Sentado na velha poltrona de couro, na pensão Salvatore. Stefan aguardava com entusiasmo, os toques que o telefone celular produzia. Do outro lado da linha, ele aguardava que Klaus o atendesse o mais rápido possível. O Salvatore colocaria um fim, em toda a desgraça que havia se estendido nos últimos meses, se libertando de uma vez do pacto que fizera para salvar seu irmão, Damon Salvatore.

Portland
A floresta estava escurecida e o homem caminhava em passos largos, procurava a uma única oportunidade para atacar, podendo realizar um de seus sonhos. Criar híbridos semelhantes a si mesmo, não era apenas uma ganância de se tornar poderoso. Era seu extinto de sobrevivência falando mais alto. No terceiro toque de seu celular, Klaus o retira do bolso vendo pelo identificador de chamada quem estava o procurando - Portland é ótima uma vez que se ignore a musica de corno e as pessoas saudáveis. É literalmente um hotel para lobisomens.

Em Mystic Falls Stefan esperava toda a conversa fiada de Klaus acabar. Com certo desinteresse sobre os objetivos do Hibrido, ele se mantém direto ao assunto– Seu pai esta morto. Com uma pausa, o vampiro aguarda a reação do Hibrido “O que disse?” Era a oportunidade que ele precisava, Sem as suas emoções humanas, havia deixado de se importar ou temer, seja qual fosse a situação. Não havia motivos para hesitar, Stefan conseguira fluir a sua natureza vampiresca a um ponto que nada mais o atingia.– Meu erro. Não seu pai de verdade e não morto. Podia sentir pelo silencio que acabara de fisgar a sua presa – Mikael - Olhando para o lado esquerdo da poltrona, sob o tapete vinho detalhado, o corpo de Mikael pai de Klaus, se encontrava com uma adaga no peito.–Apunhalado - Sem uma resposta, Stefan prosseguiu– O que quer que eu faça com o corpo?

Andando de um lado para o outro Klaus tentava assimilar essa situação. Conhecia a ambição de Mikael, e o modo tirânico que ele usava. Era quase impossível de se acreditar que seu maior inimigo estaria morto. Depois de anos fugindo de um lado para o outro, havia chegado um tempo que essa possibilidade tinha se tornado um sonho. – Primeiro quero que me explique exatamente o que aconteceu.

Stefan ficou em silêncio, buscando em sua mente os últimos acontecimentos daquele dia. Graças a compulsão que Klaus fizera era impossível, mentir...

"UMA HORA MAIS CEDO"
– Certo dizemos que Mikael seguiu Elena até aqui – Atrás de Stefan Elena o seguia ouvindo o plano, enquanto Damon procurava falhas em alguma parte que Klaus pudesse perceber, acompanhando os dois a alguns passos atrás. Tudo tinha que estar perfeito, um só erro e todo o plano fracassaria.– Tentou pega -la e usa- la como isca. Elena franziu o cenho, sem entender bem a onde Stefan queria chegar, aquele plano precisava de mais detalhes – E você o quê? O verbenou? - Ela encarou o Salvatore mais jovem, que se sentava na quina do sofá cruzando os braços.
– Não nós o verbeinamos - Damon falou em tom de zombaria.– O cara é um original faça parecer real. Os olhos azuis, do vampiro se encontravam com os da Gilbert enquanto falava. Stefan procurou melhorar o plano– Ok. Tudo bem nós o verbeinamos- Tendo a atenção de Elena novamente, ele desvia o olhar balançando a cabeça enquanto processa todos os acontecimentos em sua mente– E no processo eu descobri que ele tinha uma adaga.
Elena conclui o plano – Na qual planejava usar em Rebekah. Mas ao invés... - Ela balança a cabeça sugestivamente para Stefan, que responde a conclusão final - Enfiamos em seu coração. Uma parte do plano havia sido concluída, porém toda a situação deveria ser rica em detalhes, caso ao contrário Klaus jamais acreditaria. – E o que acontece quando pedir para ver o corpo de Mikael? – Elena pergunta preocupada. Lembrando a todos de sua presença Damon se pronuncia – Bem dito, você meu irmão, foi hipnotizado para fazer o que Klaus mandar - Estreitando o olhar o Salvatore mais velho encara seu irmão, que retribui com uma olhada sagaz - Se a idéia é atraí - lo de volta e matá - lo, a última coisa que precisamos é que você seja pego pela língua. Elena novamente se vira para prestar atenção no que Damon dizia, e volta a encarar Stefan balançando a cabeça, em busca de uma solução para aquele problema, que antes eles não haviam cogitado. – Não olhe para mim, só sou responsável de trazê -lo até aqui – Respondendo rispidamente, Stefan coloca um ponto, em sua parte de colaboração no plano.
– Klaus é inteligente, se dizer a ele que Mikael esta morto, vai querer provas - Lembrando aos dois irmãos Salvatore, a Gilbert, havia dado a sua opinião, relembrando mentalmente tudo que Nikki havia sido capaz no passado. Entrando na sala, uma voz ecoa , fazendo com que os três se virem para ver de quem se tratava - Então devo morrer- Mikael caminhava em direção a mesa de madeira, colocando sob a bancada um pano branco que envolvia um objeto metálico, e uma garrafa pequena de vidro contendo alguma espécie de pó branco. Usando vestimentas de tons escuros, de forma clássica com terno e gravata bem alinhado, ele parecia despreocupado, se importando apenas com a missão. Típico do que Elena imaginava, depois de ter descoberto o quanto, como pai Miakel havia falhado com seus filhos. Stefan se levantou, caminhando em direção ao original enquanto Elena passava em sua frente, com certa desconfiança– E se ele quiser vê - lo pessoalmente? - Ela pergunta com medo que talvez pudesse ser apenas um blefe do original.
– Significa que o plano esta funcionando. Klaus com certeza vai querer ver o meu corpo - De forma direta ele responde – Você o atrai até aqui e eu o mato - Diz a Stefan, mantendo sua expressão de tranqüilidade. Seus cabelos cortados faziam com que seu semblante, não fosse tão jovial como Damon ou Stefan, só o deixava mais frio que as palavras que pronunciava, sem remorso. Como se matar Klaus não significasse nada.– Com o quê? A adaga não funciona nele -Descrente, que Klaus pudesse ser pego, Stefan pergunta a Mikael.– Bom eu tenho uma estaca– Abrindo o pano branco, ele revela uma adaga– Feita de madeira do antigo carvalho branco - Os olhos de Mikel e Stefan se encontram por um momento, logo o original abre a garrafinha – O que deixou essas cinzas quando foi queimado. Damon que até o instante se mantinha observando, procura uma explicação – Onde está?
– Não esta aqui - Mikael responde, fazendo com que Damon vire o rosto de desaprovação – Saber a sua localização é meu seguro. O Salvatore mais jovem coloca ambas as mãos nas costas, mantendo os braços abertos– Contra o quê? - Ele pergunta a Mikael. O original caminha dois passos para frente, com a adaga na mão. Sua voz é calma e mansa.– Vocês deixarem isso no meu peito - Com um olhar rápido Stefan olha para as mãos do original fitando a adaga. – Vê vampiros não podem apunhalar um original sem morrer. Então... - Com um sorriso nos lábios finos, Mikael olha sugestivamente para Elena – Resta você - Entregando a adaga, nas mãos da Gilbert, ela tenta entender de fato o que Mikael quer que ela faça – Quer que eu te apunhale?– Sua voz sai em um tom baixo, e de certa forma falar isso a deixava desconcertada. Ela era apenas humana, e um original se deixar abater, pedindo a ela que fizesse isso era um hipótese que jamais cogitaria.– Klaus não deixa nada ao acaso. Especialmente quando a questão é confiança- Lembra o caçador de vampiros.
Elena segura a adaga passando o dedo pela lamina com cuidado, parecia que a tensão na sala de estar havia subido. Ou talvez só fosse a sua imaginação que naquele momento se misturavam com vários sentimentos.

" PRESENTE “
–“ Quero vê -lo" - De forma inqueita, Klaus responde do outro lado da linha - "Quero eu mesmo ver seu corpo apodrecendo" – De um lado para o outro, caminhava em um ritmo mais rápido controlando a raiva que sentia dentro de si. Mikael era tudo que Klaus sempre sonhara destruir, desde jovem Nikki por mais que fizesse parecia nunca ser o suficiente e jamais conseguia agradar ao pai.

– Bem ele esta aqui. - Stefan responde com a voz indiferente. Se levantando da poltrona, ele se aproxima do corpo de Mikael morto no chão. Olhando para o original, dando uma leve olhada para Elena ao confirmar a sua resposta– Venha, a qualquer hora.

– Se estiver mentindo, Stefan, sua compulsão irá te expor. Então responda com a sua vida - Os olhos azuis do hibrido, brilhavam pelas lágrimas que se enchiam a cada instante. Uma mistura de raiva, medo e obsessão de saber que Mikael pudesse estar morto, se misturavam a cada instante dentro do coração, amargurado do híbrido. – O que esta dizendo é verdade?

Por estar sob o controle de Klaus, o Salvatore não conseguia mentir, entretanto o plano de Damon, Elena e Mikael havia cogitado qualquer hipótese de falha, fazendo com que todos os contratempos fossem colocados em pauta. Stefan se recordava de Elena se aproximando de Mikael, o apunhalando no coração, deixando uma marca no termo alinhado. O golpe havia sido dado com força, por alguns minutos o vampiro resistirá, segurando no peito como se estivesse sentindo uma dor lancinante, entretanto nada fizera. Não falava e tampouco expressava algum sinal de dor, era apenas a sensação terrível que a Gilbert sentia, ao ver o corpo do homem aos poucos caindo no chão. De lado sentando na poltrona de couro marrom, Stefan assistia a cena, com um sorriso sarcástico no rosto – É verdade. Vi com os meus próprios olhos.

Ainda suspeitando do que o Salvatore acabava de dizer, Klaus pensou na única que jamais o trairia. – Quero falar com Rebekah.

Stefan, Damon e Elena se olham por um momento. Fazendo com que Salvatore mais jovem estreitasse os olhos – Sem problemas. Ela esta aqui – Virando o corpo, para o outro lado da sala, o Salvatore caminha até a direção de Rebekah, a irmã mais nova de Klaus que com o rosto entristecido segura o celular. – Oi Nik - Ela esperava a resposta de seu irmão. Tentava se lembrar de todas as vezes que de alguma forma ele a manipulara. E que Nik havia matado a mulher que lhe dera a vida, fazendo com que todos acreditassem que havia sido Mikael, mesmo que no fundo não pudesse aliviar o que sentia pelo pai, somente não conseguia culpar inteiramente o irmão pelos atos cometidos. Isso jamais iria diminuír a culpa do original, que jazia morto no tapete.

– Rebekah, amor. O que eu ouvi sobre o destino trágico de Mikael e a adaga?- Sua frase saiu rápida e a excitação que aquele momento causava no hibrida não havia como disfarçar. Não podia acreditar que Mikael estava morto depois de tantos anos.

A loira usava uma jaqueta escura, e por debaixo uma blusa dourada brilhosa, combinando com os cabelos soltos e loiros que pendiam um pouco abaixo do ombro. Rebekah ficou em silêncio como se tentasse procurar uma saída. Amava Nik, mas trai - lo depois de tanto tempo, era como se estivesse dando a pior retribuição. Elena balançava a cabeça afirmativamente incentivando que a loira desse prosseguimento no plano. Rebekah respirou fundo antes de falar com seu irmão – É verdade - Caminhando em direção ao trio, emitindo um pequeno som pelo salto fino, que ao se chocar no piso de madeira a cada passo que ela dava – Ele esta finalmente fora das nossas vidas para sempre.

Abaixando a cabeça, Klaus segurava o Telefone na orelha, assimilando toda aquela situação. Ficou em silêncio como se saboreasse o gosto da vitória.