Disenchanted escrita por Luana Lee


Capítulo 29
Capítulo 29 - And if I die?


Notas iniciais do capítulo

Capítulo tenso... *O.o*
Boa Leitura...



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 Cheguei ao Central Park em poucos minutos, desci do carro e caminhei pelo gramado verde, com alguns floquinhos de neve ainda. Olhei em volta várias vezes, mas nada vi.

 Quando estava quase desistindo avistei alguém deitado embaixo de uma árvore, há uns cinquenta metros de distância de mim, corri até lá e quando estava próxima pude perceber que era mesmo Gerard.

 Aproximei-me lentamente, ele não pareceu perceber minha presença, estava de olhos fechados.

 - Gee – falei.

 Ele não respondeu.

 - Gerard! – chamei mais uma vez.

 - Hum? – ele murmurou, sem abrir os olhos.

 - Graças a Deus eu te achei – falei. – A gente precisa conversar.

 - Chega de conversas, elas não resolvem nada entre nós – ele disse.

 - Não revolve pra você! Sempre repete essas crises de ciúme!

 - O que você faria se me visse beijando outra, no apartamento dela? – ele perguntou olhando para mim.

 Pensei em responder que conversaríamos sobre isso, mas eu sabia que também daria um ataque e sairia sem rumo pela cidade.

 - Você viria atrás de mim depois, e daí nós resolveríamos tudo – falei.

 - E você veio atrás de mim – ele disse.

 - Vim, por que eu te amo – falei, sentando ao seu lado.

 - Então me explica o que eu vi naquele apartamento – ele me encarou.

 - Eu já disse, ele me agarrou! – falei. – E como você foi parar lá?

 - Eu não sou idiota, Layla – ele riu. – Percebi que você estava diferente, tinha algo em sua voz, então entrei na internet e acionei o GPS do carro, e acabei vendo onde você estava, fui até lá, o porteiro estava dormindo, mas eu já sabia quem morava naquele lugar, fui até o apartamento de Brendon e vi aquela cena.

 - Então você viu que eu chutei ele – disse.

 - Deve ter me visto.

 - Não, Gerard! Não! Eu só te vi ali quando estava saindo, eu chutei ele por que ele me forçou a fazer aquilo, ele me bateu, Gerard, me bateu – falei, puxando a manga de meu casaco para cima e lhe mostrando a marca roxa em meu braço.

 - Não dá mais – ele disse.

 - O que? – perguntei.

 - Isso tudo, não está dando certo – ele repetiu.

 - Você está terminando comigo? – quase gritei.

 - Não é isso – ele falou. – Apenas preciso pensar.

 - Sabe Gerard, você pensa de mais! Não tem nada pra pensar aqui, você simplesmente precisava acreditar em mim, dizer que me amava também e esquecer tudo, mas não, você prefere deixar ele interferir em nossas vidas assim e separar tudo o que conseguimos – esbravejei.

 Não deixei ele falar mais nada, tirei – novamente – meu anel e joguei em seu colo junto com a chave do carro, ele não se moveu. Saí dali correndo e peguei um táxi, cheguei ao apartamento em poucos minutos, Diana havia saído e apenas Leticia estava em casa.

 - O que houve? – ela perguntou ao me ver chorando.

 - Nada, apenas quero ficar sozinha – falei. – Você se incomodaria em dar uma volta?

 - Claro que não, mas tem certeza? – ela disse.

 - Sim – falei, me jogando no sofá.

 - Okay, estarei com meu celular, qualquer coisa me ligue – ela disse, fechando a porta.

 Estava sozinha, pensei um pouco, estava tudo acabado, não é?! Gerard terminara comigo, descobri que meu amigo era um pervertido psicopata, e eu não tinha mais nada a perder.

 Fui até meu banheiro e peguei os antidepressivos, tomei todas as pílulas que ainda haviam no frasco – poucas, já que eu usava-os para dormir – e fui até a sala novamente.

 Minutos se passaram, minha cabeça estava pesada, mas nada comparado ao o que eu havia sentido aos dezesseis anos, o que queria dizer que não iria fazer o efeito desejado.

 Foi então que apelei ao meu último recurso. Eu sempre disse que nunca me cortaria propositalmente, eu odiava pensar na dor, mas eu não tinha outra escolha agora.

 Fui até a cozinha e vasculhei a gaveta de facas, peguei uma grande e afiada – a melhor que havia lá dentro – e voltei à sala.

 Sentei no chão e encarei a faca, era afiada e brilhante, coloquei ela próxima de meu pulso, lágrimas caíram em meu rosto, eu queria morrer agora, mas não estava tendo a coragem suficiente de pressionar a faca contra minha pele.

 - Covarde! – gritei para mim mesma.

 De repente, quando eu estava começando a pressionar a faca em meu pulso, a porta se abriu e encarei aqueles olhos assustados em mim.

 Gerard’s P.O.V.

 Fiquei por várias horas no Central Park depois que Layla foi embora. Quando estava me preparando para ir para casa, meu celular tocou.

 Olhei no visor, era Leticia, o que me deixou preocupado.

 - Oi – atendi.

 - Gerard, venha aqui rápido! – ela quase gritou.

 - O que houve? – perguntei.

 - Layla, chegou aqui em casa e me pediu para sair, ela está sozinha no apartamento agora, não quero entrar lá dentro sozinha por que estou com muito, muito medo do que eu posso ver – ela disse.

 - Como assim? – fiquei nervoso.

 - Não passou pela minha cabeça o que ela queria quando me pediu para sair, mas depois eu pensei e cheguei à conclusão de que ela vai fazer alguma besteira, Gerard! Mas eu não tenho coragem de subir lá, eu não quero ver ela como eu já vi – ela chorava.

 - Já viu? – perguntei, confuso.

 - Ela já tentou se matar, Gerard! Aos dezesseis anos, ela não fala sobre isso, mas ela sempre recorre a isso quando sente que não tem mais nada a perder – ela explicou.

 - Você acha que ela... – não tive coragem de terminar a frase.

 - Tenho certeza – ela respondeu.

 Não, ela não poderia fazer isso... Poderia? Eu não pagaria para ver.

 - Estou indo para aí! – falei, desligando o celular e correndo para meu carro.

 Cheguei ao prédio delas cerca de uns vinte minutos depois, o trânsito estava começando a ficar ruim novamente.

 Encontrei Leticia sentada em um sofá no hall de entrada do prédio, ela chorava.

 - Ela está lá em cima? – perguntei.

 - Sim – ela disse.

 - Você quer vir junto? – pedi.

 - Não... Eu não tenho coragem, eu sei o que ela vai fazer... Não quero ver isso mais uma vez, Gerard – ela chorou.

 - Okay – falei, controlando a voz para não parecer nervoso.

 Corri até o elevador e subi até o apartamento. Parei em frente à porta, estava com medo do que veria ali, será que ela já havia feito algo?

 Forcei a maçaneta e estava aberta, abri a porta rapidamente e vi...


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Notas finais do capítulo

Reviews amooures??
O que será que vai acontecer??
- - -
Beijos Killjoys! sz