Ela é o Cara escrita por EcsCraveiro


Capítulo 3
McKinley


Notas iniciais do capítulo

Aqui vai mais uma capitulo, nele já tem um pouco de interação Faberry, não é muito mais já é alguma coisa.
Boa Leitura



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Eu e o Kurt estávamos estacionados na frente do McKinley High. Minhas mãos estão suando como nunca. Meu coração está em tempo de ter um colapso nervoso.

- Espera, você acha mesmo que eu consigo?

- Eu acho... Acho mesmo

Descemos do carro e eu cumprimentei um aluno que ia passando.

- Oi? - ele me olhou de cima a baixo e respondeu antes de continuar andando.

- E ai?

- Oh meu Deus, ele percebeu. Eu vou voltar pra casa... Agora mesmo... - entrei no carro nervosa e quase gritando. O Kurt entrou pelo lado do motorista me fazendo sair de novo.

- Não... Para. Eu não gastei todo esse tempo com você pra isso... Não foi culpa minha, eu fui um bom amigo, fiz seu cabelo, sua maquiagem e não foi nada fácil... Nada fácil. Agora por favor você está bancando uma garota. Vai... vai... vai...

- Tudo bem

- Ótimo, agora deixa eu ouvir a sua voz - eu passei duas semanas treinando uma voz grossa pra poder disfarçar

- Hum, Hum... Ei e ai, qual é - ela estava diferente da minha voz habitual. Estava mais rouca que o normal, me dando um ar masculinizado.

- Beleza, agora dá uma andada - é isso nós também treinamos. Comecei a andar de uma lado para o outro, toda bossal. - Agora a escarrada...

- Isso é mesmo necessário?

- Acredite... É sim

virei pro lado e escarrei... Que nojo. Os homens são nojentos. Olhei pro Kurt quando terminei e ele estava com as mãos juntas como se fizesse uma oração

- Eu tô orgulhoso - e me abraçou, mais soltando em seguida, quando percebeu que foi com entusiasmo de mais. - Lembre se dentro de toda garota, existe um garoto... É isso mão soou muito bem mais você entendeu né?

- Entendi - peguei minhas coisas e me afastei dele

- Ei?

- Oi?

- Esqueceu isso - jogou uma bola de futebol pra mim

- Obrigado

Entrei no território do McKinley com duas malas maiores do que eu. Estava vestindo a farda de lá que é uma calça social cinza com terno e gravata azul escuro. Foi andando entre a multidão de alunos veteranos e calouros. A banda da escola vinha logo atas de mim fazendo barulho. Precisei correr pra conseguir sair a tempo. Tudo parecia um zoológico e eu era a pobre turista a procura de um lugar seguro. Achei meu dormitório que fica do lado sul da escola mais ainda é no mesmo terreno. Era o dormitório masculino o quarto 203. Me esquivei de um bumerangue e uma bola de vôlei que sem que eu percebesse vinham em minha direção. Os garotos eram todos largados no chão. Meia suja pra um lado e cueca pro outro. Um total desespero pra mim. Não sei onde estava com a cabeça quando fiz isso. Mais agora é tarde de mais pra mudar de idéia.

- Eu sou um garoto - repetia pra mim mesma - eu sou um cara gostoso, eu sou uma cara gostoso pra caramba.

Depois de percorrer dois subir duas escadas e percorrer quatro corredores achei meu quarto. Entrei com mais de mil, e nem me dei conta de que não estava sozinha. Eu só queria sair daquele lugar chamado corredor. Me sentindo observada, virei para olhar os três rapazes que estavam no quarto também.

- Oi? E ai, qual é? - nenhum deles se dignificou a me responder - Devem ser meus colegas de quarto

- É... - um cara de moicano falou - e qual é o seu nome?

- Charlie Fabray

- Eu sou o Noah Puckerman, aqueles são Finn e Mike.

O tal Finn estava sentado na ponta da cama do Noah e o Mike estava jogando vídeo game. Eu queria cavar um buraco e me enterrar. Mais preferi mudar de assunto.

- Então sabem quando começam os testes pro futebol?

- Porque você joga?

- Com certeza...

- Fala sério de que ano você é? O setor dos calouros é no andar de baixo - O gigante chamado Finn tirou onda do meu tamanho, porque eu acho que não vou gostar dele?

- É que eu pulei algumas séries... Eu sou um gênio.

- Cara seu colega de quarto é estranho - o japonês falou pela primeira vez, deixando o vídeo game de lado e me dando total atenção.

- Vocês jogam?

- Eu sou da defesa, Mike é atacante e Finn é o quarterback.

- Legal

- Os teste é hoje de meio dia.

Depois de mais um tempo desfiz minhas malas e organizei tudo. De meio dia fui fazer o teste. Espero que eu consiga.

- Oi eu sou a treinadora Beiste e vou treinar vocês para mais um ano. Estou vendo que tem caras novas aqui, mais não pensem que vou pegar leve só porque

são novatos. E pra começar vamos nos dividir em dois times, um com camisa e o outro sem.

- Treinadora preciso ficar com camisa

- O que?

- Eu tenho... Alergia ao sol. "alergia ao sol? É brincadeira né?"

- Tudo bem. - ela não gostou muito mais me entregou uma camiseta vermelha.

Todos os garotos começaram a correr em volta do campo. Horas pulando obstáculos, e outras circulando cones. Ainda jogamos um pequeno amistoso que meu time por ser o de calouros perdeu. Só sei que depois de duas horas fazendo isso eu estava exausta.

- Por hoje é só. Como eu dividi aqui em dois grupos, vou dividir mais uma vez. Mais agora vão ser os titulares e os reservas. Vou entregar as camisas e seus respectivos números. Os reservas são

* Jacob Ben Israel

* Johnny botansk

* Patrick swann

* Charlie Fabray, banco

Meu mundo acabou ai. Não vim até aqui pra ficar no banco. "droga" vou ter que dar um jeito nisso. Mais também eu estava achando fácil de mais.

- Agora todos vocês pro chuveiro

- Graças a Deus um banho - o tal Jacob Ben Israel falou quando passou por mim

- Banho?

- É. No vestiário masculino

- Droga esqueci que é um só banheiro pra todos os homens

Entrei no banheiro e logo jogaram uma toalha pra mim. Tinha um cara andando pelado com todas as partes dele pra fora. Tive que cobrir meu rosto com a toalha pra não ver o que não queria.

- Fabray nada de banho pra você o diretor está te chamando

- Tudo bem

Sai de lá mais rápido que um foguete. Fui pra sala do diretor Figgins.

- Olá? Não tem ninguém?

A sala estava vazia, eu entrei e comecei a tirar a faixa de velcro que estava segurando os meus seios pra eles não darem volume.

- Já era... Eles descobriram, tanto esforço pra nada.

- Senhor Fabray? - o diretor entrou batendo a porta com tanta força que eu quase cai da cadeira. - é um prazer finalmente conhecer você.

- O prazer... Hum, hum todo meu senhor - minha voz tinha saído fina. Ainda bem que ele não percebeu.

- Eu só queria dizer seja bem vindo ao McKinley e perguntar como está se saindo?

- Eu estou me saindo muito bem fazendo o meu papel de homem - falei colocando o velcro pra dentro da camisa que eu estava usando

- Papel de homem... Eu vi que você foi transferido pra ca... Eu também fui uma vez, quando os dinossauros dominavam a terra - ele falou e caiu na gargalhada. E eu ri sem graça - e eu tenho um apego por alunos transferidos. Então não se surpreenda se eu aparecer de surpresa perto de você.

- É vai ser estranho

Um minuto de silêncio

- Agora saia - falou apontando pra porta. Eu corri pra saída. Esse cara é louco. Tem certeza que ele é o diretor?

Quando abri a porta e fechei. Sem olhar por onde eu andava. Acabei esbarrando em alguma coisa. Ou melhor em alguém.

- Ai - nos duas falamos ao mesmo tempo. Eu derrubei todos os livros que ela carregava.

- Desculpe - ela falou envergonhada

- Tudo bem, a culpa foi minha - a ajudei a apanhar seus livros. Nos encaramos por um segundo. Ela era uma morena baixinha, com a farda da escola que era uma saia curta "curta até de mais" e um suéter com um urso polar. Os olhos grande e expressivos, um nariz razoável “pelo menos pra mim" e um boca linda... Linda?

- Mais o que... Há já esta fazendo contato com o sexo oposto? A dinâmica homem mulher. Toda aquela tensão sexual? Faz parte do ensino médio... Continuem, continuem. Mais tenham a decência... Abstinência é a palavra correta para não... Fazer... É isso - esse foi o diretor pirado. Eu e a garota o olhávamos com caras interrogativas e começamos a rir quando ele foi embora sem mais nem menos. Voltei a olhar pra ela que ainda ria.

- Ele é sempre tão simpático?

- Fala sério, ele foi grosseiro

- Certo - nos encaramos por mais alguns segundo. Eu já estava ficando envergonhada com o jeito que ela me olhava. Então mudei de assunto.

- Que sapatos bonitos

- Você acha? Eu comprei na Tripawed

- Não me diga? Eles vendem sapatos lá?

- Ha eles vendem sim

Só agora que me toquei que estou vestida de homem falando sobre sapatos femininos e ainda por cima com um entusiasmo terrível

- Hum, Humm... Os livros - entreguei os livros a ela

- A obrigado

- Não tem de que. Eu tenho que ir resolver assuntos de homem

- Tá bom

Deixei-a no mesmo lugar e fui pro meu quarto... Se vestir de homem é mais difícil do que eu imaginei. E esqueci-me de perguntar o nome dela.

Passei o resto do dia com duas coisas na cabeça. Primeira o teste pro time. Como eu pude ficar no banco? É brincadeira uma coisa dessas.

A segunda foi naquela garota baixinha. Não consigo esquecer aqueles olhos, ou a boca... Eu estou ficando louca.

As refeições do McKinley são feitas em um refeitório e é pra lá que estou indo agora.

- E ai galera? Posso me sentar aqui com vocês? - falo já me sentando na mesa com o Puck, Mike e Finnbobão

- E ai cara? - Puck é o único a responder, Mike me cumprimenta com a cabeça mais o Finn só me encarava, acho que ele também não vai com a minha cara.

- O jogo contra o Carmel vai ser interessante

- Há é? Porque? - Puck

- Minha irmã estuda lá, e namorava o idiota so Sam Evans

- O quarterback?

- É

- Ele é muito bom - O Mike comentou

- Não tão bom quanto eu - esse foi o egocêntrico do Finn

- Atenção... - Puck chamou a nossa atenção pra três garotas que estavam entrando no refeitório. Era uma morena gordinha, uma asiática e a morena que eu não consigo esquecer.

- Cara olha só que gata a morena baixinha - falei tentando me enturmar com os caras mais logo fui cortada pelo Finn.

- Não fala dela assim

- Porque ela é sua namorada? - rebati

- Bem que ele queria - Puck falou rindo junto com Mike - não faz muito tempo, ela foi abandonada por um cara. Ele chamou ela no estacionamento e fez dela um omelete.

- Nossa que triste - falei olhando pra ela que ainda não tinha me visto

- Mais em outras palavras... É hora de cair matando - Mike bateu um Hi-five com o Finn

- Ela parece triste - comentei e os caras me olharam estranho - eu só sei como é isso. Acabei de sair de um relacionamento onde eu acreditava em cada palavra... Cada toque... - os caras se levantaram da mesa e foram embora sem eu perceber. Fiquei mais um tempo lá olhando para a morena que eu ainda não sabia o nome. Ela agora me olhava também. Os olhos dela me hipnotizavam. Acho que fiquei em transe. Até o diretor maluco aparecer de surpresa.

- Ei. Como esta indo?

- Muito bem obrigado

NO DIA SEGUINTE

Faz vinte quatro horas que eu cheguei. E faz vinte quatro horas que eu não tomo banho. Já estou mais fedorenta que um gambá. Toda vez que vou no banheiro, ver se consigo tomar banho, tem algum garoto lá. O Deus. Eu preciso de ajuda.

Pego meu telefone pra ligar pro Kurt. No segundo toque ele atende.

- Alô, minha vida é um saco

- Kurt, todo mundo acha que eu sou um maluco esquisito. Por favor me tira daqui. Olha quem chega perto de mim desmaia de tão fedorenta que eu tô. Me leva pra casa e nunca mais deixa eu repetir uma loucura dessas.

- Quinn, querida eu não sei nem o que te falar sobre o time de futebol... Mais já sobre a parte social eu tenho uma idéia

- E qual é?

- Nós vamos mostrar pra todo mundo o homem que

você realmente é

- E como agente vai fazer isso?

Ele me contou um plano brilhante. Duas horas depois nos estávamos pondo em pratica. Ele foi junto com a Santana e a Brittany, para um restaurante, freqüentado pelos alunos do McKinley, chamado Bradstikes.

Kurt não me contou muitos detalhes sobre o tal plano, só o essencial. Que era pra mim não ficar surpresa com nada que elas duas fizessem. Ele colocou um fone no meu ouvido e nos das meninas também, assim poderia se comunicar com nós três.

Quando cheguei no lugar ele estava com muita gente. De longe avistei Puck, Mike e Finn. Eles se separaram para não deixar espaço pra mim sentar, quando cheguei perto da mesa.

- E ai galera

- E ai cara - Puck falou

Então o plano entrou em ação.

- Entra Britt - Kurt falou

- Oi Charlie - Britt falou assim que me viu. Os meninos ficaram de boca aberta. Afinal a Britt é uma mulher linda

- Oi Britt, beleza gatinha?

- Eu não fico bem sem você

- Eu sei... Sabe como é... Nova escola novas gatas

- Eu fiquei com muita saudades Charlie. Tenho pensado muito em você... Durante a noite

- Legal - ela estava cada vez mais próxima de mim

- E depois...

- Melhor ainda - Brittany estava brincando com a barra da minha camiseta. Pude escutar os garotos cochichando.

- Ela falou o que agente ouviu mesmo? - Mike

- O que tá rolando aqui? - Finn

- Ha Charlie...

- Tá legal um suspiro profundo... - Kurt mandou Britt fazer e ela fez - agora uma despedida melosa... - ela aproximou a boca da minha como se fosse me beijar, então eu beijei meu dedo indicador e coloquei nos lábios dela. - e você definitivamente é o homem dela.

- Oh Charlie, foi muito bom te ver... Me liga a hora que quiser. - ela saiu se fazendo que estava chorando, e eu me virei pra encarar os garotos que estavam com a boca aberta e disse.

- Eu transei com ela

- É legal - os três falaram - pode crer

- Entra Santana - Kurt que continuava sentado em uma mesa perto de onde estávamos ordenou.

- Charlie? É você?

- E ai tudo em cima santana?

- E quem é essa agora? - Finn perguntou pro Puck que sussurrou de volta

- Eu. Não. Sei

- O mundo parou depois que a escola perdeu seu ar Charlie Fabray - Santana estava agarrada na minha cintura, com a boca muito próxima a minha. Como eu conheço ela muito bem, tenho certeza que eu vou pagar muito caro por isso depois. 

- Hum... Uma hora o homem tem que seguir em frente, Santana

- Eu sei... A final eu não fui mulher suficiente pra você

- O que? - Puck resmungou bem baixinho

- Não foi mesmo

- E vou ter que conviver com isso pro resto da vida

- É vai - minha respiração estava ficando cortada, porque ela estava perto de mais. Santana quando queria sabia ser bem... Sexy?

- Pois saiba que eu nunca vou te esquecer Charlie nunca... Aaaah - ela se afastou e virou de costas pra mim empinando a bunda pra eu dar um tapa. Que eu rápido de mais fiz. "o que está acontecendo comigo? É só colocar uma roupa de homem e já fico pervertida?" ela saiu de lá e eu fiquei com a sensação de

dever cumprido. Olhei mais uma vez para os garotos e eles estavam quase babando na mesa, então resolvi terminar logo com aquilo.

- Essa tá muito carente - apontei pra onde Santana tinha saído. E fui pra mesa que o Kurt estava sentado. Mais antes que eu chegasse lá eis que surge o apocalipse chamado Suggar.

- Charlie?

- Sujou, não deixa ela chegar perto, que ela vai te reconhecer

- O que eu faço?

- Charlie? - cada vez ela se aproximava mais. Então eu fiz a única coisa que eu poderia fazer... FUGIR

- Sai de perto de mim

- Como é que é?

- Quer saber de uma coisa Suggar, não se aproxime de mim, acabou.

- Do que é que você está falando? - eu estava praticamente correndo dentro do restaurante e ela atrás

- Eu não quero falar com você maluca

- Charlie volta aqui

- Você á gostosa Suggar, muito gostosa. Mais tem muita gostosa por ai

- Volte aqui agora mesmo - isso não ia dar em nada, então eu parei de correr.

- A verdade é que você não tem nada mais pra oferecer e quando eu fecho os olhos eu vejo como você realmente é, você é feia. - esse era o ponto fraco da Suggar, alguém chamá-la de feia. As pessoas que estavam jantando ficaram de pé e aplaudiram, ouve vários assobios e os garotos foram me cumprimentar, até o Finn.

- É isso ai galera, vamos deixar espaço pro cara sentar - Mike falou. Incrível né como o mundo dá voltas? Há cinco minutos atrás eles não me queriam por perto, ai vem umas garota e eles mudam totalmente de atitude... GAROTOS.

- Cara, você é oficialmente o meu Ídolo agora - Finn falou apertando minha mão com força.

NO DIA SEGUINTE

- A meu Deu ela tá na nossa classe - Finn falou olhando pra porta, por onde entravam a asiática e a morena com suéter.

- Não fica vermelho, pega mal - Tirei onda dele

- Cala boca, eu não tô vermelho.

- Pessoal cada um pega um papel e leia em voz alta o nome do parceiro de vocês - a professora de biologia falou passando na carteira de todo mundo com uma urna preta.

- Tina Chang - Finn falou em voz alta e a asiática acenou pra ele - Eu não acredito que peguei a vampira

- Seja simpático - bati na mão dele

- Ela tem charme - Mike falou olhando pra menina

- Rachel Berry - falei o nome que estava escrito no papel que eu peguei. Olhei pra procurar quem era e meu coração inexplicavelmente deu um salto gigantesco ao ver quem era. A morena baixinha de suéter de bichinho acenou pra mim e sorriu. Coisa que imediatamente devolvi.

- O que... Você conhece ela? - Finn perguntou irritado

- Falei com ela ontem

- Sobre o que? Ela acenou pra você

- É e foi uma bela acenada - Puck comentou

- Espera ai galera, segura essa onda

- Olha troca comigo - Finn tentava tirar o papel da minha mão

- Eu não posso, já falei o nome dela - falei pegando minhas coisas e indo na direção da mesa que a Rachel estava. Ela me acompanhava com um sorriso lindo nos lábios.

- Oi de novo - ela fala corando "que coisa mais fofa"

- Oi... Acho que não fomos apresentados ainda, eu sou Charlie

- Rachel Berry - ela esticou a mão pra mim, quando eu a toquei uma corrente elétrica passou pelo meu braço subindo até minha cabeça e indo pros pés.

- Olá Rachel, ontem não deu tempo de perguntar seu nome

- Tudo bem, as pessoas perdem os sentidos quando são interrogados pelo diretor Figgins - nós rimos

- Pois é, acho que vamos ter aulas de laboratório juntos

- É - ficamos um tempo nos encarando até ela corar mais uma vez. "eu já falei que ela fica fofa?"

- Então você vai entrar pro time de futebol? - ela perguntou olhando pro material que estava em cima da mesa.

- É... Mais ou menos, eu fiquei no banco de reservas. A treinadora não gostou muito de mim.

- Ummm... A treinadora Beiste é jogo duro. Mais no fundo ela é boa pessoa

- Sério?

- É. Me diga quantos treinadores você já conheceu que participam do clube do coral da escola?

- Nenhum

- Pois é

- Ela participa?

- Sim

- Interessante. Qualquer dia desses eu vou dar uma olhada nela... Espera como você sabe disso?

- Eu sou do Glee Club

- Você sabe cantar?

- Sei um pouquinho

- Você podia cantar pra eu escutar né?

- Você quer que eu cante aqui?

- Porque não? A sala só esta cheia de alunos, e uma professora desatenta - falei olhando ao redor

- Eu canto pra você escutar, com uma condição.

- Qual?

- Não aqui, nem agora

- E quando? Onde?

- No auditório, hoje as quatro. Não se atrase

- Ok! Vou estar lá

- Certo - ela sorriu quando eu concordei.

A aula transcorreu perfeitamente bem. Se bem que nós sequer prestamos atenção nela. Conversamos sobre os mais variados tipos de coisa. Ela falou que é filha de dois pais gays e não tem a menor vergonha em admitir. Disse que aprendeu primeiro a cantar e depois a falar. É apaixonada por musicais da Broadway. E seu sonho é ir morar em Nova York.

Quando a aula terminou nos despedimos. E eu fui para o meu quarto. E pra minha surpresa os garotos estavam lá.

- O que tanto você conversava com a Rachel? - Finn não esperou nem eu fechar a porta por onde tinha acabado de passar.

- Nada de mais, só coisas sobre o trabalho, nos ganhamos o ponto

- Eu tenho uma proposta pra te fazer

- Que proposta?

- Eu, Puck e Mike vamos te ajudar a entrar no time titular.

- Em troca de?

- Você vai passar uma hora por dia com a Rachel... Então você vai ter que falar bem de mim pra ela. E depois eu a convido pra sair.

- E o Puck e Mike? O que vão ganhar?

- Mike gosta da Asiática e Puck tem uma queda pela Mercedes. Você fazendo a cabeça da Rachel com certeza as outras duas vão cair na nossa.

- E porque isso? O que vocês querem com elas?

- Quando você entrar pro time titular nós te contamos - não posso negar, era uma ótima proposta. Eu queria a qualquer custo ganhar do Carmel, mais pra isso teria que estar no time principal.

- Feito - por fim falei. Não ia ser nada fácil falar do Finn pra Rachel, mais eu não posso perder essa chance.

- Ótima escolha Fabray - Finn estendeu a mão pra eu apertar e o acordo foi selado.

- Agora eu tenho que ir

- Onde?

- Começar meu trabalho. Fiquei de encontrar a Rachel no auditório

- Você é rápido cara - Mike falou sorrindo

- Tchau - peguei minhas coisas e fui correndo pro auditório. Quando abri a porta, estava tudo escuro, apenas um refletor estava direcionado pro palco. Uma melodia pode ser ouvida. E a figura pequena de Rachel Berry apareceu sobe os holofotes. Então ela começou a cantar.

My Man

Oh, my man, I love him so

He'll never know

All my life is just despair

But I don't care

When he takes me in his arms

The world is bright all right

What's the difference if I say

I'll go away

Não contive um sorriso quando pude ouvir a voz potente de Rachel. Ela pode até ser baixinha mais sabe se fazer ser notada.

When I know I'll come back on my knees someday

For whatever my man is

I am his

forever more

Oh my man I love him so

He'll never know

All my life is just despair

A paixão com a qual ela estava cantando em encantou de uma forma que comecei a me questionar, porque eu fico tão inerte perto dela. Pude ver uma lágrima deslizar por sua face e não pude conter a minha própria.

Sentei-me na primeira fileira bem de frente pra ela que ainda não tinha me visto.

But I don't care

When he takes me in his arms

The world is bright all right

That's the difference if I say

I'll go away

When I know I'll come back on my knees someday

For whatever my man is

I am his forever more

Então chegou a nota mais alta da musica. Que com facilidade ela se saiu brilhantemente bem. Não agüentei mais ficar na escuridão e comecei a bater palmas de pé. Ela forçou a vista pra me ver e quando o fez deu um sorriso tímido se aproximando de mim.

- Você canta "um pouquinho né?" - falo assim que ela senta-se ao meu lado

- Não queria me gabar dos meus talentos

- Isso que você acabou de fazer ali em cima, foi a coisa mais linda que eu já presenciei na vida

- Você gostou?

- Claro Rach - Falei o apelido sem quere, na mesma hora eu corei profundamente e ela gargalhou, de uma forma tão gostosa de se ouvir.

- Não precisa ficar envergonhada só por causa desse apelido, ele com certeza é melhor que man hands

- Te chamam disso?

- Já me chamaram de coisas piores

- Eu sinto muito

- Tudo bem, não é culpa sua - ficamos um tempo em silêncio, ela olhava para os próprios pés e eu brincava com minha camiseta.

- Barbra fica no chinelo em comparação com sua versão.

- Vo... Você sabe quem é Barbra? - ela pergunta com cara de quem não acredita.

- Claro, quem não conhece Barbra Streisand?

- Eu me pergunto isso todos os dias - nós rimos, até o clima ficar constrangedor. Então mudei de assunto.

Humm... Como é o clube Glee?

- Ele é muito legal, nós estávamos pensando em competir as sectionals mais não vai dar, porque não tem gente suficiente - aquilo me deu uma idéia absurda, mais que poderia dar certo. Tanto ajudaria a Rachel como o meu trato com o Finn.

- Quantas pessoas falta?

- Quatro

- Talvez eu possa arrumar as quatro pessoas

- Sério - ela ficou alegre e quase dava pulinhos no chão.

- Sério... Mais antes eu tenho que resolver uns problemas de homem.

- Ok my man - sorrimos e continuamos a conversar. Rachel e eu tínhamos mais em comum do que eu pensava.

Depois de duas horas conversando, eu fui deixar ela no dormitório feminino e fui pro meu. Como eu já imaginava o Finn estava me esperando.

- Você demorou

- Eu estava tentando fazer ela te aceitar no clube do coral

- Você o que?

- É, o clube Glee

- Eu sei o que isso quer dizer, mais porque eu iria querer entrar lá

- Cara ela é a Rachel Berry, menina que adora musicais da Broadway e sonha ser atriz de lá. Então, se você quiser ter alguma chance com ela, vai ter que procurar outro assunto alem do futebol. Ou você acha mesmo que ela entende disso?

- Eu não posso entrar, os caras do time vão tirar onda comigo

- Ai que está, eu o Mike e o Puck também vamos.

- Como é? Eu não vou entrar...

- Vai sim - Puck começou a protestar, mais o Finn o cortou - Mercedes e Tina fazem parte de lá. E seria uma ótima oportunidade para nos aproximarmos delas.

- Foi isso que eu pensei - falei sorrindo

- Bom Trabalho tampinha


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Notas finais do capítulo

Eu preciso melhorar alguma coisa? Me digam, se a história não está fazendo sentido. Gostaram da forcinha que a Santana e a Britt deram pra nossa amada Quinn? Ela ficou excitada com a Santana, mais também quem não ficaria? Muitíssimo obrigada pelos Reviews eles fizeram o meu dia. Algumas pessoas notaram que eu tirei algumas partes de um filme, que tem por titulo o mesmo da Fic " Ela é o Cara" quem já assistiu, viu que no final e atriz (Amanda Baynes) principal termina com um homem mesmo ( Duke orsino). Mais é claro que aqui isso não vai acontecer. As mudanças vão acontecer apartir do próximo capitulo. Qua vai haver muito mais interação faberry. Sem contar que esse filme é só alguns treichos. Mais vai ter muito pano na manga ainda.
Mais uma vez obrigada por comentar, continuem me dizendo o que estão achando. Beijocas até o próximo.