma enquanto levantava com dificuldade.

Eu não podia ter feito isso, simplesmente abri um buraco imenso na terra? Como posso ter feito isso? Eu só podia estar totalmente louca, primeiro minha colega de hipismo se transforma em um monstro, depois meu cavalo ganha asas e por fim eu abro uma imensa cratera na terra!

– Isso só pode ser um sonho- murmurei enquanto beliscava meu braço.

Eu olhei novamente para a cratera para ter certeza de que não estava vendo coisas e ela ainda estava lá depois olhei para meu cavalo que já estava de pé para ver se ele ainda tinha asas e infelizmente tinha, então ele inclinou a cabeça e flexionou os joelhos das patas traseiras como se estivesse pedindo para que eu montasse nele mas eu não sabia se devia montar em um cavalo com asas, mas de que outro jeito eu sairia daquela floresta? Eu estava completamente perdida e aquele cavalo de alguma forma chegou ali sozinho, então ele deveria saber o caminho de volta.



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