Disenchanted escrita por Luana Lee
Notas iniciais do capítulo
Eeeeba ~pula e grita~Descobri quem tem bastante gente que lê a minha fic... Então, no comentário final *depois da história* vou fazer um pedidinho para todos vcs... Mas enquanto isso... Boa Leitura Killjoys!
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– Seattle? – perguntei, surpresa.
– É, irá ter um festival e depois daremos entrevistas a alguns programas, voltamos em uma semana – disse Gerard, com um sorriso triste.
– Mas Gerard, a gente está casado a apenas uma semana... uma semana! – insisti. – Ainda é nossa Lua de Mel, sem falar que Diana está grávida, Frank vai deixá-la assim, sozinha?
– Nenhuma de vocês vai ficar sozinha, podem ficar no mesmo apartamento – ele sugeriu.
– Eu pensei que você ficaria pelo menos umas duas semanas comigo – choraminguei, desligando a televisão do quarto, apagando a luz e deitando ao seu lado na cama.
– Mas eu volto rapidinho, você nem vai sentir minha falta – ele disse, dando um beijo em minha nuca e me abraçando.
– Hum – falei, tampando-me com a coberta.
– Eu te amo – ele disse perto de meu ouvido.
– Eu também – falei, irritada.
– Também o que? – ele insistiu, rindo.
– Te amo! – esbravejei. – Agora vira pra lá e dorme, você precisa acordar cedo amanhã para ir para Seattle – disse, afastando-o de mim.
– -
Layla’s Dream – On
Eu encarava aquele espelho novamente, naquela mesma casa estranha, e atrás de mim estava aquele mesmo sorriso feminino e psicopata. Já não me assustei mais.
Ela permanecia imóvel atrás de mim, com um sorriso largo, olhos arregalados, realmente causou-me um arrepio.
– Quem é você? – perguntei. – Onde eu estou?
Ela nada disse.
Resolvi sair dali, caminhei pela sala vazia até chegar a uma escada de madeira. Subi ela lentamente,o corrimão estava empoeirado e eu ouvia apenas o barulho de meus sapatos nos degraus.
Enfim cheguei ao topo da escada, olhei para baixo e não vi mais a mulher, apenas o espelho, vazio. Caminhei pelo corredor, havia várias portas à minha volta, mas eu parecia procurar uma em especial, até que encontrei.
Era uma porta de madeira marrom, empoeirada, com uma maçaneta dourada. Toquei a maçaneta e girei-a lentamente, empurrando a porta. Assim que ela terminou de se abrir eu arfei.
Havia um corpo pálido e sem vida deitado sobre uma cama dourada, antiga, com lençóis brancos e fronhas em cor de areia. Sua mão estava manchada com um líquido vermelho e brilhante, provavelmente sangue, e os lençóis também continham uma mancha próxima ao corpo. Aquele corpo não era qualquer um, eu tive motivos para ter esta reação, pois aquele corpo era... meu.
Caminhei lentamente até a cama, sem tirar os olhos de minha imagem desacordada sobre a grande cama. Aproximei meu rosto do corpo, examinei detalhadamente cada curva daquela face, era realmente eu.
De repente os olhos castanhos – os meus olhos castanhos – se abriram em um átimo. Caí para trás assustada. A outra eu olhou para mim rapidamente, como se tivesse se assustado comigo ali, de repente me lançou um sorriso igual ao da mulher do espelho.
– Onde eu estou? – gritei.
Ela se levantou da cama e começou a caminhar lentamente até mim, eu rastejei para trás, tentando manter uma distância entre nós duas. Até que fui obrigada a parar por causa de uma parede. Ela estendeu o braço em minha direção, como em intenção de me tocar.
Pude avistar uma outra figura atrás dela, próxima à uma janela nos fundos do quarto. Era uma imagem masculina, com roupas pretas, e segurava um instrumento pontudo e brilhante, parecia-me uma faca, que continha sangue. Logo depois reconheci a figura que agora olhava com um sorriso alegre para mim. Brendon.
Comecei a gritar.
Layla’s Dream – Off
– -
Abri meus olhos rapidamente, estava gritando realmente. Fiquei de pé, estava atordoada, sem entender.
– Layla? – Gerard perguntou, sentando na cama, assustado.
– Gerard? Onde eu estou? – gritei.
– Calma amor – ele disse acendendo a luz do quarto rapidamente e abraçando-me. – Você está na sua casa, foi apenas um pesadelo.
– Era tão real – chorei.
– Parecia real, mas não era, foi apenas um sonho – ele me abraçou mais forte. – Como era o sonho? Talvez se você falar esqueça mais rápido...
– Eu... eu... Ah Gerard! – abracei-o. – Era uma casa, havia uma mulher que me assustava, e daí... – parei, chorando.
– E daí você acordou? – ele deduziu.
– Não – falei. – Eu me vi morta – sussurrei.
Gerard ficou em silêncio, não soube ao certo se estava pensando ou me deixando pensar um pouco.
– Eu estou aqui – ele sussurrou, beijando o alto de minha cabeça.
– Você precisa dormir – falei, soltando-o.
– Não Lay, a prioridade é você – ele respondeu, secando uma lágrima minha.
– Já passou – menti. – Foi apenas um pesadelo, certo? – fingi um sorriso.
Ele sorriu também, dando-me um beijo leve e delicado.
Não consegui dormir novamente, mas fiquei quietinha até Gerard pegar no sono. Depois fui para a sala, já eram cinco e meia da manhã.
De repente o telefone tocou, fiquei com receio de atender, mas depois vi que era o número de Diana.
– Oi – falei.
– Oi amiga, acordei você? – ela perguntou.
– Não, eu já estou acordada há muito tempo – respondi.
– Eu estava sem sono, acho que é por causa da viagem da My Chem, então pensei em ligar para você, imaginei que pudesse estar acordada também.
– É, mas não é muito por causa da viagem, é que tive um pesadelo tosco – falei.
– Muito ruim?
– Mais ou menos, nada importante – disse.
– Adivinha... O Alien está mexendo! – ela riu.
– Diga à Alice que a madrinha dela mandou um beijo – ri.
– Okay, eu digo a Matt – ela retrucou.
Bufei.
– Que tal sairmos hoje? – sugeriu Diana. – Leticia queria ir ao parque diversão. Lembra que a gente disse uma vez que iríamos e até hoje não fomos?
– É, uma boa ideia, mas você pode ir nos brinquedos? Não faz mal ao bebê?
– Ah, depende do brinquedo – ela riu. – Obviamente eu não irei em nenhuma montanha-russa, mas acho que uma roda-gigante eu posso encarar, ou aquelas barraquinhas de jogos.
– Por mim tudo bem – falei. – Eu passo aí depois do meio-dia.
– Está combinado então – ela disse. – Lay, vou desligar, acho que estou ficando enjoada.
– Mas já não passou o seu tempo de enjoar? – ri.
– Layla! Eu estou grávida de um ET, não de um bebê normal, é óbvio que as coisas são diferentes – ela esbravejou.
– Okay, okay – respondi. – Nos vemos à tarde.
– Tchau – ela disse, desligando.
– -
– Me liga todo dia, okay? – falei a Gerard quando ele estava saindo.
– Pode deixar – ele sorriu.
– E... – pensei em algo para falar. – Traga alguma coisa para mim!
– O que? – ele perguntou, unindo as sobrancelhas.
– Qualquer coisa, tanto faz, uma lembrancinha, só pra você provar que pensou em mim quando estava lá – disse.
– Boba, você vai ser o meu único pensamento – ele riu.
– Se cuida – falei, dando-lhe um beijo.
– Eu que deveria dizer isso – ele disse, fechando a porta.
Fui até o quarto e troquei de roupa, coloquei uma calça jeans e uma blusa regata branca, calcei meu all star e deixei meu cabelo solto, já estava pronta.
Passei no apartamento das meninas – meu apartamento também, ainda considerava aquela minha casa – com o carro de Gerard, ele havia deixado-o comigo, já que iria com Mikey no carro de Frank até o aeroporto.
Chegamos ao parque de diversão por volta de uma hora da tarde, o sol não estava tão forte, o que era bom para um dia ao ar livre.
– Vamos na roda-gigante? – sugeriu Diana, assim que chegamos.
– Por mim tudo bem – falei.
– Não querem comer algo antes? – perguntou Leticia.
– Ah, não, roda-gigante – insistiu Diana.
– Está bem – revirou os olhos Leticia.
Fomos até a roda-gigante, a fila estava grande, então fui comprar uma pipoca para Diana – que agora estava com fome – enquanto elas guardavam o lugar na fila.
Quando voltei já estava na nossa vez de ir no brinquedo, subimos em uma das casinhas e nos sentamos.
– Nossa, é alto – disse Diana, olhando para baixo.
– Não ouse vomitar aqui em cima – disse Leticia.
– Não, não irei vomitar, o Alien gosta de altura – ela disse.
– Olha! – disse Leticia, olhando para uma barraca lá em baixo. – Tem cartomante aqui!
– Nossa – ironizei. – E daí?
– E daí que eu quero ver o meu futuro, e vocês vão junto – ela disse.
– Eu não preciso ver meu futuro – falei.
– Layla! – disse Diana. – Eu também quero ir, e se não fizer bem também não fará mal algum!
– Okay, podemos ir – desisti. – Mas já vou avisando que vocês irão pagar para mim.
– Está bem, eu pago – sorriu Leticia.
Assim que descemos da roda-gigante elas puxaram-me para a barraca da cartomante, havia dois homens parados como se fossem guardiões na porta, vestido de preto. Eles não se moveram, então entramos na cabana. Era um pouco escuro lá dentro, e estava vazio, a não ser por uma mulher vestida também de preto que estava de pé em frente a uma porta.
– Madame Shelly logo irá atendê-las- sorriu a mulher, entrando em uma sala.
– Shelly? – riu Diana. – Isso pra mim é nome de pu...
– Cala a boca! – disse Leticia. – A mulher é vidente, pode descobrir que estamos falando isso e fazer algum trabalho para a gente.
– Você tem uma mente muito fértil, Leticia – ri.
Nesse momento a mulher abriu a porta novamente.
– Qual de vocês vem primeiro? – ela sorriu.
– Diana – falamos eu e Leticia juntas.
Ela revirou os olhos e acompanhou a mulher, que logo fechou a porta novamente.
Ficamos uns dez minutos ali, esperando, olhando uma para a cara da outra, até que Diana saiu sorridente de lá.
– E aí? – perguntou Leticia.
– Ela disse que eu vou casar com Frank – ela sorriu. – E ela adivinhou o nome dele!
– Ele é famoso – lembrei. – Todos sabem que você está grávida dele.
– Você acha que ela tem tempo de assistir televisão, Layla? – ironizou Diana. – Ah, ela disse que meu Alienzinho vai nascer com muita saúde!
– E vai ser menino ou menina? – perguntei.
– Eu não vou perguntar! Já disse que quero continuar com o suspense – respondeu ela.
– A próxima – chamou a mulher.
– Deixa que eu vou – disse Leticia, já seguindo a mulher.
– Ela leu sua mão? – perguntei.
– Sim – ela sorriu. – Disse que minha linha do amor e da vida são longas – ela disse, olhando para a palma de sua mão.
– E o que isso quer dizer? – perguntei,
– Eu sei lá – ela deu de ombros. – Mas deve ser algo que diga que eu viverei bastante e amarei bastante também.
– Provavelmente – concordei.
Ficamos em silêncio até Leticia voltar.
– Pode vir – disse a mulher para mim.
– Eu não acredito que estou fazendo isso – murmurei para elas.
Segui a mulher por um pequeno corredor, até entrar em uma salinha pequena, escura, com uma mesa no meio e uma mulher, vestida também de preto, sentada do outro lado da mesa.
– Sente-se – disse a mulher sentada após a outra moça sair.
Sentei à sua frente, em silêncio.
– Layla – ela disse.
– Sim – arregalei meus olhos. Você é casa com o Gerard! Ela com certeza deveria saber seu nome, não se assuste, pensei.
– Tire três cartas – ela disse, me entregando um monte de cartas.
Escolhi três cartas sem ver seus desenhos e entreguei-as. Ela as virou sobre a mesa rapidamente e as examinou por alguns instantes.
– Estranho – ela disse.
– O que? – perguntei.
– Nunca vi essa combinação – ela respondeu.
– E o que ela diz?
– Você tirou as cartas correspondentes ao amor, dor e morte – ela me olhou.
– E isso é ruim... não é?
– Não sei – ela sussurrou, parecia confusa. – Dê-me sua mão.
Estendi minha mão direita para ela, que a pegou rapidamente.
Ela examinou minha mão por alguns segundos em silêncio, traçando linhas imaginárias com os dedos.
– Oh Deus! – ela arfou.
– O que houve? – perguntei, assustada.
– Sua linha da vida... – ela disse. – Não corresponde à sua vida.
– Como assim?
– Pelo tamanho dela... Você não deveria estar aqui, Layla.
– Eu estaria morta?
– Sim – ela disse. – E o mais estranho é que a linha que corresponde ao seu amor é muito maior do que a da sua vida... geralmente é o contrário, já que nós vivemos mais do que amamos – ela explicou.
– E isso que dizer o que? – não entendi.
– Você já sofreu algum acidente? Recente?
– Sim – sussurrei. – Fui atropelada há alguns meses.
– Ficou bem ou foi grave?
– Grave... fiquei em coma por algumas semanas.
Ela encarou-me estática.
– Você já namorava com seu marido? – ela perguntou.
– Sim – eu me assustava quando ela dizia sobre minha vida particular, sabia que não era tão particular assim, mas ainda era assustador.
– Pela minha experiência... eu diria que você tem algo não terminado aqui – ela sussurrou.
– Mas o que?
– Tem a ver com as cartas que você tirou... Amor, dor e morte – ela disse. – Talvez algo de outra vida, não consigo identificar...
Não sei o porquê, mas aquilo fez-me lembrar do pesadelo desta madrugada, de minha imagem morta e de Brendon com uma faca nas mãos.
– Algo a ver com vingança – disse ela. – Não sei se sua linha da vida vêm de suas outras vidas ou se está restrita a apenas essa...
– Outras vidas? Isso... não existe! – falei.
– Pode pensar que não, querida... Mas está tudo interligado neste universo... Inclusive os tempos. E o meio de ligação entre eles é e sempre será as reencarnações – ela disse.
– Eu preciso ir embora – falei, soltando minha mão das suas e levantando-me.
– Okay, mas leve eu telefone – ela disse, entregando-me um cartão. – Ligue-me se mudar de ideia, eu gostaria muito de estudar o seu caso.
Saí dali rapidamente, sem responder.
– Vamos para casa – disse às meninas.
– O que houve? – perguntou Diana.
– Houve que eu não deveria ter vindo aqui – esbravejei.
Elas não entenderam nada, mas aceitaram ir para casa. Fomos para o apartamento delas, eu não me sentia à vontade ainda para ficar sozinha em minha nova casa.
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REVIEWS?
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Então, eu falei de um pedidinho, neah? É bem rapidinho e fácil... oOh... Todos que lêem a minha fic e que tem conta no Nyah! mandem apenas uma review hoje para mim *nesse capítulo*, nem que seja apenas um "Oi"... só pra mim faze a contagem mais ou menos certa de leitores... PLEASE?? :)
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Beijos Killjoys!