The Game Of The Fear escrita por May, Fern


Capítulo 1
Capítulo 1 - Mudando


Notas iniciais do capítulo

Só... leiam.



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Quando se muda de uma cidade esturricada de gente para uma como Lingom, tudo se destoa. Não se encaixa no antigo pretexto de pequena cidade.

                Lingom era nada mais nada menos, do que qualquer outra cidade do interior em um país sem nome. Uma cidade lotada de gente e seca em personalidade. Olhando melhor para a situação na qual me encontrava, não havia tantas mudanças em relação ao que chamamos de almas dessa cidade para a que eu vivia. Tudo que me parece é que há uma maior quantia de corpos. Somente isso. Havia moradias e negócios sem que uma separação própria estivesse a vista, tudo indicava o que toda cidade grande mostra: um crescimento absurdamente desordenado. Não me importava com outros detalhes como: rodovias aéreas, pontes, trens, ônibus e derivados. Consegui um lugar para ficar a menos de duas quadras do local onde trabalharei! E um shopping dois edifícios à direita!

                 Pelas informações a mim passadas, o edifício o qual eu permanecia na frente, somente olhando para sua imponente estrutura, mesmo tão simples em sua forma! Nada daqueles estranhos e retorcidos prédios! Desenhados pelos maiores e melhores designers do mundo ocupam tanto espaço e servem somente para embelezar a paisagem, ou deveriam. Era feito de tijolos quase vermelhos de não mais de sete centímetros cada, visto dos meus olhos parecia uma imensa torre retangular com quatro janelas por andar, sem desenhos e pinturas diferentes, somente uma enorme caixa sem graça, e mesmo assim com toda a sua simples perfeição, me agradou o sentimento de poder morar em uma construção como aquela.

                Ah! O detalhe mais importante da localização de minha moradia! Ficava a quatro quadras da praia! Não essas praias geladas demais ou quentes demais, nem cheias demais de corpos ambulantes sem nada para fazer de melhor alem de queimar sua pele, tentando inutilmente chamar atenção dos outros... Era perfeita, a areia era quase branca e a água de um azul turquesa, como imaginar o que um paraíso natural estava fazendo a beira de uma cidade como aquela! Então me dei conta do obvio. A cidade havia tomado aquele paraíso para si. Sem perguntas e surda a objeções, assim como nossa toda e boa sociedade.

                Entretanto agora não é o devido momento em que deveria ser discutido algo como sociedade. Afinal estava falando de minha mudança, de uma cidade da qual ninguém sabe o nome para uma cidade um pouco menos sem importância. Não que Lingom tivesse alguma importância econômica ou política para o país, era só mais uma cidade calma em que artistas, autores, diretores e produtores gostavam de morar.

                Deixando esses detalhes não importantes para trás. Agora, eu entrava na tal construção, tão simples quanto seu exterior a única coisa que se poderia dizer que era diferente do cenário era uma recepção, como aquelas de quando você vai para um hotel, era apenas um balcão em formato de “C” que se encaixava na parede e tinha mais de um metro de altura! Pensei em como uma pequena criança conseguiria falar com uma das mulheres trajando um uniforme que consistia em uma blusa branca e um blazer preto, simples como todo o ambiente. Acabando de divagar sobre uma coisa tão fútil como o uniforme que usavam, fui direto falar com uma das recepcionistas, que alias: eram quatro!

                -Ahm... É... Com licença? – não sei por que tanto nervosismo em uma simples pergunta! Acho que as faces desgostosas das recepcionistas me tiraram a fala! Pareciam idosas olhando crianças fazendo inoportuno barulho, do que jovens atendendo um bando de pessoas que não deviam dar mais trabalho que uma barata! Pois não me notaram quando falei com suas pessoas!  - Com licença!? – rude de minha parte, mas foi somente assim que consegui a atenção por parte da que estava mais próximo de meu ser.

                -Sim?

                -Eu acabei de comprar um imóvel neste edifício, mas de acordo com as instruções que me foram dadas devo retirar a chave neste lugar. – Ainda falando rudemente com elas, pensando em como deveria me controlar! Tudo por causa de umas caras enrugadas onde deveriam ser lisas e sem marca de expressão nenhuma! – O que devo fazer?

– E... qual o seu nome?

                -Takanori, Takanori Matsumoto.

                Ainda olhando para mim como se não soubesse de onde eu havia surgido ela se virou para a tela do computador a sua frente e digitou alguma coisa, depois foi para detrás de uma porta, e voltou com um pequeno molho de chaves.

                - Aqui esta senhor Matsumoto, apartamento 111.- me disse esticando sua mão com o molho de chaves para que eu o pegasse, mas ao contrário do que ela esperava apenas perguntei:

                -E... Você não vai me dizer como eu consigo chegar até ele?- Falei com descrença. Que mulher mais desengonçada! Ela ainda ponderou por alguns segundos até parecer ter noção do que eu havia lhe perguntado. No entanto percebendo a lerda velocidade na qual a mente da mulher funcionava, resolvi ser educado e objetivo: -Poderia me acompanhar até meu apartamento?

                -Ah, sim- Finalmente algum resultado!

                Ela entrou pela porta que tinha ido pegar o molho de chaves e saiu por outra que dava para fora do balcão. Ainda com as chaves em sua mão disse – Acompanhe-me.

                E eu a segui, ao lado da recepção havia um corredor, um enorme corredor, mas que não era necessário andar por toda a sua extensão até chegarmos aos elevadores, sim eram mais de um, eram três elevadores, o normal para um prédio de vinte andares. Ela apertou o botão para que o elevador fosse solicitado, e nem trinta segundos depois ele já havia chegado, entramos e logo que ela apertou o botão que deveria me levar ao meu andar começou a explicar: 

- Nosso edifício tem um sistema de elevadores um pouco diferente, já que só há dois apartamentos por andar e eles são duplex, o seu andar é o 5°. – Olhei para ela como se tivesse entendido perfeitamente, mas era meio obvio que a única coisa que eu entendi foi que eu deveria apertar o 5 quando fosse subir para meu apartamento – A recepção fica abaixo do primeiro andar mas nos elevadores esta escrito “R” pois é mais fácil de lembrar que a recepção é a saída do prédio.

                -Okay.

                Assim que a porta se abriu dei de cara com um hall longe de ser simples, o lugar era lindo! As paredes e o teto eram forrados com papel de parede bege com arabescos pintados em dourado, o chão era todo coberto por um tapete marrom escuro, uma cor perto da do chocolate amargo, duas poltronas com enormes almofadas e uma mesa de centro, na cor tabaco ao estilo vitoriano, com algumas revistas e o jornal regional do dia espalhados por sua superfície de marfim. Um grande espaço, algo entre cinco e seis metros, entre a porta de um apartamento e outro, estranhamente a porta simples e lisa combinava com todo o cenário.

                -À direita estão os apartamentos impares, e a esquerda estão os apartamentos de números pares, a saída para a escada de emergência fica dentro do próprio apartamento. Os dois outros moradores que irão dividir o apartamento com você estão dormindo a essa hora, daqui a mais ou menos uma hora eles devem acordar. Todas as suas coisas já foram colocadas em seu quarto e ele esta destrancado, você pode usar qualquer cômodo da casa desde que não as acorde nem perturbe algum visinho, bom isso é tudo que eles me mandaram dizer, tem alguma duvida? - Agora parecendo totalmente acordada ela me estendia o molho de chaves segurando por uma chave especifica, também toda detalhada como o hall entre os apartamentos.

                Eu apenas neguei com a cabeça, e sorri minimamente imaginando os outros dois moradores, deviam ser desleixados por ainda estarem dormindo até o meio-dia de uma segunda feira!

                Ela me entregou a chave e se despediu tomando rumo ao elevador, enquanto eu, prendendo a respiração, abria a porta para minha não tão futura casa.


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Notas finais do capítulo

então não me matem nem nada, essa história é na verdade uma original que eu e minha amiga resolvemos postar aqui mudando as personagens para os Gazetto u.u// a cargo da pressão feita pela Zuzu-chan (a AlineVKei)
Não joguem pedras elas doem o/



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