TRÊS DIAS DEPOIS...

Já faz cinco dias que não saio de casa e cinco dias que eu não vejo o Bill.

Mas quer saber?! Não vou ficar aqui dentro de casa mofando, como dizia minha velha e falecida vó.

Coloquei uma legging preta, uma regatinha leve branca, uma jaqueta de tactel também preta, e um tênis; amarrei o meu cabelo em um rabo-de-cavalo e fui caminhar em uma praça que tem aqui perto.

Avistei uma pessoa muito parecida com uma amiga que eu tive á mais ou menos cinco anos atrás quando eu ainda morava em Munique.

– Ingrid? – Aproximei-me dela.

– Kirsten aquela que não gosta de ser chamada de Kirsten?! – Riu.

– Sim... – Nos abraçamos.

– Quanto tempo!

– Pois é! – Saímos do abraço.

– Como você mudou... – Observou-me. – Está linda!

– Você também! – Rimos. - Está morando aqui? – Pergunto.

– Aham...

(...)

Conversamos muito, horas talvez... Descobri umas coisas que me surpreenderam: ela mora á dois quarteirões da minha casa e trabalha como tradutora...

Contei bastante coisa sobre mim, e ela me contou bastante coisa sobre ela também.

Nem acredito que encontrei essa velha amiga; tipo, estou muito feliz, e estou me sentindo menos sozinha.

(...)

Cheguei em casa com o sol já se pondo;

Tomei um banho e logo Ingrid apareceu, como aviamos combinado.

Conversávamos enquanto jogava vídeo-game.

(...)

Tocam a campainha;

Olho no olho-mágico.

– Omg! – Quase gritei. – São eles... – Falo baixo.

– Eles quem? – Pergunta confusa.

– Os Kaulitz...

– Ãh?

– Os gêmeos Kaulitz, que eu te falei antes...

– Ãh?

– Da banda Tokio Hotel.

– Ahh, sim!

– Oi – abro a porta animada.

– Oi... – Eles respondem.

– Está sozinha? – Pergunta Bill.

– Na verdade não... – Respondo. Ingrid aparece do meu lado.

– Prazer... Ingrid... – Sorri.

– Prazer... – Se cumprimentaram.

– Bem, entrem!

(...)

– Andaram sumidos! – Comento.

– É que estamos trabalhando muito para o novo álbum...

– Fiquei sabendo... E como ele está ficando? – Sou curiosa.

– Não é querer se gabar... Mas, está ficando ótimo... – Diz Tom.

– Que bom... – Sorrimos.

– Vocês são muito mais bonitos pessoalmente... Eu nem acredito que estou falando com vocês... Eu sou fã do Tokio Hotel... – Diz Ingrid agitada. Como assim? Há mais ou menos cinco minutos atrás ela nem sabia quem eles eram.

– Obrigado! – Tom mexe no piercing.

– É, obrigado! – Fala Bill.

– Muito sexy! – Sussurra baixo, a cutuco discretamente.

– O que disse? – Bill olha para Ingrid curioso.

– Nada! – Ela sorri.

– Pensei que não tinha amigos em Berlim... – Comenta Bill.

– Eu também pensava até encontrar Ingrid... Ela é uma velha amiga minha... Mal acredito que a encontrei!

– Fico feliz por você!

– O que estavam fazendo antes de nós chegarmos aqui? – Pergunta Tom.

– Jogando vídeo-game!

– Wow, não sabia que você gostava de jogar isso!

– Pois é. - Ri. - Eu gosto!... Querem jogar? – Convido-os.

– Claro que sim... – Aceita Tom.

– É, será legal! – Senhor, não existe sorriso mais lindo que o do Bill.

(...)

Primeiro round: Bill x Tom.

–Ganhei, ganhei, ganhei. – Comemora Bill.

– Ganhou só porque o meu carro acabou a gasolina naquela hora. – Justifica Tom fazendo cara feia.

Rimos.

Segundo round: eu x Ingrid.

– Ganhei! – Grito comemorando.

– Ah... Quase que eu ganho ta! – Ingrid mostra a língua para mim.

Terceiro round: eu x Bill.

– Bill pega leve comigo! Eu sou mulher! – Peço antes de a partida começar.

– Ok, ok... – Riu. (...)

– Ganhei! – Comemorei ao final do jogo. – Ganhei de você!

– Mas, sabe como é, ganhou só porque eu deixei...

– Nada ver ta - ri; ele fez um biquinho tão fofo que não resisti e apertei a bochecha dele. – Me desculpe... – Digo sem graça. Nem tenho tanta intimidade com ele para fazer isso.

– Não precisa se desculpar... – Sorriu. – Somos amigos não somos?

– Somos... – Ri. Bem, ser amiga dele é um ótimo começo.