POV Kate

Abri meus olhos com um pouco de dificuldade por causa da claridade; os fechei novamente. Virei o corpo à procura de menos claridade e acabei caindo da cama.

Agradeci mentalmente ao tapete que amorteceu a minha queda.

Sentei-me.

A minha cabeça estava explodindo.

Olhei em volta e percebi que não estava em meu quarto e muito menos na minha casa; percebi também que eu só vestia lingerie, que estava um pouco molhada, assim como o meu cabelo.

Levantei-me do chão assustada e confusa com tudo.

– Onde estou...? – Perguntava a mim mesma. Eu mesma não havia resposta para essa pergunta.

Dei uma volta meio zonza pelo quarto, e vi o vestido que eu estava ontem na festa jogado em cima de um puff de couro.

Rapidamente vesti o vestido; peguei os meus sapatos que estavam no chão perto do sofá. Abri a porta do quarto devagar, coloquei a cabeça para fora do mesmo e não vi ninguém no enorme corredor, então decidi sair. Fechei a porta e...

– Kate! – Alguém fala me assustando. Olho em direção a voz e fico ainda mais confusa.

– Bill?!

– Bom dia... – Diz ele sorrindo.

– Onde estou? – Pergunto confusa.

– Na minha casa oras...

– Quer dizer na nossa casa... – Tom aparece não sei da onde.

– Estou confusa... – Apertei os olhos. – Não me lembro de nada que aconteceu ontem á noite... E, a minha cabeça dói. – Coloquei a mão na cabeça.

– Quer tomar um café? – Sugeri Bill.

– Não, não gosto de café! – Sorri. – Vocês poderiam me explicar como vim para aqui? – Mudo de assunto.

– Aham...

– Vamos lá para a sala...

(...)

– O que você quer saber? – Pergunta Tom com um enorme sorriso no rosto.

– Tudo... – Sentei no sofá. - Eu só consigo me lembrar de quando o Bill e o Gustav me deixaram sozinha naquela mesa.

– Me desculpe... – Diz Bill.

O ignoro.

– Eu estava lá no bar – começa Tom - quando avistei você na pista de dança, dançando com um copo de whisky na mão... Você dança muito bem por sinal...

– Me poupe dos comentários, por favor...

– Ai o Georg começou a dançar com você e vocês acabaram ficando...

– Você está zuando com a minha cara?! – Não estou acreditando que fiz isso.

– Não você realmente ficou com ele... – Tomara que a Brenda não tenha visto essa cena.

– Eu não poderia ter feito isso... – Balancei a cabeça para os lados; a Brenda ama aquele homem.

– Por que não? – Pergunta Bill.

– Nada não... Continue Tom.

– Depois você foi até o bar e eu fui falar com você... Resumindo: você ficou comigo também! – Puta que pariu, que espécie de mulher eu sou?! O que o Bill deve estar pensando de mim agora?! - Eu queria algo mais, só que você me deu um fora... - Que bom.

– Mais como fui parar aqui? – Mudei de assunto outra vez.

– Você desmaiou, por causa do excesso de bebida; eu te segurei antes de você cair no chão e se não fosse eu, - enfatiza o “eu”- você ia ficar com alguns hematomas pelo corpo... - Riu. - E já que eu não sabia onde era a sua casa, e nem onde a sua amiga estava, resolvi te trazer pra cá...

Bill continuou:

– Eu e Tom meio que demos um “banho” em você, - arregalei os olhos - e é por isso que você ainda deve estar com a lingerie e/ou o cabelo um pouco molhados. – Sorriu; será que eles abusaram de mim? Acho que Bill não séria capaz, mas o Tom?! Não eu acho que ele não seria capaz... Que vergonha. – Pode ficar tranquila, - meus olhos voltaram ao normal - pois eu não deixei o Tom abusar de você... – Diz Bill rindo. Ele leu a minha mente? Não, a minha expressão facial né. – Não foi exatamente um banho, só deixamos você por alguns poucos minutos debaixo da água fria.

– Hum... – Falei olhando para o chão envergonhada. Cadê um buraco bem fundo para mim se esconder?!

– Ah! – Tom se lembrou de algo; que medo. – Quando estávamos te dando banho, você acordou, abraçou o Bill e começou a falar umas coisas para ele...

– O que? – Arregalei os olhos mais uma vez.

– É isso mesmo que você ouviu! Você falava que ama muito ele; que ele nem ligou para você na festa; que você é fã do Tokio Hotel...

– Chega... – Falo o interrompendo. OMG, que vergonha. – Vocês poderiam chamar um táxi para eu ir embora?

– Táxi?! Eu posso te levar até a sua casa...

– Não Bill... Acho que já dei muito trabalho á vocês!

– Que isso... Pode deixar que eu te levo...

– Ok... Então vamos...?!

– Vamos.

– Tchau Tom. – Despedi-me dele. – Muito obrigado por tudo, tudo mesmo... – Sorri sem graça.

– Nada... Precisando, estou aqui. – Sorriu mexendo no piercing com a língua.

(...)

Entro no carro de Bill; ele dá partida e eu não tiro os olhos da janela.

– Posso te fazer uma pergunta? – Pergunta Bill.

– Pode... – Sorri com um pouco de medo da pergunta.

– Aquilo que você falou ontem... Você falou porque estava bêbada, variando ou porque é verdade? Você me ama?

Suspiro.

– É verdade... – Falo baixo. – E ahh... Não era para você ficar sabendo... – Cruzo os braços.

– Por que não?

– Porque não oras... – Ri.

CINCO MINUTOS DEPOIS...

– Nossa, você até que mora perto da minha casa...

– É... – ri. – Quer entrar?

– Não, fica para outro dia... – Outro dia?! Omg...

– Então, tchau... – Se despeço dele com um beijo de bochecha. - Obrigado por tudo... E, até algum dia... – Abro a porta do carro.

– De nada... Até. – Ouço ele dizer de dentro do carro.

Ando alguns passos em direção á casa e ouço o carro dele dar partida.

Fecho a porta de entrada e quando me viro vejo Brenda me encarando séria.