Sweet Revenge escrita por Jigsaw


Capítulo 2
I. Visita inesperada


Notas iniciais do capítulo

Fiquei tão feliz que tive comentários que não sosseguei até postar esse capítulo XD Obrigada mesmo!



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– Que piada quando uso "o lendário caçador de vampiros" como apelido quando eu não tenho nem mesmo uma casa decente! – Frank pensou em voz alta quando se jogou em um sofá comido pelas traças, nem se preocupando em acender as luzes da casa. – Esse lugar é uma merda!

Ele estava tão aborrecido. Não, irritado! ARGH! TANTO FAZ!

Não havia pistas de onde estava o paradeiro da "abelha rainha" dos vampiros. Parecia até que ele havia desaparecido no ar!

Não!

Isso era impossível, porque Frank sempre fora capaz de saber se o demônio estava em torno dele ou não. Embora detestasse admiti-lo, Gerard também tinha a mesma capacidade de saber onde Frank estava. Maldito.

– Deus, eu estou tão chateado! – Ele passou a mão pelo seu cabelo bagunçado, já xingando certo rapaz de cabelos negros, erm, Lorde Vampiro.

Frank coçou a cabeça e encolheu-se na dor latejante que aparecera em suas costas. Ele tentou pensar em outra coisa para distrair-se da dor e olhou em torno de sua "casa". Os assoalhos de madeira velha foram soltos porque haviam sidos devorados por cupins e assim rangiam alto cada vez que ele pisava, ameaçando quebrar sob o seu peso. Havia teias de aranha por toda parte e ratos corriam no teto. Não havia muitos móveis em sua casa por duas razões. Um, ele não precisava deles e dois, cada vez que havia um ataque furtivo por aqueles vampiros miseráveis, sua "casa" estaria em total destruição depois que Frank acabava com eles.

A eletricidade estava funcionando a partir do gerador. Provavelmente o combustível iria durar até amanhã de manhã. Havia muitas vezes que ele teve que acender velas só para polir sua espada, que era o seu orgulho. A bonita e elegante espada fora um presente de seu amigo, Mikey. Era tão afiada que podia cortar vários metais em um único golpe. A espada fora o último item remanescente de seu passado. Seu sombrio e odioso passado.

Frank suspirou. A dor estava lentamente afundando e ele estava cansado. Os vampiros não lhe disseram uma única coisa maldita depois de todo o esforço que ele havia passado para encontrá-los. Na verdade, eles mantiveram a maldita boca fechada até o fim! Ugh! Aquele desgraçado definitivamente não merece toda essa lealdade!

Você já foi assim também. Leal a ele.

Maldição! Ele levantou-se e relutante caminhou em direção ao banheiro, o chão rangia sob o peso dele. Preciso de um banho quente. Um banho muito, muito quente e agradável... O banheiro sujo foi mal iluminado e um estranho cheiro almiscarado pairava no ar úmido, os cantos foram cobertos com musgo e a pintura estava descascando fora. Mas agora tudo o que ele precisava era de um banho quente para aliviar seus músculos doloridos.

Uma das razões por ter escolhido este lugar foi porque era barato, conveniente e tinha uma banheira de aparência suja, mas muito útil. Ele deixou a banheira encher de água quente enquanto tirava as roupas e armas.

– Droga! – Frank gemeu alto.

A dor lancinante nas costas estava agindo novamente e ele tinha vergonha de si mesmo. Frank repreendeu-se severamente, pois ele já deveria estar acostumado com a dor. De qualquer forma, ele não precisava de ninguém para lhe dizer qual foi a causa. Ele parou em frente ao espelho que agora refletia de volta um jovem nos seus vinte e poucos anos de idade, com características de um rosto afilado, belos olhos verde-mel e cabelos castanhos rebeldes. Ao longo dos anos, todo o treinamento pesado tinha feito justiça ao seu corpo. Ele não era mais a criança inocente que já fora no passado. Toda a gordura inútil em seu corpo se foi, substituída por duros músculos vigorosos e ele tinha crescido um pouco mais alto. Não mais alto que o Ray, porém...

Ele parou.

Frank mordeu o lábio inferior até sair sangue. Ele afastou-se do espelho porque não queria se lembrar do passado. Doeu. Doeu muito parecido com uma grande, aberta e sangrenta ferida com sal e álcool jogados por cima dela. Provavelmente muito mais doloroso.

Sinto muito...

Uma lágrima solitária deslizou ao longo de sua face assustada.

É tudo culpa minha...

Ele esfregou a lágrima fora e colocou a culpa na poeira por entrar em seu olho. Não era verdade e Frank sabia, mas o pensamento de alguma forma o fez se sentir melhor, mesmo que fosse apenas um pouquinho.

Ele ignorou suas costas para observar a fonte da dor em seu pescoço. A tatuagem. Não era muito grande. Um escorpião negro, conhecido por ser um animal pequeno, mas perigosamente mortal. Foi "esculpida" na pele de Frank com uma agulha especial por Gerard. Frank sentia-se como uma vaca maldita, sendo marcado por alguém que ele odeia.

Ela costumava ser 'nosso' segredo.

Ele havia tentado todos os métodos disponíveis, como o uso de ácido para queimar a pele tatuada (que era muito doloroso) ou usar uma faca para descascar a pele (que fora ainda pior) apenas para se livrar dela, mas sem sucesso. Lentamente, ele afundou-se na água quente e deliciosa, saboreando a sensação de conforto e relaxamento em seus músculos cansados ​​e doloridos.

Mas a tatuagem era a única ligação que tinha com Gerard. Sempre que Gerard estivesse por perto, a tatuagem começaria a doer e Frank já ficaria em alerta, mas havia um problema, não funcionava o tempo todo. Frank suspirou de novo.

Era quase manhã e da janela do banheiro, ele podia ver os raios de sol espreitar timidamente no horizonte. Mesmo que ele entendeu que este belo cenário foi um dos maiores presentes da natureza para a humanidade, ele também se perguntou quantas mortes o sol testemunhara enquanto espreitava por detrás dos montes?

Frank suspirou... outra vez e mergulhou sua cabeça na água, sentindo o calor escaldante de sua pele. Ah! Finalmente. Ele não sabia quanto tempo queria ficar submerso na água para um resfriamento. Provavelmente segundos se passaram, provavelmente foram minutos ou horas, mas quando começara a sufocar ao ponto onde ele pensou que sua cabeça fosse estourar, Frank ressurgiu e tomou goles profundos de ar. Agora, ele não precisava se ​​preocupar com vampiros.

A causa?

Simples.

Durante o dia, vampiros são menos ativos e sim, eles podem viver sob a luz solar, enquanto não estão diretamente expostos a ela. Alho certamente irá afastá-los. Mas Gerard é diferente de todos porque ele tem a habilidade de andar sob o sol, ressuscitar novamente (a menos que seu coração esteja separado do corpo), a água benta não vai afetá-lo como outros de sua espécie e ele também trata as cruzes como algum tipo de brinquedo estúpido. Em outras palavras, ele foi o Lorde dos Vampiros e era indestrutível.

Frank sacudiu a cabeça, causando grandes pingos de água espirrar sobre os azulejos do banheiro já molhados. Era por isso que ele precisava estar alerta em todos os momentos e também ser mais preciso quando ele atacou. Frank suspirou e então saiu da banheira enrolando uma toalha em sua cintura.

– Eu vou dormir um pouco antes de ir para a ‘caça aos vampiros’ novamente! Só que desta vez, eu vou fazê-los vomitar onde aquele desgraçado de sangue frio está!

Frank vestiu suas roupas e ativou todas as suas armadilhas escondidas na casa antes de cair em um sono profundo com sua espada em seus braços.

Despercebido pelo assassino de vampiros, um estranho estava nas sombras o observando por algum tempo agora. Depois de sua "refeição", esse estranho ficou muito bem escondido da vista de Frank para que pudesse observá-lo. O homem em negro sabia que alguns de seus asseclas tinham sido mortos pelo jovem Iero, mas ele não se importava, porque eles não eram de importância.

Usando um poder incrível, o "estrangeiro" se teletransportou para a casa de Frank e evitou provocar qualquer uma das armadilhas. Ele sorriu enquanto olhava o homem de cabelos castanhos dormindo, aqueles cílios longos escondiam os olhos mais belos e vivos que ele já vira e aqueles lábios vermelhos e tentadores que ele estava tão familiarizado. Ele zombou mentalmente como Frank olhava vulnerável em seu sono.

Frank mesmo velho. Continua bonito, fascinante e ainda assim, cheio de surpresas...

– Eu amo você, Frankie. – O sussurro foi levado pelo vento suave, mas os ouvidos aguçados de Frank pegaram o som. De uma só vez, ele levantou-se e puxou sua espada em um movimento rápido. Em alerta, ele olhou em seu entorno, sua respiração mantida a uma taxa mínima que lhe permitisse detectar qualquer perturbação no ar. Seus nervos estavam gritando para ele que havia um intruso, mas em seu coração ele sabia melhor.

Gerard estava aqui.


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