Disenchanted escrita por Luana Lee


Capítulo 22
Capítulo 22 - Aperte Minha Mão


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo ... *recompensa por terem esperado taaaanto*
UYAHSUAHSUAHSUAHS'
Beijos, Boa Leitura Killjoys!



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 Fiquei um tempo indeterminado sentada no meio da escuridão, eu não sentia sono algum, e poderiam ter se passado dias ou meses que eu não teria percebido.

 A dor na cabeça e no corpo não existia mais, tudo que eu sentia era um vazio dentro e fora de mim, como se algo faltasse, e eu sabia muito bem o que era esse “algo”. Meu corpo.

 - Layla – ouvi alguém sussurrar, parecia que o som vinha de dentro de minha cabeça.

 - Gerard? – perguntei, era sua voz.

 - Layla, me diz que você está aí – ele pediu.

 - Eu estou! Gerard! – gritei.

 - Droga, Layla, por favor, me responda – ele parecia chorar.

 - Mas eu estou respondendo... – sussurrei.

 Ele não me ouvia, nem parecia perceber meu desespero.

 Desisti, comecei a chorar enquanto ouvia ele implorar para que eu respondesse.

Gerard’s P.O.V.

X – x 10 de Janeiro x – X

 Quase um mês se passou. Layla continuava dormindo, e não dava nenhuma reação aos estímulos dos médicos para que acordasse.

 Eu estava cansado daquilo, cansado da espera sem resultados, cansado de ir todos os dias até o hospital ver se havia algo de novo em seu caso, cansado de ver todos os dias seus batimentos cardíacos diminuindo, cansado de falar todos os dias com ela e ela não ouvir, cansado de tudo. Eu estava cansado.

 My Chemical Romance deu uma pausa, eu não tinha condições de continuar cantando, de viajar, de dar entrevistas, enquanto Layla estava em coma, tanto por que eu sabia que em qualquer entrevista um assunto seria frequente: Layla.

 - Olá senhor Gerard – disse a recepcionista assim que saí do elevador.

 - Oi – sorri e fui diretamente a UTI.

 Caminhei pelos corredores, eu já tinha passagem permitida ali. Parei em frente ao quarto 481 e olhei pelo vidro. Sua cama estava vazia.

 Meu coração parou por alguns instantes, perdi o ar em meus pulmões. Onde ela estava?

 - Olá Gerard – disse o Dr. Hill se aproximando de mim.

 - Onde ela está? – perguntei nervoso.

 - Acalme-se – ele sorriu. – Apenas a levamos para fazer alguns exames, parece que ela tem tido muitos sonhos enquanto dorme.

 - Como assim? – fiquei confuso.

 - Suas ondas cerebrais aumentaram ontem, logo após sua visita – ele sorriu.

 Eu havia a visitado ontem, como todos os dias, e conversei com ela. Okay, aquilo foi como um monólogo, já que não obtive respostas, mas eu podia imaginar sua voz.

Flash Back – On

 - Layla – sussurrei perto de seu ouvido.

 Silêncio absoluto, ela não demonstrou nenhuma reação.

 - Layla, me diz que você está aí – pedi.

 Nada. Aquilo era torturante.

 - Droga, Layla, por favor, me responda – lágrimas caíram, eu chorava novamente.

 Ela podia me ouvir? Por que ela não acordava logo? Eu estava com tantas saudades dela.

 Logo tive de ir embora, o horário de visitas já havia acabado há tempos, mas tive permissão de ficar por alguns minutos a mais ali.

Flash Back – Off

 Aquilo era bom! Era bom não era? O cérebro de Layla ainda trabalhava, isso era sinal de que ela poderia acordar.

 - Além disso – ele começou – os batimentos chagaram a um pico de cento e cinco batimentos por minuto, o que demonstraria que ela estava nervosa com algo, indicando ainda mais algum sonho, pesadelo ou pensamento.

 - E isso quer dizer... – incitei.

 - Nada exatamente, apenas que ela ainda está viva, e isso é um grande passo Gerard, pode não parecer, mas é – ele sorriu.

 Quando trouxeram Layla novamente para o quarto, sentei-me ao seu lado, ela parecia tranquila agora.

 - Eu sonho com você todos os dias – sussurrei. – E é como se fosse tão real, Layla.

 Um silêncio angustiante se mantinha entre minhas falas, onde deveriam estar as dela.

 - Como você está? – perguntei. – Fico preocupado com você aqui. É frio e eu sei como você é, uma hora sente frio, na outra está morrendo de calor – acabei rindo disso. – Ah, encontrei com seus pais ontem, na sua casa, eles também estão com saudades suas.

 Os pais de Layla haviam vindo aqui pela manhã, mas conversamos no dia anterior, eles estavam sofrendo muito com isso também, mas, como eu, tentavam esconder com sorrisos e uma falsa alegria.

 - Você precisa voltar mocinha – sorri, pegando sua mão. – Se não eu não sei o que será de mim – sussurrei.

 Toquei meus lábios nos seus levemente, ela ainda tinha seu hálito fresco, como se estivesse dormindo a apenas algumas horas.

 Olhei para sua mão, ainda havia uma agulha ali, mas aquilo não me causava mais arrepios, eu já havia percebido que havia dor maior do que uma agulha podia causar, mesmo ainda tendo medo delas.

 - Aperte minha mão – falei para ela, eu estava tão esperançoso hoje.

 Eu estava me achando um idiota, as palavras de Dr. Hill podiam ter mexido com minha cabeça, eu estava pedindo para que ela apertasse minha mão.

 Nesse momento os batimentos dela aumentaram bruscamente, e vi um vinco aparecer em sua sobrancelha.

 - Layla? – perguntei nervoso.

 Sua respiração ficou ofegante, como se algo a incomodasse, como se ela realmente tivesse me ouvido, como se ela estivesse querendo voltar para mim.

 - Eu te amo, Layla – falei. – Quero você de volta.

 Nesse momento, o medidor de batimentos cardíacos começou a diminuir rapidamente, bruscamente, até que a máquina começou a emitir um único som, sem pausas, mostrando que o coração de Layla não batia mais.

 - Layla! – gritei.

 Ela não podia me deixar, não agora! Eu precisava dela, eu não sabia mais viver sem ela, nunca poderia. Eu precisava de seu sorriso, de seus olhos abertos, ouvir sua voz, sua risada...

 Do nada doutor Hill apareceu no quarto acompanhado de duas enfermeiras, indo rapidamente até Layla, e verificou sua respiração. Ele me olhou desapontado, parecia triste.

 Fiquei desesperado, ela não poderia me deixar, eu morreria junto dela se isso acontecesse.

 As enfermeiras me empurraram para fora do quarto e fecharam a cortina azul que agora impedia que eu soubesse o que acontecia com Layla dentro da UTI. Ela estava indo embora e eu não poderia impedir.

 Minutos se passaram até que o Dr. Hill apareceu, saindo da porta.

 - Como ela está¿ - pedi, desesperado, chorando.


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Notas finais do capítulo

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