Doce Assassino escrita por Alenya
Notas iniciais do capítulo
'Mini Cap. A segunda parte terá quatro vezes o tamanho dessa' 'Pode ser que seja meio exaustivo, mas eh essencial para o desenrolar da história' 'Arigatou aos que estão seguindo a história e a leitora que comentou no 1º Cap. Espero que eu consiga atender as suas expectativas, mas você considerar que a minha fic tenha um diferencial já no início é uma grande vitória'
Capítulo 2
Primeira Noite - Parte 1
O dia passara calmo. E nostálgico...
A cada passo que ela dava, sentia a presença dele queimar-lhe. Nada tinha o poder de irritá-la, mas aquela perseguição a deixava de certa maneira incomodada.
Os olhos dele eram os de um predador examinando sua presa, mais se sentia encantado até mesmo com a tristeza que exalava dela. E intrigado principalmente. Pensava que esse era o motivo de tê-la deixado viva: Queria descobrir o motivo de tanta agonia e indiferença em sua própria vida. Já cometera diversos assassinatos. De diversos tipos de pessoas, porém, todos possuíam algo em comum: lágrimas e desespero nos minutos precedentes a sua morte.
Mas pra ela morrer ou viver não faz diferença. E antes de realizar a ordem de seu mestre, iria descobrir o que causara isso nela.
A lua já apontara no céu enquanto ela desamarrava os laços de seu vestido rosa.
– Pretende me vigiar até enquanto faço isso Natsu?
– Te incomodo Lucy? - permaneceu em uma das sombras do quarto.
– Prefiro que me deixe fazer isso sozinha - deixou a longa peça deslizar até tocar o chão e encaminou-se a uma porta de madeira à sua esquerda.
– Assim será princesa - observou ela fechar a porta atrás de si e aguardou agoniantes minutos até que ela retornasse.
Como o sol surgindo no horizonte, ela transformou o ambiente com a sua beleza e aroma de camomila, o deixando cada vez mais fascinado. Agora usava um vestido mais curto e de aparência confortável. Os cabelos semi-molhados e expressão um pouco mais suave.
Sentou na frente do piano e deslizou os dedos sobre as teclas.
– Porque gosta tanto de tocar? - permanecia inerte na escuridão.
– Porque foi minha mãe que me ensinou - iniciou uma melodia nostálgica. A mesma de sempre.
– E onde ela está agora?
– Meu pai a matou - mantinha-se indiferente.
– Não se importa com isso?
– De nada adiantaria me importar, a menos que fizesse o mesmo que ele. Com ele.
Um leve silêncio se instalou no local, até que as teclas parassem de se mover.
– Você deseja se casar com Luxus?
– Mesmo se desejasse - encarou um dos lados escuros do quarto - Tenho apenas seis dias para viver - ele deu dois passos à frente se revelando em frente a janela.
– Qual o seu motivo pra desistir? Se eu a matasse ou não ontem, não iria fazer diferença pra você.
– Me diga apenas um para querer viver - arqueou uma sombrancelha.
Ele se sentiu surpreso por ela revelar uma expressão que não fosse a melancólica de sempre.
– Me diga um para que queira morrer.
– Eu não quero. Mas não tenho nada que almejar na minha vida. Não posso escolher com quem me casar, o que fazer, que sensações descobrir. Nada vale a pena pra mim.
– Deixe-me te mostrar - encarou-a.
– O que?
– Como viver pode ser bom - esticou a mão pra ela - Vamos sair daqui hoje.
– E pra onde me levaria?
– Um lugar diferente de tudo o que você já viu. Fairy Tail...
– Fairy... Tail? - perguntou pausadamente - Não fica no reino de Luxus?
– Acredite em mim, ele jamais saberá. Apenas os assassinos se reúnem lá - passou a mão na nuca.
Ela sorriu - Assim será Natsu.
– Depois de estar lá, nada mais vai ser como antes Lucy. Está... preparada?
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Como eu disse, meio exaustivo. Daqui pra frente que começa a ficar interessante...