Pov. Rachel

Depois que Percy foi atrás de Annabeth, eu e as meninas ficamos nós perguntando quem era o cara que Annabeth deu um fora.

– Eu to louca pra saber quem era o Zorro. – Disse Thalia do nada.

Eu e as garotas olhamos pra ela.

– Ia lá, qual é? – Disse ela nos olhando. – Quero saber quem é pra poder zoar com ele.

Eu revirei os olhos.

Thalia se levantou, e olhou pra onde o Zorro estava.

– Eu vou saber quem é.

Bianca segurou o pulso de Thalia.

– Ficou louca?

– Não.

Thalia saiu andando até o Zorro, ele olhou pra Thalia até que ela o chamou pra um canto.

– Ui. – Disse Jully. – Pro canto, é?

Todos nós rimos do comentário dela.

Pov. Annabeth

Acordei com uma dor de cabeça terrível, me arrependi de ter bebido muito.

Fiquei deitada na cama por um tempo, até que a coragem me veio e levantei-me da cama. Arrastei-me até o espelho, pra ver como eu estava.

Quando eu me olhei, tomei um susto.

– Santo Poseidon! – Disse tentando inutilmente arrumar o cabelo.

Minha trança estava toda bagunçada, tinha algo grudado no meu cabelo, o meu rimel estava borrado e eu estava com olheiras profundas.

– Já pensou se Percy me visse assim? – Perguntei pra mim mesma.

Hein? Porque o Percy? Annabeth, você está ficando louca.

Balancei a cabeça e fui pro banheiro, fiz a minha higiene matinal, escovei os dentes e sai do banheiro, peguei a escova de cabelo e fui pra frente do espelho penteá-lo.

Nota: Nunca dormi com trança no cabelo e com maquiagem.

Deixei o pente em cima da escrivaninha e fui pra frente do meu closet, tirei um short Jean customizado e uma blusa branca básica. Me vesti e sentei em cima da cama, não estava afim de fazer maquiagem alguma, então eu desci pra tomar o meu café.

– Bom dia! – Disse eu pra minha mãe.

– Boa tarde, querida. – Disse minha mãe sorrindo.

– Como é?

– Annabeth, é uma hora da tarde.

Arregalei os olhos, não estava acreditando que eu tinha dormido tanto tempo.

Minha mãe pegou um waffes e colocou na minha frente.

– Coma.

Eu estava com tanta fome que devorei o waffes em mais ou menos 2 minutos.

– E aí minha filha, como foi à festa?

– Foi legal.

– Dançou muito?

– Digamos que sim.

Ela riu.

Ela olhou pela janela e levantou a sobrancelha.

– Tem alguém ai, Ann.

Me levantei e fui até a porta, quando abri, vi Thalia saindo do carro e do outro lado do carro estava um garoto.

– Annabeth, encomenda especial. – Disse ela gritando. – O seu Zorro.

Gelei.

Foi quando eu vi um menino alto saindo de trás do carro.

– Olá, Annie! – Disse o menino com um sorriso no rosto.

Arregalei os olhos e corri em direção do menino.

– MAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAARK! – Gritei pulando em cima dele.

Eu estava tão emocionada, tão... Ah, nem sei o que dizer.

Mark me levantou e me rodou.

– Ah sabidinha, eu estava com tanta saudade. – Ele disse me abraçando mais uma vez.

Assim que ele me soltou, olhei pra Thalia.

– Como...? – Não consegui terminar a frase.

Ela sorriu.

– Assim que você foi embora, eu fiquei curiosa pra saber quem era o Zorro, pra zoar com a cara dele, sabe? – Todos rimos com essa parte. – Aí eu fui atrás dele e descobri que era o... O seu amigo. – Disse ela sorrindo

– Cara, você é... – Disse tentando encontrar a palavra certa.

– Foda? – Ela sugeriu.

– Sim.

Abracei-a fortemente.

– Bem, vamos entrar.

Peguei na mão de Mark e o puxei pra dentro de casa, Thalia foi logo atrás de nos. Tive a sensação que alguém estava me observando, mas, não liguei.

– Mãe! Olha quem esta aqui. – Eu disse soltando a mão de Mark.

Minha mãe olhou pra porta, e quando viu o Mark, saiu com os braços abertos, pronto pra abraçá-lo.

– Mark, meu querido. – Disse ela dando um abraço de urso nele.

– Tia Athena! – Disse ele rindo.

Minha soltou ele e ficou examinando-o.

– Você está lindo como sempre. – Ela disse sorrindo.

– Obrigado, a senhora não deixou de ser gatona, hein?

Minha mãe riu.

– Tudo bem, vou deixar vocês às sós.

Minha mãe subiu as escadas e foi para o seu quarto.

Virei e fiquei olhando para Mark até que lágrimas quentes rolaram do meu rosto.

– Oh meu amor, não chora vai? – Disse ele me abraçando e logo secando as lágrimas.

– To sobrando aqui, to indo, tchau. – Disse Thalia saindo pela porta.

Agora éramos eu e Mark.

– Ei, olha pra mim. – Disse ele levantando o meu rosto. – Eu sinto a sua falta.

– Eu também sinto a sua. – Disse eu baixinho.

Ele sorriu.

– Eu te amo, minha Ann. – Disse ele se aproximando mais de mim.

Mark ainda estava sorrindo, eu não conseguia tirar os olhos dele, aquele sorriso sempre me seduzia, ele depositou a mão em minha cintura, colou os nossos rostos.

– Como eu não te reconheci esse sorriso ontem? – Perguntei.

– Talvez porque você estivesse bêbada, senhorita. – Disse ele me dando um selinho.

Sorri.

– Eu deveria estar muito bêbada então. – Disse eu aproximando os nossos rostos.

Ele não falou nada, apenas me beijou. O beijo começou de uma forma carinhosa, coloquei as minhas mãos em sua nuca e aprofundei mais um jeito. Nos separamos quando faltou o ar.

Pensei ter ouvido um barulho lá fora, mais nem liguei, deveria ser um cachorro ou um gato.

Olhei para Mark e ele estava um brilho nos olhos.

Sorri.

Foi aí que eu vi de relance um menino alto dos cabelos pretos saindo da frente de casa.

– Percy. – Pensei.

Percebi que Mark tinha pegado a minha mão.

– Annie, eu preciso ir? – Disse ele fazendo cara de triste.

– Já? – Fiz biquinho.

– Já, o pessoal do time já deve ta sentindo a minha falta.

– Você fugiu? – Perguntei surpresa.

– Faço tudo por você.

Sorri e dei um selinho nele.

– Que coisa fofa.

Ele sorriu.

– Ok, eu preciso mesmo ir.

– Te levo até lá fora.

Caminhamos até a calçada da rua, até que passou um taxi.

– Tchau, Annie. – Disse ele beijando a minha bochecha.

– Tchau, Mark. – Disse sorrindo.

Ele entrou no carro e se foi. Olhei para o lado e vi Percy sentado no chão, andei até ele.

– Percy. – Eu disse.

Ele estava com umas pedrinhas na mão, levantou a cabeça e me olhou.

– Oi. – Ele disse tentando parecer animado.

– Vi você saindo da frente de casa... – Eu disse sem querer.

– Ah. É que eu fui falar com você, mais vi que estava ocupada. – Ele disse olhando pra rua.

Me sentei do seu lado.

– Você viu?

Ele assentiu.

Correi.

– Mas o que você queria falar?

– Ah, só ia perguntar se tava tudo bem, porque ouvi você gritando e depois eu vi o carro de Thalia na frente da sua casa.

– Entendi... – Eu disse.

Eu queria puxar assunto com ele, mas alguma coisa dentro de mim dizia que eu tinha feito algo errado.

Balancei a cabeça tentando inutilmente me livrar a tal sensação.

Pov. Percy

Eu não queria ter visto aquela, não queria ver Annabeth beijando outro cara.

Mas o que eu to dizendo? Eu estou definitivamente louco.

Não sei o que eu estou sentindo: Dor, decepção, raiva? Acho que é tudo misturado. O assunto tinha acabado com Annabeth, estava um silencio tão desconfortável.

– Quem era ele? – Perguntei.

Ela me olhou por um tempo.

– Mark.

– O que ele é pra você? – Perguntei com um pouco de raiva.

– Um... – Ela pensou por um momento. – Amigo.

Olhei pra ela incrédulo.

– Amigo? –Disse eu rindo com sarcasmo. – Ele é um amigo?

Ela me olhou surpresa.

– Percy eu vou indo.

Ela se levantou e saiu correndo pra sua casa.

Eu voltei a jogar pedrinhas na rua, meus olhos estavam marejados. Me levantei e sai andando até dentro de casa, subi as escadas e entrei no meu quarto, me joguei na cama e fechei os olhos.

Uma imagem veio à minha mente, Annabeth veio à minha mente, uma lágrima desceu.

Pov. Annabeth

Percy parecia estar tão atordoado, e o mais incrível era que eu tinha a sensação que a culpa era toda minha, e a confirmação foi quando ele me perguntou se Mark era mesmo um amigo.

Agora eu estava sentada em minha cama chorando. Não me pergunte por causa de quê, eu sinceramente não sei a resposta. Devia estar chorando por não está do lado de Mark.

Fechei os meus olhos, e Percy apareceu em minha mente. Eu chorava feito uma criança, mas por quê? Alguém sabe me dizer?