A Garota Diggory escrita por Bally B


Capítulo 2
O chapeu que fala


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, meu not deu problema, mas agora vou postar... que bom que gostaram! *-*



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Todos já estavam no salão. Dory, assim como os alunos do primeiro ano, ainda estava hipnotizada pelo teto encantado que parecia muito com o céu estrelado do lado de fora. Três alunos já haviam sido selecionados. Sonserina, Lufa-lufa, Corvinal.

Dory estava sentada nas escadas, junto com os quatro alunos que a acompanharam no barco. Não estavam conversando pois todos prestavam atenção no chapéu, mas os garotos estavam grudados em Dory. Charllote agarrava sua mão, Jazy estava se fundindo a sua cintura e Ted tremia na outra mão de Dorinda. Ela sorria para eles o tempo todo, e o aperto parecia se afrouxar um pouco quando ela fazia isso. Quando Charllote foi chamada Dory pensou ter uma mão quebrada.

Ela sorriu para a garota a incentivando, soltou a mão da garotinha e passou em seu cabelo.

– Não tenha medo, você vai pra casa certa.

– Quero ficar com você.

– Então deixe seu coração escolher isso esta bem?

Charllote parecia ter conseguido a coragem para se desgrudar de Dory e sentar no banquinho. Dory viu Charllote endurecer com o chapéu na cabeça, apertando os olhos firmemente. O chapéu anunciou:

– Grifinória!

Uma das mesas entrou em vivas, era a primeira escolhida para Grifinória. Charllote sorriu para Dory e foi se sentar a mesa da Grifinória. Após mais dois alunos o nome de Dory foi chamado.

Ted e Jazy pareciam terem entrado em colapso, agora estavam mais grudados que nunca em suas veste.

Educadamente, Dory encarou a Prof.ª McGonall e lhe perguntou baixinho:

– Eu poderia ser a ultima? Ou então ir depois deles?

A professora encarou a forma como os meninos tentavam se fundir a Dorinda para não deixá-la ir. A mulher sorriu para Dorinda.

– Muito educado de sua parte Srtª. Diggory. Então, Jazy Banddigoy.

Dory agradeceu a professora e sorriu para Jazy.

– Vou estar aqui, fique calmo. Vai.

Jazy soltou suas vestes e Dory sentiu que antes não estava respirando direito. Ele se sentou no banquinho, seus dedos agarrados a borda. O chapéu gritou:

– Grifinória!

Jazy suspirou, deu um largo sorriso para Dory e foi se juntar a Charllote, que o abraçou assim que ele se sentou.

– Ted Master.

Não foi muito diferente, Dory o incentivou a ir para o banquinho com toda a coragem que tivesse e ele foi. Mais uma vez o chapéu gritou:

– Grifinória!

Dorinda sorriu. Os três juntos, nada poderia ser melhor.

– Dorinda Mary Doggory. – seu nome foi chamado pela segunda vez, e desta vez Dory não se deteve para sentar no banco.

Ela sentia os olhos de todos do salão sobre si, até mesmo o diretor. Ela se manteve segura. Percebeu os olhares apreensivos dos alunos de Lufa-lufa, será que eles pensavam que ela iria para lá? Não, Lufa-lufa não era seu lugar.

Tem certeza?Muitos dos seus foram para lá. O chapéu lhe perguntou.

– Não é o meu lugar. – ela repetiu.

– Corvinal então? Sua inteligência ultrapassa o que a casa pede, mas pode ser um bom lugar para você. – desta vez o chapéu falou em voz alta, e Dory pode perceber que muitos no salão prendiam a respiração em surpresa.

Dory olhou para as quatro mesas. Seu coração não se demorou em nenhuma delas, mas no entanto ela sabia qual seria seu destino.

respondeu o chapéu.

– Na verdade, estou confuso. Suas características, são tão diferentes. Vejo que tem muita bondade e vontade de ajudar, mas sua inteligência superior te torna incapacitada para Lufa-lufa, e superior demais para Covirnal. Penso em Grifinória, mas o que tem de esperta lhe falta em coragem. Talvez ficaria bem na Sonserina, vejo muito grandeza aqui, mas falta algo para ir para lá, talvez falte...

– Egoísmo? – muitos alunos riram

– Vejo que tem audácia, muita audácia. Para onde deve ir, então?

– Algum lugar em que eu faça diferença.

– Então, talvez seja melhor para a GRIFINÓRIA!

Assim que o chapéu anunciou sua difícil decisão, os vivas da mesa da Grifinória reinaram no salão. Todas as mesas se mantiveram caladas, talvez por reprovação ou por surpresa. Dorinda se sentou ao lado dos três alunos do primeiro ano também escolhidos para a Grifinória enquanto a seleção continuava.

– Você sabe qual o lugar certo pra mim. – ela

– Estamos juntos! – Ted sorriu e a abraçou.

– Viu, não tinha o que temer.

Assim que a seleção acabou foi servido o jantar. A comida parecia deliciosa, Dory percebeu enquanto comia que fazia muito tempo que não se alimentava.

– Parabéns por entrar na Grifinória Srtª. Diggory. – uma menina a cumprimentou.

– Obrigado, pode me chamar de Dory.

– Sou Hermione Granger, também sou do quinto ano.

– Granger? Você por um acaso não é aquela garota com quem Crun saiu ano passado? A que também saiu com Harry Potter?

– Na verdade Harry é só um amigo, aquilo era fofoca. – a menina deu um sorriso amarelo.

– Desculpe, não queria ser indelicada.

– Tudo bem. Fred e Jorge nos contaram que você é muito legal. Queria conhecê-la.

– Sou é? Que bacana. Bem, desde que seu interesse seja em me conhecer e não saber como meu irmão morreu podemos ser boas amigas.

– Na verdade, sei tão bem quanto você como Cedrico morreu.

– Sabe é?

– Harry também estava lá.

– Ah, tem razão. Ele estava lá.

– Algum problema?

– É só que esse nome me trás más lembranças.

– O nome de Harry? Por que? Você também acredita que ele o matou? Olha, Harry não esta mentindo...

– Eu sei que não esta Hermione. Estava me referindo à imagem do que aconteceu aquela noite.

– Você estava aqui quando Harry trouxe o corpo de volta?

– Não vi essa parte, vi a outra.

– Como assim?

– Perdão, esqueci que poucas pessoas sabiam. Depois te conto, pode ser? Essa parte é muito particular para que os outros escutem.

– Ah, tudo bem. Na sala comunal podemos conversar, e você pode conhecer os meninos.

– Tudo bem.

Dory e Hermione encerraram há conversa um pouco antes de Dumbledore, o diretor, começar a falar.

Assim que desceu do dormitório Dory viu que Hermione esperava sentada em uma das cadeiras, sozinha.

– Olá Hermione.

– Estive esperando para terminarmos nossa conversa.

– Não disse que os meninos estariam aqui?

– Bem, estariam. Mas Harry não reagiu como eu esperava.

– Ele não gosta de mim?

– Na verdade, pensa que você o odeia e o culpa por tudo.

– Você disse que não é assim, não foi?

– Eu tentei, mas Harry é teimoso.

– Tudo bem, acho melhor darmos um tempo pra ele.

– Pensei que não entenderia.

– Mas eu entendo. Bem, onde paramos?

– Na parte em que ia me contar como sabe daquela noite.

– Bem, quando éramos pequenos eu e Cedrico costumávamos brincar em uma floresta ao lado de nossa casa. Um dia eu me perdi dele e comecei a chorar feito louca, então ele me encontrou. Depois desse dia, ele procurou algo para não nos perdermos. Fizemos um feitiço de ligação, e quando um estava em apuros o outro sempre sabia onde o devia encontrar.

– Então foi assim?

– A Ligação Imaculada é complexa. Um feitiço simples e muito poderoso. Podemos sentir o que o outro sente, naquela noite senti um medo terrível e percebi que tinha algo errado. Aconteceu algo que nunca podia imagina, eu pude ver o que Cedrico via, eu estava dentro dele, com ele. Ele sabia que eu estava lá, porque pensou “Obrigado, eu

sabia que você viria”. Eu vi o cemitério, vi a criatura, ouvi a voz...

Tudo se perdeu, a lembrança voltou se arrastando para sua mente e a lagrima passou pelo seu rosto como uma lamina.

– Não precisa terminar, sei o resto. A luz verde, o duelo. Eu sei de tudo.

– Entende o por que de eu não odiar Harry? Ele nunca teve culpa.

– Só queria que ele soubesse disso. – Hermione parecia triste.

– Acho que alguém esta te chamando. – Dory apontou para a escada que levava para o dormitório masculino, havia um garoto ruivo e alto chamando por Hermione.

– É o Rony.

Hermione se levantou e foi ao encontro dele. Alguns minutos depois de eles discutirem Hermione conseguiu arrastar o garoto.

– Dory, este é o Rony Weasley. Somos amigos. – Dory se levantou e cumprimentou o garoto.

– Prazer Rony, sou Dorinda. Bem, todos me chamam de Dory, então...

– Fred e Jorge te chamam de Mary.

– Sim, também pode me chamar assim se quiser.

– Na verdade, não pretendo falar com você.

– Hermione, não sabia que ele também tinha sido contra me conhecer. – Dory a olhou.

– Digamos que eles compartilham de um pensamento só.

– Rony, eu não odeio o Harry. Poderia tentar convencer ele, e pelo visto até você mesmo, de que isso não é verdade?

– Você o culpa por tudo, mas vou te dizer uma coisa. Ele não tem nada com isso sabia? Ele tentou salvar seu irmão. A culpa não é de Harry se Cedrico adorava se aparecer e morreu por isso!

– RON!

Dorinda ficou pasma. Pelo visto Cedrico não era muito querido na Grifinória, e parecia que atribuíam isso a sua pessoa agora que seu irmão se fora. Mas algo na fala de Rony a machucou muito.

Dory sabia que se ela tivesse parado naquele cemitério e morrido ao lado de Harry Potter, seu irmão jamais aceitaria o fato de que o garoto não tinha culpa, ele jamais deixaria de incriminar Harry por isso. Dorinda não era Cedrico.

Todos se esqueciam disso.

– Chega! Eu não sou ele! Parem! Querem saber como Cedrico morreu? Perguntem a alguém que estava lá! Querem saber se eu culpo este alguém? NÃO! Não culpo porque sei quem matou meu irmão, sei quem é o culpado, e ele não é Harry Potter! Não querem acreditar, pois bem, mas meu irmão continua morto e eu sei muito bem QUEM fez isso! Não venha me julgar por uma imagem que não é minha Weasley, não conhece o que sou então não diga o que ACHA que eu penso, detesto comparações.

Todos na sala comunal acompanharam o final do discurso, fazendo Dory corar assim que se calou. Rony olhava para Hermione, pedindo socorro. A fúria nos olhos de Dory deixava claro que ele acabara de passar a barreira mais extrema de sua boa vontade.

– Eu não te comparei a ninguém! – Rony finalmente achou um argumento.

– Não mesmo? Será que me julgar pelo que conhecia de meu irmão não é uma comparação?

– EU NÃO FIZ ISSO! Não diga que eu fiz isso porque eu não fiz isso!

– O que está havendo aqui? – Harry estava parado no alto da escada encarando a cena.

Rony apontava o dedo na cara de Dory, que estava vermelha devido a fúria e também por estar sendo a atenção de toda a sala comunal. Todos parados e olhando para Dory, e agora para Hary. Tudo estava ótimo para um primeiro dia de aula.

– O que esta fazendo Rony? Deixe a garota.

– Mas...

– É a mim que ela odeia, deixe ela.

– E quem lhe disse que eu te odeio? – Dory fuzilou Harry com os olhos.

– Seus próprios olhos.

– Eu odeio a ele tanto quanto você. Temos muito em comum Potter, não negue isso.

– Não foi Voldemort que matou sua família. Pelo menos não pra você.

– Devia me escutar.

– Venha Rony, precisamos arrumar as coisas.

Harry voltou ao dormitório com Rony logo atrás. Depois de muitos pedidos de desculpa Hermione deixou Dory sozinha. É claro que toda a sala comunal ainda olhava em sua direção, um pouco menos que antes mas era evidente que olhavam.

Dory se desmanchou no sofá, e sentiu de novo a sensação de destruição que a tomou no trem. Agora, alem da discussão com Rony ela carregava a lembrança daquela noite na cabeça. E por mais que ela tentasse afastar tudo da mente, parecia que a voz se tornava mais alta.

Mate o outro.Mais e mais alto. Mate o outro. Mate o outro. Mate o outro.

Outra lagrima, e mais uma vez a voz fria lhe dava vontade de gritar. Mate o outro.

Seria uma noite difícil.


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