p.o.v’s Jenny S.

            Passaram-se vários dias, uma semana exatamente. Parece uma eternidade trancafiada nesse meu quarto. Durante esta semana, eu refleti sobre tudo o que estava acontecendo, pensei se era justo tamanha angústia, pensei no que eu fiz de errado pra ter recebido isso em troca. Pensei no quanto eu ainda amo Corey, apesar da cachorrada que ele aprontou.

            Durante este tempo, eu mudei muito. Tanto emocionalmente, quanto fisicamente. Me sinto mais fria, um pouco mais cruel. Varri completamente toda a piedade, e deixei pra trás o pouco que ainda restava-me de fé... Perdi um pouco de peso, e ganhei um par de olheiras fundas e roxas, minhas bochechas sumiram quase completamente e me deixaram com aspecto esquelética. Oh, isso não é bom.

            Acordei com o som de pássaros agitados nas folhas do carvalho, e galhos farfalhando no peitoril da minha janela. O dia estava tão lindo, quase convidativo. O sol brilhava de modo acolhedor, as nuvens incrivelmente alvas esfarelavam pelo céu azul turquesa. Quase relutante, levantei , puxei as grossas cortinas e abri a janela, inalando profundamente a brisa morna da manhã. Passou pela minha mente, que eu quase, QUASE me senti bem novamente. O certo a fazer seria dar uma volta e esvaziar a cabeça. Vesti um short e uma regata, prendi meu cabelo em um rabo de cavalo, passei algumas maquiagens para tentar esconder o estrago na minha cara e desci.

            Perto da minha casa tem uma pequena praça, bem pertinho da de uma loja de artigos de música, onde uma garotinha filha do dono passa as manhãs tocando piando, o que torna a praça muito mais agradável do que o normal.

            Sentei-me na grama, logo abaixo de uma grande arvore florida e com bastante sombra. Iowa é um lugar maravilhoso, se você começar a reparar os pequenos detalhes, por exemplo: nenhuma cidade que eu já visitei tem cheirinho de lavanda por toda parte. E nenhuma outra cidade todas as cercas das casas são pintadas de branco.

            Durante o tempo em que passei sentada abaixo da árvore, e vi tantas coisas que me lembravam Corey... Os casais que passavam de mãos dadas me davam raiva. As vans que passavam pela rua me davam raiva. TUDO me fazia lembrar dele. Talvez seja porque eu esteja amaldiçoada a ficar com a mente pregada neste idiota...

            p.o.v’s Joey J.

            Manhã de sol. Que nojo. Nunca chove nesse lugar horroroso, porra, ninguém agüenta esse calor escaldante todos os dias. Ta, isso é normal aqui em Iowa, o estranho é que hoje me deu uma estranha vontade de comprar uma guitarra nova. Na verdade já venho com esse idéia na cabeça faz um tempo, logo depois eu arrebentei TODAS as cordas das minhas guitarras, no dia em que Corey traiu a Jenny, eu fiquei muito nervoso, tive vontade de socar aquele filho da puta. Ele partiu o coração da Jenny, e ver ela chorando daquela maneira me deixou meio abalado...

            Sai de casa, e fui naquela loja que infelizmente é bem pertinho da casa da Jenny.

            Fiquei indeciso entre umas três guitarras, e acabei levando todas as três.

            E bem, quase morri quando sai da loja. Debaixo da árvore da praça, havia uma pequena figura loira, com as costas encostada no tronco, e abraçada nos próprios joelhos. Parecia tão frágil, mas ao mesmo tempo tão forte. Tive vontade de abraçá-la, mas não fui, ela ainda gosta do Corey, tenho certeza.

            Mas a verdade é que ele é a pessoa mais importante de todo o mundo pra mim. Tentei refrear o que eu sinto por ela com todas as minhas forças, até me esgotar. Eu tentei enganar a mim mesmo durante muito tempo, mentindo pra mim mesmo dizendo que eu não a amo, até não suportar tamanha mentira e deixar essa ‘coisa’ fluir dentro de mim. É muito estranho, e até mesmo dolorido ver seu rosto tão sofrido, ver o quanto ela se destruiu, e o que o que mais me deixa com raiva é: “ Como Corey pode fazer isso com uma mulher perfeita ao seu lado?”

            Se eu estivesse com ela, prometeria a mim mesmo que as únicas lágrimas que eu faria escorrer de seu lindo rosto seriam de felicidade. Prometeria a mim mesmo e a ela, que seria fiel até a morte, me esforçaria ao máximo pra fazer tudo certo e ser o melhor possível pra ela...

            Mas onde já se viu, Jenny, com todas as suas inúmeras qualidades, sentir alguma coisa por mim? O anão eufórico tocador de bateria...

[N/A/: ooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooi gente *-*

P*rra, que saudade daqui. Quase morri de saudade das minhas leitoras lindas :3 Eu sei que vocês ficaram esperando (ou não) um capitulo grandãaaao e enorme daqueles meus tradicionais, mas esse daqui foi só pra matar a saudade minha de escrever aqui & pra deixar vocês roendo as unhas ai, porque daqui pra frente muita coisa vai acontecer...

Pá, talvez eu reduza o tamanho dos meus capítulos mesmo, pra ficar menos cansativo de ler e de escrever. Pá de novo, talvez minha amiga Luana vai vir do Tocantins passar uns dias aqui em Minas, e bem, se ela vier eu vou ficar meio lerda e vai demorar um pouco mais, bjo amoras, até o próximo]